Fenitoína Combino

Fenitoína Combino
Substância(s) ativa(s)Fenitoína
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoCombino Pharm Portugal, Unipessoal, Lda.
Código ATCN03AB02
Grupos farmacológicosAntiepilépticos

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

A Fenitoína pertence ao grupo farmacoterapêutico: 2.6. Sistema nervoso central. Antiepilépticos e anticonvulsivantes. Também possui uma elevada acção anti-arrítmica tipo Ib (actua sobre o ritmo cardíaco rápido, normalizando-o)

A Fenitoína Combino está indicada para:
Tratamento do estado de mal epiléptico (crise epiléptica com convulsões) Tratamento e prevenção das convulsões em neurocirurgia.
Arritmias auriculares e ventriculares (alterações do ritmo dos batimentos), especialmente as induzidas por intoxicação digitálica (intoxicação por um tipo de medicamentos chamados digitálicos, que actuam sobre o coração).

O que deve considerar antes de usar?

Não utilize Fenitoína Combino:
Se é alérgico (hipersensível) à fenitoína, às hidantoínas ou a qualquer dos demais componentes da Fenitoína Combino.
Se tem problemas de coração como bradicardia sinusal (diminuição do ritmo cardíaco), bloqueio sinoauricular ou bloqueio aurículo-ventricular de segundo e terceiro grau (distintos tipos de alterações do ritmo cardíaco).
Se padece do síndroma de Stokes-Adams (doença do sistema nervoso que se manifesta por convulsões e lipotimias, taquicardia ou paragem cardíaca)

Tome especial cuidado com Fenitoína:
Se padece de hipotensão (tensão arterial baixa) ou insuficiência cardíaca grave (doença que faz com que o coração não possa bombear sangue suficiente para o resto do corpo). Se padece de diabetes, já que a fenitoína pode produzir hiperglicémia (aumento dos níveis de açúcar no sangue)
Se se administra fenitoína a pacientes com insuficiência hepática (alteração da função do fígado), pacientes idosos ou gravemente doentes a dosagem deve ser ajustada. Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepilépticos como a Fenitoína Combino teve pensamentos de auto-agressão e suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos deve contactar imediatamente o seu médico

Foram descritos casos de irritação e inflamação no local de injecção, com ou sem extravasamento (saída do líquido que se injecta) de fenitoína intravenosa. Esta irritação pode variar desde uma ligeira sensibilidade até à necrose (morte de um conjunto de células) extensiva, pelo que deve evitar-se a administração inadequada deste medicamento, incluindo a administração por via subcutânea ou perivascular, para evitar a possibilidade de produzir estes efeitos.

Os níveis da fenitoína no sangue acima do intervalo terapêutico (quantidade de medicamento que é eficaz, com mínima toxicidade) pode produzir estados de confusão referidos como delirium (alteração da consciência), psicose (perturbações mentais caracterizadas por uma determinada perda de contacto com a realidade) ou encefalopatia (lesão do cérebro e do sistema nervoso), ou raramente disfunção cerebelar irreversível (alteração incurável do funcionamento do cerebelo). Por conseguinte, recomenda-se a determinação dos níveis de fenitoína no sangue ao primeiro sinal de toxicidade aguda.

Ao utilizar Fenitoína Combino com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente qualquer outro medicamento, inclusive os adquiridos sem receita médica.

Fármacos que podem aumentar os níveis da fenitoína no sangue: cloramfenicol, dicumarol, dissulfiram, tolbutamida, isoniazida, fenilbutazona, salicilatos, clordiazepóxido, fenotiacinas, diazepam, estrógenos, etosuximida, halotano, metilfenidato, sulfonamidas, antagonistas H2, trazodona, amiodarona, fluoxetina e succinimidas.

Fármacos que podem diminuir os níveis da fenitoína no sangue: carbamazepina, reserpina, diazóxido, ácido fólico e sucralfato.

Fármacos que podem aumentar ou diminuir os níveis da fenitoína no sangue: fenobarbital, ácido valpróico e valproato sódico.

Os antidepressivos tricíclicos em altas doses podem desencadear convulsões, sendo necessário ajustar a dose de fenitoína.
Ao combinar-se com a lidocaína por via intravenosa pode conduzir a uma depressão cardíaca (diminuição do funcionamento do coração) excessiva.

A fenitoína diminui a eficácia dos corticosteróides, anticoagulantes cumarínicos, contraceptivos orais, quinidina, vitamina D, digitoxina, rifampicina, doxiciclina, estrógenos, furosemida e teofilina.

Fenitoína Combino pode interferir nos seguintes testes laboratoriais: metirapona, dexametasona, iodo unido a proteínas, glucose, fosfatase alcalina e GGT. Sempre que seja possível e especialmente se existe a suspeita de uma interacção medicamentosa, serão determinados os níveis da fenitoína no sangue.
Com o álcool e os medicamentos que produzem depressão do SNC (Sistema Nervoso Central) pode potenciar-se a depressão do SNS

Ao utilizar Fenitoína Combino com alimentos e bebidas:
Uma ingestão aguda (ingestão de muito álcool em muito pouco tempo) de álcool pode aumentar os níveis de fenitoína no sangue enquanto que uma ingestão crónica (consumo habitual de álcool durante muito tempo) os pode diminuir.

