Rulide

Rulide
Substância(s) ativa(s)Roxitromicina
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoSanofi-Aventis - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Código ATCJ01FA06
Grupos farmacológicosMacrólidos, lincosamidas e estreptograminas

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

Grupo farmacoterapêutico: 1.1.8 - Medicamentos anti-infecciosos. Antibacterianos Macrólidos.

Rulide é um antibiótico antibacteriano semi-sintético da família dos macrólidos. O seu espectro de actividade antibacteriana compreende as bactérias Gram positivas aeróbias e anaeróbias, certo número de microrganismos Gram negativos (Neisseria, Haemophillus, Legionella), assim como a Chlamydia e Micoplasma.
Em relação aos outros macrólidos, a roxitromicina possui propriedades farmacocinéticas originais:
-concentrações plasmáticas elevadas
-longa semi-vida (12 a 24 horas) no adulto
-boa difusão tecidular
-fracas variações interindividuais dos parâmetros farmacocinéticos, resultando em estabilidade em meio gástrico ácido e uma boa absorção, autorizando a sua administração em duas tomas quotidianas no adulto.

Infecções devidas aos microrganismos sensíveis à roxitromicina, principalmente nas manifestações O.R.L., broncopulmonares, cutâneas, estomatológicas e genitais com excepção das infecções gonocócicas.
Prevenção das infecções por meningococos em indivíduos sujeitos a contacto.

O que deve considerar antes de usar?

Não tome Rulide
-se tem alergia (hipersensibilidade) à roxitromicina ou a qualquer outro componente de Rulide,
-se tem alergia a macrólidos (grupo ao qual pertence a roxitromicina),
-associações com alcalóides vasoconstritores da cravagem do centeio, principalmente, ergotamina e dihidroergotamina.

Tome especial cuidado com Rulide
-em caso de insuficiência hepática grave, a administração da roxitromicina não é recomendada. Em caso de necessidade, justifica-se uma redução da posologia para metade (150 mg/dia), e uma vigilância regular dos testes hepáticos.
-a eliminação renal da molécula activa é fraca, o que permite não modificar as posologias em casos de insuficiência renal.

  • Não é necessário o ajuste da posologia em idosos.
  • Em determinadas condições os macrólidos, incluindo a roxitromicina, podem prolongar o intervalo QT. Neste sentido, a roxitromicina deve ser utilizada com precaução em doentes com prolongamento do intervalo QT congénito, com condições pro-arritmícas presentes (isto é, hipocalémia ou hipomagnesemia não corrigida, bradicardia clinicamente significativa), e em doentes a fazer tratamento com medicamentos antiarritmicos de Classe IA e III.
  • Tem sido notificada vasoconstrição grave ("ergotismo") com possível necrose dasextremidades quando antibióticos como os macrólidos são associados a alcalóides da cravagem do centeio. A ausência de tratamento com estes alcalóides deve ser sempre verificada antes da roxitromicina ser prescrita.

Ao tomar Rulide com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Terfenadina:
Alguns macrólidos são capazes de interagir farmacocineticamente com a terfenadina conduzindo a um aumento das concentrações plasmáticas deste último. Isto poderá resultar numa arritmia ventricular grave, tipicamente, "Torsade de point". Embora este tipo de reacção não tenha sido demonstrado com roxitromicina e os estudos efectuados num número limitado de voluntários saudáveis não tenham mostrado qualquer interacção farmacocinética ou alterações significativas no ECG a associação de roxitromicina com terfenadina não é recomendada.

Astemizole, cisaprida, pimozida:
Outros medicamentos como astemizole, cisaprida ou pimozida que são metabolizados pela isoenzima hepática CYP3A têm sido associados ao prolongamento do intervalo QT e/ou arritmias cardíacas (tipicamente, "Torsade de point") como resultado do aumento dos seus níveis no plasma subsequentemente à interacção com inibidores desta

isoenzima, incluindo alguns antibacterianos macrólidos. Embora a roxitromicina não tenha ou tenha pouca capacidade para formar complexo com o CYP3A e como tal, para inibir outros medicamentos processados por esta isoenzima, uma potencial interacção clínica da roxitromicina com os medicamentos mencionados em epígrafe não pode ser nem estabelecida nem excluída de modo fiável. Neste sentido, não se recomenda a associação de roxitromicina com estes medicamentos.

Não foram descobertas interacções com a varfarina em estudos realizados com voluntários. Contudo, aumentos no tempo de protrombina ou no Quociente Internacional Normalizado (INR - International Normalised Ratio) que podem ser explicados pelos episódios infecciosos, foram notificados em doentes tratados com roxitromicina e antagonistas da vitamina K. Durante o tratamento com roxitromicina e antagonistas da vitamina K, é prática comum a monitorização do INR.

Um estudo in-vitro demonstrou que a roxitromicina pode deslocar a ligação às proteínas da disopiramida. Este efeito in vivo pode resultar num aumento dos níveis plasmáticos da disopiramida livre. Consequentemente, e se possível, os níveis plasmáticos da disopiramida e o ECG devem ser monitorizados.

Digoxina e outros glicosídeos cardíacos:
Um estudo com voluntários saudáveis demonstrou que a roxitromicina pode aumentar a absorção de digoxina. Este efeito, comum a outros macrólidos, pode muito raramente resultar em toxicidade glicosídea cardíaca, que se podem manifestar através dos seguintes sintomas: náusea, vómitos, diarreia, cefaleias ou tonturas. A toxicidade glicosídea cardíaca poderá também alterar a condução cardíaca e/ou conduzir a perturbações do ritmo.
Consequentemente, em doentes tratados com roxitromicina e digoxina ou outro glicosídeo cardíaco, o ECG e, se possível, os níveis plasmáticos dos glicosídeos cardíacos devem ser monitorizados. No caso dos sintomas sugerirem ocorrência de sobredosagem por glicosídeos cardíacos, a monitorização dos parâmetros referidos anteriormente é obrigatória.

