Não utilize Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal:
- se tem alergia (hipersensibilidade) à glucose ou ao cloreto de sódio ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
O seu médico ou enfermeiro far-lhe-á algumas perguntas antes de lhe administrar o medicamento pela primeira vez, pedindo-lhe a informação que se segue
NÃO pode receber Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal se sofre de alguma das
seguintes condições
Se sofre de hiperhidratação extracelular Se sofre de hipervolemia
Se sofre de retenção de líquidos e de sódio
Se sofre de insuficiência renal grave (com oligúria/anúria) Se sofre de insuficiência cardíaca descompensada
Em situações de hiponatremia Em situações de hipocloremia
Se sofre de edema geral e cirrose ascítica
O uso desta solução está também contraindicado no caso de diabetes descompensada, outras intolerâncias conhecidas à glucose (como em situações de
stress metabólico), coma hiperosmolar, hiperglicemia e hiperlactacidemia.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal.
Informe o seu médico se tem ou teve alguma das seguintes condições médicas: Hipertensão
Insuficiência cardíaca
Edema pulmonar ou periférico Insuficiência renal
Pré-eclâmpsia
Outros estados associados à retenção de sódio.
O seu médico ou enfermeiro irá vigiar o seu estado de hidratação e circulatório, assim como a osmolaridade plasmática. A administração excessiva desta solução
pode provocar sobrecarga cardíaca.
A perfusão de soluções contendo glucose pode ser contraindicada nas primeiras 24 h após traumatismo craniano e a concentração de glucose no sangue deve ser
rigorosamente monitorizada durante situações de hipertensão intracraniana.
A administração de soluções contendo glucose pode conduzir a hiperglicemia. Neste caso, é recomendado não usar esta solução após acidente vascular isquémico agudo
uma vez que a hiperglicemia tem sido implicada no aumento da lesão cerebral
isquémica e diminuição da recuperação.
Se a hiperglicemia ocorrer, a taxa de perfusão deve ser ajustada ou administrada
insulina, se necessário, o tratamento deve ser interrompido.
Após descontinuação súbita da perfusão de soluções de glucose realizada a elevada velocidade, pode ocorrer hipoglicemia grave devido às elevadas concentrações
séricas de insulina que daí advém. Esta situação é particularmente suscetível de ocorrer em crianças com menos de 2 anos de idade, doentes com diabetes mellitus e
doentes com estados patológicos em que a homeostase da glucose está alterada.
Se for administrada a diabéticos ou doentes com insuficiência renal, é necessário uma monitorização rigorosa dos níveis de glucose e as necessidades de insulina e/ou
potássio podem ser modificadas.
Poderão ocorrer desequilíbrios de eletrólitos (por exemplo, hiponatremia hipo ou hiperosmótica) como consequência da administração intravenosa de glucose. Estes
efeitos estarão dependentes do estado clínico subjacente do doente e da sua capacidade para metabolizar a glucose.
Em doentes com doença aguda, dor, stress pós-operatório, infeção, queimaduras e
doenças do sistema nervoso central, relacionadas com a libertação de vasopressina não-osmótica (uma hormona que regula a retenção de água pelo organismo) ou,
ainda, em doentes com doenças cardíacas, renais, qualquer tipo de doença do fígado
ou tratados com medicamentos que aumentem os efeitos da vasopressina (ver seção ‘Outros medicamentos e Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal), poderá existir um
risco aumentado de níveis baixos de sódio no sangue (hiponatremia aguda).
A hiponatremia aguda pode levar a encefalopatia hiponatrémica aguda (edema cerebral), caracterizada por dores de cabeça, náuseas, convulsões, letargia e
vómitos. Os doentes com edema cerebral apresentam um risco particular de lesões cerebrais graves, irreversíveis e potencialmente fatais.
As crianças, mulheres em idade fértil e doentes com doenças do cérebro tais como meningite, hemorragia do cérebro e contusão cerebral estão em risco particular de
inchaço grave do cérebro (edema cerebral) e que põe a vida em risco causado pela hiponatremia aguda.
Durante um tratamento prolongado, um tratamento suplementar nutritivo conveniente deve ser administrado ao doente.
Em caso de administração prolongada, deve haver o cuidado de evitar hipocaliemia,
pela monitorização dos níveis plasmáticos de potássio e administrando um suplemento de potássio, como apropriado.
Recomenda-se a determinação regular de glicemia e ionograma.
Se for usado continuamente o mesmo local de administração podem produzir-se tromboflebites.
Crianças
As crianças prematuras ou recém-nascidas de termo podem reter um excesso de sódio devido à imaturidade da função renal. Em crianças prematuras ou recém-
nascidas de termo, só devem ser administradas perfusões repetidas de cloreto de sódio após determinação do nível sérico de sódio.
