Não tome Pirimetamina Labesfal
Se tem alergia (hipersensibilidade) à pirimetamina ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
Pirimetamina Labesfal não deve ser usada durante o primeiro trimestre da gravidez (ver secção “Gravidez e amamentação”).
Deve evitar-se a amamentação durante o tratamento da toxoplasmose (ver secção “Gravidez e amamentação”).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Pirimetamina Labesfal
Durante a gravidez e noutras condições que predispõem a deficiência de folatos (ácido fólico e sais), deve administrar-se um suplemento. A administração conjunta de um suplemento de folatos é necessária para o tratamento da toxoplasmose (ver Posologia e modo de administração). Devem efetuar-se contagens sanguíneas totais semanalmente e até duas semanas após o tratamento ser concluído. Em doentes imunodeprimidos, a contagem sanguínea total deve ser feita duas vezes por semana. Se ocorrerem sintomas de deficiência de folatos, o tratamento deve ser descontinuado e administradas doses elevadas de folinato de cálcio. Deve administrar-se folinato de cálcio, dado que o ácido fólico não corrige a deficiência de folatos devida a inibidores da dihidrofolatoreductase.
A pirimetamina pode exacerbar a deficiência de folatos em indivíduos predispostos a esta condição por doença ou malnutrição; assim deve ser-lhes administrado um suplemento de folinato de cálcio. Em doentes com anemia megaloblástica resultante de deficiência em folatos, os riscos versus benefícios da administração de pirimetamina devem ser cuidadosamente analisados.
A pirimetamina deve ser administrada com precaução a doentes com história de convulsões; devem evitar-se doses de carga elevadas nesses doentes (ver efeitos secundários possíveis).
Quando uma sulfonamida é administrada, deve assegurar-se uma adequada gestão de fluidos para minimizar o risco de cristalúria (presença de cristais na urina).
Devem observar-se as precauções gerais aplicáveis às sulfonamidas, dado que a pirimetamina é administrada com uma sulfonamida.
Relatos ocasionais sugerem que indivíduos a tomarem pirimetamina na profilaxia da malária, em doses excedendo 25 mg/semana, podem desenvolver anemia megaloblástica
(diminuição da produção de glóbulos vermelhos por inibição da síntese de ácido desoxirribonucleico (ADN), necessário para a produção destas células do sangue) se o cotrimoxazol for prescrito concomitantemente.
Uso na insuficiência renal:
O rim não é a principal via de excreção da pirimetamina e a excreção não é significativamente alterada em doentes com insuficiência renal. Não há contudo, dados substanciais sobre o uso de pirimetamina em doentes com insuficiência renal. Devido à falta de dados sobre a possibilidade teórica de ocorrência de metabolitos ativos com o tratamento prolongado, deve ter-se precaução nos doentes com insuficiência renal. Não se sabe se a pirimetamina é dialisável e dado que esta é co-administrada com uma sulfonamida, deve ter-se precaução de modo a evitar a acumulação da sulfonamida em doentes com insuficiência renal.
Uso na insuficiência hepática:
O fígado é a principal via para o metabolismo da pirimetamina. Dados sobre o uso de pirimetamina em doentes com insuficiência hepática são limitados. A pirimetamina em combinação com sulfonamidas tem sido usada eficazmente para tratar a toxoplasmose em doentes com insuficiência hepática moderada. Não há recomendações gerais para reduções de dose nos estados de insuficiência hepática mas deve considerar-se um ajustamento de dose em casos individuais.
Outros medicamentos e Pirimetamina Labesfal
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Pirimetamina Labesfal pode, pelo seu modo de ação, conduzir à diminuição do metabolismo do folato em doentes a receber tratamento com outros inibidores de folatos, ou agentes associados com mielosupressão (diminuição da função da medula óssea), incluindo cotrimoxazol, trimetoprim, proguanil, zidovudina ou agentes citostáticos (ex.: metotrexato). Casos de aplasia fatal da medula óssea têm sido associados à administração de daunorrubicina, citosina arabinosido e pirimetamina em indivíduos que sofrem de leucemia mieloide aguda. Tem sido referida ocasionalmente anemia megaloblástica em doentes que receberam pirimetamina excedendo a dose de 25 mg/semana concomitantemente com uma combinação de trimetoprim/sulfonamida.
Ocorreram convulsões depois da administração simultânea de metotrexato e pirimetamina em crianças com leucemia do sistema nervoso central. As convulsões foram referidas ocasionalmente também quando a pirimetamina foi usada em combinação com outros fármacos antimaláricos.
A administração concomitante de lorazepam e pirimetamina pode induzir hepatotoxicidade (toxicidade do fígado).
Dados in vitro sugerem que sais de antiácidos e o agente antidiarreico kaolina, reduzem a absorção de pirimetamina.
A elevada ligação às proteínas exibida pela pirimetamina pode prevenir a ligação proteica por outros compostos (ex.: quinina ou varfarina). Isto pode afetar a eficácia ou toxicidade do fármaco concomitante dependendo dos níveis de fármaco não ligado.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
A pirimetamina combinada com sulfonamidas tem sido usada no tratamento da toxoplasmose durante a gravidez. Esta infeção acarreta um grave risco para o feto. A pirimetamina atravessa a placenta e, ainda que teoricamente todos os inibidores dos folatos administrados durante a gravidez acarretem risco de malformações fetais, não tem havido relatos que demonstrem com certeza que a pirimetamina está associada com a teratogenicidade (malformações) humana. Contudo, a pirimetamina deve administrar-se com precaução e deve ser dado um suplemento de folatos em mulheres grávidas a receberem pirimetamina.
Deve ser dada atenção ao tratamento de todos os casos suspeitos de toxoplasmose adquirida durante a gravidez. Os riscos associados à administração de pirimetamina devem ser ponderados em função do risco de aborto ou malformação fetal devidos à infeção.
O tratamento com pirimetamina e sulfadiazina durante a gravidez está indicado na presença de infeção fetal ou placentária confirmada, ou quando há risco de sequelas graves para a mãe. Contudo, em função do risco teórico do aumento de malformações fetais com o uso de pirimetamina no início da gravidez, o seu uso em terapia combinada deve ser restringido aos segundos e terceiro trimestres. Consequentemente é aconselhável uma terapia alternativa no primeiro trimestre da gravidez e até que o diagnóstico seja confirmado.
Amamentação
A pirimetamina passa para o leite materno. Estima-se que durante um período de 9 dias, um bebé com peso médio receba cerca de 45% da dose ingerida pela mãe. Dadas as doses elevadas de pirimetamina e sulfonamida necessárias ao tratamento da toxoplasmose, a amamentação deve ser evitada durante o tempo do tratamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não são conhecidos efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas.