Tracrium

Tracrium
Substância(s) ativa(s)Atracurium
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoLaboratórios Wellcome de Portugal, Lda.
Código ATCM03AC04
Grupos farmacológicosRelaxantes musculares, agentes de acção periférica

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

Tracrium é um bloqueador neuromuscular competitivo ou não despolarizante altamente selectivo, utilizado como complemento da anestesia geral para permitir a intubação traqueal e relaxar os músculos esqueléticos durante a cirurgia ou ventilação controlada e facilitar a ventilação mecânica em doentes na unidade de cuidados intensivos (UCI).

O que deve considerar antes de usar?

Não Utilize Tracrium
Se tem alergia (hipersensibilidade) ao atracúrio, cisatracúrio e/ou ácido benzensulfónico.

Tome especial cuidado com Tracrium
TAL COMO OUTROS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES, TRACRIUM PARALISA OS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS, ASSIM COMO OUTROS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS, MAS NÃO AFECTA A CONSCIÊNCIA. TRACRIUM DEVE SER ADMINISTRADO APENAS COM ANESTESIA GERAL ADEQUADA E POR, OU SOB CONTROLO DE UM ANESTESISTA EXPERIENTE, COM CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL E VENTILAÇÃO ARTIFICIAL.

Durante a administração de Tracrium em doentes susceptíveis existe potencial para a libertação de histamina. Deve tomar-se precaução ao administrar Tracrium a doentes com historial sugestivo de sensibilidade aumentada aos efeitos da histamina.

Recomenda-se precaução na administração de Tracrium a doentes que tenham mostrado hipersensibilidade a outros bloqueadores neuromusculares, dado ter sido referida uma alta

percentagem de sensibilidade cruzada (maior que 50%) entre bloqueadores neuromusculares (ver Não utilize Tracrium).

Tracrium não tem propriedades vagais ou de bloqueio ganglionar significativas nas doses recomendadas. Por consequência, Tracrium não tem efeito clinicamente significativo sobre a frequência cardíaca às doses recomendadas, não contrariando a bradicardia provocada por muitos anestésicos ou pela estimulação vagal durante a cirurgia.

Tal como com outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes, poderá prever-se uma sensibilidade aumentada ao atracúrio em doentes com miastenia gravis, outras doenças neuromusculares e alterações electrolíticas graves.

Tracrium deve ser administrado durante um período de 60 segundos a doentes que possam ser anormalmente sensíveis a quebras da pressão arterial, como por exemplo, em doentes hipovolémicos.

Tracrium é inactivado a pH elevado, não devendo por isso ser misturado na mesma seringa com tiopental ou qualquer outro agente alcalino.
Quando se selecciona uma veia pequena como local de injecção, Tracrium deve ser escorvado da veia com soro fisiológico após administração. Quando se administram outros anestésicos através da mesma agulha ou cânula utilizada para o Tracrium, é importante que após utilização de cada fármaco se proceda à "lavagem" da veia com um volume adequado de soro fisiológico.

Tracrium é hipotónico pelo que não deve ser administrado no mesmo tubo de perfusão de uma transfusão sanguínea.

Estudos de hipertermia maligna em animais susceptíveis (suínos) e estudos clínicos em doentes susceptíveis a hipertermia maligna, indicam que Tracrium não despoleta este síndrome.

Tal como com outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes, poderá desenvolver-se resistência em doentes com queimaduras. Estes doentes poderão necessitar de doses aumentadas, dependendo do tempo decorrido desde a queimadura e da sua extensão.

Doentes na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI):
Quando administrado a animais de laboratório em doses elevadas, a laudanosina, um metabolito do atracúrio, tem sido associada a hipotensão transitória e, em algumas espécies, a efeitos excitatórios cerebrais. Embora se tenham observado convulsões em doentes na UCI a receberem atracúrio, não se estabeleceu uma relação causal com a laudanosina (ver secção 4).

Ao tomar Tracrium com outros medicamentos
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
O bloqueio neuromuscular produzido por Tracrium pode ser aumentado pelo uso concomitante de anestésicos inalados tais como halotano, isoflurano e enflurano.

