Ácido Valpróico APS 400 mg/4 ml Pó e solvente para solução injectável

Ilustração do Ácido Valpróico APS 400 mg/4 ml Pó e solvente para solução injectável
Substância(s) ácido valpróico
Admissão Portugal
Produtor GENERIS FARMACÉUTICA, S.A.
Narcótica Não
Código ATC N03AG01
Grupo farmacológico Antiepilépticos

Titular da autorização

GENERIS FARMACÉUTICA, S.A.

Medicamentos com o mesmo princípio activo

Medicamento Substância(s) Titular da autorização
Ácido valpróico Generis ácido valpróico Generis Farmacêutica
Diplexil 500 ácido valpróico Tecnifar - Indústria Técnica Farmacêutica
Valprolim ácido valpróico Winthrop Farmacêutica Portugal, Lda.
Depakine Chronosphere ácido valpróico Sanofi - Produtos Farmacêuticos
Depakine Chronosphere ácido valpróico Sanofi - Produtos Farmacêuticos

Folheto

O que é e como se utiliza?

Grupo Farmacoterapêutico: 2.6 Sistema nervoso central. Antiepilépticos e anticonvulsivantes

O ácido valpróico é uma substância que exerce os seus efeitos farmacológicos essencialmente ao nível do sistema nervoso central.

O Ácido Valpróico APS está indicado em doentes nos quais a terapêutica oral não é temporariamente possível:
-Tratamento das epilepsias generalizadas ou parciais, associadas a crises do tipo: ausência
mioclónica
tonicoclónica
atónica
mista
bem como, no quadro das epilepsias parciais:
crises de sintomatologia simples ou complexa
crises secundariamente generalizadas
síndromes específicas (West, Lennox-Gastaut)

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O que se deve tomar em consideração antes de utilizá-lo?

Não tome Ácido Valpróico APS
-Se tem hipersensibilidade ao ácido valpróico ou a qualquer dos excipientes; -Se sofre de hepatite aguda; hepatite crónica; antecedentes pessoais ou familiares de hepatite grave, nomeadamente medicamentosa; porfíria hepática.

Tome especial cuidado com Ácido Valpróico APS

Cuidados especiais

Hepatopatias:

-Condições de aparecimento:
Foram referidos excepcionalmente casos de lesão hepática de evolução grave, por vezes mortais.
Os recém-nascidos e as crianças com menos de três anos que apresentem uma epilepsia grave e, nomeadamente, uma epilepsia associada a lesões cerebrais, um atraso psíquico e/ou uma doença metabólica ou degenerativa de origem genética, são os mais expostos a este risco, nomeadamente em caso de politerapia anticonvulsiva. Após a idade de três anos, a incidência de risco diminui de modo significativo e decresce progressivamente com a idade.
Na grande maioria dos casos, estes danos hepáticos foram observados durante os primeiros 6 meses de tratamento.

-Sinais evocatórios:
O diagnóstico precoce assenta, antes de tudo, na clínica. Em particular, deve ter-se em conta, nomeadamente em doentes de risco, dois tipos de manifestações que podem preceder a icterícia (ver "condições de aparecimento "):
-por um lado sinais gerais não específicos, geralmente de aparecimento súbito tais como astenia, anorexia, letargia, sonolência, acompanhados por vezes de vómitos repetidos e de dores abdominais,
-por outro lado, um reaparecimento de crises epilépticas.
Recomenda-se informar o doente, ou a sua família, se se tratar de uma criança, que o aparecimento deste quadro deve motivar de imediato uma consulta. Deve ser feito um exame clínico e um controlo biológico imediato da função hepática.

-Detecção:
Durante os primeiros seis meses de tratamento, deve ser efectuada periodicamente uma monitorização da função hepática. Entre os exames clássicos, os testes que reflictam a síntese proteica e nomeadamente a TP (taxa de protrombina) são os mais pertinentes. A confirmação de uma taxa de protrombina anormalmente baixa, sobretudo se acompanhada de outras alterações biológicas (diminuição significativa do fibrinogénio e dos factores de coagulação, aumento da bilirrubina, elevação das transaminases) deve conduzir à paragem do tratamento com Ácido Valpróico APS.

