Captopril Labesfal 50 mg Comprimidos

Captopril Labesfal 50 mg Comprimidos
Substância(s) ativa(s)Captopril
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoLabesfal - Laboratórios Almiro, S.A.
Código ATCC09AA01
Grupos farmacológicosInibidores do ás, simples

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

Grupo farmacoterapêutico: 3.4.2.1 - Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo renina angiotensina. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina

Captopril Labesfal está indicado:
Hipertensão: Captopril Labesfal está indicado no tratamento da hipertensão. Insuficiência cardíaca: Captopril Labesfal está indicado no tratamento da insuficiência cardíaca crónica com redução da função ventrícular sistólica, em combinação com diuréticos e, quando adequado, digitálicos e betabloqueadores.
Enfarte do miocárdio:
Tratamento a curto prazo (4 semanas): Captopril Labesfal está indicado nas primeiras 24 horas de enfarte do miocárdio em qualquer doente clinicamente estável.
Prevenção a longo prazo da insuficiência cardíaca sintomática: Captopril Labesfal está indicado em doentes clinicamente estáveis com disfunção ventricular esquerda assintomática (fracção de ejecção <40%).
Nefropatia diabética do tipo I: Captopril Labesfal está indicado no tratamento da nefropatia diabética macroproteinúrica em doentes com diabetes do tipo I.

O que deve considerar antes de usar?

Não tome Captopril Labesfal

Se tem alergia (hipersensibilidade) ao captopril, a qualquer outro componente de Captopril Lafesfal ou a qualquer outro inibidor da enzima de conversão da angiotensina (ECA).
Se tem história de angiodema associado a terapêutica prévia com inibidor ECA. Se tem edema angioneurótico hereditário/idiopático.
Se tiver mais do que três meses de gravidez. Também é preferível não tomar Captopril Labesfal no início da gravidez ? Ver secção Gravidez)
Se estiver a amamentar

Tome especial cuidado com Captopril Labesfal

Hipotensão: raramente é observada hipotensão em doentes hipertensos sem complicações. É mais provável que ocorra hipotensão sintomática em doentes hipertensos com depleção de volume e/ou sódio por terapêutica diurética intensa, restrição dietética de sal, diarreia, vómitos ou em hemodiálise. A depleção do volume e/ou sódio deve ser corrigida antes da administração do inibidor ECA e deve considerar-se uma dose inicial mais baixa.
Os doentes com insuficiência cardíaca têm um risco maior de hipotensão e quando se inicia o tratamento com um inibidor ECA recomenda-se uma dose inicial mais baixa. Em doentes com insuficiência cardíaca recomenda-se precaução sempre que se aumenta a dose de captopril ou de diurético.
Tal como outros antihipertensores, a redução excessiva da pressão arterial em doentes com isquémia cardiovascular ou doença cerebrovascular pode aumentar o risco de enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Se se desenvolver hipotensão, o doente deve ser colocado em posição de supino.
Pode ser necessária a reposição do volume com soro fisiológico intravenoso. Hipertensão renovascular:há um risco aumentado de hipotensão e de insuficiência renal quando doentes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria do único rim funcionante são tratados com inibidores ECA. Pode ocorrer perda da função renal com apenas ligeiras alterações na creatinina sérica. Nestes doentes o tratamento deve iniciar-se sob rigorosa vigilância clínica com doses baixas, ajustes posológicos cuidadosos e monitorização da função renal.
Insuficiência renal: em casos de insuficiência renal (depuração da creatinina < 40 ml/min), a dose inicial de captopril tem de ser ajustada em função da depuração da creatinina, em função da resposta do doente ao tratamento. Nestes doentes a monitorização, por rotina, do potássio e da creatinina constituem um procedimento normal.
Angiodema: o angiodema das extremidades, face, lábios, membranas mucosas, língua, glote ou laringe pode ocorrer em doentes tratados com inibidores da ECA, particularmente durante as primeiras semanas de tratamento. Contudo, em casos raros, pode desenvolver-se angiodema grave após o tratamento de longa duração com um inibidor ECA. O tratamento deve ser imediatamente interrompido. O angiodema