Tal como com todos os bloqueadores neuromusculares não despolarizantes, a magnitude e/ou duração de um bloqueio neuromuscular não despolarizante pode ser aumentada como resultado de interacção com:

  • Antibióticos, incluindo aminoglicosideos, polimixinas, espectinomicina, tetraciclinas, lincomicina e clindamicina.
  • Fármacos antiarrítmicos: propranolol, bloqueadores dos canais de cálcio, lidocaína, procaínamida e quinidina.
  • Diuréticos: furosemida e possivelmente manitol, diuréticos tiazídicos e acetazolamida.
  • Sulfato de magnésio
  • Cetamina
  • Sais de lítio
  • Bloqueadores ganglionares: trimetafano, hexametónio.

Raramente, alguns fármacos poderão agravar ou expor miastenia gravis latente ou mesmo induzir o síndrome miasténico; uma sensibilidade aumentada ao Tracrium seria uma consequência de tal desenvolvimento. Estes fármacos incluem vários antibióticos, beta-bloqueantes (propranolol, oxprenolol), antiarrítmicos (procaínamida, quinidina), fármacos anti-reumatismais (cloroquina, D-penicilamina), trimetafano, clorpromazina, esteróides, fenitoína e lítio.

O início do bloqueio neuromuscular não-despolarizante poderá ser atrasado e a duração reduzida em doentes sob terapêutica anticonvulsiva crónica.

A administração de associações de bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes com Tracrium poderá originar um grau de bloqueio neuromuscular em excesso relativamente ao previsto com uma dose total equipotente de Tracrium. Qualquer efeito sinérgico poderá variar entre diferentes associações de fármacos.

Um relaxante muscular despolarizante, tal como o cloreto de suxametónio, não deve administrar-se para prolongar os efeitos bloqueadores neuromusculares de bloqueadores não despolarizantes, tais como o atracúrio, por poder resultar num bloqueio complexo e prolongado, difícil de reverter com anticolinesterásicos.

O tratamento com anticolinesterases (p.ex. donepezil), comummente utilizados no tratamento da doença de Alzheimer, pode encurtar a duração e diminuir a magnitude do bloqueio neuromuscular do atracúrio.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Tal como com todos os bloqueadores neuromusculares, Tracrium só deve ser utilizado durante a gravidez se o potencial benefício para a mãe ultrapassar qualquer potencial risco para o feto. Tracriumpode ser utilizado para manter o relaxamento muscular durante a cesariana, dado que não atravessa a placenta em quantidades clinicamente significativas, após administração das doses recomendadas.

Desconhece-se se Tracrium é excretado no leite materno.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não relevante para a utilização de Tracrium. No entanto, Tracrium é sempre utilizado em combinação com uma anestesia geral pelo que, consequentemente, aplicam-se as precauções habituais relacionadas com a execução de tarefas após anestesia geral.

Como é utilizado?

Utilize Tracrium sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Administração por injecção em adultos
Tracrium destina-se a administração por injecção intravenosa. A dose recomendada para adultos é de 0,3-0,6 mg/kg (dependendo da duração pretendida de bloqueio completo), a qual proporciona relaxamento adequado entre 15 a 35 minutos.

A intubação endotraqueal pode usualmente ser efectuada até 90 segundos após injecção intravenosa de 0,5-0,6 mg/kg.

O bloqueio completo pode ser prolongado com doses suplementares de 0,1-0,2 mg/kg, conforme necessário. Doses suplementares sucessivas não originam acumulação do efeito de bloqueio neuromuscular.

A recuperação espontânea desde o final do bloqueio completo, determinada pela recuperação da resposta tetânica para 95% da função neuromuscular normal, ocorre em cerca de 35 minutos.

O bloqueio neuromuscular produzido por Tracrium pode ser rapidamente revertido por doses padrão de anticolinesterásicos, tais como neostigmina e edrofónio, associados ou precedidos de atropina, sem evidência de recurarização.

Administração por perfusão em adultos
Após uma dose inicial por bólus de 0,3-0,6 mg/kg, Tracrium pode ser utilizado na manutenção do bloqueio neuromuscular durante a cirurgia prolongada, por administração por perfusão contínua a uma velocidade de 0,3-0,6 mg/kg/hora.