Se houver prescrição simultânea com derivados dos salicilatos, o tratamento com estes últimos deve ser interrompido como medida de precaução. Dado que ambos os fármacos utilizam a mesma via metabólica, o risco de toxicidade do valproato aumenta por elevação dos níveis plasmáticos de valproato livre.

Pancreatite

Foram referidas, muito raramente pancreatites graves que podem resultar em morte. As crianças mais jovens estão particularmente em risco, diminuindo o risco com o aumento de idade. Podem ser factores de risco convulsões graves, alterações neurológicas ou terapêutica anticonvulsivante. O risco de consequência fatal aumenta perante insuficiência hepática e pancreatite.

Precauções

-Efectuar um controlo biológico da função hepática antes do início do tratamento (ver "Não Tome Ácido Valpróico APS"), e uma vigilância periódica durante os primeiros 6 meses, especialmente em doentes de risco ("Cuidados especiais").

-É de sublinhar que, como na maior parte dos antiepilépticos, pode observar-se nomeadamente no início do tratamento, um aumento isolado e transitório das transaminases, na ausência de qualquer sinal clínico.
Neste caso aconselha-se efectuar um controlo biológico mais completo (em particular taxa de protrombina), reconsiderar eventualmente a posologia e repetir os exames em função da evolução dos parâmetros.

-Em crianças com idade inferior a três anos, aconselha-se a utilização de Ácido Valpróico APS apenas em monoterapia. O potencial risco do ácido valpróico deve ser avaliado face ao risco de hepatopatia ou pancreatite nestes doentes, antes do início do tratamento (ver "Cuidados especiais ").
Em crianças com idade inferior a 3 anos, deve ser evitada a prescrição simultânea de derivados salicilados devido ao risco de hepatotoxicidade.

-Recomenda-se antes do início do tratamento, antes de uma intervenção cirúrgica e em caso de hematomas ou de hemorragias espontâneas um exame hematológico (hemograma incluindo as plaquetas, tempo de hemorragia e testes de coagulação) (ver ?Efeitos secundários possíveis").

-Nos insuficientes renais pode ser necessário proceder-se a um ajuste da posologia, reduzindo a dose. Uma vez que a monitorização das concentrações plasmáticas podem induzir em erro, a posologia deve ser ajustada através de monitorização clínica.

-Se bem que se reconheça que Ácido Valpróico APS pode provocar apenas excepcionalmente manifestações de natureza imunológica, a sua utilização em doentes

com lúpus eritematoso disseminado, deverá ser avaliada em função do balanço benefício/risco.

-Em caso de síndrome doloroso abdominal agudo recomenda-se uma avaliação médica imediata, visto terem sido referidos casos excepcionais de pancreatites. Em caso de pancreatite deve interromper-se o tratamento com valproato.

-Se há suspeita de uma deficiência no ciclo enzimático da ureia, devem ser feitos estudos metabólicos antes do tratamento, devido ao risco de hiperamoniémia com o valproato de sódio.

-Os doentes devem ser avisados que poderá ocorrer aumento de peso no início do tratamento; deverão ser adoptadas as medidas necessárias para minimizar esse risco (ver ?Efeitos secundários possíveis").

-Mulheres em idade fértil: todas as mulheres em idade fértil (com possibilidade de engravidar) deverão receber aconselhamento médico especializado antes de iniciarem o tratamento (ver "Gravidez e aleitamento").

-Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepiléticos como o Ácido Valpróico APS teve pensamentos de auto-agressão e suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos deve contactar imediatamente o seu médico.

Gravidez e aleitamento

O valproato de sódio é o medicamento de eleição para o tratamento de doentes com certos tipos de epilepsia tal como a epilepsia generalizada com ou sem mioclonia e/ou fotossensibilidade. Na epilepsia parcial o valproato de sódio só deverá ser utilizado em caso de resistência a outros medicamentos.

Mulheres em idade fértil
Antes do valproato de sódio ser prescrito, todas as mulheres em idade fértil (com possiblidade de engravidar) deverão receber aconselhamento médico especializado antes de iniciarem o tratamento. Devido ao risco de malformações congénitas deverá ser ponderado o risco versus benefício. No caso do tratamento com valproato de sódio ser mesmo necessário deverão ser tomadas precauções para minimizar os potenciais riscos teratogénicos.

