Akineton

Akineton
Substância(s) ativa(s)Biperides
País de admissãoPT
Titular da autorização de introdução no mercadoDesma Laboratorio Farmaceutico
Código ATCN04AA02
Grupos farmacológicosAgentes anticolinérgicos

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

Akineton apresenta-se na forma de comprimidos para administração oral e está indicado nas seguintes situações:

Síndrome de Parkinson, especialmente associado a rigidez e tremor.

Sintomas extrapiramidais como discinésias precoces, acatisia estados do tipo parkinsónico induzidos por neurolépticos e outros fármacos similares e outros transtornos motores extrapiramidais.

O que deve considerar antes de usar?

Não tome Akineton:

  • se tem alergia ao cloridrato de biperideno ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
  • se é um doente com glaucoma de ângulo agudo não tratado, estenoses mecânicas do aparelho gastrointestinal e megacolon.

O adenoma da próstata e as doenças que podem levar a taquicardias graves, representam contraindicações relativas.

Advertências e precauções

Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Akineton.

Crianças

A experiência com Akineton em crianças é limitada e baseia-se, fundamentalmente na administração transitória em distonias provocadas por medicamentos (por ex. neurolépticos, metoclopramida e compostos similares).

Idosos

Nos idosos, especialmente naqueles que apresentam sintomas orgânicos cerebrais, deve-se vigiar cuidadosamente a dosagem.

Outros medicamentos e Akineton

O Akineton antagoniza no trato gastrointestinal a ação da metoclopramida e compostos análogos.

A administração simultânea de Akineton com outros medicamentos de efeito anticolinérgico, como psicofármacos, anti-histamínicos, antiparkinsónicos e espasmolíticos pode potenciar os efeitos a nível do sistema nervoso central e periférico.

A administração simultânea de quinidina pode aumentar o efeito anticolinérgico (especialmente a nível da condução AV).

A levodopa pode potenciar as discinésias, quando se administra juntamente com Akineton. As discinésias tardias induzidas por neurolépticos podem ser intensificadas pelo Akineton. Não obstante, os sintomas parkinsónicos são tão graves em alguns doentes com discinésia tardia que obrigam a manter o tratamento anticolinérgico. Os anticolinérgicos podem potenciar os efeitos indesejáveis da petidina a nível do sistema nervoso central.

Akineton com álcool

O efeito do álcool aumenta durante uma terapia com Akineton.

Gravidez, amamentação e fertilidade

Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.

Não existem provas de que Akineton aumente o risco teratogénico. No entanto como

  • experiência durante a gravidez é limitada, recomenda-se cuidado especial, principalmente no primeiro trimestre. Os anticolinérgicos em dadas ocasiões inibem
  • lactação. Contudo não se conhece o efeito de Akineton neste período.

Akineton passa para o leite materno, alcançando concentrações muito semelhantes às do plasma materno. Geralmente recomenda-se o desmame, já que não se conhece a natureza nem o grau de metabolização do fármaco no recém-nascido nem se pode excluir um efeito fármaco-toxicológico.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Os efeitos indesejáveis a nível do sistema nervoso central e periférico, principalmente quando se associa Akineton a outros medicamentos de ação central, anticolinérgicos ou álcool, diminuem a capacidade para a condução de veículos e para a utilização de máquinas.

Akineton contém lactose

Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

Como é utilizado?

Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Deve-se iniciar o tratamento com AKINETON de forma gradual, ajustando a dose em função do efeito terapêutico e dos efeitos indesejáveis.

A dosagem deve ser vigiada nos doentes idosos, especialmente naqueles que apresentam sintomas orgânicos cerebrais.

Via de administração oral.

Salvo outra indicação do médico a dose recomendada é a seguinte:

Síndrome de Parkinson:

O tratamento inicial recomendado é de 2 x 1 mg (2 x 1/2 comprimido por dia).

A dose pode ser aumentada de forma gradual em 2 mg (1 comprimido por dia), até obter um resultado satisfatório. A dose máxima diária não deve ser superior a 16 mg (8 comprimidos). A dose diária deve ser distribuída de forma uniforme ao longo do dia.

Nos transtornos induzidos por medicamentos ou motores extrapiramidais de outra natureza:

Nos adultos: administrar 1-4 mg (1/2-2 comprimidos), 1-4 vezes ao dia como medicação oral associada a tratamento neuroléptico, dependendo da intensidade dos sintomas.

Nas crianças dos 3-15 anos: a dose recomendada é de 1-2 mg (1/2-1 comprimido), 1-3 vezes ao dia.

O ajuste do tratamento anticolinérgico oral deve ser efetuado lentamente especialmente nos transtornos motores extrapiramidais, com aumentos semanais de 2 mg (1 comprimido), até alcançar a dose máxima tolerada para o doente, que pode exceder várias vezes a dose máxima habitual noutras indicações.

A duração do tratamento depende da natureza e evolução da doença.

Se tomar mais Akineton do que deveria

Têm-se descrito também casos de abuso de Akineton. Este facto poderá relacionar- se com a ação estimulante do ânimo e euforizante, que ocorre de forma ocasional e transitória.

