Clindamicina Atral

Clindamicina Atral
Substância(s) ativa(s)Clindamicina
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoLaboratórios Atral, S.A.
Código ATCJ01FF01
Grupos farmacológicosMacrólidos, lincosamidas e estreptograminas

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

CLINDAMICINA ATRAL é um antibacteriano (1.1.11) indicado para o tratamento de infecções graves

provocadas por bactérias anaeróbias sensíveis ou estirpes de bactérias aeróbias Gram-positivas, tais

como, Streptococcus (excepto Streptococcus faecalis), Staphylococcus e Streptococcus
pneumoniae, tais

como:

Infecções das vias respiratórias: faringite, sinusite, pneumonia, empiema e supurações ou abcessos

pulmonares

Infecções da pele e tecidos moles: fleimões, acne vulgaris, abcesso, celulite, furúnculos e feridas

infectadas

Infecções pélvicas: no pós-parto ou abortamento séptico, endometrite, abcesso tubo-ovárico, doença

inflamatória pélvica e infecção vaginal

Infecções intra-abdominais: peritonite; supurações abdominais e abcesso pélvico

Infecções osteo-articulares: osteomielite aguda ou crónica e artrite séptica aguda causadas por

Staphylococcus osteomyelitis

Infecção dentárias: abcessos peridentários

Outras indicações:

  • - Septicemias causadas por estirpes sensíveis de Staphylococcus, Streptococcus pneumoniaeou outros Streptococcus
  • - Endocardites
  • - Criptosporidiose
  • - Toxoplamose
  • - Babesiose causada por Babesia microti
  • - Bacteriemias
  • - Actinomicose

CLINDAMICINA ATRAL constitui também uma alternativa às penicilinas e cefalosporinas em doentes

alérgicos.

O que deve considerar antes de usar?

Não tome CLINDAMICINA ATRAL:

  • - se tem hipersensibilidade à Clindamicina ou à Lincomicina ou a qualquer um dos excipientes.

Tome especial cuidado com CLINDAMICINA ATRAL:

  • - durante ou após o tratamento com Clindamicina, podem surgir diarreias graves e persistentes sintomáticas de uma colite pseudomembranosa. O diagnóstico é geralmente efectuado pelo reconhecimento de sintomas clínicos, mas pode também recorrer-se à endoscopia para a demonstração da existência de colite pseudomembranosa. Para além disso, se surgir colite pseudomembranosa, deve fazer-se o diagnóstico diferencial com outras causas que a possam ter desencadeado. Esta situação exige ser

seguida mais atentamente em pacientes idosos e pacientes debilitados. Após o diagnóstico de colite pseudomembranosa devem iniciar-se medidas terapêuticas: os casos ligeiros geralmente respondem à descontinuação do tratamento; nos casos moderados a graves deve-se considerar a administração de fluídos e electrólitos, suplementos de proteínas e o tratamento com um fármaco antibacteriano clinicamente eficaz contra a colite causada por Clostridium difficile, como a Vancomicina (125 a 500mg por via oral cada 6 horas durante 5 a 10 dias) ou o Metronidazol (250 a 500mg cada 8 horas durante 5 a 10 dias); recomenda-se a consulta de informação (p. ex.: RCM, FI) relativa a estes 2 fármacos

  • - o uso de Clindamicina pode causar superinfecções por microorganismos não sensíveis, principalmente a Candida albicans; nestes casos deve-se instituir tratamento conjunto com antifúngico
  • - na terapêutica prolongada deve-se proceder a testes de controlo da função renal e hepática, assim como à contagem das células hemáticas
  • - em caso de insuficiência renal ou hepática, a dose deve ser ajustada com as necessidades baseando-se em doseamentos da concentração plasmática
  • - deve haver controlo cuidadoso nos doentes com colite, doenças gastrintestinais graves, alterações renais ou hepáticas e em pacientes com história de atopia

Gravidez:

A Clindamicina atravessa a placenta, pelo que não deve ser administrada no período de gravidez, na medida em que a segurança e inocuidade sobre o feto humano ainda não foi suficientemente documentado.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Aleitamento:

A Clindamicina distribui-se ao leite. Atendendo aos potenciais efeitos adversos da Clindamicina em crianças lactentes, deverá ser tomada a decisão entre interromper a amamentação ou a substância, tendo em conta a importância desta para a mulher.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Condução de veículos e utilização de máquinas:
CLINDAMICINA ATRAL
não interfere com a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

Informações importantes sobre alguns excipientes de CLINDAMICINA ATRAL:As cápsulas de CLINDAMICINA ATRAL contêm lactose, o que contra-indica o medicamento em caso de insuficiência de lactase, galactosemia e síndrome de malabsorção da glucose e da galactose.

Tomar CLINDAMICINA ATRAL com outros medicamentos:

Agentes bloqueantes neuromusculares: a Clindamicina tem demonstrado ter propriedades bloqueantes neuromusculares que podem modificar a acção bloqueante de outros fármacos (Tubocurarina e Pancorónio). Assim, a Clindamicina deve ser administrada cuidadosamente a doentes cuja terapêutica inclua estes fármacos, pois a sua administração concomitante provoca um prolongamento do bloqueio neuromuscular.