Gravidez
Com base na experiência adquirida em mães epilépticas tratadas com valproato, o risco associado ao uso de valproato durante a gravidez tem sido descrito como se segue: Risco associado à epilepsia e aos antiepilépticos
Todas as mulheres em idade fértil (com possiblidade de engravidar) deverão receber aconselhamento médico especializado antes de iniciarem o tratamento, devido ao aumento do risco de malformações congénitas.

O tratamento com medicamentos anti-epiléticos deverá ser reavaliado sempre que a mulher pretenda engravidar.
Demonstrou-se com todos os antiepilépticos que na descendência das mulheres epilépticas tratadas, a taxa global de malformações é 2 a 3 vezes superior à da população em geral (cerca de 3%). O tratamento com vários medicamentos anti-epilépticos (politerapia) poderá estar associado a um maior risco de malformações congénitas relativamente ao tratamento com um único medicamento (monoterapia). Sempre que possível deverá ser utilizado um regime de medicamento único (monoterapia). As malformações mais frequentemente encontradas são as fendas labiais e da cavidade oral, aparelho cardiovascular e tubo neural.
Foi referido raramente atraso de desenvolvimento em crianças cujas mães são epilépticas.
Apesar destes riscos potenciais não se deverá interromper de forma brusca o tratamento com antiepiléptico, dado que poderá despoletar crises cujas consequências poderão ser graves quer para a mãe quer para o feto.
Risco associado ao valproato de sódio
Nos animais: foi demonstrada a existência de efeitos teratogénicos no ratinho, rato e coelho.
Na espécie humana: Foi relatada uma maior incidência de malformações congénitas (que incluem hipospádias, dismorfia facial e malformações dos membros) em filhos de grávidas epilépticas tratadas com valproato de sódio, em comparação com as grávidas tratadas com outros anti-epilépticos.
Alguns dados disponíveis sugerem associação entre a exposição ao valproato de sódio in?utero e o risco de atraso no desenvolvimento (frequentemente associado a malformações crânio-faciais), particularmente ao nível do coeficiente de inteligência (QI) verbal.
Considerando estes dados:
Se uma mulher pretender planear uma gravidez, deverá aconselhar-se com o seu médico assistente. É oportuna a revisão da indicação do tratamento antiepiléptico, podendo ser equacionado um suplemento com ácido fólico antes da gravidez e em dose adequada, dado que poderá minimizar o risco de defeitos do tubo neural. A dose de ácido fólico recomendada desde a fase de planeamento da gravidez é de 5 mg diários. Deverá ser feito tratamento em monoterapia com a dose diária mínima eficaz. É preferível que a administração seja feita em várias doses repartidas ao longo do dia, e a utilização de uma formulação de libertação prolongada.
Dosagens diárias totais, ou individuais, elevadas estão associadas a gravidezes com evoluções desfavoráveis. A evidência aponta para uma associação entre picos plasmáticos elevados e doses individuais elevadas e malformações do tubo neural. A incidência das malformações do tubo neural aumenta com doses diárias maiores, sobretudo a partir de 1000 mg/dia.
Durante a gravidez, um tratamento eficaz com valproato de sódio não deve ser interrompido. Contudo, deve ser efectuada uma vigilância pré-natal especializada (por meio de ecografias e outros meios complementares considerados adequados) para revelar uma possível existência de uma anomalia do tubo neural ou outra malformação. Risco para o recém-nascido:

Foram reportados casos excepcionais de síndrome hemorrágica em recém-nascidos cujas mães tomaram valproato de sódio durante a gravidez. Este síndrome hemorrágico está relacionado com hipofibrogenémia; foi também reportada afibrogenia que pode ser fatal. Estas hipofibrogenémias estão possivelmente associadas com a diminuição dos factores de coagulação. No entanto, este síndrome tem de ser distinguido da diminuição dos factores dependentes da vitamina K induzidos pelo fenobarbital e indutores enzimáticos.
Por tudo isto, deve efectuar-se a contagem de plaquetas, níveis de fibrinogénio plasmático, testes de coagulação e factores de coagulação, nos recém-nascidos. Se está grávida ou tenciona engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Comunique imediatamente ao seu médico se engravidar durante o tratamento. Aleitamento
Não há evidência de que as mulheres medicadas com valproato de sódio não devam amamentar.

