Amphocil

Amphocil
Substância(s) ativa(s)Anfotericina B
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoFarmoz - Sociedade Técnico Medicinal, S.A.
Código ATCJ02AA01
Grupos farmacológicosAntimicóticos para uso sistémico

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

Amphocil apresenta-se como um produto liofilizado estéril contendo 5 mg/ml de Anfotericina B USP, quando reconstituída, destinado a perfusão intravenosa. Cada frasco para injectáveis contém 50 mg (50.000 UI) ou 100 mg (100.000 UI) de anfotericina B USP sob a forma de complexo com sulfato colesterílico de sódio.

Amphocil apresenta-se em embalagens de 1 e 10 frascos para injectáveis contendo 50 mg de anfotericina B e em embalagens de 1 e 10 frascos para injectáveis contendo 100 mg de anfotericina B.

Amphocil está indicado no tratamento de micoses sistémicas graves e/ou profundas sempre que a toxicidade ou a insuficiência renal excluam a utilização da anfotericina B convencional em doses eficazes e nos casos em que a terapêutica antifúngica sistémica anterior tenha sido ineficaz. Amphocil tem sido utilizado com sucesso no tratamento de infecções fúngicas como candidíases disseminadas e aspergilose. Amphocil tem sido utilizado com bons resultados em doentes neutropénicos em estado grave.

Amphocil não deve ser adoptado como terapêutica comum em doenças fúngicas clinicamente não aparentes, diagnosticadas apenas através de testes dermatológicos ou determinações serológicas.

O que deve considerar antes de usar?

Não utilize Amphocil
Se tiver alergia (hipersensibilidade) a quaisquer dos seus componentes, a não ser que, na opinião do médico, os prováveis benefícios da utilização de Amphocil justifiquem os riscos da hipersensibilidade.

Tome especial cuidado com
No tratamento de doentes diabéticos:
O facto de cada frasco para injectáveis de Amphocil conter lactose mono-hidratada deverá ser tomado em consideração.

No tratamento de doentes hemodialisados:
Amphocil deverá ser administrado apenas no final de cada período de diálise. Os electrólitos séricos, particularmente o potássio e o magnésio, deverão ser monitorizados regularmente.

Utilizar Amphocil com outros medicamentos
Não têm sido descritas quaisquer interacções de Amphocil com outros medicamentos. Contudo, devem tomar-se precauções em doentes tratados concomitantemente com fármacos aos quais se reconheçam interacções com a anfotericina B convencional, tais como, fármacos nefrotóxicos (aminoglicosídeos, cisplatina e penatmidina), corticosteróides e corticotropina (ACTH), por poderem potenciar a hipercaliemia e ainda, digitálicos, relaxantes musculares e agentes anti-arrítmicos cujos efeitos possam ser potenciados na presença de hipocaliemia.

Não existem estudos sobre o uso simultâneo de flucitosina e Amphocil. Apesar da sinergia entre a anfotericina B e a flucitosina ter sido relatada, verifica-se por outro lado que a anfotericina B pode acentuar a toxicidade da flucitosina devido a um aumento da sua absorção celular e impedindo a sua excreção renal.

Gravidez e Aleitamento
Gravidez:
Estudos toxicológicos de reprodução em animais, efectuados com Amphocil, demonstraram não existirem quaisquer lesões fetais. Apesar do componente activo, a anfotericina B, ter sido largamente utilizado, durante muitos anos, sem aparentes efeitos indesejáveis, não existem dados adequados sobre a segurança do Amphocil durante a gravidez humana. Assim, recomenda-se que a administração do Amphocil seja evitada durante a gravidez a não ser que o provável benefício para a doente justifique o potencial risco para o feto.

Aleitamento:
Não foi ainda estabelecido se a anfotericina B é excretada no leite humano. Deverá ser tomada em consideração a interrupção do aleitamento durante o tratamento com o Amphocil.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não é aplicável para a indicação e o uso esperado.

Como é utilizado?