Outros fármacos: pode inibir a acção da Eritromicina e do Cloranfenicol por actuar igualmente sobre a

sub-unidade 50S do ribossoma bacteriano, pelo que não deve ser instituída em associação. Apresenta sinergismo com a Ceftazidina, Metronidazol e Gentamicina.

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros

medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.

Como é utilizado?

Tomar CLINDAMICINA ATRAL sempre de acordo com as instruções do médico.

Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.


Posologia/Frequência da administração:

Adultos:

A dose oral recomendada é de 150-450mg cada 6 horas, dependendo da gravidade da doença.

No acne vulgaris: 150mg 2-3 vezes ao dia

No tratamento da doença inflamatória pélvica em doentes internados: administrar 900mg de

Clindamicina por via IV cada 8 horas. A Gentamicina deve ser administrada concomitantemente por via

IM ou IV. Uma dose inicial de Gentamicina de 2mg/kg seguida de 1,5mg/kg cada 8 horas é recomendada

em doentes adolescentes ou adultos com função renal normal; alternativamente, uma dose única diária de

Gentamicina pode ser administrada. A posologia de Gentamicina a utilizar (dose e/ou intervalo de

administração) deve ser ajustada de acordo com as concentrações séricas de Gentamicina. A

administração parentérica de ambos os fármacos deve ser continuada pelo menos 48 horas após melhoria

clínica. A Clindamicina deve de seguida ser administrada por via oral numa posologia de 450mg cada 6

horas até completar 14 dias de tratamento; em alternativa pode ser administrada Doxiciclina por via oral

(100mg 2 vezes por dia) de modo a completar os 14 dias de tratamento.
No tratamento da doença inflamatória pélvica em doentes em ambulatório: administrar por via oral

450mg de Clindamicina cada 6 horas, concomitantemente com 400mg de Ofloxacina cada 12 horas; o tratamento deve ter a duração de 14 dias.

Em qualquer das situações, deverá ser ainda considerada a necessidade de associar antibióticos que

garantam uma cobertura adequada para Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, tendo em conta

os padrões locais de susceptibilidade destes agentes aos antimicrobianos.

Recomenda-se a consulta de informação (p. ex.: RCM, FI) relativa aos outros fármacos mencionados

para o tratamento desta patologia, nomeadamente a Gentamicina, Doxiciclina e Ofloxacina.

Crianças

:

Com mais de um mês de idade: 8-25mg/kg/dia, em 3 ou 4 doses iguais


Modo e via de administração:


CLINDAMICINA ATRAL cápsulas para administração oral.

Para evitar a possibilidade de irritação esofágica, as cápsulas de CLINDAMICINA ATRAL devem ser

administradas com um copo bem cheio de água.

Se tomar mais CLINDAMICINA ATRAL do que deveria:

No caso de sobredosagem, não existe nenhum tratamento específico que seja indicado. A semi-vida

biológica sérica da Clindamicina é de 2,4 horas. A hemodiálise ou diálise peritoneal não são efectivas na remoção da Clindamicina no sangue.

Se uma reacção alérgica ocorrer, deve recorre-se a tratamento de emergência, incluindo corticosteróides,

Adrenalina e anti-histamínicos.

Caso se tenha esquecido de tomar CLINDAMICINA ATRAL:

Em caso de omissão de uma dose, tomar o medicamento assim que possível; não fazê-lo caso esteja próxima a hora da dose seguinte; não tomar uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como os demais medicamentos, CLINDAMICINA ATRAL pode ter efeitos secundários.

Efeitos gastrintestinais: náuseas, diarreia, vómitos, desconforto/dor abdominal e esofagite

Reacções de hipersensibilidade Observou-se ocasionalmente eritema maculopapular e urticária durante a terapêutica. As reacções secundárias reportadas com maior frequência são eritema do tipo morbiliforme, sob a forma suave a moderada. Associam-se à administração de Clindamicina casos raros de eritema morbiliforme semelhante ao síndrome de Stevens-Johnson. Foram reportadas raras ocorrências de reacções anafilácticas. Alterações hematológicas neutropenia leucopenia transitória, eosinofilia, agranulocitose e trombocitopenia Efeitos hepáticos observaram-se ocasionalmente icterícia e resultados anormais das provas da função

hepática (transaminases)
Efeitos dermatológicos e mucosas: prurido, vaginites, e com menor frequência, dermatites exfoliativas e vesicolobulhosas

Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Conservar a temperatura inferior a 25ºC, em lugar seco e ao abrigo da luz.

MANTER FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS

NÃO UTILIZE CLINDAMICINA ATRAL APÓS EXPIRAR O PRAZO DE VALIDADE INDICADO

NA EMBALAGEM

Este folheto foi revisto pela última vez em Maio de 2005

Última atualização em 11.08.2022

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