Como todos os medicamentos, Epi-cell 2 mg/ml solução injectável pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Epi-cell 2 mg/ml solução injectável pode reduzir a função da medula óssea e, assim, as células do sangue não são produzidas em número normal. Isto pode causar anemia e torná-lo mais susceptível a infecções. A depressão da medula óssea é normalmente reversível em 3 semanas.
A contagem de células do sangue, em particular das plaquetas, leucócitos, granulócitos e eritrócitos devem ser avaliadas cuidadosamente antes e durante cada ciclo de tratamento.
Os seguintes efeitos adversos ocorrem frequentemente (>5%): supressão da medula óssea, diminuição da contagem de células no sangue (leucopenia, granulocitopenia, neutropenia, trombocitopenia, anemia), febre e infecções.
Os seguintes efeitos adversos ocorrem menos frequentemente (<5%): sepsia, choque séptico, hemorragia e deficiência de oxigénio nos tecidos (hipóxia nos tecidos).
Em casos individuais, ocorreu leucemia secundária (com ou sem fase pré-leucémica) em doentes que foram tratados com epirrubicina conjuntamente com outros agentes
antitumorais (p.ex. substâncias alquilantes, derivados da platina). Isto também pode ocorrer após um curto período de latência (1 ? 3 anos).
Doenças cardíacas
Podem ocorrer duas formas de lesões cardíacas.
Os efeitos imediatos não dependem da dose e incluem anomalias da frequência cardíaca (que pode ser mais lenta, mais rápida e/ou irregular), assim como variações não-específicas no ECG. Com excepção da arritmia maligna, que se pode tornar persistente, estes efeitos são normalmente transitórios e o uso de epirrubicina pode ser continuado.
Os efeitos cardíacos tardios são dose dependente e aparecem na forma de lesão do músculo cardíaco (miocardiopatia). Com sintomas de insuficiência cardíaca congestiva, como dispneia e edema. O risco de lesões do músculo cardíaco aumenta bastante quando se atinge uma dose total de Epi-cell de 900 ? 1000 mg/m2 mesmo sem outros factores de fisco presentes quando há outros factores de risco presentes (ex: existência de doença cardíaca, irradiação do peito ou tratamento com outros fármacos cardiotóxicos) a dose cumulativa pode ser mais baixa. A lesão cardíaca aparece normalmente durante ou 2-3 meses após o tratamento. Contudo, também pode ocorrer vários meses depois. Efusões pericárdicas também foram observadas.
Os seguintes efeitos adversos ocorrem frequentemente (>5%): alterações no ECG, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares (taquicardia, arritmia).
Os seguintes efeitos adversos ocorrem menos frequentemente (<5%): miocardiopatia, insuficiência cardíaca congestiva (dispneia, edema, aumento do fígado, ascites, edema pulmonar, efusões pleurais, ritmo galopante), batimentos cardíacos irregulares (taquicardia ventricular, bradicardia, bloqueio AV, bloqueio da transmissão do impluso electrico).
A sua função cardíaca deve ser cuidadosamente monitorizada antes e durante o tratamento, para minimizar o risco de lesão cardíaca grave. Esta monitorização consiste normalmente numa ecocardiografia e na medição da função do ventrículo cardíaco esquerdo.
Doenças gastrointestinais (tracto digestivo)
Inflamação das membranas das mucosas (boca e raramente o esófago) com sintomas de dor ou sensação de queimadura, podem ocorrer hemorragias e infeccções no início do tratamento e podem progredir para ulceração. Contudo, a maioria dos doentes recupera à terceira semana da terapêutica.
Podem ainda ocorrer outras queixas ao nível gastrointestinal, como náuseas e vómitos, diarreia, perda de apetite e dor abdominal. Os vómitos e diarreia severos podem levar a desidratação. Pode ser-lhe dado um medicamento anti-emético para prevenir as náuseas e vómitos.
Os seguintes efeitos adversos podem ocorrer frequentemente (>5%): náusea, vómitos, diarreia, desidratação, inflamação das membranas das mucosas incluindo dor, sensação de quiemadura, erosões, ulceração e hemorragia.
Os seguintes efeitos adversos podem ocorrer menos frequentemente (<5%): esofagite, perda de apetite, hiperpigmentação da mucosa oral.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
A queda de cabelo é frequente e normalmente reversível. O cabelo volta a crescer normalmente após 2-3 meses. Foram reportadas reacções alérgicas e urticária; os sintomas podem incluir exantema, comichão, febre, arrepios e choque.
Os seguintes efeitos adversos ocorrem frequentemente (>5%): queda de cabelo.
Os seguintes efeitos adversos ocorrem menos frequentemente (<5%): vermelhidão da pele, hiperpigmentação da pele e unhas, sensibilidade à luz ou hipersensibilidade a seguir a radioterapia (fenómeno de ?recall?).
No local da injecção:
Ocorre frequentemente vermelhidão em volta da veia que foi injectada e pode preceder a inflamação local da veia. O risco deste efeito secundário é reduzido pela correcta infusão intravenosa ou injecção. Pode ocorrer esclerose venosa, em particular quando Epi-cell é injectado numa veia pequena. A injecção paravenosa acidental (injecção ao longo da veia) pode causar dor, inflamação severa dos tecidos subcutâneos e necrose dos tecidos.
Outros efeitos adversos
Fraqueza, mal-estar, cefaleias, tonturas, inflamação nos olhos (queratite, conjuntivite), febre alta.
Os níveis de ácido úrico no sangue podem estar aumentados e devem ser monitorizados pelo seu médico. Podem ocorrer alterações nos níveis das enzimas hepáticas no sangue.
Foram reportadas condições associadas com coágulos sanguíneos (tromboflebite, eventos tromboembólicos incluindo embolia pulmonar, com desfecho fatal em casos isolados) para a epirrubicina.
A epirrubicina pode levar à produção de esperma imaturo, à supressão da menstruação e menopausa precoce em mulheres.
A epirrubicina confere uma cor vermelha à urina por um a dois dias após a administração. Contudo, não apresenta nenhuma consequência.
Administração intravesical
Geralmente os efeitos adversos associados com a administração intravesical são raros já que há uma absorção mínima do fármaco pela bexiga.
Mais frequentemente, foram observados inflamação da bexiga com sintomas de dor súbita e dificuldade em urinar, dor e por vezes sangue na urina. Reacções alérgicas foram observadas em casos raros.