Geralmente o quadro de intoxicação é similar ao de uma intoxicação por atropina com sintomas anticolinérgicos periféricos (como por ex. pupilas dilatadas e com reflexos lentos, secura das mucosas, rubor facial, aumento da frequência cardíaca, atonia do intestino e da bexiga, temperatura elevada, particularmente nas crianças) e perturbações do sistema nervoso central (como irritação, confusão, perturbação da consciência e/ou alucinações). Em intoxicações graves existe o risco de paragem circulatória e uma inibição respiratória central.

Tratamento das intoxicações

Como antídotos recomendam-se os inibidores da acetilcolinesterase, em primeiro lugar a fisostigmina que ultrapassa a barreira hematoencefálica e tem um efeito sobre os sintomas de origem central. A fisostigmina administra-se por via intravenosa lenta ou intramuscular e, se necessário repetidas vezes e sob observação da pulsação.

Em casos de necessidade procede-se - segundo os sintomas existentes - ao apoio das funções cardiovasculares e respiratórias, à redução da temperatura em caso de febre e à colocação de cateter na bexiga.

Caso se tenha esquecido de tomar Akineton

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Se parar de tomar Akineton

Não é recomendada a suspensão brusca do tratamento, pois há o perigo de uma contra regulação excessiva, exceto quando aparecem complicações vitais.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.

Os efeitos indesejáveis ocorrem principalmente no início do tratamento ou quando se aumenta a dose de forma rápida. A suspensão brusca do tratamento não é aconselhável pois há perigo de uma contra-regulação excessiva, exceto quando aparecem complicações vitais. Doentes idosos, especialmente com anomalias orgânicas cerebrais de natureza vascular ou degenerativa mostram, inclusive em doses terapêuticas, uma maior suscetibilidade ao medicamento.

De acordo com resultados obtidos em estudos experimentais realizadas em animais, os anticolinérgicos de ação central como Akineton, aumentam a tendência das convulsões cerebrais, facto que se deve considerar de maneira especial, quando existe uma predisposição para convulsões.

Os efeitos indesejáveis podem ocorrer particularmente no início do tratamento ou se a dose for aumentada muito rapidamente.

Pode raramente ocorrer excitação, agitação, medo, confusão, delírios, alucinações, insónias com a toma de doses mais elevadas.

Os efeitos de excitação que são frequentemente observados em doentes com sintomas de deficiência cerebral podem necessitar de uma diminuição da dose. Têm sido também notificados casos de perturbações do sono.

Também podem raramente verificar-se casos de fadiga, tonturas, perturbações da memória, sonolência, aumento da frequência do coração, secura da boca, náuseas, distúrbios gástricos e espasmos musculares.

Outros efeitos indesejáveis que podem muito raramente ocorrer são os seguintes: hipersensibilidade, nervosismo, euforia, dores de cabeça, perturbação dos movimentos voluntários, falta de coordenação de movimentos musculares e perturbações da fala, aumento da predisposição para crises e convulsões cerebrais, perturbações da visão, aumento do tamanho da pupila, sensibilidade à luz, glaucoma de ângulo fechado, diminuição da frequência do coração, queda da pressão arterial (após administração da solução injetável), prisão de ventre, diminuição da transpiração, erupções alérgicas na pele, problemas em urinar.

Poderão ainda ocorrer casos de parotidite (inflamação das glândulas salivares).

Comunicação de efeitos indesejáveis

Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos indesejáveis diretamente ao INFARMED, I.F. através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos indesejáveis, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.

Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram (preferencialmente)

ou através dos seguintes contactos:

Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa

Tel: +351 21 798 73 73

Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita) E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt

Como deve ser armazenado?

Não conservar acima de 25ºC.

Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.

Mais informações

Qual a composição de Akineton

A substância ativa é o cloridrato de biperideno. Cada comprimido de Akineton contém 2 mg de cloridrato de biperideno.

Os outros componentes são: amido de milho, amido de batata, lactose mono- hidratada, hidrogenofosfato de cálcio di-hidratado, celulose microcristalina, copovidona, talco, estearato de magnésio, água purificada.

Qual o aspeto de Akineton e conteúdo da embalagem

Os comprimidos de Akineton são acondicionados em blisters de 10 alvéolos e posteriormente embalados em caixas de cartolina, juntamente com o folheto informativo.

Akineton está disponível em embalagens de 20 e 50 comprimidos.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

DESMA Laboratorio Farmacéutico S.L.

Paseo de la Castellana 121, escalera derecha, 6ºB 28046 Madrid

Espanha

Fabricante

Lab. Farmaceutico SIT - Specialita'Igienico Terapeutiche, S.r.L. Via Cavour, 70 -

27035 Mede (Pavia)

Itália

Este folheto foi revisto pela última vez em

Última atualização em 16.08.2022

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Os conteúdos apresentados não substituem a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e aos efeitos dos produtos individuais. Não podemos assumir responsabilidade pela exatidão dos dados, pois eles foram parcialmente convertidos automaticamente. Para diagnósticos e outras questões de saúde, consulte sempre um médico.

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