Não tome LIPOFEN em caso de:
- - Insuficiência hepática
- - Insuficiência renal
- - Reacções de hipersensibilidade ao fenofibrato ou a qualquer componente do medicamento, reacção conhecida de fotoalergia ou fototoxicidade durante o tratamento com fibratos ou com o cetoprofeno
- - Doença da vesícula biliar
- - Crianças
- - Gravidez e aleitamento
Tome especial cuidado com LIPOFEN
Causas secundárias da hipercolesterolemia, tais como diabetes tipo 2 não controlada, hipotiroidismo, síndroma nefrótico, disproteinemia, doença hepática obstrutiva, tratamento farmacológico, alcoolismo, devem ser adequadamente tratados antes de iniciar a terapêutica com o fenofibrato.
Em doentes hiperlipidémicos submetidos à administração de estrogéneos ou de contraceptivos contendo estrogéneos dever-se-á avaliar se a hiperlipidémia é de natureza primária ou secundária (possível aumento dos valores lipídicos devido à administração oral de estrogéneos).
Função hepática:
Têm sido referidos aumentos dos níveis de transaminases em alguns doentes que são na maioria dos casos transitórios. Recomenda-se uma monitorização trimestral dos níveis das transaminases durante o primeiro ano de tratamento. O tratamento deverá ser interrompido caso se verifiquem aumentos dos níveis de TGO e TGP três vezes superiores ao valor normal ou 100 UI.
Não associar ao fenofibrato substâncias hepatotóxicas, tais como o maleato de perhexilina e os IMAO.
Músculo:
Têm sido descritas situações de toxicidade muscular, incluindo casos muito raros de rabdomiólise, com a administração de fibratos. A incidência destes distúrbios aumenta em situações de hipoalbuminémia. Deve suspeitar-se de toxicidade muscular e falta de forças e/ou aumentos acentuados da CPK (níveis 5 vezes superiores aos valores normais). Nestes casos o tratamento com o fenofibrato deve ser interrompido.
O risco de toxicidade muscular pode ser aumentado com a administração concomitante de outro fibrato ou de um inibidor da HMG CoA reductase.
Pancreatite:
Tem sido descrita a ocorrência de pancreatite em doentes a tomar fenofibrato. Esta ocorrência pode representar a diminuição da eficácia em doentes com hipertrigliceridemia grave, um efeito directo do fármaco ou um fenómeno secundário mediado por lítiase biliar ou formação de lamas com obstrução do canal biliar comum
Função renal
:
O tratamento deve ser interrompido nos casos de aumentos de creatinina > 50% LSN (Limite Superior ao Normal). Recomenda-se que os níveis de creatinina sejam monitorados durante os três primeiros meses de tratamento.
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
Tomar LIPOFEN com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Outros fibratos: aumento do risco de efeitos indesejáveis a nível muscular (rabdomiólise) e de antagonismo farmacodinâmico entre as duas moléculas.
Inibidores da HMG CoA reductase: risco aumentado de efeitos secundários do tipo rabdomiólise. Esta associação terapêutica deve ser utilizada com precaução e os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados observando-se particularmente sinais de toxicidade muscular (ver Tome especial cuidado com LIPOFEN).
Anticoagulantes orais: aumento da actividade do anticoagulante oral e do risco de hemorragia (por diminuição da ligação às proteínas plasmáticas). Deve ser efectuado um controlo mais frequente do tempo de protrombina durante o tratamento com o fenofibrato e até 8 dias após a paragem do mesmo.
Ciclosporina: Têm sido relatados alguns casos graves de insuficiência renal reversível durante a administração concomitante de fenofibrato e ciclosporina. A função renal destes doentes deverá ser por esse motivo continuamente monitorizada e no caso dos parâmetros laboratoriais sofrerem alterações graves, o tratamento com fenofibrato deverá ser interrompido.
Enzimas do citocromo P450: Estudos "in vitro" usando microsomas hepáticos humanos indicam que tanto o fenofibrato como o ácido fenofíbrico não inibem as isoformas do citocromo (CYP) P450 CYP3A4, CYP2D6, CYP2E1, ou o CYP1A2. Eles são fracos inibidores do CYP2C19 e do CYP2A6, e fraco a moderadamente inibidores do CYP2C9 em concentrações terapêuticas.
Outras substâncias hepatotóxicas e IMAO: potenciação da hepatotoxicidade do fenofibrato.
Efeitos em grávidas, lactentes, crianças, idosos e doentes com patologias especiais:
Não existem dados suficientes acerca da utilização do fenofibrato em mulheres grávidas. Os resultados de estudos no animal não evidenciam o efeito teratogénico do fenofibrato. Na clínica não tem sido detectado qualquer efeito fetotóxico ou malformação contudo, o número de gravidezes expostas ao fenofibrato é insuficiente para excluir o risco.
Assim, não se aconselha a sua utilização durante a gravidez.
Durante o período de aleitamento a utilização do fenofibrato é igualmente desaconselhada, dado que não existem dados sobre a sua excreção no leite materno.
Não se aconselha a utilização do fenofibrato nas insuficiências hepática e renal .
Efeitos sobre a condução de veículos e a utilização de máquinas:
Não se aplica.