Mononine

Mononine
Substância(s) ativa(s)Fator IX de coagulação do sangue
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoCSL Behring GmbH
Código ATCB02BD04
Grupos farmacológicosVitamina k e outros hemostáticos

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

CSL Behring GmbH
Emil-von-Behring-Strasse 76
35041 Marburg
Alemanha

Este medicamento encontra-se autorizado nos seguintes Estados Membros da UE com o nome Mononine 1000: Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia.

Este folheto foi aprovado pela última vez em:

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais dos cuidados de saúde

Posologia
O número de unidades de factor IX administradas, é expresso em Unidades Internacionais (UI) que se encontram relacionadas com o actual padrão da OMS para produtos de factor IX. A actividade do factor IX no plasma é expressa, quer em termos de percentagem (relativamente ao plasma humano normal) quer em Unidades Internacionais (relativamente a um padrão internacional para o factor IX no plasma).

Uma Unidade Internacional (UI) de actividade de factor IX é equivalente à quantidade de factor IX existente em um ml de plasma humano normal. O cálculo da dose necessária de factor IX é baseado no pressuposto empírico de que 1 UI de factor IX por kg de peso corporal aumenta a

actividade de factor IX no plasma em cerca de 1,0 % da actividade normal. A posologia necessária é determinada usando a seguinte fórmula:

Unidades necessárias = peso corporal (kg) x aumento desejado em factor IX (% ou UI/dl) x 1,0*

recíproco da recuperação observada

A quantidade a ser administrada, o modo assim como a frequência de administração deverão ser sempre orientadas em função da eficácia clínica em cada caso individual. Os produtos de factor IX raramente necessitam de ser administrados mais de uma vez por dia quando administrados por injecção bólus.

No caso dos seguintes episódios hemorrágicos, a actividade do factor IX não deve diminuir para valores inferiores ao nível de actividade plasmática (em % do normal ou UI/dl) referida no período correspondente. Os quadros apresentados em seguida podem ser utilizados para orientação posológica em caso de episódios hemorrágicos e cirurgia:

Quadro 1 INJECÇÃO INTRAVENOSA ÚNICA Grau de Nível de Factor IX hemorragia Tipo de necessário ou UIdl intervenção cirúrgica Frequência de administração horas Duração da terapêutica dias

Hemorragia 20-40 Hemartrose na fase inicial, hemorragia muscular ou hemorragia oral Repetir cada 24 horas. Pelo menos 1 dia, até resolução do episódio hemorrágico, que se avalia através da dor, ou até se verificar a cicatrização. 30-60 Hemartrose mais extensa, hemorragia muscular ou hematoma Repetir a perfusão cada 24 horas durante 3-4 dias ou mais até resolução da dor e da incapacidade aguda. Hemorragias com risco de vida 60-100 Repetir a perfusão cada 8 a 24 horas até resolução da situação de risco. 30 - 60 Cirurgia Pequena cirurgia incluindo extracção dentária Cada 24 horas, pelo menos 1 dia até se verificar cicatrização

Grande cirurgia 80 100 pré e pós-operatório Repetir a perfusão cada 8 a 24 horas até adequada cicatrização da ferida, seguindo-se, pelo menos, mais 7 dias de terapêutica para manter uma actividade de factor IX entre 30 a 60 UIdl

40 100 ou UIdl Quadro 2 PERFUSÃO CONTÍNUA EM CIRURGIA Níveis desejados de factor IX para a hemostase Dose de carga inicial para se atingir Dose bólus única de 90 UI por kg entre 75-100 UIkg de nível desejado peso corporal ou dose determinada em função da PK Frequência de administração Perfusão i.v. contínua, dependendo da clearance e da determinação dos níveis de factor IX Duração do tratamento Até 5 dias, poderá ser necessário continuar o tratamento dependendo da natureza da cirurgia

No decurso do tratamento, recomenda-se a determinação apropriada dos níveis de factor IX para aferir a dose a ser administrada e a frequência de perfusões repetidas. No caso particular da grande cirurgia, é indispensável uma monitorização precisa da terapêutica de substituição por meio de determinações dos parâmetros da coagulação (actividade do factor IX plasmático). A resposta individual dos doentes ao factor IX pode variar, obtendo-se diferentes níveis de recuperação in vivo demonstrativos de diferentes tempos de semi-vida.