Outros medicamentos e Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, algum dos medicamentos que se seguem, é muito importante que informe o seu médico ou enfermeiro:
Insulina Antidiabéticos orais
Corticosteroides
Glucósidos digitálicos Carbonato de lítio
Medicamentos que estimulam a libertação da vasopressina (ex.: clorpropamida,
clofibrato, carbamazepina, vincristina, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, 3,4-metilenodioxi-N-metanfetamina, ifosfamida, antipsicóticos,
narcóticos)
Medicamentos que potenciam a ação da vasopressina (ex.: clorpropamida, fármacos anti-inflamatórios não esteróides, ciclofosfamida);
Medicamentos que agem com vasopressinas, os chamados análogos das
vasopressinas (ex.: desmopressina, oxitocina, vasopressina, terlipressina);
Outros medicamentos que aumentem o risco de hiponatremia como os diuréticos em geral e antiepiléticos como a oxcarbazepina.
As soluções de glucose não podem ser combinadas com as transfusões sanguíneas pois podem levar à aglutinação dos glóbulos vermelhos.
Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal com alimentos e bebidas Consulte o seu médico ou enfermeiro sobre o que pode comer ou beber.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
A gravidez ou o aleitamento não são contraindicações específicas à utilização de Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal nas condições recomendadas. Contudo, como
boa regra, o seu médico fará sempre uma cuidadosa avaliação do risco-benefício da
utilização desta solução nessas situações.
Estudos pré-clínicos mostraram que doses elevadas de glucose, administradas durante a gestação, podem provocar anomalias no desenvolvimento embrio-fetal.
A infusão rápida de glucose a 5% em soluções salinas equilibradas em mulheres antes do parto pode causar hiperglicemia materna e fetal e aumentar os níveis de
insulina fetal, com subsequente hipoglicemia, acidose e icterícia.
Este medicamento deve ser administrado com precaução especial em mulheres
grávidas durante o trabalho de parto particularmente se combinado com oxitocina (uma hormona que poderá ser administrada para induzir o trabalho de parto e para
controlar hemorragias) devido ao risco de hiponatremia.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não relevante.
3. Como utilizar Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal
Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal será administrado por um médico ou
enfermeiro. O seu médico irá decidir a quantidade que precisa e quando deve ser dado. Isto irá depender da sua idade, peso corporal, condição e razão para o
tratamento.
A dosagem normalmente recomendada é:
-
Adultos, idosos e adolescentes: 500 ml a 3000 ml por dia.
-
Bebés e crianças:
-
0-10 kg de peso corporal: 100 ml/kg/24 h
-
10-20 kg de peso corporal: 1000 ml + (50 ml/kg acima de 10 kg)/24 h
-
> 20 kg de peso corporal: 1500 ml + (20 ml/kg acima de 20 kg)/24 h
A velocidade média de perfusão usualmente recomendada é de 60-100 ml/hora.
Em casos de choque ou depleção sódica pronunciada, a velocidade de administração poderá ser aumentada até 400 ml/hora no adulto, embora por períodos curtos.
Para doentes pediátricos a velocidade de perfusão é, em média, 5 ml/kg/h mas o
valor varia com a idade: 6-8 ml/kg/h para lactentes, 4-6 ml/kg/h para crianças que já conseguem andar (até aos 23 meses), e 2-4 ml/kg/h para crianças em idade
escolar.
A velocidade de perfusão não deve ultrapassar a capacidade de oxidação da glucose pelo doente de modo a evitar hiperglicemia.
As concentrações séricas de eletrólitos devem ser cuidadosamente monitorizadas.
Quando lhe for administrado Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal, o seu médico
irá fazer-lhe análises para monitorizar o equilíbrio de fluidos, a glucose sérica, o sódio sérico e outros eletrólitos, especialmente se tiver um aumento na libertação de
vasopressina não-osmótica (síndrome de secreção inapropriada de hormona
antidiurética (SIADH)) ou se estiver co-medicado com medicamentos agonistas da vasopressina devido ao risco de hiponatremia.
Normalmente Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal ser-lhe-á dada numa veia, através de um tubo plástico ligado a uma agulha. Normalmente é utilizada uma veia
do seu braço para a injeção. Contudo, o seu médico pode utilizar outro método para lhe dar o medicamento.
Se utilizar mais Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal do que deveria
Em geral, este medicamento é administrado pelo seu médico ou enfermeiro. Se achar que lhe foi administrado demasiado medicamento, informe de imediato o seu
médico ou enfermeiro.
Se lhe for administrada demasiada solução de Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal
poderá despertar insuficiência cardíaca latente, provocar hipervolemia, aparecimento de edemas, desequilíbrios eletrolíticos e ácido-base.
Se sofrer de deficit da excreção renal de sódio poderá ocorrer acumulação de sódio
no organismo, provocando hipernatremia, que se poderá manifestar por sonolência, confusão, convulsões, coma, insuficiência respiratória e morte.
Quando grandes volumes de soluções de glucose são administrados por longos
períodos ou a sua perfusão for efetuada rapidamente pode ocorrer hiperosmolaridade, desidratação, hiperglicemia, hiperglicosúria e diurese osmótica.
Se desenvolver algum destes sintomas deve informar o seu médico ou enfermeiro. A sua perfusão será interrompida e ser-lhe-á fornecido tratamento dependendo dos
sintomas.
Caso se tenha esquecido de utilizar Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal
Em geral, este medicamento é administrado pelo médico ou enfermeiro. Se achar que não lhe foi administrada uma dose, informe o seu médico ou enfermeiro.
Se parar de utilizar Glucose com Cloreto de Sódio Labesfal
O seu médico decidirá quando interromper a administração.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.