Não tome Pergolida Generis
-Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa (mesilato de pergolida) ou a qualquer outro componente do medicamento;
-Se tem ou teve reacções fibróticas (cicatrizes) que afectam o seu coração; -Em situação de evidência anatómica de valvulopatia cardíaca de qualquer das válvulas (i.e. ecocardiograma que mostre espessamento do folheto valvular, valvulopatia restrictiva ou um misto de estenose e valvulopatia restrictiva;
-Se está grávida (ver ?Gravidez e aleitamento?).
Tome especial cuidado com Pergolida Generis
Se tem ou teve reacções fibróticas (cicatrizes) que afectam o seu coração, pulmões ou abdómen.
Antes de iniciar o tratamento o seu médico irá avaliar se o seu coração, pulmões e rins estão em boas condições. Irá ainda realizar um ecocardiograma (um exame por ultrasom ao coração) antes de iniciar o tratamento e em intervalos regulares durante o tratamento.
Deve-se parar o tratamento caso ocorram reacções fibróticas.?
Foi reportado um sintoma complexo, semelhante ao síndrome neuroléptico maligno (SNM), (caracterizado por temperatura elevada, rigidez muscular, alteração da consciência e instabilidade autonómica), sem qualquer outra etiologia óbvia, em associação com uma rápida redução da dose, descontinuação ou alterações na terapêutica antiparkinsónica, incluindo a pergolida.
Deverá iniciar a terapêutica com doses baixas, e aumentar a dose progressivamente com os cuidados e ajustamentos necessários por um período de 3 a 4 semanas (ver ?Como tomar Pergolida Generis?), para minimizar o risco de hipotensão postural e/ou sustentada. Com um ajuste gradual, desenvolve-se normalmente uma tolerância à hipotensão (ver ?Tomar Pergolida Generis com outros medicamentos?).
Fibrose e Valvulopatia cardíaca:
Após utilização prolongada de derivados da ergotamina, como a pergolida, ocorreu fibrose retroperitoneal, fibrose pulmonar, fibrose pleural, pleurite, derrame pleural, pericardite, derrame pericárdico e doença valvular cardíaca com envolvimento de uma ou mais válvulas (aórtica, mitral e tricúspida). Nalguns casos os sintomas e as manifestações clínicas de valvulopatia melhoraram após a interrupção do tratamento.
Antes de iniciar o tratamento:
Recomenda-se a todos os doentes uma avaliação cardiovascular, incluindo um ecocardiograma, para detectar a presença potencial de uma doença valvular assintomática pré-existente. Em doentes com regurgitação valvular, desconhece-se se a terapêutica com pergolida pode piorar a doença subjacente. No caso de se detectar doença valvular
fibrótica, o doente não deve ser tratado com pergolida (ver ?Não tome Pergolida Generis?).
Existem algumas provas de que doses mais altas e/ou exposição cumulativa aumentam o risco de valvulopatia.
Durante o tratamento:
A doença fibrótica pode ter um desenvolvimento insidioso e os doentes devem ser vigiados com regularidade no que diz respeito a possíveis manifestações de fibrose progressiva.
Recomenda-se uma monitorização do diagnóstico clínico no que respeita ao desenvolvimento de valvulopatia ou fibrose, conforme o indicado. O primeiro ecocardiograma deve ser efectuado 3-6 meses após o início do tratamento; depois, a frequência da monitorização ecocardiográfica, deverá ser determinada através de uma adequada avaliação clínica, individual, com particular atenção aos sinais e sintomas acima mencionados, mas deverá efectuar-se, pelo menos cada 6 a 12 meses.
A pergolida deve ser interrompida no caso do ecocardiograma revelar uma regurgitação valvular nova ou agravada, valvulopatia restrictiva ou espessamento do folheto valvular (ver ?Não tome Pergolida Generis?). A necessidade de outra monitorização clínica (p.ex. exame físico, cuidadosa auscultação cardíaca, raio-X, ecocardiograma, tomografia computarizada), deve ser determinada caso a caso.