Na profilaxia prolongada de hemorragias em doentes com hemofilia B grave, as doses habituais são de 20 a 40 U.I. de factor IX por kg de peso corporal em intervalos de 3 a 4 dias. Em certos casos, especialmente nos doentes mais jovens, poderão ser necessários intervalos de administração mais curtos ou doses mais elevadas.

Os doentes devem ser monitorizados relativamente ao desenvolvimento de inibidores contra o factor IX. Caso não sejam atingidos os níveis esperados de actividade do factor IX no plasma ou caso não haja controlo da hemorragia com uma dose apropriada, deverá efectuar-se uma análise com vista a determinar a presença do inibidor do factor IX. Em doentes com elevados níveis de inibidor, a terapêutica com factor IX poderá não ser eficaz devendo considerar-se outras opções terapêuticas.
O tratamento destes doentes deverá ser orientado por médicos com experiência no tratamento de doentes com hemofilia.

Administração
O Mononine 1000 pode ser administrado por injecção intravenosa única (ver instruções na secção 3) ou por perfusão contínua (ver instruções em seguida).

Perfusão contínua
O Mononine 1000 deve ser reconstituído com água para injectáveis conforme descrito na secção ?Reconstituição e administração?. Após a reconstituição, o Mononine 1000 pode ser administrado por perfusão contínua não diluído ou diluído através de uma bomba de perfusão ou de um sistema de perfusão aprovado.

A solução diluída é obtida do seguinte modo:

  • Por meio de uma técnica asséptica, dilua a solução reconstituída filtrada transferindo a quantidade apropriada de Mononine para o volume desejado de soro fisiológico.
  • Em diluições até 1:10 (concentração de 10 UI de factor IX/ml), a actividade do factor IX permanece estável durante 24 horas.
  • Com grandes diluições pode verificar-se uma redução na actividade do factor IX. A actividade do factor IX deve ser monitorizada para manter o nível sanguíneo desejado.

Exemplo para diluir 1000 UI de Mononine reconstituído:

Potência desejada para a diluição 10 UIml 20 UIml Volume de Mononine reconstituído 10,0 ml 10,0 ml Volume de soro fisiológico necessário 90,0 ml 40,0 ml Diluição obtida 110 15

  • Recomenda-se a utilização de sacos IV e tubos de cloreto de polivinilo (PVC).
  • Agite vigorosamente e verifique se o saco não tem perdas.
  • Recomenda-se a substituição dos sacos contendo Mononine recentemente diluído cada 12-24horas.

A taxa recomendada para perfusão contínua do Mononine 1000, com vista a manter um nível constante de factor IX de cerca de 80%, é de 4 UI/Kg peso/hora, mas tal dependerá do perfil farmacocinético do doente e do nível desejado de factor IX. Nos doentes em que é conhecida a depuração do factor IX, a taxa de perfusão pode ser calculada para cada doente.

Taxa (UI/Kg peso/h) = Depuração (ml/h/kg peso) x aumento desejado em factor IX (UI/ml)

A segurança e a eficácia da administração em perfusão contínua não foram estudadas em crianças (ver secção 4.4). Consequentemente, em crianças e adolescentes, uma perfusão contínua de Mononine 1000 só deverá ser considerada caso os dados pré-cirúrgicos de farmacocinética (i.e. aumento da recuperação e da clearance) sejam obtidos para o cálculo da dose e os níveis sejam cuidadosamente monitorizados peri-operatoriamente.

O que deve considerar antes de usar?

As secções seguintes contêm informações que você e o seu médico devem ter em consideração antes de utilizar o Mononine 1000.