Condução de veículos e utilização de máquinas

O doente deve ser avisado do risco de sonolência, especialmente nos casos em que existe politerapia anticonvulsiva ou associação com benzodiazepinas (ver ?Utilização com outros medicamentos").

Ao utilizar Ácido Valpróico APS com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.

O efeito do Ácido Valpróico APS pode ser influenciado se tomar outros medicamentos ao mesmo tempo.

-Neurolépticos, IMAO, antidepressivos e benzodiazepinas
O ácido valpróico pode potenciar o efeito dos outros psicotrópicos, tais como os neurolépticos, IMAO, antidepressivos e benzodiazepinas; aconselha-se uma vigilância clínica e um eventual ajuste da posologia.

-Fenobarbital
O ácido valpróico aumenta as concentrações plasmáticas do fenobarbital (devido a inibição do catabolismo hepático) podendo ocorrer sedação, mais frequente nas crianças. É necessário, portanto, efectuar-se uma vigilância clínica durante os primeiros quinze dias de tratamento com a associação, com redução imediata das doses de fenobarbital após os primeiros sinais de sedação, e eventual controlo das taxas plasmáticas do fenobarbital.

-Primidona

O ácido valpróico aumenta as taxas plasmáticas da primidona aumentando os seus efeitos indesejáveis (sedação). Após administração prolongada, esta interacção cessa. Deve efectuar-se uma vigilância clínica e uma eventual adaptação da posologia da primidona, mais particularmente no início da associação.

-Fenitoína
O ácido valpróico diminui a concentração plasmática total da fenitoína. Aumenta sobretudo a fracção livre de fenitoína, podendo provocar sinais de sobredosagem (o ácido valpróico desloca a fenitoína dos seus locais de fixação às proteínas plasmáticas e reduz o seu catabolismo hepático). Recomenda-se, pois, uma vigilância clínica. Quando se determinam os níveis plasmáticos de fenitoína, deve sobretudo ter-se em conta a forma livre.

-Carbamazepina
Foi referida toxicidade clínica quando o valproato foi administrado com a carbamazepina, já que o valproato pode potenciar os efeitos tóxicos da carbamazepina. Aconselha-se fazer uma vigilância clínica, especialmente no início da associação terapêutica com eventual ajuste da posologia.

-Lamotrigina
O valproato pode reduzir o metabolismo do lamotrigina e aumentar o seu tempo de semivida, podendo ser necessário um ajuste da posologia (diminuição da dose de lamotrigina).
Há sugestões, que carecem de ser provadas, que o risco de rash pode ser aumentado pela co-administração de lamotrigina com o ácido valpróico.

-Zidovudina
O valproato pode aumentar as concentrações plasmáticas de zidovudina, levando a um aumento da toxicidade da zidovudina.
Efeito de outros medicamentos sobre o valproato
Os antiepilépticos com efeito indutor enzimático (nomeadamente fenitoína, fenobarbital, carbamazepina) diminuem as concentrações séricas do valproato. Em caso de associação, ajustar a posologia em função dos níveis sanguíneos.
Por outro lado, a associação com felbamato e valproato pode aumentar as concentrações séricas do valproato. A dose de valproato deve ser monitorizada.
A mefloquina aumenta o metabolismo do ácido valpróico e possui, além disto, um efeito convulsivante, podendo surgir um risco de crises epilépticas em caso de associação.
A administração concomitante de valproato e de fármacos com uma fixação proteica importante (aspirina) pode conduzir a uma elevação dos níveis séricos livres de valproato.
A vigilância da taxa de protrombina deve ser efectuada em caso de administração concomitante de anticoagulantes dependentes da vitamina K.
A administração concomitante de cimetidina ou de eritromicina pode aumentar as taxas séricas de valproato (pela diminuição do seu metabolismo hepático).

Carbapenem (panipenem, meropenem, imipenem): observou-se diminuição dos níveis plasmáticos de ácido valpróico por vezes associada a convulsões quando se associa ao valproato o panipenem ou o meropenem. Se a administração destes antibióticos for necessária, recomenda-se monitorizar os níveis de ácido valpróico.
Outras interacções:
Normalmente o valproato não possui qualquer efeito indutor enzimático, pelo que não diminui a eficácia dos estroprogestativos em mulheres que fazem contracepção hormonal.

Fale como seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas ou se tiver a sensação que o Ácido Valpróico APS é demasiado forte ou fraco.