envolvendo a língua, glote ou laringe pode ser fatal. A terapêutica de emergência deve ser instituída. O doente deve ser hospitalizado e observado durante pelo menos 12 a 24 horas e não deve ter alta até à resolução completa dos sintomas.
Tosse: a tosse foi relatada com o uso de inibidores da ECA. Caracteristicamente, é uma tosse não produtiva, persistente e resolve após a interrupção do tratamento. Falência hepática: raramente, os inibidores da ECA foram associados com uma síndroma que se inicia com icterícia colestática e progride para necrose hepática fulminante e (por vezes) morte. Não está compreendido o mecanismo desta síndroma. Os doentes medicados com inibidores ECA que desenvolvam incterícia ou aumentos acentuados nas enzimas hepáticas devem interromper a medicação com inibidores ECA e devem submeter-se a controlo médico adequado.
Hipercaliemia: em alguns doentes tratados com inibidores ECA, incluindo o captopril, foram observados aumentos de potássio sérico. Os doentes em risco de desenvolver uma hipercaliemia incluem os que têm insuficiência renal, diabetes mellitus e os que concomitantemente usam diuréticos poupadores do potássio, suplementos do potássio ou substitutos do sal contendo potássio; ou os doentes que tomam outros fármacos associados com o aumento do potássio sérico (i.e. heparina). Recomenda-se a monitorização regular do potássio sérico se for necessário o uso concomitante destes agentes.
Lítio: não é recomendada a associação de lítio e de captopril.
Estenose aórtica e da válvula mitral/cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva: os inibidores da ECA devem ser usados com precaução em doentes com obstrução da vávula do ventrículo esquerdo e do fluxo e evitados nos casos de choque cardiogénico e de obstrução hemodinamicamente significativa.
Neutropenia/agranulocitose: neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia foram relatados em doentes medicados com inibidores da ECA, incluindo o captopril. Em doentes com função renal normal e sem outras complicações, a neutropenia raramente ocorre. O captopril deve se usado com extrema precaução em doentes com doença vascular do colagénio, terapêutica imunossupressora, tratamento com alopurinol ou procainamida, ou uma combinação destes factores, especialmente se se verificar anteriormente o compromisso da função renal. Alguns destes doentes desenvolveram infecções graves, as quais em alguns casos não responderam a terapêutica antibiótica intensa. Se o captopril for usado em tais doentes, recomenda-se fazer contagem dos glóbulos brancos e contagem diferencial antes de iniciar o tratamento, depois de 2 em 2 semanas nos primeiros 3 meses de tratamento com o captopril e depois periodicamente. Os doentes devem ser informados para relatar qualquer sinal de infecção (i.e. dor de garganta, febre) durante o tratamento, momento em que se deve realizar uma contagem diferencial dos glóbulos brancos. O captopril e outra medicação concomitante deve ser interrompido se for detectada ou se houver suspeita de neutropenia (neutrófilos menos que 1.000/mm3)
Na maior parte dos doentes os neutrófilos regressam aos valores normais rapidamente após a interrupção do captopril.
Proteinúria: pode ocorrer proteinúria particularmente em doentes com compromisso da função renal ou com doses relativamente altas de inibidores da ECA.
Valores da proteína urinária total superiores a 1 g por dia foram observados em cerca de 0,7% de doentes medicados com captopril. A maioria dos doentes tinha evidência de