NÃO utilize Mononine 1000

  • se tem alergia ao factor IX da coagulação sanguínea humana ou a qualquer outro componente do Mononine 1000 ou às proteínas de rato. Por favor informe o seu médico se é alérgico a qualquer medicamento ou alimento.
  • se tem um elevado risco de formação de coágulos sanguíneos (trombose) ou se tem uma probabilidade superior à normal para a formação de coágulos sanguíneos (coagulação intravascular disseminada).

Tome especial cuidado com Mononine 1000

  • Tal como acontece com qualquer injectável contendo proteínas, é possível que se verifiquem reacções alérgicas. Os sinais precoces incluem urticária, erupções generalizadas na pele, aperto no peito, respiração sibilante, diminuição da pressão arterial e anafilaxia (uma reacção alérgica grave que provoca sérias dificuldades respiratórias ou tonturas). Caso ocorram estes sintomas, deverá interromper imediatamente a administração do produto e contactar o seu médico.
  • O Mononine 1000 contém, como resíduos de um passo especial de purificação, vestígios deproteínas de rato. Apesar da quantidade das proteínas de rato ser extremamente baixa, a perfusão destas proteínas pode originar reacções alérgicas.
  • A formação de inibidores (anticorpos neutralizantes) contra o Factor IX é uma complicaçãoconhecida do tratamento e significa que o tratamento deixou de ser eficaz. Caso não consiga controlar a sua hemorragia com o Mononine 1000, informe imediatamente o seu médico. Deverá ser cuidadosamente monitorizado relativamente ao desenvolvimento de inibidores.
  • Existe o risco de um aumento da formação de coágulos sanguíneos num vaso sanguíneo(complicações tromboembólicas), particularmente:
  • com preparações de baixo grau de pureza (para concentrados altamente purificados, como é ocaso do Mononine, este risco é considerado muito baixo).
  • se sofre de uma doença do fígado
  • se foi recentemente submetido a uma cirurgia
  • em recém-nascidos
  • se tem factores de risco trombóticos adicionais, como por exemplo, gravidez, uso decontraceptivos orais, obesidade, tabaco.
  • Não existem dados de segurança e eficácia relativos à administração em perfusão contínua emcrianças, sendo particularmente desconhecido o potencial para o desenvolvimento de inibidores.

O seu médico deverá considerar cuidadosamente o benefício do tratamento com Mononine 1000 em função do risco de ocorrência destas complicações.

Segurança viral
Quando os medicamentos são preparados a partir do sangue ou plasma humano, são estabelecidas certas medidas para evitar a passagem de infecções para os doentes. Estas incluem uma cuidadosa selecção dos dadores de sangue ou de plasma para assegurar a exclusão dos que se encontram em risco de transmitir infecções e a análise das dádivas individuais e das pools de plasma para detecção de sinais da presença de vírus/infecções. Os fabricantes destes medicamentos também incluem etapas no processo de fabrico eficazes na eliminação ou inactivação de vírus. Apesar destas medidas, quando são administrados medicamentos preparados a partir do sangue ou plasma humano, não pode excluir-se totalmente a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos. Tal aplica-se também a vírus ou agentes patogénicos desconhecidos ou emergentes ou outros tipos de infecções.

As medidas tomadas são consideradas eficazes para vírus com envelope, como é o caso do vírus da imunodeficiência humana (VIH, o vírus da SIDA), do vírus da hepatite B e do vírus da hepatite C (inflamação do fígado).

As medidas tomadas podem ter um valor limitado para os vírus sem envelope, tais como o vírus da hepatite A ou o parvovírus B19.

As infecções pelo parvovírus B19 podem ser graves

  • em mulheres grávidas (infecções fetais) e
  • em indivíduos com o sistema imunitário deprimido ou com certos tipos de anemia (ex: anemiafalciforme ou anemia hemolítica).

O seu médico poderá recomendar-lhe que considere ser vacinado contra a hepatite A e B se recebe regularmente/repetidamente medicamentos derivados do plasma humano (ex. Factor IX).

