As reacções adversas poderão resultar de níveis plasmáticos elevados, devido a um excesso de dosagem, a absorção rápida ou a injecção intravascular inadvertida, ou poderão resultar de uma hipersensibilidade, de uma idiossincrasia ou de uma tolerância diminuída por parte do doente. Tais reacções são sistémicas, por natureza, e envolvem o sistema nervoso central (SNC) e/ou o sistema cardiovascular.
As reacções do SNC são de excitação e/ou depressão e podem ser caracterizadas por nervosismo, tonturas, visão esfumada e tremores seguidos de sonolência, convulsões, perda de consciência e, possivelmente, paragem respiratória. As reacções de excitação poderão ser de curta duração ou poderão mesmo não ocorrer; neste último caso, as
primeiras manifestações de toxicidade poderão ser de sonolência, seguida de perda de consciência e paragem respiratória.
As reacções cardiovasculares são depressivas e podem ser caracterizadas por hipotensão, depressão miocárdica, bradicardia e, possivelmente, paragem cardíaca.
O tratamento de um doente com manifestações tóxicas consiste em assegurar e manter a ventilação ou a ventilação de suporte com oxigénio ou em respiração assistida e controlada. Estas acções serão suficientes no tratamento da maioria das reacções adversas.
No caso de ocorrer uma depressão circulatória, poderão ser utilizados líquidos vasopressores e intravenosos. No caso de persistência de uma convulsão, apesar da oxigenoterapia, poderão ser administradas, intravenosamente, pequenas doses de um barbiturato de acção ultra-rápida (tiopental ou tiamilal) ou de acção rápida (pentobarbital ou secobarbital).
As reacções alérgicas são caracterizadas por lesões cutâneas, urticária, edema ou por reacções do tipo anafiláctico. A detecção de sensibilidade através de testes cutâneos é de valor duvidoso.