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar um medicamento. Não se deve utilizar como fármaco de eleição durante a gravidez, especialmente durante

  • primeiro trimestre de gravidez, devendo-se avaliar em cada caso a relação benefício/risco. A exposição à fenitoína antes do parto pode produzir um aumento do risco de hemorragia (sangramento) na mãe e no recém-nascido. As hidantoínas também podem produzir deficiência de vitamina K na mãe, o que leva a um aumento da hemorragia materna durante o parto. Não se deve suspender a medicação antiepiléptica se esta for administrada para prevenir crises de grande mal (crise de convulsões). Não se recomenda a lactação do recém-nascido por parte de mães tratadas com fenitoína, já que este medicamento passa para o leite materno.

Condução de veículos e utilização de máquinas:
Este medicamento pode diminuir a sua capacidade para conduzir ou utilizar máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Fenitoína Combino Este medicamento contém cerca de 10% de etanol (álcool) que corresponde a uma quantidade de 0,4 g por ampola, o que equivale a 10 ml de cerveja ou 4 ml de vinho. Este medicamento é prejudicial para pessoas que padecem de alcoolismo. Deve ter-se em conta o conteúdo de álcool no caso de mulheres grávidas ou em período de lactação, crianças, grupos de alto risco como pacientes com doenças do fígado ou epilepsia.

Como é utilizado?

Siga exactamente as instruções de administração de Fenitoína Combino indicadas pelo seu médico. Consulte o seu médico se tiver dúvidas.

O médico indicar-lhe-á a duração do tratamento com Fenitoína Combino, bem como a dose e forma de administração adequada de acordo com o tipo de doença. Fenitoína Combino administra-se por via intravenosa.
A dose normal é:

Estado de mal epiléptico (crise epilépticas com convulsões):
Adultos: Deve administrar-se uma dose de carga de aproximadamente 10-15 mg/kg, via intravenosa, a uma velocidade não superior a 50 mg/minuto. A dose de carga deve ser seguida da doses de manutenção de 100 mg, via oral ou intravenosa, a cada 6-8 horas.

Recém-nascidos e crianças pequenas: Doses de carga de 15-20 mg/kg podem produzir concentrações efectivas no sangue de (10-20mg/ml). A velocidade de injecção deve ser inferior a 1-3 mg/kg/minuto não ultrapassando a dose de 50 mg por minuto. As doses de manutenção serão de 4-7 mg/kg/24h, en 2 fracções.

Neurocirurgia:
Adultos: Administrar uma dose de carga de 100-200 mg (2-4 ml) com intervalos de 4 horas aproximadamente, continuar com dose de manutenção, durante o período pós-operatório, durante 48-72 horas.

Arritmias:
Administrar 100 mg a cada 5 minutos até que desapareça a arritmia ou até alcançar uma dose máxima de 1000 mg. A injecção deve ser aplicada com as máximas precauções, aconselhando-se a monitorização (observação) contínua do ECG (electrocardiograma) e da pressão sanguínea. A velocidade de injecção não deve ultrapassar os 25-50 mg/minuto

Se considerar que a acção da Fenitoína Combino é demasiado forte ou fraca, comunique-

  • ao seu médico ou farmacêutico.

Se utilizar mais Fenitoína Combino do que devia:
Os sintomas iniciais de intoxicação são: falta de coordenação dos movimentos voluntários (ataxia), movimento rápido e involuntário dos olhos (nistagmo) e gaguez. Outros sintomas indicativos de sobredosagem são tremura, hiperflexia (flexão forçada de um membro), sonolência, linguagem titubeante, náuseas e vómitos. Nestes casos deve diminuir-se a dose ou suspender-se o tratamento.
No caso de sobredosagem, o tratamento consiste em manter a respiração e a circulação sanguínea e tomar as medidas adequadas de apoio. Pode considerar-se realizar hemodiálise já que a fenitoína não se une na sua totalidade às proteínas plasmáticas (proteínas que existem no sangue).

Se usou mais Fenitoína Combino do que devia, consulte imediatamente o seu médico ou farmacêutico.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Fenitoína Combino pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os principais sinais de toxicidade associados com a administração intravenosa de fenitoína são o colapso cardiovascular e/ou depressão do sistema nervoso central (diminuição das funções do sistema nervoso central). Quando se administra rapidamente pode aparecer hipotensão (redução da pressão arterial).

Foram descritos os seguintes efeitos adversos:

Cardiovasculares: Reacções cardiotóxicas (alterações do funcionamento do coração) graves com depressão da condução atrial e ventricular e filtração ventricular. Também pode aparecer periarterite nodosa (grave doença na qual as artérias pequenas e médias ficam inflamadas e danificadas). Estas complicações podem surgir mais frequentemente em pacientes idosos ou gravemente doentes.