Recomenda-se que sempre que seja administrado Mononine 1000, seja registado, no seu registo de tratamento diário, a data da administração, o número do lote e o volume injectado.

Ao utilizar Mononine 1000 com outros medicamentos

  • Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outrosmedicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
  • O factor IX e o ácido ?-aminocapróico (um medicamento que interrompe a dissolução dos coágulos sanguíneos) podem ser usados para tratar hemorragias na boca, quer tenham ocorrido após uma lesão quer após uma cirurgia dentária, como é o caso da extracção de um dente. Contudo, não existe muita informação sobre o que acontece quando o ácido ?-aminocapróico e o Mononine 1000 são administrados ao mesmo tempo.
  • Mononine 1000 não deve ser misturado com outros medicamentos, diluentes ou solventes, com excepção dos recomendados pelo fabricante (ver secção 6 ?Outras Informações?).

Gravidez e aleitamento

  • Se está grávida ou a amamentar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
  • O Mononine 1000 só deve ser usado durante a gravidez e o aleitamento se a sua utilização estiver claramente indicada.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Mononine 1000 não deverá afectar a sua capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Mononine 1000
Mononine 1000 contém até 20,3 mg de sódio em 1000 UI. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada em sódio.

Como é utilizado?

Utilizar Mononine 1000 sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

O tratamento da Hemofilia B deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiência neste tipo de doenças.

Posologia
A quantidade de Factor IX de que necessita e a duração do tratamento dependem de vários factores, tais como o seu peso corporal, da gravidade da sua doença, da localização e da intensidade da hemorragia ou da necessidade de evitar uma hemorragia durante uma cirurgia ou um exame.
No caso do Mononine 1000 lhe ter sido prescrito para administração em casa, o seu médico deverá certificar-se de que aprendeu a efectuar a injecção e que sabe qual a quantidade que deve utilizar.
Siga sempre as instruções dadas pelo seu médico ou pelo enfermeiro do centro de hemofilia.

Se utilizar mais Mononine do que deveria
Não foram notificados sintomas de sobredosagem com o Factor IX.

Reconstituição e administração

Instruções gerais

  • O pó deve ser dissolvido e retirado do frasco em condições assépticas.
  • A solução preparada deve ser transparente ou ligeiramente opalescente, ou seja, poderá ser reluzente quando exposta à luz mas não deverá conter quaisquer partículas óbvias. A solução deve ser visualmente inspeccionada para detecção de pequenas partículas ou aparecimento de coloração após a filtração ou a transferência (descritas em seguida) e antes da administração. Não utilize a solução se esta se encontrar visualmente turva ou se contiver flocos ou partículas.
  • Qualquer produto que reste ou material utilizado deve ser rejeitado em conformidade com os requisitos locais e segundo as instruções do seu médico.

Reconstituição:
Sem abrir qualquer dos frascos, deixe que o pó do Mononine 1000 e o solvente atinjam a temperatura ambiente ou do corpo. Tal pode ser efectuado deixando os frascos à temperatura ambiente durante cerca de uma hora ou segurando-os nas mãos durante alguns minutos. NÃO exponha os frascos a uma fonte de calor directa. Os frascos não devem ser aquecidos a uma temperatura superior à do corpo (37ºC).

Retire cuidadosamente as cápsulas dos frascos contendo o pó e o solvente e limpe as tampas de borracha com uma compressa de álcool. Permita que os frascos sequem antes da abertura da embalagem do Mix2Vial e siga depois as instruções dadas em seguida.

