Este medicamento pertence ao grupo farmacoterapêutico: 15.1.1 - Medicamentos usados em afeções oculares. Anti-infecciosos tópicos. Antibacterianos.
Micetinoftalmina, colírio, solução, está indicado:
- no tratamento tópico das infecções oculares, causadas por micro-organismos sensíveis ao cloranfenicol;
- nas conjuntivites;
- no tracoma;
- nas queratites ou queratoconjuntivites;
- nas blefarites;
- nas dacriocistites;
- nas úlceras da córnea.
2. ANTES DE UTILIZAR MICETINOFTALMINA
Não utilize Micetinoftalmina
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao cloranfenicol ou a qualquer outro componente de Micetinoftalmina.
- em crianças com menos de seis meses de idade.
- em doentes com antecedentes de insuficiência medular.
APROVADO EM 22-11-2012 INFARMED
Tome especial cuidado com Micetinoftalmina
Micetinoftalmina, colírio, solução, não deve ser utilizada de forma prolongada e/ou em tratamentos repetidos e frequentes dado que nessas condições pode favorecer:
- o aparecimento de aplasias medulares e discrasias sanguíneas (anemia aplástica, anemia hipoplástica, neutropénia, trombocitopénia e granulocitopénia).
- desequilíbrios da flora local, permitindo o crescimento de micro-organismos não suscetíveis, como os fungos.
- superinfeção.
Recomenda-se que indivíduos que estão a fazer, concomitantemente, tratamento com outro(s) medicamento(s) de uso oftálmico, com substâncias ativas diferentes, aguardem 15 minutos de intervalo entre as aplicações.
O uso prolongado do Micetinoftalmina, colírio, solução, é um fator de risco ao aparecimento de mielodisplasias, embora este risco esteja maximizado na administração sistémica do cloranfenicol.
Evitar a terapêutica concomitante com medicamentos que produzem depressão medular.
Utilizar Micetinoftalmina com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
O cloranfenicol inibe de forma irreversível as enzimas microssomais hepáticas, como o citocromo F, e por conseguinte, pode prolongar a semivida dos medicamentos que são metabolizados por este sistema. Entre estes medicamentos estão o dicumarol, a fenitoína, a clorpropamida e a tolbutamida.
Da mesma forma, outros medicamentos podem alterar a eliminação do cloranfenicol. A administração crónica de fenobarbital ou a administração aguda de rifampicina encurta a semivida do antibiótico, presumivelmente por indução enzimática e pode resultar em níveis subterapêuticos do medicamento.
Existe a possibilidade de antagonismo do cloranfenicol com outros agentes antimicrobianos, em particular β-lactâmicos e aminoglicosídeos.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
A segurança da utilização do cloranfenicol durante a gravidez e aleitamento não está totalmente estabelecida.
O seu uso, deverá ser controlado diretamente pelo médico, que deve avaliar a razão benefício/risco mais favorável para cada caso.
APROVADO EM 22-11-2012 INFARMED
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Micetinoftalmina Não aplicável.
3. COMO UTILIZAR MICETINOFTALMINA
Utilizar Micetinoftalmina sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Seguir escrupulosamente a indicação do médico. A posologia aconselhada é, em média, uma a duas gotas de colírio, quatro a seis vezes ao dia. Se necessário, a posologia pode ser ajustada de acordo com a intensidade da infecção.
Correntemente utiliza-se o colírio durante o dia e a pomada oftálmica (Micetinoftalmina) à noite.
Via e modo de administração Uso oftálmico.
O modo de administração, consiste em aplicar a dose de Micetinoftalmina, colírio, solução, indicada pelo médico, no(s) olho(s) afetado(s). Evitar o contacto do frasco com o olho.
Duração média do tratamento
Seguir as instruções médicas. Dada a ação do cloranfenicol ser predominantemente bacteriostática, a terapêutica deve ser continuada até, pelo menos, 48 horas após a cura ser confirmada.
No caso de persistência ou agravamento dos sintomas dever-se-á consultar um médico.
Se utilizar mais Micetinoftalmina do que deveria
Na eventualidade de ocorrer sobredosagem pela aplicação de elevadas quantidades do medicamento Micetinoftalmina, colírio, solução, ou pela sua ingestão acidental poderão surgir as seguintes complicações: náuseas, vómitos, paladar desagradável, diarreia, irritação perineal, visão turva, parestesias digitais, perda simétrica de células ganglionares da retina, atrofia do nervo ótico, e complicações hematológicas. Nesta situação deve ser imediatamente procurada assistência médica/hospitalar.
Caso se tenha esquecido de utilizar Micetinoftalmina
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de utilizar. No caso de se esquecer de uma dose, administre-a assim que se lembrar e, continue o tratamento de acordo com o estabelecido. Em caso de dúvidas, deverá contactar o seu médico assistente ou farmacêutico.
APROVADO EM 22-11-2012 INFARMED
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Micetinoftalmina pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Os efeitos secundários estão listados por classes de sistemas de órgãos e frequência. A frequência dos efeitos secundários foi definida como: Muito frequentes (≥1/10), Frequentes (≥1/100 e <1/10), Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), Raros (≥1/10.000, <1/1.000) e Muito raros (<1/10.000), incluindo relatos isolados.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes: alergia local, sob a forma de conjuntivite de contacto, prurido ou sensação de queimadura, edema angioneurótico, urticária, dermatites vesicular e maculopapular.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.