Qual a composição de Epoprostenol NORMON
A substância ativa é epoprostenol (na forma de epoprostenol sódico). Cada frasco para injetáveis contém 500 microgramas (0,5 mg) de epoprostenol (na forma de epoprostenol sódico).
Os outros componentes são (excipientes) são: glicina, cloreto de sódio, manitol (E421) e hidróxido de sódio. O frasco de solvente de perfusão contém: glicina, cloreto de sódio, hidróxido de sódio e água para preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Epoprostenol NORMON e conteúdo da embalagem
Epoprostenol NORMON 500 microgramas é apresentado sob a forma de pó e solvente para solução para perfusão. Está disponível em embalagens contendo um frasco para injetáveis e um frasco de perfusão.
Titular de Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Laboratórios NORMON, S.A. Av. Infante D. Henrique, 333H Piso 3, Esc 42
1800 - 282 Lisboa Portugal
Fabricante
LABORATORIOS NORMON, S.A. Ronda de Valdecarrizo, 6 28760 Tres Cantos – Madrid Espanha
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico Europeu (EEE) com os seguintes nomes:
Portugal - Epoprostenol NORMON 500 microgramas pó e solvente para solução para perfusão
Alemanha - Epoprostenol NORMON 0,5 mg Pulver und Lösungsmittel zur Herstellung einer Infusionslösung
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A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
Instruções de utilização:
Epoprostenol NORMON deve ser reconstituído antes da sua utilização. Qualquer diluição posterior deve ser realizada utilizando as soluções recomendadas (ver Reconstituição e Diluição).
Diálise Renal:
Epoprostenol NORMON é adequado para perfusão contínua, seja por via intravascular ou no sangue a ser fornecido ao dialisador.
O seguinte esquema posológico para a perfusão mostrou-se eficaz em adultos: Antes da diálise: 4 nanogramas/kg/min por via intravenosa durante 15 min.
Durante a diálise: 4 nanogramas/kg/min na tubagem de entrada arterial do dialisador.
A perfusão deve ser interrompida no final da diálise.
A dose recomendada para diálise renal só deve ser excedida com monitorização cuidada da pressão arterial do doente.
Crianças e idosos:
Não existe informação específica sobre o uso de Epoprostenol NORMON na diálise renal em doentes idosos e crianças.
Hipertensão Pulmonar Primária:
Os seguintes esquemas posológicos mostraram-se eficazes: Adultos:
Dose (aguda) de curta duração:
É necessário um procedimento de determinação de dose de curta duração administrado quer por via periférica quer através de cateter venoso central para determinar a taxa de perfusão a longo prazo.
A taxa de perfusão é iniciada com 2 nanogramas/kg/min e é aumentada com incrementos de 2 nanogramas/kg/min a cada 15 minutos ou mais até que o beneficio hemodinâmico máximo seja atingido ou até que sejam descobertos os efeitos farmacológicos limitativos da dose.
Se a taxa de perfusão inicial de 2 nanogramas/kg/min não for tolerada, deve ser identificada uma dose mais baixa que seja tolerada pelo doente.
Perfusão contínua prolongada:
A perfusão contínua prolongada de Epoprostenol NORMON deve ser administrada através de um cateter venoso central. Podem ser utilizadas perfusões intravenosas periféricas temporárias até que o acesso central esteja estabelecido. As perfusões prolongadas devem ser iniciadas com menos 4 nanogramas/kg/min do que a taxa de perfusão máxima tolerada determinada durante a determinação da dose de curta duração.
Se a taxa de perfusão máxima tolerada for inferior a 5 nanogramas/kg/min, a perfusão prolongada deve ser iniciada com metade da taxa de perfusão máxima tolerada.
Ajustes posológicos:
As alterações na taxa de perfusão prolongada devem ser baseadas na persistência, recorrência ou agravamento dos sintomas de HPP do doente ou na ocorrência de reações adversas resultantes da administração de doses excessivas de Epoprostenol NORMON.
É geralmente esperado que com o decorrer do tratamento de perfusão contínua, surja a necessidade de aumentar a dose inicial. Devem considerar-se aumentos na dose se os sintomas da HPP persistirem ou recorrerem após a melhoria. A taxa de perfusão deve ser aumentada em incrementos de 1 a 2 nanogramas/kg/min em intervalos suficientes para garantir a avaliação da resposta clínica; estes intervalos devem ser de pelo menos 15 minutos. Após o estabelecimento de uma nova taxa de perfusão, o doente deve ser observado e deve monitorizar-se a pressão arterial em supino e em posição vertical e o ritmo cardíaco durante várias horas para garantir que a nova dose é tolerada.
