Iopamiro 300

Iopamiro 300
Substância(s) ativa(s)Iopamidol
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoBracco Imaging, S.p.A.
Código ATCV08AB04
Grupos farmacológicosMeio de contraste de raios x, iodado

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

O Iopamiro 300 pertence ao grupo farmacoterapêutico: Produtos iodados.

Este medicamento é apenas para uso em diagnóstico.

Iopamiro 300 é utilizado na radiologia de diagnóstico em:

Neuroradiologia

Mieloradoculografia, cisternografia e ventriculografia

Angiografia

Arteriografia cerebral, arteriografia visceral selectiva, arteriografia periférica e flebografia

Urografia

Urografia intravenosa

Outros tipos de investigações

Potencialização do contraste em tomografia computorizada, artrografia e fistulografia

O que deve considerar antes de usar?

Não utilize Iopamiro 300:

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa ou a qualquer outro componentes de Iopamiro 300.
  • Devido às considerações de sobredosagem, a mielografia imediata repetida no caso de alguma falha técnica é contra-indicada.

Tome especial cuidado com IOPAMIRO 300:

  • se sofre de alergia, asma ou reacção de intolerância associada a exames do mesmo tipo realizados anteriormente.
  • em mulheres, se possível, o exame de raios-X deve ser efectuado durante a fase de pré- ovulação do ciclo menstrual.
  • durante a realização de exames a crianças ou bebés, não se deve limitar a ingestão de fluidos antes da administração da solução de contraste hipertónica. Também, se deve corrigir alguma água existente e alterações no equilíbrio electrolítico.
  • em doentes com deterioração da função hepática ou do miocárdio, doentes com doença sistémica grave e em doentes com mielomatose. Neste último caso, os doentes não devem ser expostos à desidratação; alterações no equilíbrio hidroelectrolítico devem ser corrigidas antes da utilização
  • se sofrer de insuficiência renal de moderada a grave ou se sofrer de diabetes. A deterioração substancial da função renal é minimizada se o doente se encontrar bem hidratado. Os parâmetros da função renal devem ser monitorizados após o procedimento nestes doentes.
  • se sofrer de insuficiência hepato-renal grave não deve ser examinado, a menos que sejaabsolutamente necessário. Só deve ser re-submetido a um novo exame ao fim de 5 -7 dias.
  • em doentes idosos, em doentes com pressão intracraneana elevada ou no caso de suspeita de um tumor intracraneano, abcesso ou hematoma, e nos doentes com história de epilepsia, doença cardiovascular grave, insuficiência renal, alcoolismo crónico ou esclerose múltipla. Doentes nestas condições têm um risco aumentado de complicações neurológicas.
  • em doentes seleccionados nos quais se utilize anestesia geral. Uma elevadaincidência de reacções adversas foi reportada nestes doentes, provavelmente devido ao efeito hipotensivo do anestésico.
  • em doentes com anemia falciforme, quando injectados por via intravenosa ou intra-arterial. Os meios de contraste podem promover produção de eritrócitos falciformes na circulação.
  • se sofrer de feocromocitoma. Após a administração de iopamidol por via intravascular pode desenvolver crises graves de hipertensão. Recomenda-se a pré-medicação com bloqueadores dos receptores-?.
  • se sofrer de miastenia gravis, pois os meios de contraste iodados podem agravar os sintomas da doença.
  • se sofre de insuficiência cardíaca congestiva; deve ficar sob observação durante várias horas após o procedimento. Nos restantes casos, após a realização do exame, provavelmente ser-lhe-á pedido que fique sob observação durante, pelo menos uma hora após o procedimento, pois a maior parte dos efeitos adversos ocorrem durante esse período. Pode desenvolver reacções alérgicas vários dias após o procedimento; nesse caso, deverá consultar imediatamente um médico.
  • nos recém-nascidos e, em especial, nos recém-nascidos prematuros. Recomenda-se que os testes à função tiroideia, sejam confirmados ao fim de 7-10 dias e novamente ao fim de 1 mês após a administração de meios de contraste iodados.
  • em doentes marcados para um exame à tiróide com um marcador radioactivo de iodo. Deve ter-se em consideração que o consumo de iodo na glândula tiróide vai ficar reduzido durante alguns dias (até 2 semanas) após a administração com um meio de contraste iodado que é eliminado pelos rins.
  • no caso de infiltração perivascular, pois pode ocorrer irritação local dos tecidos.

Neuroradiologia
Se sofre de epilepsia, a terapia anticonvulsivante deve ser mantida antes e após os procedimentos mielográficos. Em determinados casos, pode haver necessidade de aumentar a terapia anticonvulsivante nas 48 horas que antecedem o exame.

Os neurolépticos devem ser absolutamente evitados. O mesmo se aplica a analgésicos, antieméticos, anti-histamínicos e sedativos do grupo das fenotiazinas. Quando possível, o tratamento com estes medicamentos deve ser descontinuado pelo menos 48 antes da administração do meio de contraste e não deve ser reiniciado o tratamento antes de 12 horas após a finalização do procedimento.