Utilizar Amphocil sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A terapêutica pode ser iniciada com uma dose diária de 1,0 mg/kg de peso corporal, podendo ser aumentada, se necessário, até à dose recomendada de 3,0-4,0 mg/kg. Doses da ordem de 6 mg/kg foram utilizadas em doentes. A dose deverá ser ajustada às necessidades individuais de cada doente. Em estudos clínicos, a dose média acumulada foi de 3,5 mg mg/kg e o tratamento durou, em média, 16 dias. Cerca de 10% dos doentes receberam 13 g ou mais de Amphocil durante um período de 27 a 409 dias.

Recomenda-se a administração de uma pequena dose-teste (por exemplo, 1mg) antes de se iniciar a primeira perfusão com anfotericina B. Esta dose deve ser administrada durante cerca de 10 minutos e o doente deve ser cuidadosamente vigiado durante 30 minutos.

Administração:
Amphocil é administrado por perfusão intravenosa a uma taxa de 1 a 2 mg/kg/hora (ver ?Instruções para reconstituição da solução?). Se o doente apresentar reacções agudas graves ou não tolerar o volume da perfusão, o tempo de perfusão pode ser prolongado.

Se utilizar mais Amphocil do que deveria

Em caso de sobredosagem, interromper imediatamente o tratamento e monitorizar cuidadosamente o estado clínico do doente (funções renal, hepática e cardíaca, estado hematológico, electrólitos séricos) e instituir tratamento sintomático.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Amphocil pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos não mencionados, neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Em geral, o médico deve monitorizar o doente para qualquer tipo de reacção adversa associada com a anfotericina B convencional. A ocorrência de efeitos adversos geralmente não interfere com a conclusão do tratamento. Devem ser tomadas precauções quando estiverem indicadas doses elevadas ou uma terapêutica prolongada.

A maioria das reacções agudas é tratada reduzindo a velocidade de perfusão e administração pronta de anti-histamínicos e corticosteroides. Reacções anafilácticas graves podem levar à

suspensão do tratamento com Amphocil e necessitar de terapêutica de suporte adicional (ex: adrenalina).

Os estudos clínicos realizados até à data mostram que Amphocil é menos nefrotóxico que a anfotericina B convencional. Os níveis séricos de creatinina mantêm-se constantes durante o tratamento, mesmo em doentes com insuficiência renal. Os doentes que desenvolveram insuficiência renal durante o tratamento com a anfotericina B convencional, estabilizaram ou melhoraram quando a terapêutica foi substituída por Amphocil. Diminuições da função renal atribuíveis ao tratamento com Amphocil foram raras. No entanto, tal como acontece com a anfotericina B convencional, a função renal deve ser controlada com particular atenção em doentes tratados concomitantemente com fármacos nefrotóxicos.
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada

classe de frequência.

Doenças do sangue e do sistema linfático
Frequentes: alterações da coagulação, trombocitopenia e anemia

Doenças do sistema imunitário
Frequentes: reacções anafiláticas

Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes: hipomagnesemia

Doenças do sistema nervoso
Frequentes: cefaleias

Cardiopatias
Frequentes: taquicardia

Vasculopatias
Frequentes: hipotensão e hipertensão

Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes: Broncospasmo, dispneia, hipóxia e hiperventilação

Doenças gastrointestinais
Frequentes: Diarreia, vómitos, náuseas, dores abdominais

Afecções hepatobiliares
Raros: alterações dos níveis séricos de fosfatase alcalina e bilirrubina

Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes: Lombalgia

Doenças renais e urinárias

Raros: diminuição da função renal

Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes: febre , arrepios
Frequentes: calafrios

Como deve ser armazenado?

Armazenamento:

Conservar a temperatura inferior a 30oC.
Após reconstituição, conservar no frigorífico (2-8oC) e utilizar dentro de 24 horas. Não congelar.
Após diluição adicional com Dextrose 5% para injectáveis a solução deverá ser conservada no frigorífico (2-8oC) e utilizada dentro de 24 horas.
Frascos parcialmente utilizados devem ser rejeitados.