Durante a perfusão prolongada, a ocorrência de eventos farmacológicos relacionados com a dose semelhantes aos observados durante o período de determinação de dose pode levar a uma descida na taxa de perfusão, mas por vezes as reações adversas podem resolver-se sem ajustes posológicos. As diminuições na dose devem ser feitas gradualmente em descidas de 2 nanogramas/kg/min a cada 15 minutos ou mais até que os efeitos limitativos da dose desapareçam. A descontinuação abrupta de Epoprostenol NORMON ou reduções elevadas repentinas nas taxas de perfusão devem ser evitadas. As taxas de perfusão de Epoprostenol NORMON devem ser ajustadas apenas sob a direção de um médico exceto em situação de risco de vida (e.g. inconsciência, colapso, etc).
Crianças:
A informação disponível sobre o uso de epoprostenol na hipertensão pulmonar primária em crianças é limitada.
Idosos:
A informação disponível sobre o uso de epoprostenol em doentes com mais de 65 anos de idade é limitada. No geral, a seleção da dose para um doente idoso deve ser feita com cuidado, refletindo a elevada frequência de diminuição da função hepática, renal ou cardíaca e de doença concomitante ou outra terapêutica medicamentosa.
O solvente tampão de glicina não contém conservantes, consequentemente um frasco deve ser utilizado uma única vez e depois rejeitado.
Reconstituição e diluição
Deve ter-se cuidado especial na preparação da perfusão e no cálculo da taxa de perfusão. O procedimento indicado abaixo deve ser estritamente seguido.
A reconstituição e a diluição devem ter lugar sob condições assépticas, imediatamente antes da utilização clínica.
Diálise Renal Reconstituição:
Utilizar apenas o solvente tampão estéril disponibilizado para reconstituição.
Retirar aproximadamente 10 ml do solvente tampão estéril para uma seringa estéril, injetá-los no frasco para injetáveis contendo 0,5 mg de pó liofilizado de Epoprostenol NORMON e agitar cuidadosamente até que o pó se tenha dissolvido.
Retirar a solução de Epoprostenol NORMON resultante para a seringa, voltar a injetá- la no restante volume do solvente tampão estéril e misturar cuidadosamente.
Esta solução será agora referida como solução concentrada e contém 10.000 nanogramas/ml de epoprostenol. Apenas esta solução concentrada é apropriada para posterior diluição antes da utilização.
Quando 0,5 mg (500 microgramas) de Epoprostenol NORMON pó para solução para perfusão são reconstituídos com 50 ml de solvente tampão estéril, a injeção final tem um pH de aproximadamente 10,5 e um conteúdo de iões de sódio de aproximadamente 59 mg.
Diluição:
A solução concentrada é normalmente diluída antes da utilização. Pode ser diluída com uma solução injetável de cloreto de sódio 0,9 mg/ml (0,9%), desde que o rácio de 6 volumes de cloreto de sódio 0,9% para 1 volume de solução concentrada não seja excedido; por exemplo 50 ml de solução concentrada podem ser posteriormente diluídos com um máximo de 300 ml de cloreto de sódio 0,9%.
Outros líquidos intravenosos frequentes não são passíveis de ser utilizados para a diluição da solução concentrada uma vez que o pH requerido não é alcançado. As soluções de Epoprostenol NORMON são menos estáveis com um pH baixo.
Para diluir a solução concentrada, colocá-la numa seringa larga e depois juntar o filtro estéril disponibilizado com a seringa.
Dispensar a solução concentrada diretamente na solução para perfusão escolhida utilizando uma pressão firme mas não excessiva; o tempo típico para a filtração de 50 ml de solução concentrada é de 70 segundos. Mexer bem.
A unidade de filtro deve ser utilizada apenas uma vez e depois rejeitada.
Quando reconstituídas e diluídas como indicado acima, as soluções para perfusão de Epoprostenol NORMON têm um pH de aproximadamente 10 e irão manter 90% da sua potência inicial durante aproximadamente 12 horas a 25°C.
CÁLCULO DA TAXA DE PERFUSÃO:
A taxa de perfusão pode ser calculada utilizando a seguinte fórmula:
Dosagem (nanogramas/kg/min) x peso corporal (kg) Taxa de perfusão (ml/min) = --------------------------------------------------
Concentração da solução (nanogramas/ml)
Taxa de perfusão (ml/h) = Taxa de perfusão (ml/min) x 60
Fórmulas de taxas de perfusão- exemplos
Quando utilizado na diálise renal, Epoprostenol NORMON pode ser administrado como solução concentrada (a) ou na forma diluída (b).