Sistema nervoso central: A maioria das reacções adversas com a fenitoína ocorrem no sistema nervoso central, e são dependentes da dose. Foram descritos casos de nistagmo (movimento rápido e involuntário dos olhos), ataxia (falta de coordenação dos movimentos), linguagem titubeante, coordenação diminuída e confusão mental. Também foram descritos casos de vertigens, insónias, nervosismo e cefaleias (dores de cabeça). Muito raramente foram descritos casos de disquinesias (movimentos involuntários anormais que afectam principalmente as extremidades, tronco ou mandíbula), incluindo coréia (movimento involuntário da boca e língua), distonia (contracções musculares que causam torções e movimentos repetitivos ou posturas anormais), tremura e asterixis (movimento anormal das extremidades).

Gastrintestinais: Náuseas, vómitos, obstinação e lesão hepática.

Dermatológicos: Rash cutâneo morbiliforme ou escarlatiniforme (erupções cutâneas) acompanhado ou não de febre, dermatite exfoliativa (inflamação grave de toda a superfície da pele), lúpus eritematoso (doença que pode produzir erupções cutâneas, artrite, convulsões, etc., e pode afectar também os rins, pulmões e coração), Síndroma de Stevens-Johnson (reacção alérgica que pode afectar a pele e as membranas mucosas) e necrose epidérmica tóxica (doença da pele que põe em perigo a vida e caracteriza-se pela formação de bolhas e esfoliação da pele).

Hematopoiéticos (relacionados com o sangue): Algumas complicações encontradas foram fatais. Pode surgir trombocitopenia (diminuição da quantidade de plaquetas), leucopenia (diminuição da quantidade de glóbulos brancos), granulocitopenia (deficiência no número de granulócitos, um tipo de glóbulo branco), agranulocitose (diminuição do número de neutrófilos, um tipo de glóbulo branco), pancitopenia (diminuição do número de glóbulos

vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) e linfoadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos).

Local da injecção: Irritação local, inflamação, hipersensibilidade, necrose (morte celular) e escara (tecido morto que se desprende da pele saudável).

Se considerar que algum dos efeitos adversos que sofre é grave ou sentir algum efeito adverso não mencionado neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

Não utilize Fenitoína Combino após o prazo de validade impresso na embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

Mais informações

Qual a composição de Fenitoína Combino

  • A substância activa de Fenitoína Combino é a fenitoína sódica.
  • Os outros componentes são: etanol, propilenoglicol, hidróxido de sódio (para ajuste dopH) e água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Fenitoína Combino e conteúdo da embalagem
Solução injectável contendo 250 mg de fenitoína sódica em ampolas para injectáveis de 5 ml em embalagens de 5 unidades.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado:

Combino Pharm Portugal, Unipessoal Lda
Quinta da Fonte. Rua dos Malhões, Edifício D. Pedro I, Escritório nº. 26 2770-071 Oeiras. Portugal

Fabricante:

Combino Pharm, S.L
Fructuós Gelabert 6-8
08970 Sant Joan Despí, Barcelona
Espanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em

Esta informação destina-se unicamente a médicos ou profissionais do sector de saúde:

Fenitoína Combino deve administrar-se de forma lenta, sem exceder 50 mg/min. em adultos ou 1-3 mg/kg/min. em neonatos.

A solução pode administrar-se via i.v. directa ou infusão i.v. diluindo exclusivamente em soro fisiológico a concentração final de 1-10 mg/ml. Aconselha-se a administração antes e depois da infusão, solução salina estéril através do mesmo cateter ou agulha para evitar a irritação venosa local por alcalinidade da solução.

Não se aconselha a administração por via intramuscular porque podem decorrer até 24 horas para a obtenção dos máximos plasmáticos, já que a absorção pela referida via é errática.
A administração inadequada deste medicamento, incluindo a administração por via subcutânea ou perivascular, pode produzir irritação tecidular e inflamação no local da injecção.

Aconselha-se a determinação dos níveis plasmáticos da fenitoína para garantir a eficácia e ajustar posteriormente as doses de manutenção (níveis terapêuticos, 10-20 µg/ml). Durante a administração da infusão, recomenda-se o controlo das constantes vitais e do ECG.

Incompatibilidades maiores:
A fenitoína sódica em solução injectável tem o seu pH compreendido entre os valores de 10 e 12,3. Somente se mantém em solução com este valor de pH. A mistura deste injectável com qualquer outro ou a sua junção a soluções de perfusão não é recomendável dado a possibilidade de insolubilização do princípio activo.

Última atualização em 11.08.2022

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Os conteúdos apresentados não substituem a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e aos efeitos dos produtos individuais. Não podemos assumir responsabilidade pela exatidão dos dados, pois eles foram parcialmente convertidos automaticamente. Para diagnósticos e outras questões de saúde, consulte sempre um médico.

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