Farmacodinâmica
A dexametasona actua devido à sua semelhança estrutural com os glicocorticóides endógenos. Sem restrições, pode penetrar na membrana da célula e depois ligar-se com alta afinidade aos receptores glucocorticoides intracelulares.
O efeito anti-inflamatório (anti-inflamatório) é alcançado interferindo com o chamado metabolismo do ácido araquidônico. A substância ativa provoca a produção de menos prostaglandinas e leucotrienos no final deste metabolismo. Estes estão significativamente envolvidos no processo inflamatório do corpo humano.
A dexametasona tem um efeito anti-alérgico ao prevenir a libertação de histamina e ao mesmo tempo reduzir o número e a actividade de certos linfócitos B e T.
Também tem uma actividade mineralocorticoide mínima.
Todos os efeitos da dexametasona ocorrem com um tempo de atraso de 1-3 dias, devido ao complexo mecanismo de ação.
Farmacocinética
A dexametasona é aproximadamente 77 % ligada à proteína no plasma. A maioria está ligada à albumina do soro. A dexametasona é metabolizada no fígado pela enzima CYP3A4, razão pela qual podem ocorrer interacções medicamentosas. Os corticosteroides são geralmente excretados principalmente na urina. Contudo, <10% da dexametasona é excretada na urina. A meia-vida média de um comprimido é de 4 horas. Após uma injecção intramuscular, a meia-vida é de cerca de 3-6 horas.
Interações medicamentosas
As interacções medicamentosas conhecidas são:
- Indutores de enzimas microssomais hepáticas (CYP450) tais como barbitúricos, fenitoína e rifampicina podem diminuir a meia-vida da dexametasona.
- O tratamento concomitante com contraceptivos orais pode aumentar o seu volume de distribuição.