doença renal prévia ou tinha recebido doses relativamente altas de captopril (superiores a 150 mg/dia), ou ambas as situações.
Em cerca de um quinto dos doentes com proteinúria ocorreu sídroma nefrótico. Na maioria dos casos, a proteinúria diminuiu ou desapareceu em seis meses quer se tenha continuado ou não a terapêutica com captopril. Os parâmetros da função renal, tais como BUN e creatinina estavam alterados raramente em doentes com proteinúria. Os doentes com doença renal anterior devem fazer avaliação da proteína urinária (dip-stick na primeira urina da manhã) antes do tratamento e depois periodicamente. Reacções anafilácticas durante desensibilização: reacções anafilácticas potencialmente fatais foram relatadas raramente em doentes em tratamento para desensibilização do veneno de hymenoptera enquanto recebiam outro inibidor da ECA. Nos mesmos doentes, estas reacções foram evitadas quando temporariamente se suspendeu o inibidor da ECA, mas reapareceram quando inadvertidamente se reiniciou o tratamento. Como tal recomenda-se precaução em doentes tratados com inibidores da ECA e sujeitos a técnicas de desensibilização.
Reacções anafilácticas durante diálise de alto fluxo/exposição a membranas de aferese de lipoproteínas: foram relatadas reacções anafilácticas em doentes hemodializados com membranas de diálise de alto fluxo ou sujeitos a aferese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção pelo sulfato de dextrano. Nestes doentes deve considerar-se o uso de um tipo diferente de membranas de diálise ou outra classe de medicação. Cirurgia/anestesia: pode ocorrer hipotensão em doentes sujeitos a grande cirurgia ou durante o tratamento com anestésicos que se sabe que baixam a pressão arterial. Se ocorrer hipotensão, esta pode ser corrigida pela expansão de volume.
Diabéticos: os níveis de glicemia no doente diabético deverão ser cuidadosamente monitorizados no doente diabético previamente medicado com antidiabéticos orais ou insulina, principalmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA. Diferenças étnicas: tal como outros inibidores da enzima de conversão da angiotensina, o captopril é aparentemente menos eficaz na redução da pressão sanguínea nos doentes de raça negra do que nos doentes que não sejam de raça negra, possivelmente devido a uma incidência superior de estados da renina baixa na população hipertensa de raça negra.

Gravidez: deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. Captopril Labesfal não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Ao tomar Captopril Labesfal com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Diuréticos poupadores de potássio ou suplementos de potássio: os inibidores da ECA atenuam a perda de potássio induzida por diuréticos. Os diuréticos poupadores de potássio (e.g. espironolactona, triamterene, ou amiloride), suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem conduzir a aumentos significativos do potássio sérico. Se a utilização concomitante estiver indicada devido a hipocaliemia

demonstrada, devem ser utilizados com precaução e com monitorização frequente do potássio sérico.
Diuréticos (tiazídicos ou da ansa): o tratamento prévio com doses elevadas de diuréticos pode resultar na depleção de volume e em risco de hipotensão quando se inicia a terapêutica com captopril. Os efeitos hipotensores podem ser reduzidos pela interrupção do diurético, pelo aumento do volume ou ingestão de sal ou pelo início da terapêutica com uma dose baixa de captopril. No entanto, em estudos específicos com hidroclorotiazida ou furosemida não foram observadas interacções farmacológicas clinicamente significativas.
Outros fármacos antihipertensores: o captopril tem sido co-administrado com segurança com outros fármacos antihipertensores utilizados frequentemente (e.g beta-bloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio de longa duração). O uso concomitante destes fármacos pode aumentar os efeitos hipotensores do captopril.
O tratamento com nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores, deve ser usado com precaução.
Tratamento do enfarte do miocárdio agudo: o captopril pode ser usado concomitantemente com ácido acetilsalicílico (em doses para cardiologia), trombolíticos, beta-bloqueadores e/ou nitratos em doentes com enfarte do miocárdio.
Lítio: aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade foram referidos durante a administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. O uso concomitante de diuréticos tiazídicos pode aumentar o risco de toxicidade pelo lítio e potenciar o risco já existente de toxicidade pelo lítio com inibidores ECA. A utilização do captopril com lítio não é recomendada, mas se a associação for considerada necessária, deve ser realizada a monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio.
Antidepressivos tricíclicos/antipsicóticos: os inibidores ECA podem aumentar os efeitos hipotensivos de certos antidepressivos tricíclicos e de antipsicóticos. Pode ocorrer hipotensão postural.
Alopurinol, procainamida, citostáticos ou fármacos imunossupressores: a administração concomitante com inibidores da ECA pode conduzir a um risco aumentado de leucopenia, especialmente quando os inibidores da ECA são utilizados em doses superiores às recomendadas.
Anti-inflamatórios não-esteróides: foi descrito que os anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) e os inibidores ECA exercem um efeito aditivo no aumento do potássio sérico, enquanto a função renal pode diminuir. Estes efeitos são, em princípio reversíveis. Pode ocorrer, raramente, falência renal aguda, particularmente em doentes com compromisso da função renal, tais como idosos ou doentes desidratados. A administração crónica de AINEs pode reduzir o efeito antihipertensivo de um inibidor ECA.
Simpaticomiméticos: podem reduzir os efeitos antihipertensivos dos inibidores da ECA; os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados.
Antidiabéticos: estudos farmacológicos mostraram que os inibidores da ECA, incluindo o captopril, podem potenciar os efeitos da insulina e dos antidiabéticos orais, tal como a sulfonilureia em diabéticos, na redução da glucose sanguínea. Se esta interacção muito rara ocorrer, pode ser necessário reduzir a dose do antidiabético durante o tratamento simultâneo com inibidores da ECA.
Química clínica
O captopril pode causar em teste de acetona na urina falso-positivo.