Todo o doente que sofra da doença de Parkinson, deve fazer um prévio e detalhado check-up médico, incluindo um raio-X do tórax, um exame cardiovascular e um exame hematológico renal e hepático.
A utilização em doentes que tomem levodopa pode causar e/ou exacerbar estados pré-existentes de confusão e alucinações. A interrupção abrupta da pergolida, em doentes que recebem cronicamente em associação com a levodopa, pode desencadear o aparecimento de alucinações e confusões; estas podem ocorrer num intervalo de vários dias. A interrupção da pergolida deve ser feita gradualmente, mesmo que o doente permaneça a tomar levodopa.
A administração a doentes que tomam levodopa pode causar e/ou exacerbar uma disquinésia pré-existente.
Os doentes e a sua família deverão ser informados das consequências adversas mais comuns da utilização da pergolida e do risco de hipotensão.
A pergolida tem sido associada a sonolência e episódios de adormecimento súbito, particularmente em doentes com doença de Parkinson. O adormecimento súbito durante a actividade quotidiana, em alguns casos sem quaisquer sinais prévios, tem sido notificado raramente. Os doentes devem ser informados no sentido de tomar precauções quando conduzem ou utilizam máquinas durante o tratamento com pergolida. Os doentes a quem ocorreu sonolência e/ou adormecimento súbito devem evitar conduzir ou utilizar máquinas potencialmente perigosas. Além disso, deve ser considerada a redução da dose ou a suspensão do tratamento.
Ao tomar Pergolida Generis com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Os antagonistas da dopamina, tais como os neurolépticos (fenotiazinas, butirofenonas, tioxantinas) ou a metoclopramida, não deverão ser administrados concomitantemente com pergolida (um agonista da dopamina), já que estes agentes podem diminuir a eficácia do pergolida.
Dado que aproximadamente 90% da pergolida se liga às proteínas plasmáticas, deverá haver cuidado na co-administração com outros fármacos que afectem a ligação às proteínas plasmáticas.
Não há estudos que envolvam a administração concomitante de pergolida e varfarina. Quando estes dois fármacos forem prescritos em conjunto, deverá haver cuidadosa monitorização da anti-coagulação com ajustamentos das doses quando necessário.
Devido ao risco de hipotensão postural e/ou hipotensão continuada em doentes que tomem pergolida, deverá haver cuidado se for co-administrado com agentes anti-hipertensores.
Ao tomar Pergolida Generis com alimentos e bebidas
As reacções individuais, especialmente com doses mais elevadas de pergolida, podem ser significativas, particularmente no início do tratamento e em conjunto com álcool.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
O uso de pergolida está contra-indicado na gravidez (ver ?Não tome Pergolida Generis?).
Em estudos com animais não houve evidência de malefícios para o feto devido à pergolida. Não há, no entanto, estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
Em estudos de pré-comercialização houve 33 gravidezes de que resultaram bebés saudáveis e 6 gravidezes de que resultaram anomalias congénitas, embora não fosse estabelecida uma relação causal.
Não se sabe se o fármaco é excretado no leite humano. A acção farmacológica da pergolida sugere que poderá interferir com a lactação. Como há muitos fármacos que são excretados no leite humano e tendo em consideração as potenciais reacções adversas graves em lactentes devido à pergolida, deverá ser tomada uma decisão no que respeita à interrupção do aleitamento ou do fármaco, tomando em consideração a importância do fármaco para a mãe.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Doentes em tratamento com Pergolida Generis e que apresentem sonolência e/ou episódios de adormecimento súbito devem ser informados no sentido de evitar conduzir ou realizar outras actividades que possam comprometer a vida dos próprios ou a de outros (utilização de máquinas, por exemplo) até que estes episódios de adormecimento súbito e sonolência sejam resolvidos (ver ?Tome especial cuidado com Pergolida Generis?).