Não tome Permax
-se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa, a outros derivados ergotamínicos ou a qualquer outro componente de Permax.
-se tem ou teve reacções fibróticas (cicatrizes) que afectam o seu coração. -se estiver grávida (ver ?Gravidez e Aleitamento?)
Tome especial cuidado com Permax
Foi relatado um síndrome complexo, semelhante ao síndrome neuroléptico maligno (SNM), (caracterizado por temperatura elevada, rigidez muscular, alteração da consciência e instabilidade autonómica), sem qualquer outra etiologia óbvia, em associação com uma rápida redução da dose, descontinuação ou alterações na terapêutica antiparkinsónica, incluindo o pergolida.
Os doentes deverão ser avisados para iniciar a terapêutica com doses baixas e para aumentar a dose progressivamente com os cuidados e ajustamentos necessários por um período de 3 a 4 semanas (ver secção 3 ?COMO TOMAR PERMAX?), para minimizar o risco de hipotensão sintomática ortostática ou postural e/ou sustentada. Com um ajuste gradual, desenvolve-se normalmente uma tolerância à hipotensão (ver ?Ao tomar Permax com outros medicamentos?).
O pergolida com levodopa causou alucinações, o que foi suficientemente grave para levar à interrupção do tratamento.
Fibrose e Valvulopatia cardíaca e possíveis fenómenos clínicos relacionados: Se tem ou teve reacções fibróticas (cicatrizes) que afectam o seu coração, pulmões ou abdómen.
Antes de iniciar o tratamento o seu médico irá avaliar se o seu coração, pulmões e rins estão em boas condições. Irá ainda realizar um ecocardiograma (um exame por ultra-som ao coração) antes de iniciar o tratamento e em intervalos regulares durante o tratamento. Deve-se parar o tratamento caso ocorram reacções fibróticas.
Ocorreram casos de doenças inflamatórias fibróticas e serosas tais como pleurite, derrame pleural, fibrose pleural, fibrose pulmonar, pericardite, derrame pericárdico, valvulopatia cardíaca envolvendo uma ou mais válvulas (aórtica, mitral e tricúspide) ou fibrose retroperitonial, após utilização prolongada de derivados da ergotamina com actividade agonista no receptor 5HT2B, tal como a pergolida. Em alguns casos, os sintomas ou manifestações da valvulopatia cardíaca melhoraram após suspensão da pergolida.
Existem provas de que uma dose mais alta e/ou uma exposição cumulativa são factores de risco para desenvolvimento da patologia valvular. Contudo, foram notificadas valvulopatia e reacções fibróticas durante o tratamento com pergolida em doses inferiores a 0,5 mg/dia.
Antes de iniciar o tratamento:
Todos os doentes devem ter uma avaliação cardiovascular, incluindo um ecocardiograma, para avaliar a presença potencial de doença valvular assintomática. Desconhece-se se em doentes com regurgitação valvular o tratamento com pergolida
pode agravar a doença pré-existente. Caso se detecte doença fibrótica valvular, o doente não deve ser tratado com pergolida (ver ?Não tome Permax?).
É igualmente adequado avaliar a taxa de sedimentação eritrocitária ou outros marcadores da inflamação, função pulmonar / raio X ao peito e função renal, antes de iniciar o tratamento.
Durante o tratamento:
As doenças fibróticas podem ter um início insidioso, pelo que os doentes devem ser monitorizados regularmente para possíveis manifestações de fibrose progressiva.
Assim, durante o tratamento, deve ter-se atenção aos sinais e sintomas de:
- Doença pleuro-pulmonar, tal como dispneia, falta de ar, tosse persistente ou dor no peito.
- Insuficiência renal ou obstrução ureteral / abdominal que possa ocorrer com dor no flanco e edema dos membros inferiores, bem como qualquer massa abdominal possível ou amolecimento que possa indicar fibrose retroperitonial.
- Insuficiência cardíaca; os casos de fibrose valvular e pericárdica manifestam-se frequentemente como falência cardíaca. Assim, deve-se excluir fibrose valvular (e pericardite constritiva) caso estes sintomas ocorram.