1. Abra a embalagem do Mix2Vial descolando e retirando a tampa.

2. Retire o sistema da embalagem, tomando precauções para não tocar em nenhuma das extremidades dos pontos de punção. Coloque o frasco do solvente sobre uma superfície lisa e limpa e segure-o firmemente. Insira a extremidade azul do sistema Mix2Vial na tampa do frasco do solvente 3. Mantendo o frasco do pó firmemente apoiado numa superfície, inverta o frasco do solvente com sistema acoplado e insira o adaptador transparente na tampa do frasco do pó. O solvente será automaticamente transferido para o frasco do pó. 4. Com os frascos do solvente e do pó ainda ligados, rode suavemente o frasco do pó para assegurar a sua completa dissolução. Não agite o frasco. 5. Com uma das mãos segure a parte do sistema Mix2Vial acoplada ao frasco do pó e com a outra mão segure a parte do sistema Mix2Vial acoplada ao frasco do solvente. Separe as duas peças do sistema. Insira ar numa seringa estéril vazia. Mantendo o frasco do pó na vertical, virado para cima, adapte a seringa no sistema Mix2Vial. Injecte ar no frasco do pó.

Transferência e administração

6. Mantendo o êmbolo da seringa pressionado, inverta o sistema, virando-o para baixo e aspire a solução preparada para a seringa puxando o êmbolo devagar para trás.

7. Após a solução preparada ter sido transferida para a seringa, segure com firmeza no corpo da seringa mantendo o êmbolo da seringa virado para baixo e retire o sistema Mix2Vial da seringa.

Injecção intravenosa única
Utilizando o dispositivo de venopunctura que é fornecido com o produto, insira a agulha numa veia. Deixe que o sangue flua para o final do tubo. Adapte a seringa na extremidade com rosca do dispositivo de venopunctura. Injecte a solução preparada lentamente na veia seguindo as instruções que lhe foram dadas pelo seu médico. Tome cuidado para não deixar entrar sangue na seringa que contém a solução preparada. A velocidade máxima de administração é de 2 mililitros por minuto.

Perfusão contínua
O Mononine 1000 pode também ser administrado através de uma perfusão prolongada (contínua) ao longo de várias horas ou dias. Tal deve ser efectuado e controlado pelo seu médico.

Verifique imediatamente e por si mesmo a ocorrência de quaisquer efeitos secundários. Se sentir quaisquer efeitos secundários que possam estar relacionados com a administração de Mononine 1000, a injecção ou a perfusão deverá ser interrompida (ver também a secção ?Tome especial cuidado com Mononine 1000).

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Mononine 1000 pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Na eventualidade de se verificar qualquer uma das seguintes situações, contacte imediatamente o seu médico ou dirija-se às urgências ou ao centro de hemofilia do hospital mais próximo:

  • Uma súbita reacção alérgica (como é o caso de erupções na pele ou urticária, comichão, inchaçoda face, lábios, língua ou de outras partes do corpo),
  • Falta de ar, respiração sibilante ou dificuldades respiratórias,
  • Convulsões,
  • Perda de efeito (continuação da hemorragia).

Outros efeitos secundários são:

  • Reacções alérgicas que podem incluir:
  • - ardor e sensação de queimadura, vermelhidão e inchaço na veia no local da injecção ou da perfusão
  • - inchaço da face, da garganta ou de outras partes do corpo, arrepios, rubor, erupções na pele em todo o corpo, pápulas
  • - dores de cabeça
  • - diminuição da pressão arterial, agitação, aumento do ritmo cardíaco, aperto no peito, respiração ofegante
  • - cansaço (letargia)
  • - sentir/ter má disposição
  • - zumbidos nos ouvidos Estes efeitos secundários têm sido raramente observados e, em alguns casos, podem progredir para reacções alérgicas graves (anafilaxia) incluindo choque (tal tem estado estreitamente associado ao desenvolvimento de inibidores contra o factor IX).
  • Têm sido referidos casos raros de febre.
  • Tem sido referida, muito raramente, uma forma especial de inflamação dos rins (síndromenefrótico) após o tratamento de doentes que apresentam inibidores contra o Factor IX. Também se sabe que estes doentes possuem antecedentes de reacções alérgicas.
  • Existe o risco potencial de aumento da formação de coágulos sanguíneos que podem originarataques cardíacos (enfartes do miocárdio), coágulos sanguíneos nas pernas (tromboses venosas) e coágulos sanguíneos nos pulmões (embolismo pulmonar) após a administração de produtos de Factor IX. O uso de Mononine 1000 encontra-se raramente associado a estes efeitos secundários.
  • Muito raramente poderá desenvolver inibidores (anticorpos neutralizantes) contra o Factor IX e,nestes casos, o Factor IX deixará de funcionar adequadamente. Caso tal aconteça, recomenda-se que seja contactado um centro de hemofilia especializado.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Não utilize Mononine 1000 após o prazo de validade impresso no rótulo e na embalagem exterior, após VAL.

