Não tome Victan:
- se tem alergia (hipersensibilidade) às benzodiazepinas ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
- se sofrer de insuficiência respiratória grave ou doença hepática grave - se sofrer de apneia do sono
- se sofrer de miastenia gravis
O Victan é contra-indicado em crianças.
Se alguma das situações acima mencionadas se aplica a si, informe o seu médico e aconselhe-se com ele.
Advertências e precauções
Há certas doenças que podem levar a adotar cuidados especiais antes de tomar o Victan ou durante o tratamento com Victan. Por esse motivo, deve informar o seu médico das doenças de que sofre atualmente ou de que sofreu no passado. Deve, em especial, informar o seu médico se sofre de doenças do rim ou do fígado, doenças respiratórias, ou doenças musculares (miastenia).
Informe também o seu médico se teve previamente qualquer reação medicamentosa.
O tratamento com qualquer benzodiazepina pode provocar dependência física ou psicológica. Este efeito é influenciado pela duração do tratamento, pela dose utilizada, pela combinação com outros ansiolíticos ou hipnóticos, pelo álcool e pela história de dependências. A referida dependência pode originar sintomas de abstinência quando se pára ou interrompe bruscamente o tratamento (insónias, dores de cabeça, dores musculares, ansiedade, irritabilidade, agitação). Portanto, em caso de tratamento prolongado ou com doses elevadas, o tratamento, na maioria das situações de ansiedade reacional, não deve ultrapassar as 4 a 12 semanas, e as doses usadas devem ser progressivamente reduzidas (durante alguns dias ou algumas semanas). A duração do tratamento pode ser prolongada, de acordo com o critério do seu médico.
Risco do uso concomitante de benzodiazepinas e opióides:
O uso concomitante de benzodiazepinas, incluindo o loflazepato de etilo, e opióides pode resultar em sedação, depressão respiratória, coma e morte. Devido a estes riscos, limitar a prescrição concomitante de benzodiazepinas e opióides aos doentes nos quais as alternativas terapêuticas são inadequadas.
Se for decidido prescrever loflazepato de etilo concomitantemente com opióides, prescrever o uso concomitante com a dose efetiva mais baixa e a duração mínima, e acompanhar os doentes atentamente no que diz respeito aos sinais e sintomas de depressão respiratória e sedação
Queda: devido às suas propriedades farmacológicas, o loflazepato de etilo pode causar sonolência e diminuição do nível de consciência, o que pode levar a quedas e, consequentemente, a lesões graves, especialmente nos idosos (ver secção 4).
Pode surgir amnésia, em especial se o Victan for usado à hora de deitar e se a duração do sono for insuficiente (por exemplo se for obrigado a acordar muito cedo por qualquer motivo)
Suicídio:
Alguns estudos demonstraram um risco aumentado de ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio em doentes a tomar certos sedativos e hipnóticos, incluindo este medicamento. No entanto, não foi estabelecido se tal é causado pelo medicamento ou se podem existir outros motivos. Se tem pensamentos suicidas, fale com o seu médico o mais breve possível para aconselhamento médico adicional (ver secção 4).
A duração do tratamento deve ser tão curta quanto possível.
Não interrompa o tratamento de um dia para o outro.
Outros medicamentos e Victan
O Victan pode alterar a reação do seu organismo a alguns medicamentos. Por esse motivo deve sempre informar o seu médico se está também a tomar outros medicamentos, incluindo aqueles que se adquirem sem receita médica.
Em especial, informe o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos: depressores do sistema nervoso central (benzodiazepinas, analgésicos, antitússicos, barbitúricos, antihistamínicos, antidepressivos, neurolépticos), cisapride, clozapina, depressores neuromusculares.
O seu médico decidirá se esses medicamentos devem ou não ser descontinuados, ou se a sua manutenção exige vigilância apertada ou modificação da posologia.
