Não tome Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos
-Se tem alergia (hipersensibilidade) às substâncias activas ou a qualquer outro componente deste medicamento.
-Se tem alergia (hipersensibilidade) a fármacos derivados da sulfonamidas.
-Se tiver mais do que três meses de gravidez. (Também é preferível não tomar Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos no início da gravidez ? Ver secção Gravidez)
Antes de tomar o seu medicamento diga ao seu médico se:
-Está grávida, pensa engravidar ou se amamenta;
-Tem outros problemas de saúde como vómitos ou diarreia, gota, problemas de rins ou fígado;
-Se está a fazer diálise ou uma dieta sem sal, se está a tomar suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio; se está a receber um tratamento de dessensibilização para uma alergia (por exemplo a picadas de insectos);
-Tem diabetes, pois a dose dos diuréticos tiazídicos pode ter de ser ajustada em presença de medicamentos antidiabéticos, incluindo insulina;
-Teve alguma vez uma reacção alérgica com inchaço das mãos, pés ou tornozelos, face, lábios, língua e/ou garganta com dificuldade em respirar.
O início do tratamento com Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos pode causar uma grande queda na pressão arterial superior à que se verifica com a continuação do tratamento. O mesmo acontece quando se aumenta a posologia. Assim, nestas situações, pode notar fadiga, desmaios ou tonturas e pode ser útil deitar-se. Se esta situação o preocupar, consulte o médico.
Se for hospitalizado, informe o pessoal médico, particularmente anestesistas (no caso de uma intervenção cirúrgica), de que está a tomar Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos. Deve também informar o seu dentista antes de receber anestesia para um tratamento dentário. Não deve parar de tomar os seus comprimidos sem recomendação médica.
Tome especial cuidado com Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos Hipotensão e desequilíbrio hidro-electrolítico
Tal como acontece com todos os fármacos anti-hipertensores, pode ocorrer hipotensão sintomática nalguns doentes. Esta situação é rara em doentes hipertensos sem complicações, mas é mais provável em presença de desequilíbrio hidro-electrolítico como por exemplo, hipovolemia, hiponatremia, alcalose hipocloremica, hipomagnesiemia ou hipocaliemia, que pode ocorrer como consequência de uma terapêutica diurética, restrição salina dietética, diálise, diarreia ou vómitos. Deve, por conseguinte, fazer-se uma determinação periódica dos níveis electrolíticos séricos em tais doentes.
Em doentes com risco acrescido de hipotensão sintomática, o início da terapêutica e o ajuste de dose devem ser monitorizados sob cuidadosa supervisão médica.
Deve informar o seu médico se pensa estar grávida (ou planeia engravidar). Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.
Devem tomar-se precauções especiais quando se administra Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos a doentes com isquémia cardíaca ou doença cerebrovascular nos quais uma queda excessiva da pressão arterial pode ter como consequência um enfarte de miocárdio ou um acidente vascular cerebral.
Se ocorrer hipotensão o doente deverá ser colocado em decúbito e, se necessário, deverá administrar-se soro fisiológico em perfusão intravenosa.
Uma resposta hipotensora transitória não constitui uma contra-indicação para doses posteriores, que podem ser administradas habitualmente sem dificuldades logo que a pressão arterial tenha subido após a normalização da volémia; também se poderá administrar qualquer dos componentes isoladamente.
Tal como acontece com outros vasodilatadores, Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos deve ser administrado com precaução a doentes com estenose aórtica ou cardiomiopatia hipertrófica.
Insuficiência renal
As tiazidas podem não ser diuréticos apropriados para doentes com insuficiência renal e são ineficazes quando a clearance da creatinina é igual ou inferior a 30 ml/min. (i.e., insuficiência renal moderada ou grave).
Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos não deve ser administrado a doentes com insuficiência renal (clearance da creatinina <80 ml/min.) a não ser que a titulação dos componentes individuais demonstre que é possível a utilização dos fármacos nas doses presentes nos comprimidos de Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos.
Em doentes diabéticos previamente medicados com anti-diabéticos orais ou insulina, os níveis de glicemia deverão ser cuidadosamente monitorizados, especialmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA.