  • Manter fora do alcance e da vista das crianças.
  • Não congelar.
  • Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para o proteger da luz.
  • Conservar no frigorífico (2ºC - 8ºC).
  • Durante o seu prazo de validade, o medicamento (quando mantido dentro da embalagem original) pode ser conservado à temperatura ambiente (até +25ºC) durante 1 mês sem necessitar de ser novamente refrigerado durante este período de tempo. A data início de conservação à temperatura ambiente e a data correspondente ao final do período de 1 mês, deverão ser registadas na cartonagem. No final deste período de tempo, o produto tem de ser utilizado ou rejeitado.
  • A solução preparada deve ser imediatamente utilizada.
  • Caso a solução preparada seja diluída (até uma parte em 10), a solução tem de ser imediatamente utilizada; contudo, encontra-se demonstrada uma estabilidade físico-química durante 24 horas.
  • O seu médico indicar-lhe-á como deverá eliminar produto não utilizado ou outro material.

Mais informações

Qual a composição de Mononine 1000
Mononine 1000 contém 1000 UI de Factor IX da coagulação humana por frasco.

Após dissolvido com 10 ml de solvente, a solução preparada contém cerca de 100 UI de factor IX da coagulação humana por ml.

Os outros componentes são:
Histidina, manitol, cloreto de sódio, ácido clorídrico ou hidróxido de sódio (em pequenas quantidades para ajuste do pH). Solvente: água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Mononine 1000 e conteúdo da embalagem
Mononine 1000 apresenta-se sob a forma de um pó branco e é fornecido com água para preparações injectáveis como solvente.

A solução preparada deve ser transparente a ligeiramente opalescente, ou seja, pode ser reluzente quando exposta à luz mas não deve conter quaisquer partículas óbvias.

Apresentação
Uma embalagem com 1000 UI contendo:

  • 1 frasco para injectáveis com o pó
  • 1 frasco com 10 ml de água para preparações injectáveis Uma embalagem com os dispositivos contendo:
  • 1 dispositivo de transferência com filtro 20/13
  • 1 seringa de 10 ml descartável
  • 1 dispositivo de venopunctura
  • 2 compressas com álcool
  • 1 apósito adesivo não estéril

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

CSL Behring GmbH
Emil-von-Behring-Strasse 76
35041 Marburg
Alemanha

Este medicamento encontra-se autorizado nos seguintes Estados Membros da UE com o nome Mononine 1000: Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia.

Este folheto foi aprovado pela última vez em:

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais dos cuidados de saúde

Posologia
O número de unidades de factor IX administradas, é expresso em Unidades Internacionais (UI) que se encontram relacionadas com o actual padrão da OMS para produtos de factor IX. A actividade do factor IX no plasma é expressa, quer em termos de percentagem (relativamente ao plasma humano normal) quer em Unidades Internacionais (relativamente a um padrão internacional para o factor IX no plasma).

Uma Unidade Internacional (UI) de actividade de factor IX é equivalente à quantidade de factor IX existente em um ml de plasma humano normal. O cálculo da dose necessária de factor IX é baseado no pressuposto empírico de que 1 UI de factor IX por kg de peso corporal aumenta a

actividade de factor IX no plasma em cerca de 1,0 % da actividade normal. A posologia necessária é determinada usando a seguinte fórmula:

Unidades necessárias = peso corporal (kg) x aumento desejado em factor IX (% ou UI/dl) x 1,0*

recíproco da recuperação observada

A quantidade a ser administrada, o modo assim como a frequência de administração deverão ser sempre orientadas em função da eficácia clínica em cada caso individual. Os produtos de factor IX raramente necessitam de ser administrados mais de uma vez por dia quando administrados por injecção bólus.