a. Utilizando a solução concentrada, isto é, 10.000 nanogramas/ml de epoprostenol:
Dosagem (nanogramas/kg/min) | Peso | corporal | (kg) | | | | | |
| 30 | 40 | 50 | 60 | 70 | 80 | 90 | 100 |
1 | 0,18 | 0,24 | 0,30 | 0,36 | 0,42 | 0,48 | 0,54 | 0,60 |
2 | 0,36 | 0,48 | 0,60 | 0,72 | 0,84 | 0,96 | 1,08 | 1,20 |
3 | 0,54 | 0,72 | 0,90 | 1,08 | 1,26 | 1,44 | 1,62 | 1,80 |
4 | 0,72 | 0,96 | 1,20 | 1,44 | 1,68 | 1,92 | 2,16 | 2,40 |
5 | 0,90 | 1,20 | 1,50 | 1,80 | 2,10 | 2,40 | 2,70 | 3,00 |
| Taxas | de perfusão | em | ml/h | | | | |
b. Diluída: Uma diluição frequentemente utilizada é:
10 ml de solução concentrada + 40 ml cloreto de sódio (0,9%). Concentração resultante = 2.000 nanogramas/ml de epoprostenol:
Dosagem (nanogramas/kg/min) | Peso | corporal | (kg) | | | | | |
| 30 | 40 | 50 | 60 | 70 | 80 | 90 | 100 |
1 | 0,90 | 1,20 | 1,50 | 1,80 | 2,10 | 2,40 | 2,70 | 3,00 |
2 | 1,80 | 2,40 | 3,00 | 3,60 | 4,20 | 4,80 | 5,40 | 6,00 |
3 | 2,70 | 3,60 | 4,50 | 5,40 | 6,30 | 7,20 | 8,10 | 9,00 |
4 | 3,60 | 4,80 | 6,00 | 7,20 | 8,40 | 9,60 | 10,80 | 12,00 |
5 | 4,50 | 6,00 | 7,50 | 9,00 | 10,50 | 12,00 | 13,50 | 15,00 |
| Taxas | de perfusão | em | ml/h | | | | |
Hipertensão Pulmonar Primária Reconstituição:
Deve ter lugar de acordo com as instruções dadas para a diálise renal. Diluição:
Epoprostenol NORMON pode ser utilizado quer como solução concentrada ou na forma diluída para o tratamento da HPP. Apenas o solvente estéril disponibilizado deve ser utilizado na diluição posterior de Epoprostenol NORMON reconstituído. A solução de cloreto de sódio não deve ser utilizada quando Epoprostenol NORMON é utilizado para o tratamento da hipertensão pulmonar primária.
Epoprostenol NORMON não deve ser administrado com outras soluções ou medicações parentéricas quando utilizado para a hipertensão pulmonar primária.
Para diluir a solução concentrada, colocá-la numa seringa larga e depois juntar o filtro estéril disponibilizado com a seringa.
Dispensar a solução concentrada diretamente no solvente estéril utilizando uma pressão firme mas não excessiva; o tempo típico para a filtração de 50 ml de solução concentrada é de 70 segundos. Mexer bem.
A unidade de filtro deve ser utilizada uma vez e depois eliminada.
As concentrações frequentemente utilizadas no tratamento da hipertensão pulmonar primária são as que se seguem:
15.000 nanogramas/ml – 1,5 mg de epoprostenol reconstituído e diluído para um volume total de 100 ml do solvente estéril.
10.000 nanogramas/ml – Dois frascos para injetáveis contendo 500 microgramas de epoprostenol reconstituído e diluído para um volume total de 100 ml de solvente.
CÁLCULO DA TAXA DE PERFUSÃO:
A taxa de perfusão pode ser calculada a partir da fórmula dada acima para a diálise renal. Abaixo são mostrados alguns exemplos de concentrações frequentemente utilizadas na hipertensão pulmonar primária.
Taxas de perfusão para uma concentração de 15.000 nanogramas/ml:
Dosagem (nanogramas/kg/min) | Peso | corporal | (kg) | | | | | |
| 30 | 40 | 50 | 60 | 70 | 80 | 90 | 100 |
1 | 0,90 | 1,20 | 1,50 | 1,80 | 2,10 | 2,40 | 2,70 | 3,00 |
2 | 1,80 | 2,40 | 3,00 | 3,60 | 4,20 | 4,80 | 5,40 | 6,00 |
3 | 2,70 | 3,60 | 4,50 | 5,40 | 6,30 | 7,20 | 8,10 | 9,00 |
4 | 3,60 | 4,80 | 6,00 | 7,20 | 8,40 | 9,60 | 10,80 | 12,00 |
5 | 4,50 | 6,00 | 7,50 | 9,00 | 10,50 | 12,00 | 13,50 | 15,00 |
| Taxas | de perfusão | em | ml/h | | | | |