Tracrium pode ser administrado por perfusão durante a cirurgia cardiopulmonar de by pass à velocidade de perfusão recomendada. A hipotermia induzida a temperaturas corporais de 25° a 26° C, reduz a velocidade de inactivação do atracúrio, pelo que, a estas temperaturas reduzidas, o bloqueio neuromuscular completo pode ser mantido com cerca de metade da taxa original de perfusão.

Tracrium é compatível com as soluções de perfusão abaixo descritas durante o tempo referido:

Solução de perfusão Período de estabilidade

24 horas 8 horas 8 horas 8 horas 4 horas Perfusão intravenosa BP de cloreto de sódio 0,9pv Perfusão intravenosa BP de glucose 5pv Solução injectável de Ringer USP Perfusão intravenosa BP de cloreto de sódio 0,18pv e glucose 4pv Perfusão intravenosa BP de lactato de sódio composto solução injectável de Hartmann

Quando diluído nestas soluções em concentrações iguais ou superiores a 0,5 mg/ml de besilato de atracúrio, as soluções resultantes são estáveis à luz do dia a temperaturas não superiores a 30ºC durante os tempos referidos.

Crianças
A dosagem para crianças com idade superior a 1 mês, é idêntica à dos adultos, com base no peso corporal.

Idosos
Tracrium pode usar-se em doses padrão em doentes idosos. Recomenda-se, no entanto, que a dose inicial seja a mais baixa dos valores recomendados e administrada lentamente.

Insuficiência renal e/ou hepática
Tracrium pode ser administrado às doses padrão recomendadas em todos os níveis de insuficiência renal ou hepática, incluindo a falência terminal.

Doença cardiovascular
Em caso de doença cardiovascular clinicamente significativa, a dose inicial de Tracrium deve ser administrada ao longo de um período de 60 segundos.

Administração na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI)
Após uma dose inicial em bólus de 0,3 a 0,6 mg/kg, Tracrium pode ser utilizado para manter o bloqueio neuromuscular administrando uma perfusão contínua a uma velocidade de 11-13 µg/kg/min (0,65-0,78 mg/kg/h). Existe, no entanto, uma grande variabilidade interdoentes quanto à dose requerida. A dose requerida pode variar com o tempo. Alguns doentes requerem velocidades de perfusão tão baixas como 4,5 µg/kg/min (0,27 mg/kg/h) ou tão altas como 29,5µg/kg/min (1,77 mg/kg/h).

A taxa de recuperação espontânea do bloqueio neuromuscular após perfusão de Tracrium em doentes na UCI é independente da duração da administração. A recuperação espontânea para um quociente "train-of-four" > 0,75 (quociente entre a altura da quarta até à primeira contracção no "train-of-four") pode esperar-se em aproximadamente 60 minutos. Observou-se uma variação de 32-108 minutos, nos ensaios clínicos.

Monitorização
TAL COMO COM OUTROS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES, RECOMENDA-SE MONITORIZAÇÃO DA FUNÇÃO NEUROMUSCULAR DURANTE A UTILIZAÇÃO DE TRACRIUM DE MODO A INDIVIDUALIZAR A DOSE REQUERIDA

Se utilizar mais Tracrium do que deveria

Sinais e sintomas
Paralesia muscular prolongada e as suas consequências são os principais sinais de sobredosagem.

Tratamento
É essencial manter uma via aérea acessível juntamente com ventilação assistida de pressão positiva até evidência de respiração espontânea adequada. É possível que seja necessário uma sedação completa dado não haver perda de consciência. A recuperação pode ser acelerada

através da administração de anticolinesterásicos associados a atropina ou glicopirolato, quando houver evidência de recuperação espontânea.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Tracrium pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

São referidos de seguida, por sistemas de orgãos e frequência absoluta, os efeitos indesejáveis. As frequências são definidas do seguinte modo: muito frequentes (>1/10); frequentes (>1/100 e <1/10); pouco frequentes (>1/1 000 e <1/100); raros (>1/10 000 e <1/1 000); muito raros (< 1/10 000). Os muitos frequentes, frequentes e pouco frequentes foram determinados a partir de dados de ensaios clínicos. Os raros e muito raros derivaram, geralmente, de notificações espontâneas. A classificação de frequência ?desconhecida? foi aplicada aos efeitos onde não foi possível estimar a frequência a partir dos dados disponíveis.

