Não tome Lexotan
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se tem alergia (hipersensibilidade) ao bromazepam ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6),
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se tem alergia (hipersensibilidade) às benzodiazepinas,
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se tem insuficiência respiratória grave,
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se tem miastenia gravis (fraqueza muscular),
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se tem insuficiência hepática grave,
- se tem síndrome de apneia do sono (dificuldade em respirar durante o sono).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Lexotan
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se tem insuficiência respiratória crónica, pois estará em maior risco de sofrer uma depressão respiratória
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se tem antecedentes de alcoolismo ou toxicodependência
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se tem doenças psíquicas graves ou depressão, porque estas situações não podem ser tratadas unicamente com Lexotan
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se está a tomar doses elevadas de Lexotan, pois estará em maior risco de sofrer perda de memória de acontecimentos recentes (amnésia anterógrada). Esta situação ocorre com mais frequência várias horas após a toma do medicamento. Deve poder assegurar um sono sem interrupções durante várias horas, reduzindo assim o risco desta situação. A perda de memória pode estar associada a comportamento desajustado.
O Lexotan pode gerar dependência física e psíquica. O risco de dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento, é também maior em doentes com antecedentes de alcoolismo e/ou toxicodependência. A dependência pode manifestar-se, se o medicamento for interrompido bruscamente, por sintomas de privação como dores de cabeça, diarreia, dores musculares, ansiedade, tensão, agitação, irritabilidade. Em casos graves podem ocorrer sensação de irrealidade, despersonalização, hiperacusia, parestesias das extremidades, hipersensibilidade à luz, ao ruído, ao contacto físico, alucinações ou convulsões. Para reduzir o risco de dependência recomenda-se:
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não deve aumentar a dose prescrita pelo médico
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não deve interromper bruscamente o tratamento
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a duração do tratamento deve ser tão curta quanto possível e o prolongamento do tratamento só deve ser feito mediante vigilância médica.
Não se recomenda mudar de uma benzodiazepina para outra benzodiazepina de ação mais curta.
Após o uso continuado poderá ocorrer alguma perda de resposta aos efeitos de Lexotan.
Reações paradoxais: podem verificar-se efeitos opostos aos pretendidos com o tratamento, tais como nervosismo, agitação, irritabilidade, agressividade, delírio, pesadelos, alucinações, psicoses, alterações de comportamento. Caso ocorram estes efeitos, informe imediatamente o seu médico, pois pode ser necessário suspender o tratamento. São mais prováveis de ocorrer em crianças e idosos.
Lexotan pode fazer aparecer uma depressão já existente, com aumento do risco de comportamentos suicidas.
Outros medicamentos e Lexotan
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Recomenda-se precaução quando Lexotan for utilizado simultaneamente com:
-Medicamentos que também atuam no sistema nervoso central, como por exemplo, antipsicóticos, ansiolíticos ou sedativos, antidepressivos, anticonvulsivantes, antihistamínicos sedativos, alguns
analgésicos e antitússicos. Pode ocorrer intensificação dos efeitos de Lexotan, incluindo sedação intensa, depressão respiratória e cardiovascular, no caso de uso simultâneo com estes medicamentos
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medicamentos depressores da respiração, tais como analgésicos e antitússicos opiáceos, tratamentos de substituição. Pode ocorrer depressão respiratória, em especial em doentes idosos no caso de uso simultâneo com Lexotan.
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analgésicos narcóticos, pois pode ocorrer intensificação da euforia.
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medicamentos que inibem as enzimas do fígado, tais como cimetidina (medicamento que reduz a produção de ácido no estômago), alguns antifúngicos, antivíricos designados inibidores da protease e alguns antibióticos da classe dos macrólidos, propranolol (utilizado para o tratamento de alguns tipos de doença cardíaca), fluvoxamina (utilizado para o tratamento da depressão). No caso de utilização simultânea, é necessário reduzir a dose de Lexotan.
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cimetidina (medicamento que reduz a produção de ácido no estômago)
Lexotan com alimentos e bebidas
O álcool intensifica o efeito sedativo do Lexotan, pelo que deve evitar a ingestão de bebidas alcoólicas durante o tratamento com Lexotan.
Os comprimidos de Lexotan devem ser tomados com água.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Se tem a intenção de engravidar ou se suspeita estar grávida, deve consultar o seu médico no sentido de avaliar a necessidade do tratamento com Lexotan.
A administração de Lexotan nos últimos 3 meses de gravidez ou durante o parto pode causar hipotermia, hipotonia e depressão respiratória moderada no recém-nascido.
Os recém-nascidos de mães que tomaram este tipo de medicamentos (benzodiazepinas) durante os últimos meses de gravidez podem desenvolver dependência física e estar em risco de desenvolverem sintomas de privação no período pós-natal.
Dado que o Lexotan passa para o leite materno, as mães que amamentam não devem tomar Lexotan.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Lexotan pode provocar sonolência, perda de memória, dificuldade de concentração ou diminuir a sua capacidade de reação, o que afeta negativamente a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Estes efeitos são intensificados quando há ingestão de bebidas alcoólicas.
Lexotan contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.