Alguns hipertensos aparentemente sem doença vascular renal pré-existente tiveram aumentos pequenos e transitórios da uremia e da creatinina sérica, especialmente quando o lisinopril foi administrado simultaneamente com um diurético. Se tal ocorrer durante a terapêutica com Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos, deve suspender-se o tratamento; a terapêutica pode depois ser reiniciada com uma dosagem mais baixa ou pode administrar-se qualquer dos componentes isoladamente.
Nalguns doentes com estenose bilateral das artérias renais ou estenose da artéria renal em rim único, que foram tratados com inibidores da ECA, foram observados aumentos da uremia e da creatinina sérica, reversíveis após suspensão da terapêutica. Estas alterações são mais frequentes em doentes com insuficiência renal. Se co-existir hipertensão renovascular, há um risco acrescido de hipotensão grave e insuficiência renal. Nestes doentes, o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa supervisão médica, com doses baixas e titulação cautelosa da dose. Uma vez que o tratamento com diuréticos pode ser um factor contributivo para esta situação, a função renal deve ser monitorizada durante as primeiras semanas de terapêutica com Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos
Insuficiência hepática
Os diuréticos tiazídicos devem ser usados com precaução em doentes com insuficiência hepática ou doença hepática progressiva, uma vez que pequenas alterações do equilíbrio hidro-electrolítico podem provocar coma hepático.
Cirurgia / anestesia
Em doentes submetidos a grande cirurgia ou durante a anestesia com agentes que provocam hipotensão, o lisinopril pode bloquear a formação de angiotensina II resultante de uma libertação compensatória de renina. Se ocorrer hipotensão atribuída a este mecanismo, a mesma pode ser corrigida pela administração de expansores do plasma.
Efeitos metabólicos e endócrinos
A terapêutica com tiazidas pode diminuir a tolerância à glucose; neste caso, pode ser necessário ajustar a dose dos agentes anti-diabéticos, incluindo a insulina.
As tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e causar um aumento ligeiro e intermitente do cálcio sérico. Uma hipercalcemia marcada pode ser um sinal de hiperparatiroidismo, pelo que se deve interromper o tratamento com tiazidas antes da execução de testes para avaliação do funcionamento da paratiróide.
Aumentos dos níveis de colesterol e triglicéridos podem estar associados a uma terapêutica com diuréticos tiazídicos.
Em certos doentes, as tiazidas podem provocar o aparecimento de hiperuricemia e/ou gota. Contudo, o lisinopril pode aumentar a excreção de ácido úrico atenuando a hiperuricemia induzida pela hidroclorotiazida.
Hipersensibilidade / edema angioneurótico
Raramente têm sido descritos casos de edema angioneurótico da face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe em doentes tratados com inibidores da ECA, incluindo o lisinopril. Em tais casos, o tratamento com lisinopril deverá ser imediatamente suspenso e o doente observado cuidadosamente até ao desaparecimento dos sintomas, o que deverá acontecer antes do final do período de internamento. Nos casos em que o edema se confinou à face e lábios a situação resolve-se geralmente sem tratamento, embora os anti-histamínicos tenham sido úteis no alívio dos sintomas.
O edema angioneurótico associado a edema da laringe pode ser fatal. Quando existir edema da língua, glote e laringe que possa causar obstrução das vias aéreas deverá ser prontamente instituída uma terapêutica de emergência adequada, tal como uma solução de adrenalina a 1:1000 (0,3 ml a 0,5 ml) por via subcutânea. Esta pode incluir a administração de adrenalina e/ou a manutenção da função respiratória. O doente deve ficar sob a estreita supervisão médica até à completa e sustentada resolução dos sintomas.
Os inibidores da ECA causam um maior aumento na ocorrência de angioedemas em doentes de raça negra do que em doentes de outras raças.
Doentes com história de angioedema não associado a uma terapêutica com um inibidor da ECA poderão apresentar um aumento do risco de aparecimento de angioedema, quando medicados com um inibidor da ECA.