Benzodiazepinas e opióides:
O uso concomitante de benzodiazepinas e opióides aumenta o risco de sedação, depressão respiratória, coma e morte, devido ao efeito aditivo depressor do SNC. Limitar a dosagem e duração do uso concomitante de benzodiazepinas e opióides.
Victan com alimentos e bebidas, bebidas e álcool
Não deve tomar bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Pode surgir ocasionalmente sonolência ou diminuição dos reflexos durante o tratamento com Victan, como acontece com qualquer benzodiazepina. Se sentir sonolência consulte o seu médico antes de tentar conduzir veículos ou operar máquinas.
Gravidez, amamentação e fertilidade Gravidez
A utilização deste medicamento não está recomendada durante a gravidez.
Se descobrir que está grávida ou se planeia engravidar, consulte o seu médico o mais depressa possível para reavaliar a necessidade de tratamento.
Não foi demonstrada evidência de malformações associadas ao uso de benzodiazepinas, numa grande quantidade de dados. Contudo, alguns estudos mostraram um risco potencialmente aumentado de fenda labial e palatina em recém- nascidos em comparação com a população em geral. O uso deste medicamento não é recomendado durante a gravidez.
A fenda labial e palatina (às vezes chamada de "lábio leporino") é uma deformação ao nascimento causada por fusão incompleta do palato e lábio superior.
Pode ocorrer redução do movimento fetal e alterações na frequência cardíaca depois da toma de loflazepato de etilo durante o segundo e/ou terceiro trimestre da gravidez.
Se Victan for tomado na fase final da gravidez, o seu bebé pode apresentar fraqueza muscular (hipotonia ou síndrome da criança hipotónica), descida da temperatura corporal (hipotermia), dificuldades de alimentação (problemas na amamentação
conduzindo a um baixo aumento de peso) e problemas respiratórios (sofrimento respiratório).
Se for tomado com regularidade na fase final da gravidez, o seu bebé pode desenvolver sintomas de abstinência, como agitação ou tremores. Neste caso, o recém-nascido deverá ser vigiado durante o período pós-natal.
Amamentação
O Victan não é recomendado durante a amamentação.
Em caso de dúvida consulte sempre o seu médico ou farmacêutico 3. Como tomar Victan
O Victan destina-se apenas a uso oral. A dose a tomar varia de pessoa para pessoa. Não depende da gravidade da doença, mas das reações de cada pessoa em particular. Só o seu médico pode estabelecer ou alterar essa dose e a duração do tratamento.
Interrupção do tratamento: deve ser gradual, reduzindo-se progressivamente a dose ao longo de vários dias, em pequenos passos. A interrupção brusca depois do uso prolongado deste medicamento pode provocar irritabilidade e perturbações do sono durante vários dias. Esses problemas desaparecerão espontâneamente.
O tratamento dura geralmente desde alguns dias até algumas semanas. Nas situações habituais de ansiedade reacional não convém ultrapassar 4 a 12 semanas, incluíndo o período de redução progressiva da dose. Noutras situações o tratamento poderá ser prolongado de acordo com o critério de avaliação risco/benefício feito pelo seu médico.
A dose a usar e a duração do tratamento dependem do critério médico.
Para os adultos: a dose habitual é de meio a um comprimido e meio por dia, dependendo do critério médico.
Em crianças: não deve utilizar-se o Victan.
Para as pessoas idosas, ou doentes com insuficiência renal, pode ser necessário ajustar a dose, pelo que poderá ser suficiente reduzir a dose a metade da dose média diária habitual.
Se tomar mais Victan do que deveria
Dose excessiva: Uma dose em excesso pode ser perigosa, tal como acontece com qualquer outro medicamento. Se, por acidente, tomar demasiados comprimidos, ou uma criança engolir algum comprimido, informe imediatamente o seu médico, ou dirija-se ao Serviço de Urgência do hospital mais próximo.
Caso se tenha esquecido de tomar Victan
Se por esquecimento não tomar uma dose de Victan, tome a dose seguinte habitual. Não procure compensar a dose que não tomou.