Ao tomar Captopril Labesfal com alimentos e bebidas

Captopril Labesfal pode ser tomado antes, durante ou após as refeições.

Gravidez e aleitamento:

Gravidez: Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. O seu médico normalmente aconselha-la-á a interromper Captopril Labesfal antes de engravidar ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de Captopril Labesfal. Captopril Labesfal não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Aleitamento: Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que pretende iniciar o aleitamento. Não é recomendado o aleitamento de recém-nascidos (primeiras semanas após o nascimento) e, especialmente bebés prematuros, enquanto a mãe toma Captopril Labesfal.
No caso de uma criança mais velha, o seu médico deverá aconselhá-la sobre os benefícios e riscos de tomar Captopril Labesfal enquanto amamenta, comparativamente com outros medicamentos.

Condução de veículos e utilização de máquinas:

Tal como para outros anti-hipertensores, a capacidade de conduzir e usar máquinas pode estar reduzida, principalmente no início do tratamento ou quando se modifica a posologia, e também quando utilizado em combinação com bebidas alcoólicas, mas estes efeitos dependem da susceptibilidade individual.

Informações importantes sobre alguns componentes de Captopril Labesfal

Captopril Labesfal contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

Como é utilizado?

Tomar Captopril Labesfal sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Posologia e modo de administração:

A dose deve ser individualizada em função do perfil do doente e a resposta da pressão arterial. A dose diária máxima recomendada é de 150 mg.
Hipertensão: a dose inicial recomendada é de 25-50 mg diariamente em duas tomas divididas. A dose pode ser gradualmente aumentada, com intervalos de pelo menos 2

semanas, para 100-150 mg/dia em duas tomas divididas conforme necessário para atingir a pressão arterial desejada. O captopril pode ser utilizado isoladamente ou com outros fármacos antihipertensores, especialmente diuréticos tiazídicos.
Um regime de uma toma diária pode ser adequado quando for adicionada outra medicação antihipertensora concomitante, tal como diuréticos tiazídicos. Em doentes com um sistema renina-angiotensina-aldosterona fortemente activo (hipovolémia, hipertensão reno-vascular, descompensação cardíaca) é preferível começar com uma dose única de 6,25 mg ou 12,5 mg. O início deste tratamento deve fazer-se preferencialmente com vigilância clínica cuidadosa. As doses serão então administradas em duas tomas por dia. A dose pode ser aumentada gradualmente para 50 mg por dia em uma toma ou duas tomas e, se necessário, para 100 mg por dia em uma ou duas tomas. Insuficiência cardíaca: o tratamento com captopril para a insuficiência cardíaca deve ser iniciado com vigilância clínica rigorosa. A dose inicial usual é de 6,25 mg-12,5 mg, duas vezes ao dia ou 3 vezes ao dia. O ajuste para a dose de manutenção (75-150 mg por dia) deve ser realizado com base na resposta do doente, estado clínico e tolerância, até um máximo de 150 mg por dia, em tomas divididas. A dose deve ser aumentada com incrementos e com intervalos de, pelo menos, 2 semanas para avaliar a resposta dos doentes.
Enfarte do miocárdio:
Tratamento a curto prazo: o tratamento com captopril deve iniciar-se no hospital tão cedo quanto possível após o aparecimento de sinais e/ou sintomas em doentes com hemodinâmica estável. Deve ser administrada uma dose teste de 6,25 mg, com uma dose de 12,5 mg administrada 2 horas depois e uma dose de 25 mg administrada 12 horas depois. A partir do dia seguinte, o captopril deve ser administrado numa dose de 100 mg/dia, em duas tomas diárias durante 4 semanas, desde que não se verifiquem reacções hemodinâmicas adversas. No final das 4 semanas de tratamento, deve reavaliar-se o estado do doente antes de se tomar uma decisão quanto ao tratamento a seguir na fase do pós-enfarte do miocárdio.
Tratamento crónico: se o tratamento com o captopril não se tiver iniciado nas primeiras 24 horas do enfarte agudo do miocárdio, sugere-se que o tratamento se inicie entre o 3º e