Angiografia
Em doentes submetidos a procedimentos angiocardiográficos, deve ter-se particular atenção ao estado do lado direito do coração e à circulação pulmonar. Insuficiência cardíaca direita e hipertensão pulmonar podem precipitar bradicardia e hipotensão sistémica quando a solução orgânica de iodo é injectada. A angiografia do lado direito do coração só deve ser realizada quando for absolutamente necessário.

Nos procedimentos angiográficos, a possibilidade de deslocação da placa ou de danificação ou perfuração da parede do vaso deve ser tida em conta durante a manipulação do cateter e a injecção do meio de contraste. Recomenda-se a aplicação de injecções que sirvam de teste, para assegurar o posicionamento correcto do cateter.

Deve evitar-se a angiografia sempre que possível em doentes com homocistinúria, devido ao risco acrescido de trombose e embolia.

Os doentes submetidos a angiografia periférica devem apresentar pulsação na artéria em que se vai injectar o meio de contraste radiológico. Em doentes com tromboangeíte obliterante ou infecções ascendentes combinadas com isquemia grave, a angiografia deve ser realizada ? se tiver mesmo que o ser ? com especial precaução.
Em doentes submetidos a venografia, deve ter-se especial cuidado quando existem suspeitas de flebite, isquemia grave, infecções locais ou uma oclusão venosa total.

Na radiologia pediátrica, deve proceder-se com grande precaução quando se injecta o meio de contraste nas cavidades direitas do coração em recém-nascidos cianóticos com hipertensão pulmonar e insuficiência da função cardíaca.

Em exames do arco aórtico, a extremidade do cateter deve ser posicionada com o máximo de cuidado para evitar hipotensão, bradicardia e lesões no SNC devido ao excesso de pressão transmitido desde a bomba injectora aos ramos braquiocefálicos da aorta.

Urografia
Deve ter cuidado se sofre de insuficiência renal moderada a grave. A deterioração substancial da função renal é minimizada se o doente se encontrar bem hidratado. Os parâmetros da função renal, devem ser monitorizados após se efectuar o exame nestes doentes.
Os doentes só devem ser submetidos a um novo exame ao fim de 5-7 dias.

Os meios não-iónicos de contraste têm uma actividade anti-coagulante in vitro menor do que os meios iónicos. Por esse motivo, deve dar-se mais atenção aos pormenores da técnica de angiografia. Os meios não-iónicos não devem contactar com o sangue na seringa e os cateteres intravasculares devem ser lavados com frequência para minimizar o risco de entupimento que, em situações raras, tem provocado complicações tromboembólicas graves depois da realização deste tipo de exame.

O Iopamiro 300 deve ser utilizado com precaução em doentes com hipertiroidismo. É possível ocorrer recorrência de hipertiroidismo em doentes previamente tratados para a doença de Graves.

A presença de nefropatia diabética é um dos factores que podem levar a insuficiência renal no seguimento da administração do meio de contraste. Este facto pode induzir acidose láctica em doentes que tomam metformina.

Como precaução, a metformina deverá ser interrompida antes de, ou na altura do exame, não devendo ser reiniciada senão 48 horas após a realização do mesmo, e apenas quando a função renal tiver sido reavaliada e considerada normal.

Ao utilizar IOPAMIRO 300 com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Os fármacos mais usados para a profilaxia e tratamento de reacções adversas aos meios de contraste incluem corticoesteróides, anti-histamínicos, anestésicos locais e tranquilizantes. Foi verificado que não há aumento de toxicidade pela injecção intra-venosa de qualquer um destes fármacos.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Gravidez
Na gravidez deverá ponderar-se o risco para o feto na utilização de um meio de diagnóstico como o raios-X.

Os exames de raios-X nas mulheres grávidas só deverão ser efectuados se o médico considerar absolutamente necessário.

Aleitamento
O Iopamiro 300 é excretado através do leite materno em pequenas quantidades. O Iopamiro 300 apenas deve ser administrado durante o aleitamento se considerado essencial pelo médico

Condução de veículos e utilização de máquinas:
Não são conhecidos efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas. No entanto, devido ao risco de reacções imediatas, não se aconselha a condução ou utilização de máquinas no período de uma hora após a última injecção.

Informações importantes sobre alguns componentes de Iopamiro 300
Cada ml de Iopamiro 300 contém 0,04 mg de sódio, ou seja, é praticamente ?isento de sódio?.

Como é utilizado?

Utilizar Iopamiro300 sempre de acordo com as indicações do médico.

O Iopamiro 300 é utilizado na forma de solução injectável como produto de contraste para administração intratecal, intra-arterial e intravenosa.

Neuroradiologia

Nos exames de cisternografia e ventriculografia a dose aconselhada vai de 3 a 10 ml. Nos exames de mieloradoculografia a dose aconselhada vai de 5 a 10 ml.

