Não tome CODIASP
-se tem alergia (hipersensibilidade) ao ácido acetilsalicílico ou ao ácido ascórbico (vitamina C) (substâncias activas) ou a qualquer outro componente de CODIASP. -se tem hipersensibilidade conhecida aos salicilatos e/ou anti-inflamatórios não esteróides (broncospasmo, reacção anafiláctica).
-se tem história de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não esteroides (AINE).
-se tem úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada). -se tem úlcera gastroduodenal em evolução.
-se tem doença hemorrágica constitucional ou adquirida.
-durante o terceiro trimestre de gravidez, está contra-indicada a administração de doses superiores a 100 mg/dia.
Tome especial cuidado com CODIASP
A administração concomitante de CODIASP com AINE, incluindo inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitado.
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante
- menor período de tempo necessário para controlar a sintomatologia.
Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: Têm sido notificados casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou histórias de eventos gastrointestinais graves.
O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.
Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais. Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-administração de agentes protectores (ex: misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada, assim como em doentes que necessitam de tomar simultaneamente outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou
hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou antiagregantes plaquetários.
Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar CODIASP o tratamento deve ser interrompido.
Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas.
Este medicamento não deve usar-se em crianças com febre sem consultar o médico.
Devido à eventualidade de ocorrência de síndroma de Reye, o medicamento não deve ser administrado a crianças com menos de 12 anos com varicela ou gripe vírica, a não ser sob prescrição médica.
Deve utilizar-se com precaução em caso de insuficiência renal e asma.
Desaconselha-se o uso deste medicamento em casos de gota, nas metrorragias e/ou menorragias já que o ácido acetilsalicílico tem o risco de aumentar a importância e a duração das menstruações.
Ao tomar CODIASP com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
O efeito do tratamento pode ser influenciado se o ácido acetilsalicílico for administrado concomitantemente com outros medicamentos para:
-a coagulação sanguínea (ex: varfarina),
-a rejeição de órgãos após transplante (cliclosporina, tacrolimus),
-a hipertensão arterial (ex: diuréticos e inibidores ACE),
-a dor e inflamação (ex: esteróides ou medicamentos anti-inflamatórios), -a gota (probenicid),
-o cancro ou artrite reumatóide (metotrexato).
Antes de tomar ácido acetilsalicílico informe o seu médico sobre os medicamentos que está a tomar. Se costuma tomar ácido acetilsalicílico regularmente deverá procurar aconselhamento médico antes de tomar qualquer outro medicamento (incluindo medicamentos não sujeitos a receita médica).
A associação de CODIASP e metotrexato em doses semanais superiores a 15 mg está contra-indicada. Isto deve-se ao aumento da toxicidade hematológica do metotrexato que sofre deslocação da sua ligação às proteínas plasmáticas pelos anti-inflamatórios não esteróides (AINE) ou diminuição da sua depuração plasmática.
Desaconselham-se as seguintes associacões:
AINE: Aumento do risco ulcerogénico e hemorrágico digestivo por sinergia aditiva, para os salicilatos em doses fortes.
Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina: Aumento do risco de hemorragia gastrointestinal.
Anticoagulantes orais em doses fracas, heparina por via parenteral e ticlopidina: Aumento do risco hemorrágico por inibição da função plaquetária e agressão da mucosa gastroduodenal.
A associação com glicocorticóides necessita de precauções de utilização, em virtude da diminuição da salicilémia durante o tratamento com os corticoides e risco de sobredosagem salicilada após a sua suspensão, por aumento da eliminação dos salicilados. Deve proceder-se à adaptação das doses de salicilados durante a associação e após a suspensão do tratamento com os glicocorticoides.
Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII): A administração de ácido acetilsalicílico (> 3 g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos antihipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da cicloxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar ácido acetilsalcílico em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.
Corticosteróides: Aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal.
Anticoagulantes: Os salicilatos podem aumentar os efeitos dos anticoagulantes, tais como a varfarina.
Ao tomar CODIASP com alimentos e bebidas
A administração de CODIASP deve efectuar-se de preferência acompanhada de alimentos. Administrar após desagregação do comprimido num copo de água.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Durante a gravidez e o aleitamento desaconselha-se o uso deste medicamento.
Administração de doses baixas (até 100 mg/dia):
Os dados dos ensaios clínicos sugerem que a administração de doses até 100 mg/dia em indicações obstétricas restritas (por exemplo no caso dos abortamentos de repetição de etiologia supostamente imunológica e do hidrâmnios), que requerem monitorização especializada, é aparentemente segura.
Administração de doses entre 100 e 500 mg/dia:
A experiência clínica relativa ao uso de doses entre 100 e 500 mg/dia é insuficiente. Consequentemente, as recomendações que em seguida se enunciam relativas á administração de doses superiores a 500 mg/dia, aplicar-se-ão também a este intervalo posológico.
Administração de doses de 500 mg/dia ou superiores:
A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastroschisis na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no início da gravidez. O risco absoluto de malformações cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1 % para aproximadamente 1,5 %. Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.
Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortamentos peri e post-implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovascolares em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.
Durante o 1º e 2º trimestre de gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o ácido acetilsalicílico for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1º e 2º trimestres de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.
Durante o 3º trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:
Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductous arterosus (canal de Botal) e hipertensão pulmonar).
Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.
Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito antiagregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas.
Inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.
Assim, a administração de doses iguais ou superiores a 100 mg/dia de ácido acetilsalicílico está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.
Na eventualidade de ser necessária a administração regular de doses elevadas durante a lactação, deverá considerar-se a hipótese de interrupção do aleitamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Destituído de efeitos sobre qualquer uma destas actividades.