É essencial a monitorização do diagnóstico clínico no desenvolvimento de doença valvular ou fibrótica, como apropriado. Deve-se realizar o primeiro ecocardiograma 3-6 meses após o início do tratamento; depois a frequência da monitorização ecocardiográfica deve ser determinada pela avaliação clínica individual apropriada, com particular ênfase para os sinais e sintomas acima mencionados, devendo ocorrer pelo menos cada 6 a 12 meses.
Deve-se suspender o tratamento com pergolida, caso um ecocardiograma revele uma nova ou um agravamento de regurgitação valvular, restrição valvular ou espessamento do revestimento valvular (ver ?Não tome Permax?).
Deve-se determinar caso a caso a necessidade de monitorização clínica (por exemplo, exame físico, incluindo auscultação cardíaca, raio X, TAC).
Caso necessário, deverão ser realizados exames adicionais apropriados, tais como taxa de sedimentação eritrocitária e doseamento da creatinina sérica, de forma confirmar o diagnóstico de doença fibrótica.?
Todo o doente que sofra da doença de Parkinson, deve fazer um prévio e detalhado check-up médico, incluindo um Raio-X do tórax, um exame cardiovascular e um exame hematológico renal e hepático.
A utilização em doentes que tomem levodopa pode causar e/ou exacerbar estados pré-existentes de confusão e alucinações (ver Advertências). Sabes-se que as alucinações estão associadas ao tratamento com dopamina e levedopa.
A interrupção abrupta do pergolida, em doentes que o recebem cronicamente em associação com a levodopa, pode desencadear o aparecimento de alucinações e confusões; estas podem ocorrer num intervalo de vários dias. A interrupção do
pergolida deve ser feita gradualmente, mesmo que o doente permaneça a tomar levodopa.
A administração a doentes que tomam levodopa pode causar e/ou exacerbar uma disquinésia (movimentos alterados) pré-existente.
Os doentes e a sua família deverão ser informados dos efeitos adversos mais comuns da utilização do pergolida e do risco de hipotensão.
Durante o tratamento com Permax tome especial cuidado quando conduzir ou utilizar máquinas. Caso já tenha sentido sonolência/sonolência excessiva durante a actividade diária ou tenha ocorrido um episódio de adormecimento súbito, deve evitar conduzir e utilizar máquinas e contacte o seu médico.
Ao tomar Permax com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Antagonistas da dopamina, tais como os neurolépticos (fenotiazinas, butirofenonas, tioxantinas) ou a metoclopramida, não deverão ser administrados concomitantemente com pergolida (um agonista da dopamina), já que estes agentes podem diminuir a eficácia do pergolida.
Como, aproximadamente 90% do pergolida se liga às proteínas plasmáticas, deverá haver cuidado na co-administração com outros fármacos que afectem a ligação às proteínas plasmáticas.
Não há estudos que envolvam a administração concomitante de pergolida e varfarina. Quando estes dois fármacos forem prescritos em conjunto, deverá haver cuidadosa monitorização da anti-coagulação com ajustamentos das doses quando necessário.
Devido ao risco de hipotensão postural e/ou hipotensão continuada em doentes que tomem pergolida, deverá haver cuidado se for co-administrado com agentes anti-hipertensores.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
O uso do Pergolida está contra-indicado na gravidez (ver ?Não tome Permax?). Não se sabe se o fármaco é excretado no leite humano. A acção farmacológica do pergolida sugere que ele poderá interferir com a lactação. Como há muitos fármacos que são excretados no leite humano e tendo em consideração as potenciais reacções adversas graves em lactentes devido ao pergolida, deverá ser tomada uma decisão no que respeita à interrupção do aleitamento ou do fármaco, tomando em consideração a importância do fármaco para a mãe.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Permax pode causar sonolência/sonolência excessiva durante a actividade diária e episódios de adormecimento súbito. Deve evitar conduzir ou realizar outras actividades que possam comprometer a sua vida ou a de outros (utilização de máquinas, por exemplo) até que episódios recorrentes e sonolência sejam resolvidos.
Informações importantes sobre alguns componentes de Permax
Este medicamento contém Lactose.
Se foi informado pelo seu médico de que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-
- antes de tomar este medicamento.