Não utilize Isoniazida Labesfal
-se tem alergia à substância ativa ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6)
- se tem alguma doença grave do fígado ou história de mau funcionamento do fígado
Tome especial cuidado com Isoniazida Labesfal
Se manifestar sinais e sintomas das doenças do fígado como qualquer sintoma próprio da hepatite (ex: fadiga, cansaço, mal-estar, náuseas, vómitos e anorexia). Na presença de tais sintomas ou de sinais que sugiram lesões hepáticas, Isoniazida Labesfal deve ser imediatamente retirada temporária ou definitivamente.
Os doentes que estão a fazer tratamento com Isoniazida Labesfal devem fazer testes periódicos da função hepática.
A Isoniazida Labesfal deve ser usada com precaução em consumidores diários de álcool e em doentes com doenças hepáticas crónicas ou insuficiência hepática. Deve também ser usada com precaução nos doentes epiléticos uma vez que pode desencadear convulsões (contrações involuntárias e instantâneas determinando movimentos localizados em um ou vários grupos musculares ou generalizados a todo o corpo)
Os doentes em tratamento com isoniazida devem ser submetidos a exame clinico neurológico regular.
Em doentes mal nutridos ou com predisposição para neuropatias (ex: diabéticos, alcoólicos) deve ser administrada piridoxina (vit. B6) juntamente com a Isoniazida Labesfal.
Outros medicamentos e Isoniazida Labesfal
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Este medicamento pode afetar o modo como outros medicamentos atuam (interação).
A Isoniazida Labesfal pode potenciar a toxicidade de outros medicamentos quando tomados simultaneamente:
Antiepiléticos: carbamazepina, fenitoína. Antituberculosos: Cicloserina
Vacina BCG: a isoniazida inibe a multiplicação de BCG, deste modo a vacina BCG pode não ser eficaz se administrada concomitantemente com isoniazida. Benzodiazepinas: diazepam, triazolam
Anticoagulantes orais: varfarina (diminuição do efeito anticoagulante) Teofilina: a isoniazida pode aumentar a concentração da teofilina Dissulfiram: dificuldades de coordenação e episódios psicóticos
Insulina: a isoniazida interfere com a acção da insulina, elevando os niveis de açúcar no sangue.
Antiácidos: os antiácidos contendo aluminio diminuem a absorção gastrointestinal da isoniazida. A Isoniazida Labesfal deve ser administrada pelo menos uma hora antes do antiácido
Alimentos ricos em tiramina (queijo e peixe): a isoniazida com o consumo destes alimentos, pode causar elevação da tensão arterial, palpitações e rubor facial
Isoniazida Labesfal com alimentos e bebidas
Isoniazida Labesfal não deve ser tomada com alimentos, uma vez que a sua biodisponibilidade é significativamente reduzida quando administrada com comida.
Deve evitar o álcool enquanto estiver a tomar este medicamento. O metabolismo da isonizida pode ser aumentado em doentes crónicos, aumentando o risco de doenças nervosas e do fígado.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
A prescrição a mulheres grávidas deverá ser feita cautelosamente.
Amamentação
A isoniazida é eliminada no leite materno pelo que podem surgir efeitos indesejáveis no lactente. Este medicamento deverá ser utilizado com precaução em mulheres a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Devido à possibilidade de efeitos adversos neurológicos com a administração de isoniazida, deve ter-se precaução na condução ou utilização de máquinas.
Isoniazida Labesfal contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por comprimido (de 50 mg ou de 300 mg), ou seja, é, praticamente "isento de sódio".
3. Como utilizar Isoniazida Labesfal
Utilize este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Os comprimidos devem ser administrados por via oral, com água. Os comprimidos devem ser tomados com o estômago vazio, pelo menos uma hora antes ou duas horas depois de uma refeição.
Dose para adultos e crianças com idade igual ou superior a 12 anos:
Tratamento da tuberculose latente
5 mg/kg por dia, num máximo de 300 mg diários ou 15 mg/kg, 2 vezes por semana, num máximo de 900 mg/semana.
Tratamento da doença ativa 5 mg/kg por dia.
Tratamento intermitente da tuberculose
15 mg/kg, 2 ou 3 vezes por semana, até um máximo de 900 mg.
Dose para crianças com idade inferior a 12 anos
Tratamento da tuberculose latente
10 mg/kg por dia, num máximo de 300 mg diários ou 20-30 mg/kg, 2 vezes por semana, num máximo de 900 mg/semana.
Tratamento da doença ativa 10 mg/kg por dia.
Tratamento intermitente da tuberculose
20-40 mg/kg, 2 vezes por semana, até um máximo de 900 mg
Insuficientes renais
A dose deve ser reduzida em 50 % (ou seja, 150 mg/dia), em doentes que apresentam insuficiência renal com valores de depuração da creatinina inferiores a 10 ml/minuto.
Se utilizar mais Isoniazida Labesfal do que deveria
Se tomar comprimidos a mais, dirija-se ao serviço de urgência do Hospital mais próximo ou informe o seu médico imediatamente.
Ingestão aguda por adultos de 6 - 10 g de isoniazida (20 - 33 comprimidos de 300 mg cada) está uniformemente associada a toxicidade severa e mortalidade significativa. Vários sintomas podem aparecer incluindo: náuseas, vómitos, tonturas, pronúncia indistinta, visão perturbada e alucinações visuais (incluindo cores brilhantes e desenhos estranhos).
Com hora e meia a 3 horas após a ingestão, hiper-reflexos ou ausência de reflexos podem ocorrer com resistência a anti-convulsivantes como a fenitoína (difenilhidantoína) e barbituratos.
Envenenamento grave pode conduzir a hipotensão, cianose e morte. Podem ocorrer distúrbios metabólicos graves que acompanham cetoacidoses diabéticas.
Esta toxicidade é rara desde que a dose não exceda os 17 mg/kg mas ocasionalmente ocorre para doses menores.
Tratamento:
No tratamento da sobredosagem por isoniazida, deve ser assegurada uma via de ventilação e estabelecida imediatamente uma adequada troca respiratória. As convulsões podem ser controladas com a administração IV de diazepam ou barbituratos de curta- ação e uma dosagem de cloridrato de piridoxina igual à quantidade de isoniazida ingerida.
Geralmente são dadas 1-4 g de cloridrato de piridoxina por via IV seguidas por 1 g IM todos os 30 minutos até que a totalidade da dose seja administrada. Se as convulsões são controladas e a sobredosagem for recente (2 a 3 horas) deve proceder-se à lavagem gástrica. Devem ser efetuadas determinações de: gases sanguíneos, eletrólitos séricos, glucose e determinações BUN.
Assim que possível, deve ser iniciada uma diurese osmótica forçada depois de uma sobredosagem por isoniazida, para aumentar a clearance renal do fármaco e deve ser continuada várias horas após melhoria clínica para assegurar a clearance completa do fármaco e prevenir recaídas.
Caso se tenha esquecido de utilizar Isoniazida Labesfal
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de utilizar Isoniazida Labesfal
Não deixe de tomar o seu medicamento sem perguntar primeiro ao médico, mesmo que comece a sentir-se melhor.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.