Metoclopramida Medinfar

Metoclopramida Medinfar
Substância(s) ativa(s)Metoclopramida
País de admissãoPT
Titular da autorização de introdução no mercadoLaboratório Medinfar - Produtos Farmacêuticos
Data de admissão02.05.1986
Código ATCA03FA01
Grupos farmacológicosPropulsivos

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

Metoclopramida Medinfar é um antiemético. Contém uma substância ativa chamada “metoclopramida”. Ele atua numa parte do seu cérebro que o impede de sentir-se enjoado (náuseas) ou estar enjoado (vómitos).

População adulta

Metoclopramida Medinfar é usado em adultos:

  • para prevenir náuseas e vómitos tardios que possam ocorrer após quimioterapia
  • para prevenir náuseas e vómitos causados por radioterapia
  • para tratar náuseas e vómitos incluindo náuseas e vómitos que possam ocorrer com uma enxaqueca.

A metoclopramida pode ser tomada com comprimidos para as dores em caso de enxaqueca, para ajudar os comprimidos para as dores a atuarem com mais eficiência.

População pediátrica

Metoclopramida Medinfar é indicado em crianças (com idades entre 1 a 18 anos) se outro tratamento não resultar ou não puder ser usado para prevenir as náuseas e vómitos tardios que possam ocorrer após quimioterapia.

O que deve considerar antes de usar?

Não tome Metoclopramida Medinfar se:

  • tem alergia (hipersensibilidade) à metoclopramida ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6)
  • se tiver uma hemorragia, obstrução ou perfuração no estômago ou intestino
  • Se tem ou pode ter um tumor raro da glândula suprarrenal, que fica próxima do rim (feocromocitoma)
  • se alguma vez tiver tido espasmos musculares involuntários (discinesia tardia), quando foi tratado com um medicamento
  • se tem epilepsia
  • se tem doença de Parkinson
  • se estiver a tomar levodopa (um medicamento para a doença de Parkinson) ou agonistas dopaminérgicos (ver abaixo “Outros medicamento e Metoclopramida Medinfar”)
  • se alguma vez tiver tido níveis alterados dos pigmentos do sangue (metahemoglobinemia) ou carência em NADH citocromo-b5.

Não dê Metoclopramida Medinfar a uma criança com menos de 1 ano de idade (ver abaixo “Crianças e adolescentes”).

Advertências e precauções

Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Metoclopramida Medinfar se:

  • tem uma história de batimentos cardíacos alterados (prolongamento do intervalo QT) ou qualquer outro problema cardíaco
  • tem problemas nos níveis de sais no seu sangue, tais como potássio, sódio e magnésio
  • está a usar outros medicamentos conhecidos por alterarem a forma como o seu coração bate
  • tem algum problema neurológico (cérebro)
  • tem problemas do fígado ou rins. A dose deve ser reduzida (ver secção 3)

O seu médico pode realizar testes ao sangue para verificar os seus níveis de pigmentos sanguíneos. Em caso de níveis alterados (metahemoglobinemia), o tratamento deve ser imediato e definitivamente parado.

Deve esperar pelo menos 6 horas entre cada dose de metoclopramida, mesmo em caso de vómitos e rejeição da dose, de forma a evitar sobredosagem.

Não ultrapassar 3 meses de tratamento devido ao risco de espasmos musculares involuntários.

Crianças e adolescentes

Podem ocorrer movimentos incontroláveis (perturbações extrapiramidais) em crianças e adultos jovens. Este medicamento não pode ser usado em crianças com menos de 1 ano de idade devido ao risco aumentado de movimentos incontroláveis (ver acima “Não tome Metoclopramida Medinfar se”).