Em doentes medicados com tiazidas, podem ocorrer reacções de sensibilidade com ou sem história de alergia ou asma brônquica. Têm sido relatados casos de agravamento ou activação do lúpus eritematoso sistémico com a utilização de tiazidas.
Doentes hemodialisados:
Foram notificadas reacções anafilactóides em doentes hemodialisados (por exº membranas de fluxo elevado AN 69 e durante aferese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) com sulfato de dextrano) e tratados concomitantemente com um inibidor da ECA. Nestes doentes deverá ser considerada a hipótese de utilizar um tipo diferente de membrana de diálise ou uma classe diferente de fármaco anti-hipertensor.
Dessensibilização
Verificara-se reacções anafilactóides em doentes em trapêutica com inibidores da ECA durante o tratamento de dessensibilização (ex. veneno de hymenoptera). Nos mesmos doentes, estas reacções foram evitadas quando foram retidos temporariamente os inibidores da ECA, embora reaparecessem com a re-administração inadvertida do medicamento.
Raça
Os inibidores da ECA causam um maior aumento na ocorrência de angioedemas em doentes de raça negra do que em doentes de outras raças.
Tosse
Tem sido referido o aparecimento de tosse em doentes medicados com inibidores da ECA. Esta tosse tem como características o facto de não ser produtiva nem persistente e de desaparecer após suspensão da terapêutica. A tosse induzida pelos inibidores da ECA deve ser considerada como parte do diagnóstico diferencial da tosse.
Ao tomar Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Potássio sérico
Quando um diurético é adicionado à terapêutica de um doente tratado com Lisinopril, o efeito antihipertensivo é geralmente aditivo.
A expoliação de potássio induzida pelos diuréticos tiazídicos é, geralmente, atenuada pelo efeito poupador de potássio observado com o lisinopril. O uso de suplementos de potássio, diuréticos poupadores de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, particularmente em doentes com insuficiência renal, pode levar a um aumento significativo do potássio sérico. Se a utilização de LISINOPRIL AZEVEDOS com qualquer dos medicamentos acima mencionados for considerada apropriada, estes deverão ser utilizados com precaução, havendo uma monitorização frequente da caliemia.
Lítio
Foram reportados aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio, bem como de toxicidade, durante a administração concomitante de lítio e inibidores da ECA. O uso concomitante de diuréticos da tiazida poderá aumentar o risco de toxicidade do lítio e potenciar a toxicidade já aumentada do lítio por acção dos inibidores da ECA. O uso concomitante de Lisinopril e lítio não é recomendado, mas caso esta associação terapêutica se revele necessária, dever-se-á proceder à monitorização cuidadosa dos níveis séricos do lítio
Outros Fármacos
A indometacina pode diminuir a eficácia anti-hipertensora de Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos, se forem administrados conjuntamente.
A administração concomitante de inibidores da ECA e antidiabéticos orais ou insulina pode potenciar o efeito de diminuição da glucose sanguínea com risco de hipoglicemia. Este fenómeno poderá ocorrer com maior frequência durante as primeiras semanas de tratamento e em doentes com insuficiência renal.
As tiazidas podem intensificar a resposta à tubocurarina.
Anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) incluindo ácido acetilsalicílico> 3 g/dia. Nalguns doentes com função renal comprometida, tratados com anti-inflamatórios não esteróides (AINE´s), a co-administração de lisinopril pode resultar numa maior deterioração da função renal. A administração crónica de AINE´s poderá reduzir o efeito anti-hipertensivo de um inibidor da ECA.
Os AINE´s e os inibidores da ECA exercem um efeito aditivo sobre o aumento do potássio sérico e poderá resultar numa deterioração da função renal. Estes efeitos são, geralmente, reversíveis. Raramente, poderá ocorrer insuficiência renal aguda, em especial nos doentes com função renal comprometida, tal como no idoso ou nos doentes desidratados.
Outros agentes anti-hipertensores
O uso concomitante destes agentes poderá aumentar os efeitos hipotensores do Lisinopril.
O uso concomitante com gliceril trinitrato e outros nitratos, ou com outros vasodilatadores, poderá favorecer a redução da pressão arterial.
Antidepressivos tricíclicos / Antipsicóticos / Anestésicos
O uso concomitante de alguns medicamentos anestésicos, antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos com inibidores da ECA poderá resultar numa redução adicional da pressão arterial.
Simpaticomiméticos
Os simpaticomiméticos podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA.
Antidiabéticos
Os estudos epidemiológicos têm sido indicativos de que a administração concomitante de inibidores da ECA e de medicamentos antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicémicos orais) poderão causar um aumento do efeito de diminuição da glucose sanguínea com risco de hipoglicemia. Este fenómeno ocorreu aparentemente com maior frequência durante as primeiras semanas de tratamento combinado e nos doentes com insuficiência renal.
Ácido acetilsalicílico, trombolíticos, bloqueadores-beta, nitratos
O lisinopril pode ser utilizado concomitantemente com ácido acetilsalicílico (em doses cardiológicas), trombolíticos, bloqueadores-beta e/ou nitratos.
Ao tomar Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos com alimentos e bebidas
O Lisinopril potencia o efeito do álcool. O álcool potencia os efeitos hipotensivos dos inibidores da ECA. O sal reduz o efeito anti-hipertensivo e de melhoria dos sintomas da insuficiência cardíaca do lisinopril. Os alimentos não alteram a absorção do Lisinopril.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Gravidez
Deve informar o seu médico se pensa que está grávida (ou planeia engravidar). O seu médico normalmente aconselha-la-á a interromper Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos antes de engravidar ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos. Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos, não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.
A utilização de lisinopril durante a gravidez não é recomendada. Em caso de gravidez a terapêutica com lisinopril deve ser interrompida imediatamente, excepto se for considerada de importância vital para a mãe.
Os inibidores da ECA podem causar morbilidade e mortalidade fetal e neonatal quando administrados durante os segundo e terceiro trimestres de gravidez. O uso de inibidores da ECA durante este período está associado a alteração fetal e neonatal, incluindo hipotensão, insuficiência renal, hipercaliemia e/ou hipoplasia do crânio em recém-nascidos. A função renal fetal diminuída conduz a oligohidrâmnios materno, e pode originar contracturas dos membros, deformações crâniofaciais e desenvolvimento de hipoplasia pulmonar.
Estes efeitos adversos sobre o embrião e feto não parecem resultar de exposição intra-uterina a inibidores da ECA limitada ao primeiro trimestre.
O uso de tiazidas durante a gravidez não é recomendado e expõe a mãe e o feto a riscos desnecessários que incluem icterícia fetal ou neonatal, trombocitopénia e possivelmente outras reacções adversas que ocorrem no adulto.
Se o lisinopril for utilizado durante a gravidez, a doente deve ser informado dos potenciais riscos para o feto. Nos raros casos em que o uso de lisinopril durante a gravidez é essencial, o ambiente intra-amniótico deve ser avaliado através de ultrasonografia. Se for detectado oligohidrâmnios, deve interromper-se a terapêutica com lisinopril excepto se for imprescindível para a vida da mãe. No entanto, doentes e médicos devem estar conscientes de que oligohidrâmnios pode não manifestar-se até que o feto já tenha sofrido lesões irreversíveis.
Crianças cujas mães tomaram lisinipril devem ser cuidadosamente observadas para detecção de hipotensão, oligúria e hipercaliemia. O lisinopril atravessa a placenta e pode ser removido da circulação do recém-nascido por diálise peritoneal com algum benefício clínico, e teoricamente pode ser removido por hemofiltração. A hidroclorotiazida também atravessa a placenta, mas não há qualquer experiência na sua remoção da circulação neonatal.
Aleitamento
Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que pretende a iniciar a amamentação. Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos não está recomendado em mães a amamentar, especialmente se o bebé for recém-nascido ou prematuro; nestes casos o seu médico poderá indicar outro tratamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Os doentes que conduzem veículos ou operam com máquinas, deverão estar prevenidos de que poderão ocorrer diferentes reacções como fadiga e tonturas, principalmente no início do tratamento ou quando se aumenta a posologia.