Dados de ensaios clínicos

Vasculopatias
Eventos que foram atribuídos à libertação de histamina estão indicados com um asterisco (*).

Frequentes: Hipotensão (ligeira, transitória)*, rubor cutâneo*

Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Eventos que foram atribuídos à libertação de histamina estão indicados com um asterisco (*).

Pouco frequentes: Broncospasmos*

Dados de pós-comercialização

Doenças do sistema imunitário

Muito raros: Reacção anafiláctica, reacção anafilactóide.
Foram relatadas, muito raramente, reacções anafilactóides ou anafilácticas graves em doentes a receber Tracrium em associação com um ou mais anestésicos.

Doenças do sistema nervoso

Desconhecida: Convulsões
Foram relatados casos de convulsões em doentes na UCI que receberam atracúrio concomitantemente com vários outros farmacos. Estes doentes, tinham usualmente uma ou mais situações clínicas predisponentes a convulsões (por ex. traumatismo craniano, edema cerebral, encefalite viral, encefalopatia hipóxica, uremia). Não foi estabelecida uma relação causal com a laudanosina. Em ensaios clínicos, parece não haver correlação entre a concentração plasmática de laudanosina e a ocorrência de convulsões.

Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos

Desconhecida: Miopatia, fraqueza muscular
Foram relatados alguns casos de fraqueza muscular e/ou miopatia após utilização prolongada de relaxantes musculares em doentes gravemente doentes na UCI. À maioria dos doentes eram administrados corticosteróides concomitantemente. Estes efeitos foram observados com pouca frequência em associação com Tracrium, não estando estabelecida uma relação causal. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Proteger da luz. Não congelar.

Podem permitir-se curtos períodos de tempo a temperaturas até 30° C , mas apenas para permitir

  • transporte ou a armazenagem temporária fora do frigorífico. Estima-se uma perda de potência de 8% se Tracrium for armazenado a 30° C durante o período de 1 mês.

Qualquer quantidade não utilizada de Tracrium remanescente na ampola aberta deverá ser inutilizada.

Tracrium é um medicamento sujeito a receita médica. A sua administração deve ser feita sob vigilância médica.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Tracrium após o prazo de validade impresso na embalagem.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

Mais informações

Qual a composição de Tracrium

A substância activa é o besilato de atracúrio.
Cada ml de Tracrium 10mg/ml solução injectável contém 10 mg de besilato de atracúrio

Os outros componentes são o ácido benzenosulfónico e água para injectáveis.

Qual o aspecto de Tracrium e conteúdo da embalagem
Tracrium apresenta-se sob a forma farmacêutica de solução injectável.

Tracrium de 2,5 ml contém 25 mg de besilato de atracúrio em 2,5 ml de solução injectável estéril, límpida, amarela pálida, em ampola de vidro transparente.

Tracrium de 5 ml contém 50 mg de besilato de atracúrio em 5 ml de solução injectável estéril, límpida, amarela pálida, em ampola de vidro transparente.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Laboratórios Wellcome de Portugal, Lda
Rua Dr. António Loureiro Borges, 3
Arquiparque, Miraflores
1495 - 131 Algés
PortugalTel: 21 412 95 00
Fax: 21 412 04 38

Fabricante

GlaxoSmithkline Manufacturing S.p.A. (Fab. Parma)
Strada Provinciale Asolana, 90
43056 San Polo di Torrile - Parma
Itália

Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o titular da autorização de introdução no mercado.

Este folheto foi aprovado pela última vez em:

Última atualização em 08.08.2022

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Os conteúdos apresentados não substituem a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e aos efeitos dos produtos individuais. Não podemos assumir responsabilidade pela exatidão dos dados, pois eles foram parcialmente convertidos automaticamente. Para diagnósticos e outras questões de saúde, consulte sempre um médico.

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