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Como é utilizado?

O Ácido Valpróico APS destina-se a administração por via intravenosa. A posologia diária deve ser estabelecida em função da idade e do peso do doente; no entanto deve ter-se em conta a grande susceptibilidade individual observada com o valproato.
Não está estabelecida uma boa correlação entre a dose diária, concentração sérica e efeito terapêutico. A posologia óptima será determinada essencialmente em relação à resposta clínica obtida. A determinação dos níveis séricos de ácido valpróico pode ser considerada como complemento da vigilância clínica se o controlo das crises não for satisfatório, ou quando houver suspeitas da existência de efeitos indesejáveis. As concentrações séricas consideradas como terapêuticas estão normalmente compreendidas entre 40 e 100 mg/L (300-700 mol/L) de valproato de sódio. Administração de Ácido Valpróico APS por via intravenosa:
Os doentes que estejam a ser tratados de forma satisfatória com ácido valpróico por via oral, podem continuar a fazer a sua dose normal através de uma perfusão contínua ou repetida; como exemplo, um doente estabilizado com 25 mg/Kg administrado diariamente deve continuar com uma perfusão de 1 mg/Kg/hora.
A outros doentes pode ser inicialmente administrada uma injecção intravenosa lenta (durante 3 minutos), normalmente 15 mg/Kg, seguida de uma infusão a uma perfusão de 1-2 mg/Kg/hora, e ajustada de acordo com a resposta clínica.
A continuação da terapêutica utilizando a via oral deve ser considerada logo que possível, com a dose normalmente recomendada.
Ácido Valpróico APS intravenoso pode ser administrado directamente por injecção intravenosa lenta ou por infusão, utilizando uma linha de separação intravenosa se houver outros fármacos para perfundir.
Foi demonstrado existir compatibilidade físico-química com as soluções seguintes: solução salina normal 0,9% (Soro fisiológico), glucose 30%, bicarbonato de sódio 14% e trometamol, 3,66% + NaCl 0,172%, usando uma dose de 400 mg de Ácido Valpróico APS dissolvido em 500 ml de cada uma das soluções mencionadas (excepto para 250 ml com trometamol).

Para reconstituir, injecte o solvente fornecido, deixe dissolver e retire a dose adequada. Ácido Valpróico APS intravenoso deve ser administrado logo após ser reconstituído e não deve estar mais de 24h a 2-8ºC.
Qualquer porção não utilizada deve ser rejeitada.

Se tomar mais Ácido Valpróico APS do que deveria

Se tomar acidentalmente demasiado Ácido Valpróico APS, ou se outra pessoa ou criança tomar o seu medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico. O quadro clínico de intoxicação aguda apresenta-se habitualmente sob a forma de coma, com hipotonia muscular, hiporeflexia, miose, diminuição da função respiratória, acidose metabólica.
Os sintomas podem no entanto variar e o reaparecimento de crises convulsivas foi referido em presença de taxas plasmáticas muito elevadas. Foram relatados casos de hipertensão intracraneana relacionados com edema cerebral.
As medidas a tomar em meio hospitalar são sintomáticas: lavagem gástrica (útil até 10-12 horas após a ingestão) e vigilância cardio-respiratória.
A naloxona foi utilizada com sucesso em alguns casos isolados.
Os óbitos surgem no quadro de sobredosagens massivas; no entanto o prognóstico destas intoxicações é geralmente favorável.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

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Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, o Ácido Valpróico APS pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Doenças do sangue e sistema linfático: foram também referidos frequentemente casos de trombocitopénia, e casos raros de anemia, leucopénia ou pancitopénia.

Foram referidos casos de diminuição isolada do fibrinogénio ou prolongamento do tempo de hemorragia, geralmente sem sinais clínicos, sobretudo com doses elevadas (o valproato de sódio tem um efeito inibidor na segunda fase de agregação plaquetária) (ver também "Gravidez?).

Doenças do sistema imunitário: foram relatadas reacções alérgicas.

Doenças do metabolismo e da nutrição: casos raros de hiponatrémia.