A roxitromicina, tal como outros macrólidos, deverá ser utilizada com precaução em doentes a fazerem tratamento com medicamentos antiarrítmicos de classe IA e III.

A roxitromicina, tal como outros antibióticos da classe dos macrólidos, pode aumentar a área sob a curva da concentração-tempo e a semi-vida do midazolam. Neste sentido, os efeitos do midazolam pode ser prolongados e exacerbados em doentes tratados com roxitromicina. Não existem dados conclusivos sobre a interacção entre a roxitromicina e

  • triazolam.

Foi detectado um pequeno aumento nas concentrações plasmáticas de teofilina ou ciclosporina A, mas que normalmente não implicam uma alteração da dose usual.

Outras:

Não existe interacção clinicamente significativa com a carbamazepina, ranitidina, alumínio ou hidróxido de magnésio e contraceptivos orais com estrógeneos e progestagéneos.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Na mulher grávida ou a amamentar o filho, a administração deste antibiótico será efectuada segundo as indicações do médico assistente.
Ver "Precauções de emprego".
-Gravidez: os estudos em animais não revelaram toxicidade reprodutiva. Não foi estabelecida a segurança de roxitromicina para o feto, em gravidezes humanas. -Aleitamento: A passagem no leite é muito fraca (menos de 0,05% da dose administrada).
Se for necessário, o aleitamento ou o tratamento da mãe deve ser interrompido.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Deverá chamar-se à atenção para o facto da possibilidade da ocorrência de tonturas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Rulide
Este medicamento contém glucose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

Como é utilizado?

Tomar Rulide sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A dose habitual é:
Um comprimido por via oral, de 12 em 12 horas (2 comprimidos/dia).
Não é necessário proceder ao ajuste posológico em idosos e em doentes com insuficiência hepática. No entanto, se a insuficiência hepática for grave a posologia deverá ser de apenas 1 comprimido por dia.

O Rulide deverá ser tomado, de preferência, antes das refeições.

Se tomar mais Rulide do que deveria
Em caso de sobredosagem: lavagem gástrica e tratamento sintomático. Não existe antídoto específico.

Caso se tenha esquecido de tomar Rulide
Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Rulide pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

As frequências são definidas segundo a seguinte convenção:

muito frequentes (1/10),
frequentes (1/100, <1/10),
pouco frequentes (1/1.000, <1/100),
raros (1/10.000, < 1/1.000),
muito raros (< 1/10.000).

  • Exames complementares de diagnóstico: aumentos de ASAT, ALAT e/ou fosfatase alcalina.
  • Doenças do sangue e do sistema linfático: eosinofilia.
  • Doenças do sistema nervoso: tonturas, cefaleias, parestesia. Tal como com outrosmacrólidos, têm sido notificadas alterações no gosto (incluindo ageustia) e no olfacto (incluindo anosmia).
  • Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: broncoespamos.
  • Doenças gastrointestinais: náuseas, vómitos, dor epigrástrica (dispepsia), diarreia(algumas vezes sanguinolenta). Têm sido notificados casos de pancreatite - a maioria em doentes a fazer tratamento com outros medicamentos para os quais a pancreatite é um efeito indesejável bem conhecido.
  • Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: eritema multiforme, rash, urticária,angioedema e púrpura.

Infecções e infestações: superinfecção: tal como para outros antibióticos, o uso de roxitromicina, especialmente se o seu uso for prolongado, pode resultar no supercrescimento de microrganismos não susceptíveis. É essencial fazer re-avaliações sucessivas do estado clínico do doente. No caso de ocorrência de superinfecção durante

  • tratamento, deverão ser tomadas medidas apropriadas.
  • Doenças do sistema imunitário: choque anafilático.
  • Afecções hepatobiliares: hepatite colestática ou hepatocelular aguda (algumas vezes acompanhada de icterícia).
  • Perturbações do foro psiquiátrico: alucinações.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Conservar a temperatura inferior a 25ºC
Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Rulide após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após "VAL.". O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não utilize Rulide se verificar sinais visíveis de deterioração.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

Mais informações

Qual a composição de Rulide
-A substância activa é a roxitromicina
-Os outros componentes são: hidroxipropilcelulose, propilenoglicol, povidona, sílica coloidal anidra, estearato de magnésio, talco, amido de milho, glucose, dióxido de titânio (E171) e hipromelose.

Qual o aspecto de Rulide e conteúdo da embalagem
Os comprimidos de Rulide são acondicionados em blisters de PVC/Alu em embalagens de 10, 16 ou 20 unidades.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado:

Sanofi-Aventis - Produtos Farmacêuticos,S.A.
Empreendimento Lagoas Park
Edifício 7 - 3º Piso
2740-244 Porto Salvo

Portugal

Fabricante:

Sanofi Winthrop Industrie
56 Route de Choisy au Bac
60205 Compiégne
França

Este folheto foi aprovado pela última vez em

Última atualização em 24.08.2023

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Medicamento
Titular da autorização de introdução no mercado
Sanofi-Aventis - Produtos Farmacêuticos, Lda.
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TECNIMEDE - Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.
Sandoz Farmacêutica, Lda.
Pentafarma - Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.
Farmoz - Sociedade Técnico Medicinal, S.A.

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Os conteúdos apresentados não substituem a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e aos efeitos dos produtos individuais. Não podemos assumir responsabilidade pela exatidão dos dados, pois eles foram parcialmente convertidos automaticamente. Para diagnósticos e outras questões de saúde, consulte sempre um médico.

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