Angiografia

Nos exames de arteriografia cerebral a dose é de 5 a 10 ml por toma.
Nos exames de arteriografia visceral selectiva e arteriografia periférica a dose é conforme a exploração.
Nos exames de flebografia a dose é de 30 a 50 ml.

Urografia

A dose aconselhada para este tipo de exame é de 30 a 50 ml.

Outros tipos de investigações

Nos exames de potencialização do contraste em tomografia computorizada a dose é de 0,5-2,0 ml/kg.
Nos exames de artrografia e fistulografia a dose é consoante a exploração.

A utilização deste produto para explorações cardioangiográficas deve ser feita em clínicas, hospitais ou casas de Saúde onde se assegure a disponibilidade imediata de meios técnicos e humanos necessários à reanimação.
Para os outros exames contrastográficos de prática mais comum, é necessário que os serviços de radiologia, públicos ou privados, disponham de meios de utilização imediata e de medicamentos apropriados (balão de Ambu, oxigénio, anti-histamínicos, vasoconstritores, corticoesteróides, etc.).

Se utilizar mais IOPAMIRO 300 do que deveria
O tratamento de sobredosagem está directamente relacionado com a manutenção de todas as funções vitais e a eliminação do meio de contraste enquanto se mantém o doente bem hidratado.

Se necessário, o iopamidol pode ser removido por hemodiálise.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Iopamiro 300 pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

O uso de compostos iodados pode provocar efeitos secundários indesejáveis e manifestações do tipo de choque anafilático. Os sintomas podem incluir: náuseas, vómitos, eritema difuso, sensação generalizada de calor, dores de cabeça, rinite ou edema da laringe, febre, suores, astenia, vertigens, palidez, dispneia, hipotensão moderada. Reacções ao nível da pele podem ocorrer sob a forma de vários tipos de rash ou vesículas difusas.

Reacções mais graves envolvendo o sistema cardiovascular tais como vasodilatação com hipotensão pronunciada, taquicardia, dispneia, agitação, cianose, perda de consciência e paragem cardíaca podem exigir tratamento de urgência.
A ocorrência de reacções alérgicas retardadas, sendo as mais comuns o prurido e a urticária, têm sido referidas passado vários dias após a administração.

Durante a arteriografia intra-cardíaca e/ou coronária, podem ocorrer raramente arritmias ventriculares.

Também casos de isquémia do miocárdio ou enfarte e/ou insuficiência cardíaca/paragem cardíaca foram raramente reportados.

Outros efeitos indesejáveis são:

  • Insuficiência renal,
  • Trombocitopenia,
  • Asma/broncoespasmo,
  • Edema pulmonar.

É possível ocorrer recorrência de hipertiroidismo em doentes previamente tratados para a doença de Graves.

Após angiografia cerebral, podem ocorrer confusão, estupor, coma, paresia, cegueira cortical (usualmente passageira), e convulsões.

Raramente pode ocorrer síndrome Steven-Johnson.

No local da injecção pode ocorrer dor local e inchaço.

Após a utilização em mielografia de meios de contraste não-iónicos solúveis em água, foram reportados efeitos neurológicos secundários. Estes efeitos incluem casos raros de convulsões, confusão passageira, ou disfunção motora ou sensorial passageira. Meningismo e meningite também foram reportados. A possibilidade de uma meningite infecciosa também deve ser considerada. Também podem ocorrer ocasionalmente, cefaleias, tonturas, náusea e vómitos, dores nos membros, costas ou pescoço.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Não conservar acima de 30ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Após abertura da embalagem, utilizar de imediato.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Iopamiro 300 após o prazo de validade impresso no rótulo, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Rejeite se existirem partículas em suspensão.

Mais informações

Qual a composição de Iopamiro300

  • A substância activa é: Iopamidol
  • Os outros componentes são: Trometamol, edetato de cálcio e sódio (di-hidratado), ácido clorídrico (para ajuste do pH) e água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Iopamiro 300 e conteúdo da embalagem
O Iopamiro 300 apresenta-se na forma de uma solução injectável, límpida, praticamente isenta de partículas visíveis, em que cada ml contém 612,4 mg de iopamidol que corresponde a 300 mg de iodo.

O Iopamiro 300 encontra-se disponível em ampolas de vidro tipo I, incolor de 10 ml e frascos de vidro tipo I, incolor de 30 ml, 50 ml e 100 ml.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Bracco Imaging S.p.A.
Via Egídio Folli 50
20134 Milão
Itália

Fabricante

Patheon Italia S.p.A
Via Morolense, 87, 03013 Ferentino - Frosinone
Itália

Este folheto foi aprovado pela última vez em

Última atualização em 11.08.2022

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Os conteúdos apresentados não substituem a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e aos efeitos dos produtos individuais. Não podemos assumir responsabilidade pela exatidão dos dados, pois eles foram parcialmente convertidos automaticamente. Para diagnósticos e outras questões de saúde, consulte sempre um médico.

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