Doenças do Sistema Nervoso: confusão; foram observados alguns estados de estupor ou letargia levando por vezes a coma transitório (encefalopatia) durante o tratamento com valproato de sódio; foram isolados ou associados a um aumento da ocorrência de

convulsões durante a terapêutica, regredindo com a interrupção do tratamento ou com a diminuição das doses. Estes estados surgiram mais frequentemente após politerapias (em particular com o fenobarbital) ou com o aumento brusco das doses de valproato de sódio.

Foram reportados casos muito raros de demência reversível associada a atrofia cerebral reversível. Foi referido Parkinsonismo reversível isolado. Foram também relatados com frequência casos de tremor fino postural e sonolência, ambos transitórios e (ou) relacionados com a dose.

Podem ocorrer frequentemente casos de hiperamoniémia isolada ou moderada sem alteração dos parâmetros hepáticos, não devendo obrigar à interrupção do tratamento.

Foi também referida hiperamoniémia associada a sintomas neurológicos. Nesses casos devem considerar-se estudos posteriores (ver "Precauções').

Afecções do ouvido e do labirinto: foram descritos casos raros de perda de audição, reversíveis ou não, não sendo no entanto estabelecida uma relação causa/efeito. Vasculopatias: foram referidos casos de aparecimento de vasculites.

Doenças gastrointestinais: (náuseas, gastralgias, diarreia) ocorrem frequentemente em alguns doentes no início do tratamento, mas desaparecem geralmente ao fim de alguns dias, sem interrupção do tratamento.

Foram referidos casos muito raros de pancreatite, por vezes mortais, (ver ?Tomar especial cuidado com Ácido Valpróico APS ").

Afecções hepatobiliares: casos raros de hepatopatias (ver "Cuidados especiais")

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: podem ocorrer reacções cutâneas com

  • valproato como o rash exantematoso. Em casos excepcionais têm sido reportados:necrólise tóxica epidérmica, síndrome de Stevens-Jonhson e eritema multiforme. Foi também referida com frequência queda de cabelo transitória e (ou) relacionada com a dose.

Doenças renais e urinárias: tem havido relatos isolados de síndrome de Fanconi reversível associado à terapêutica com valproato de sódio, no entanto o modo de acção é ainda desconhecido.

Doenças dos órgãos genitais e da mama: foram referidas amenorreia e irregularidades menstruais.

Afecções congénitas, familiares e genéticas: (ver "Gravidez")

Perturbações gerais e alterações no local de administração: foram relatados casos muito raros de edema periférico não grave.

Pode também ocorrer aumento de peso. Dado que o aumento de peso representa um factor de risco da síndrome do ovário poliquístico, este deve ser cuidadosamente vigiado (ver ?Tomar especial cuidado com Ácido Valpróico APS").

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

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Como deve ser guardado?

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

Não utilize Ácido Valpróico APS apó s o prazo de validade impresso

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

A solução após reconstituição com os 4ml de água para preparações injectáveis, é estável durante 8h se conservada a 25º C e durante 24h se conservada a 2-8ºC. Se for reconstituído com solução salina normal 0,9%, glucose 30%, bicarbonato de sódio 0,14% ou Trometamol 3,66% + cloreto de sódio 0,172%, é estável durante 6h se conservado a 25 ºC ou 24h se conservado a 2-8 ºC.
Qualquer porção não utilizada deve ser rejeitada.

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Mais informações

Qual a composição de Ácido Valpróico APS

-A substância activa é o ácido valpróico. Cada ml de solução injectável contém 100 mg de ácido valpróico.

-O outro componente é: água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Ácido Valpróico APS e conteúdo da embalagem

O Ácido Valpróico APS apresenta-se na forma de pó e solvente para solução injectável, estando disponível em embalagens de 4 frascos para injectáveis com 400 mg de pó para solução injectável + 4 ampolas de água para preparações injectáveis.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

FARMA-APS, produtos farmacêuticos, S.A.
Rua João de Deus, 19 - Venda Nova
2700-487 Amadora

Fabricante

Reig Jofré, S.A.
Gran Capitán, 10
E-08970 Sant Joan Despí - Barcelona
Espanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em

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O conteúdo apresentado não substitui a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e efeito dos produtos individuais. Não podemos assumir qualquer responsabilidade pela exactidão dos dados, uma vez que os dados foram parcialmente convertidos automaticamente. Um médico deve ser sempre consultado para diagnósticos e outras questões de saúde. Mais informações sobre este tópico podem ser encontradas aqui.