Outros medicamentos e Metoclopramida Medinfar

Informe o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos, uma vez que alguns medicamentos podem afetar a forma como a Metoclopramida Medinfar atua ou Metoclopramida Medinfar pode afetar a forma como outros medicamentos atuam. Estes medicamentos podem ser os seguintes:

  • levodopa ou outros medicamentos usados para tratar a doença de Parkinson (ver acima “Não tome Metoclopramida Medinfar se”)
  • anticolinérgicos (medicamentos usados para aliviar cólicas ou espasmos do estômago)
  • derivados da morfina (medicamentos usados para tratar dores graves)
  • medicamentos sedativos
  • qualquer medicamento usado para tratar problemas mentais
  • digoxina (medicamento usado para tratar a insuficiência cardíaca)
  • ciclosporina (medicamento usado para tratar certos problemas do sistema imunitário)
  • mivacúrio e suxametónio (medicamentos usados para relaxar os músculos)
  • fluoxetina e paroxetina (medicamentos usados para tratar a depressão)

Metoclopramida Medinfar com álcool

Não se deve consumir álcool durante o tratamento com metoclopramida porque aumenta o efeito sedativo do Metoclopramida Medinfar.

Gravidez e amamentação

Se está grávida, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento. Se necessário, Metoclopramida Medinfar pode ser tomada durante a gravidez. O seu médico sabe se deverá ou não tomar este medicamento.

Metoclopramida Medinfar não é indicada no caso de estar a amamentar porque a metoclopramida passa para o leite materno e pode afetar o seu bebé.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Depois de tomar Metoclopramida Medinfar pode sentir-se sonolento, com tonturas ou ter contraturas incontroláveis, movimentos bruscos ou contorcidos e tónus muscular invulgar causando distorção do corpo. Isto pode afetar a sua visão e também interfere com a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

Metoclopramida Medinfar contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

Como é utilizado?

Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Todas as indicações (doentes adultos)

A dose única recomendada é 10 mg, repetida até 3 vezes ao dia.

A dose máxima recomendada por dia é 30 mg ou 0,5 mg/kg peso corporal. A duração máxima do tratamento recomendada é 5 dias.

Para prevenir náuseas e vómitos tardios que possam ocorrer após quimioterapia (crianças com idades entre 1 e 18 anos)

A dose recomendada é 0,1 a 0,15 mg/kg peso corporal, repetida até 3 vezes ao dia, tomada pela boca (via oral).

A dose máxima nas 24 horas é 0,5 mg/kg peso corporal. Tabela das dosagens

Idade Peso corporal Dose Frequência
- 3 anos 10 - 14 kg 1 mg Até 3 vezes ao dia
- 5 anos 15 - 19 kg 2 mg Até 3 vezes ao dia
- 9 anos 20 - 29 kg 2,5 mg Até 3 vezes ao dia
- 18 anos 30 - 60 kg 5 mg Até 3 vezes ao dia
15 - 18 anos Acima de 60kg 10 mg Até 3 vezes ao dia

Não deve tomar este medicamento por mais de 5 dias para prevenir as náuseas e vómitos tardios que possam ocorrer após quimioterapia.

Não é aconselhado o uso de Metoclopramida Medinfar em crianças com peso inferior a 61 kg. Pode ser mais indicado administrar outras formas farmacêuticas/dosagens.

Modo de administração

Deve esperar pelo menos 6 horas entre cada dose de metoclopramida, mesmo no caso de vómitos e rejeição da dose, de forma a evitar sobredosagem.

Pessoas Idosas

A dose pode ter de ser reduzida dependendo dos problemas de rins, problemas de fígado e estado geral de saúde.

Adultos com problemas de rins

Fale com o seu médico se tiver problemas de rins. A dose deverá ser reduzida se tiver problemas médios ou graves de rins.

Adultos com problemas de fígado

Fale com o seu médico se tiver problemas de fígado. A dose deverá ser reduzida se tiver problemas graves de fígado.

Crianças e adolescentes

A metoclopramida não deve ser usada em crianças com menos de 1 ano de idade (ver secção 2).