Verifique o prazo de validade inscrito na embalagem. Não utilize Amphocil após o prazo de validade impresso no rótulo, a seguir a VAL.. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Instruções para reconstituição e diluição:

  • Amphocil deve ser reconstituído adicionando água esterilizada para injectáveis, F.EUR, atravésde uma seringa esterilizada e uma agulha de calibre 20.
  • Injecte rapidamente no frasco para injectáveis: 50 mg/frasco para injectáveis - 10 ml de água esterilizada para injectáveis 100 mg/frasco para injectáveis - 20 ml de água esterilizada para injectáveis
  • Agite suavemente, rodando o frasco para injectáveis, até que o fluido amarelo se torne claro.Note que o fluido pode ser opalino. O líquido contido em cada frasco para injectáveis será constituído por 5 mg de anfotericina B por ml. Para perfusão, dilua até uma concentração final de 0,625 mg/ml diluindo 1 volume de Amphocil reconstituído com 7 volumes de Dextrose a 5%, para injectáveis.

O PÓ LIOFILIZADO NÃO DEVERÁ SER RECONSTITUÍDO COM SORO FISIOLÓGICO OU SOLUÇÕES DE DEXTROSE. NÃO DEVERÁ ADICIONAR SORO FISIOLÓGICO OU ELECTRÓLITOS AO CONCENTRADO RECONSTITUÍDO OU MISTURAR COM OUTROS FÁRMACOS.

Se for administrado através de via intravenosa já existente, lavar com dextrose a 5% antes da perfusão com Amphocil ou administrar por via separada.

O uso de qualquer outra solução diferente da recomendada ou a presença de um agente bacteriostático (ex. álcool benzílico) na solução poderá causar precipitação de Amphocil.

Não utilizar medicamento que apresente substâncias precipitadas ou partículas em suspensão. Deverá sempre ser seguida uma técnica estritamente asséptica durante a reconstituição e diluição já que não estão presentes conservantes no fármaco liofilizado ou nas soluções utilizadas para a reconstituição ou diluição.

Manter fora do alcance e vista das crianças.

Mais informações

Qual a composição de Amphocil

Composição qualitativa e quantitativa (por frasco para injectáveis):

50 mg 100 mg Substância activa Anfotericina B 50 mg 100 mg

Excipientes Sulfato sódico de colesterílo 28,38 mg Trometamol 6,063 mg Edetato dissódico 0,3612 mg Lactose, mono-hidratada 970 mg 56,76 mg 12,13 mg 0,7224 mg 1940 mg

Cada frasco contém ácido clorídrico F.Eur., suficiente para ajustar o pH a um valor aproximado de 7,0 e é acondicionado em atmosfera de azoto NF durante o fabrico.

Qual o aspecto de Amphocil e conteúdo da embalagem
Amphocil apresenta-se como um pó liofilizado amarelo ou laranja, estéril. Cada frasco para injectáveis contém 50 mg (50.000 UI) ou 100 mg (100.000 UI) de anfotericina B USP sob a forma de complexo com colesterílo, sulfato sódico.

Amphocil apresenta-se em embalagens de 1e 10 frascos para injectáveis contendo 50 mg de anfotericina B e em embalagens de 1 e 10 frascos para injectáveis contendo 100 mg de anfotericina B.

MEDICAMENTO DE USO EXCLUSIVO HOSPITALAR

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Farmoz ? Sociedade Técnico Medicinal, S.A.
Rua Prof. Henrique de Barros, Edifício Sagres, 3º A
2685-338 Prior Velho
Lisboa

Portugal
Tel: 21 0414124/5
Fax: 21 941 21 57
E-mail: farmoz@mail.telepac.pt

Fabricante:

Penn Pharmaceuticals, Ltd.
23-24 Tafamaubach Industrial Estate
NP2 3AA Tredegar - Blaenau Gwent
Reino Unido

Este folheto foi aprovado pela última vez em

Última atualização em 24.08.2023

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Os conteúdos apresentados não substituem a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e aos efeitos dos produtos individuais. Não podemos assumir responsabilidade pela exatidão dos dados, pois eles foram parcialmente convertidos automaticamente. Para diagnósticos e outras questões de saúde, consulte sempre um médico.

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