Grupo Farmacoterapeutico: 1.1.7 – Medicamentos Anti-infecciosos. Antibacterianos.
Aminoglicósideos.
Indicações:
-Tuberculose muito bacilífera ou em casos de resistência a outros tuberculostáticos e, sempre, em poliquimioterapia;
-Brucelose; -Tularémia; -Peste.
2. ANTES DE TOMAR ESTREPTOMICINA LABESFAL
Não tome Estreptomicina Labesfal se:
-tem alergia aos antibióticos da família dos aminoglicosídeos; -Miastenia grave;
-Mulheres grávidas;
-Indivíduos com anomalias vestibular ou coclear; -Insuficiência renal;
-Hipersensibilidade aos sulfitos.
Tome especial cuidado com Estreptomicina Labesfal
Salvo qualquer indicação imperativa: os indivíduos portadores de anomalias vestibulares ou cocleares devem abster-se de tomar este fármaco.
A nefrotoxicidade e a ototoxicidade da estreptomicina impõem as seguintes precauções:
APROVADO EM 05-11-2008 INFARMED
-em casos de insuficiência renal, não utilizar senão em casos de extrema necessidade e adaptar a posologia em função da clearance da creatinina;
-tendo em conta a ototoxicidade e a nefrotoxicidade do produto, devem evitar-se os tratamentos repetidos e/ ou prolongados, particularmente a pessoas idosas; -associação com diuréticos muito activos;
-em casos de tratamento prolongado indispensável (em particular tuberculose), vigiar regularmente as funções auditivas e renal;
-em caso de intervenção cirúrgica, informar o anestesista da toma deste medicamento; -em pacientes com miastenia grave (pois é um fármaco inibidor neuro-muscular); -em pacientes com hipersensibilidade ao fármaco uma vez que há o risco de aparecer uma reacção severa que pode incluir o choque anafilático ou dermatite esfoliativa. Em caso de utilização como anti-tuberculoso:
-a administração da estreptomicina deve responder aos princípios gerais do tratamento da tuberculose. Esta só pode ser administrada após a prova bacteriológica da tuberculose e em função dos resultados do antibiograma colocando em evidência a resistência a um ou vários antituberculosos e a sensibilidade à estreptomicina;
-para ter eficácia deve ser associada a um ou mais antituberculosos.
Deve ser evitado o uso concomitante de outros medicamentos neuro, oto ou nefrotóxicos, com agentes que provoquem bloqueio neuromuscular, devem ser monitorizados sinais de bloqueio neuromuscular e paragem respiratória, sobretudo após anestesia/relaxantes musculares; precaução com as doses excessivas em lactentes porque pode provocar um síndrome de depressão do SNC.
Idosos
A estreptomicina deverá ser usada com precaução em idosos devido ao risco de ototoxicidade.
O fármaco deverá de ser evitado em doentes com insuficiência renal ou administrar a dose normal mas dada em intervalos tais que as concentrações séricas não excedam os 4 mg/l.
Recém - Nascidos
A dose deverá ser 10-20 mg7 Kg para evitar o efeito tóxico sobre o oitavo nervo.
Crianças
O fármaco pode ser administrado às crianças mas em doses apropriadas.
Ao tomar Estreptomicina Labesfal com outros medicamentos:
Associações Contra - Indicadas
-outros aminoglicosídeos: devido ao risco aumentado de nefrotoxicidade e de ototoxicidade, não se devem administrar vários aminoglicosídeos simultaneamente ou sucessivamente, por via geral ou por via local salvo casos excepcionais;
-cefalorido: devido a uma sinergia dos efeitos nefrotóxicos.
Associações desaconselhadas
-polimixinas (via parenteral): devido a um aumento dos efeitos nefrotóxicos.
Associação necessitando de precaução no emprego
APROVADO EM 05-11-2008 INFARMED
-cefalotina: deve vigiar-se a função renal, uma vez que o aumento da nefrotoxicidade dos aminoglicosídeos pela cefalotina é discutível;
-curarizantes: os aminoglicosídeos podem potencializar os curares quando o antibiótico é administrado por via parenteral e/ ou peritoneal (antes, durante ou após a administração do agente curarizante). Deve vigiar-se o grau de curarização no fim da anestesia;
-diuréticos da ansa (ex: furosemida): associação possível, mas observar o estado de hidratação e das funções renais e cocleovestibulares, porque uma insuficiência renal funcional ligada à desidrataçaõ causada pelos diuréticos poderá aumentar os riscos de nefro e ototoxicidades dos aminoglicosídeos.
Associação a ter em conta
-anfotericina B: risco aumentado de nefrotoxicidade;
-cis platina: devido a um aumento dos efeitos nefro e ototóxicos; -Cidofovir, Ciclosporina e Tacrolimus: aumento do risco de nefrotoxicidade;
-Bloqueadores musculares: pode ocorrer depressão operatória pós-operativa grave. -Quando os aminoglicosídeos são administrados concomitantemente com antibióticos β- lactâmicos nomeadamente penicilinas, a administração deve ser feita em locais separados.
Gravidez e aleitamento:
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Grávidas
O fármaco deverá ser evitado pois há o risco de toxicidade sobre o oitavo nervo do feto.
Lactação
O fármaco passa para o leite materno mas não em quantidades suficientes que prejudiquem a criança, no entanto o risco de sensibilização deverá ser tido em conta.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se encontram referências.
Informações importantes sobre alguns componentes de Estreptomicina Labesfal Não aplicável.