  • 16º dia após o enfarte do miocárdio quando se tiverem obtido as condições de tratamento necessárias (hemodinâmica estável e tratamento de qualquer isquémia residual). O tratamento deve iniciar-se no hospital com rigorosa vigilância clínica (particularmente pressão arterial) até que se atinja a dose e 75 mg. A dose inicial tem que ser baixa, em particular se o doente no início do tratamento apresentar uma pressão arterial normal ou baixa. O tratamento deve iniciar-se com a dose de 6,25 mg, seguida de 12,5 mg 3 vezes ao dia durante 2 dias e depois 25 mg 3 vezes ao dia, diariamente, desde que não se verifiquem reacções hemodinâmicas adversas. A dose recomendada para a cardioprotecção efectiva durante o tratamento a longo prazo é de 75 a 150 mg diariamente em duas ou três doses. Nos casos de hipotensão sintomática, como em insuficiência cardíaca, a dose de diuréticos e/ou outros vasodilatadores concomitantes pode ser reduzida de modo a atingir a dose de estado estacionário do captopril. Quando necessário, a dose de captopril deve ser ajustada em função da resposta clínica do doente. O captopril pode ser usado em combinação com outros tratamentos para o enfarte do miocárdio tais como trombolíticos, betabloqueadores e ácido acetilsalicílico.

Nefropatia diabética do tipo I: em doentes com nefropatia diabética do tipo I, a dose diária recomendada de captopril é de 75-100 mg em doses divididas. Se for desejável uma redução adicional da pressão arterial pode adicionar-se medicação antihipertensora adicional.
Insuficiência renal: como o captopril é excretado principalmente pelo rim, no doente com compromisso da função renal a dose deve ser reduzida ou o intervalo entre as doses deve ser aumentado. Em doentes com insuficiência renal grave quando é necessário uma terapêutica diurética concomitante é preferível um diurético da ansa (e.g. furosemida) a um diurético tiazídico.
Em doentes com insuficiência renal para evitar a acumulação do captopril pode recomendar-se a dose diária seguinte:

Depuração da creatinina Dose inicial diária Dose máxima diária mg mlmin1,73m2 mg 40 21-40 10-20 10 25-50 25 12,5 6,25 150 100 75 37,5

Idosos: tal como outros antihipertensores, deve considerar-se o início da terapêutica com uma dose inicial mais baixa (6,25 mg duas vezes ao dia) em doentes idosos os quais podem ter função renal diminuída e outras disfunções orgânicas.
A dose deve ser ajustada em função da resposta da pressão arterial e ser mantida tão baixa quanto possível para obter o controlo adequado.
Crianças e adolescentes: a eficácia e a segurança do captopril não foram totalmente estabelecidas. O uso de captopril em crianças e adolescentes deve iniciar-se com rigorosa vigilância clínica. A dose inicial de captopril é de cerca de 0,3 mg/kg de peso corporal. Em doentes que requerem precauções especiais (crianças com disfunção renal, prematuros, recém-nascidos e lactentes, porque a função renal não é a mesma das crianças mais velhas e adultos) a dose inicial deve ser apenas 0,15 mg captopril/kg peso. Geralmente, em crianças o captopril é administrado 3 vezes ao dia, mas a dose e o intervalo entre as doses deve ser adaptado em função da resposta do doente.

Se tomar mais Captopril Labesfal do que deveria

Os sintomas de sobredosagem são hipotensão grave, choque, letargia, bradicardia, desequilíbrio electrolítico e falência renal.
As medidas para evitar a absorção (e.g. lavagem gástrica, administração de adsorventes e sulfato de sódio nos 30 minutos após a ingestão) e acelerar a eliminação devem ser aplicadas se a ingestão for recente.
Se ocorrer hipotensão, o doente deve ser colocado na posição adequada e deve ser administrado rapidamente suplemento salino e fluídos. Deve ser equacionado o tratamento com angiotensina-II.