Se tomar mais Metoclopramida Medinfar do que deveria

Contacte imediatamente o seu médico ou farmacêutico. Pode sentir movimentos incontroláveis (perturbações extrapiramidais), sensação de sonolência, ter alguns problemas de consciência, estar confuso, ter alucinações e problemas de coração. Se necessário, o seu médico pode prescrever-lhe um tratamento para estes sintomas.

Caso se tenha esquecido de tomar Metoclopramida Medinfar

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.

Pare o tratamento e fale imediatamente com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se sentir algum dos seguintes sintomas enquanto está a tomar este medicamento:

  • Movimentos incontroláveis (muitas vezes envolvendo cabeça ou pescoço). Estes podem ocorrer em crianças ou jovens adultos, particularmente quando se usam doses elevadas. Estes sintomas surgem normalmente no início do tratamento e também podem surgir após uma administração única. Estes movimentos param quando tratados adequadamente.
  • Febre alta, pressão arterial alta, convulsões, suores, produção de saliva. Estes podem ser sinais do chamado síndrome maligno dos neurolépticos.
  • Comichão ou erupções na pele, inchaço da face, lábios ou garganta, dificuldade em respirar. Estes podem ser sintomas de uma reação alérgica, que pode ser grave.

Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas) - Sensação de sonolência.

Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas) - depressão

- movimentos incontroláveis tais como tiques, agitação, movimentos de torção ou contracturas musculares (dureza, rigidez)

- sintomas semelhantes à doença de Parkinson (rigidez, tremor) - sensação de agitação

  • diminuição da pressão arterial (particularmente com a via intravenosa)
  • diarreia
  • sensação de fraqueza.

Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)

- níveis elevados no sangue de uma hormona chamada prolactina que podem causar: produção de leite nos homens, e em mulheres que não estão a amamentar

- períodos irregulares - alucinações

- diminuição do nível de consciência

- batimento cardíaco lento (particularmente com a via intravenosa) - alergia

- distúrbios visuais e desvio involuntário do globo ocular. Raros (podem afetar até 1 em 1000 pessoas)

  • estado de confusão
  • convulsão (especialmente nos doentes com epilepsia).

Desconhecido (frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis) - níveis alterados dos pigmentos no sangue: o que pode mudar a cor da sua pele - desenvolvimento anormal dos seios (ginecomastia)

- espasmos musculares involuntários após uso prolongado, particularmente nos doentes idosos

- febre alta, pressão arterial alta, convulsões, suores, produção de saliva. Estes podem ser sinais do chamado síndrome maligno dos neurolépticos

- alterações nos batimentos cardíacos, que podem ser mostrados num teste de ECG - paragem cardíaca (particularmente com a via injetável)

- choque (diminuição grave da pressão cardíaca) (particularmente com a via injetável)

- desmaios (particularmente com a via intravenosa)

- reação alérgica que pode ser grave (particularmente com a via intravenosa) - pressão arterial muito alta.

Comunicação de efeitos secundários

Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.F. através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.

INFARMED, I.F.

Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa

Tel: +351 21 798 73 73

Fax: + 351 21 798 73 97

Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt

Como deve ser armazenado?

Conservar a temperatura inferior a 25ºC.

Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior após "EXP.". O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.

Mais informações

  • A substância ativa é metoclopramida, cloridrato mono-hidratado.
  • Os outros componentes excipientes são celulose microcristalina, lactose mono- hidratada, talco, carboximetilamido sódico, metilcelulose e estearato de magnésio.

Qual o aspeto de Metoclopramida Medinfar e conteúdo da embalagem Comprimidos brancos, redondos, com ranhura ao centro. Embalagens de 20, 40 e 100 comprimidos.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Laboratório Medinfar - Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua Henrique de Paiva Couceiro, Nº 29, Venda Nova 2700-451 Amadora

Portugal

Fabricante

Farmalabor - Produtos Farmacêuticos, S.A. Zona Industrial de Condeixa-a-Nova 3150-194 Condeixa-a-Nova

Portugal

Este folheto foi revisto pela última vez em:

Última atualização em 16.10.2022

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