Bradicardia e reacções vagais extensas devem ser tratadas com a administração de atropina. Pode ser considerado o uso de pacemaker. O captopril pode ser removido da circulação por hemodiálise.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Captopril Labesfal pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os efeitos indesejáveis relatados para a terapêutica com o captopril e/ou inibidores da ECA incluem:
Distúrbios sanguíneos e linfáticos:
muito raros: neutropenia/agranulocitose, pancitopenia particularmente em doentes com disfunção renal, anemia (incluindo aplástica e hemolítica), trombocitopenia, linfadenopatia, eosinofilia, doenças auto-imunes e/ou títulos positivos de anticorpos antinucleares.
Distúrbios metabólicos e da nutrição:
raros: anorexia
muito raros: hipercaliemia, hipoglicemia
Distúrbios psiquiátricos:
frequentes: alterações do sono
muito raros: confusão, depressão
Distúrbios do sistema nervoso:
frequentes: perda do paladar, tonturas
raros: sonolência, cefaleias e parestesia
muito raros: incidentes cerebrovasculares, incluindo acidente vascular cerebral e síncope Distúrbios oculares:
muito raros: visão turva
Distúrbios cardíacos:
não frequentes: taquicardia ou taquiarritmia, angina de peito, palpitações muito raros: paragem cardíaca, choque cardiogénico
Distúrbios vasculares:
não frequentes: hipotensão, síndroma Raynaud, rubor, palidez
Distúrbios respiratórios, torácicos, mediastínicos:
frequentes: tosse seca, irritativa (não produtiva) e dispneia
muito raros: broncospasmo, rinite, alveolíte alérgica/pneumonia eosinofílica Distúrbios gastrintestinais:
frequentes: náuseas, vómitos, irritação gástrica, dor abdominal, diarreia, obstipação, secura da boca
raros: estomatite/ulceras aftosas
muito raros: glossite, úlcera péptica, pancreatite
Distúrbios hepato-biliares:

muito raros: compromisso da função hepática e colestase (incluindo icterícia), hepatite incluindo necrose, enzimas hepáticas aumentadas e bilirrubina
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos:
frequentes: prurido com ou sem exantema, exantema e alopécia
não frequentes: angiodema
muito raros: urticária, síndroma Stevens Johnson, eritema multiforme, fotosensibilidade, eritrodermia, reacções pefigóides e dermatite exfoliativa
Distúrbios musculo-esqueléticos, do tecido conjuntivo e ósseo:
muito raros: mialgia, artralgia
Distúrbios renais e urinários:
raros: alterações da função renal incluindo falência renal, poliúria, oligúria, aumento da frequência urinária
muito raros: síndroma nefrótico
Distúrbios do sistema reprodutor e da mama:
muito raros: impotência, ginecomastia
Distúrbios gerais:
não frequentes: dor torácica, fadiga, mal-estar
muito raros: febre
Ensaios:
muito raros: proteinúria, eosinofilia, aumento do potássio sérico, diminuição do sódio sérico, aumento do BUN, creatinina sérica e bilirrubina sérica, diminuição da hemoglobina, hematócrito, leucócitos, trombócitos e dos títulos de anticorpos antinucleares positivos e aumento da velocidade de sedimentação eritrocitária.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaiquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Conservar a temperatura inferior a 25º C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Captopril Labesfal após o prazo de validade impresso na embalagem exterior.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

Mais informações

Qual a composição de Captopril Labesfal

  • A substância activa é o captopril. Cada comprimido contém 25 mg ou 50 mg de captopril.
  • Os outros componentes são: lactose, celulose microcristalina, carboximetilamido sódico e ácido esteárico

Qual o aspecto de Captopril Labesfal e conteúdo da embalagem

  • Comprimidos doseados a 25 mg em embalagens de 20, 60, 100 e 180 comprimidos.
  • Comprimidos doseados a 50 mg em embalagens de 60, 100 e 180 comprimidos.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da autorização de introdução no mercado

LABESFAL, Laboratórios Almiro S.A.
Campo de Besteiros

Fabricante:

Labesfal - Laboratórios Almiro, S.A.
Lagedo - Santiago de Besteiros
3465-157 Campo de Besteiros
Portugal

Este folheto foi aprovado pela última vez em

Última atualização em 11.08.2022

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