No caso dos seguintes episódios hemorrágicos, a actividade do factor IX não deve diminuir para valores inferiores ao nível de actividade plasmática (em % do normal ou UI/dl) referida no período correspondente. Os quadros apresentados em seguida podem ser utilizados para orientação posológica em caso de episódios hemorrágicos e cirurgia:

Quadro 1 INJECÇÃO INTRAVENOSA ÚNICA Grau de Nível de Factor IX hemorragia Tipo de necessário ou UIdl intervenção cirúrgica Frequência de administração horas Duração da terapêutica dias

Hemorragia 20-40 Hemartrose na fase inicial, hemorragia muscular ou hemorragia oral Repetir cada 24 horas. Pelo menos 1 dia, até resolução do episódio hemorrágico, que se avalia através da dor, ou até se verificar a cicatrização. 30-60 Hemartrose mais extensa, hemorragia muscular ou hematoma Repetir a perfusão cada 24 horas durante 3-4 dias ou mais até resolução da dor e da incapacidade aguda. Hemorragias com risco de vida 60-100 Repetir a perfusão cada 8 a 24 horas até resolução da situação de risco. 30 - 60 Cirurgia Pequena cirurgia incluindo extracção dentária Cada 24 horas, pelo menos 1 dia até se verificar cicatrização

Grande cirurgia 80 100 pré e pós-operatório Repetir a perfusão cada 8 a 24 horas até adequada cicatrização da ferida, seguindo-se, pelo menos, mais 7 dias de terapêutica para manter uma actividade de factor IX entre 30 a 60 UIdl

40 100 ou UIdl Quadro 2 PERFUSÃO CONTÍNUA EM CIRURGIA Níveis desejados de factor IX para a hemostase Dose de carga inicial para se atingir Dose bólus única de 90 UI por kg entre 75-100 UIkg de nível desejado peso corporal ou dose determinada em função da PK Frequência de administração Perfusão i.v. contínua, dependendo da clearance e da determinação dos níveis de factor IX Duração do tratamento Até 5 dias, poderá ser necessário continuar o tratamento dependendo da natureza da cirurgia

No decurso do tratamento, recomenda-se a determinação apropriada dos níveis de factor IX para aferir a dose a ser administrada e a frequência de perfusões repetidas. No caso particular da grande cirurgia, é indispensável uma monitorização precisa da terapêutica de substituição por meio de determinações dos parâmetros da coagulação (actividade do factor IX plasmático). A resposta individual dos doentes ao factor IX pode variar, obtendo-se diferentes níveis de recuperação in vivo demonstrativos de diferentes tempos de semi-vida.

Na profilaxia prolongada de hemorragias em doentes com hemofilia B grave, as doses habituais são de 20 a 40 U.I. de factor IX por kg de peso corporal em intervalos de 3 a 4 dias. Em certos casos, especialmente nos doentes mais jovens, poderão ser necessários intervalos de administração mais curtos ou doses mais elevadas.

Os doentes devem ser monitorizados relativamente ao desenvolvimento de inibidores contra o factor IX. Caso não sejam atingidos os níveis esperados de actividade do factor IX no plasma ou caso não haja controlo da hemorragia com uma dose apropriada, deverá efectuar-se uma análise com vista a determinar a presença do inibidor do factor IX. Em doentes com elevados níveis de inibidor, a terapêutica com factor IX poderá não ser eficaz devendo considerar-se outras opções terapêuticas.
O tratamento destes doentes deverá ser orientado por médicos com experiência no tratamento de doentes com hemofilia.

Administração
O Mononine 1000 pode ser administrado por injecção intravenosa única (ver instruções na secção 3) ou por perfusão contínua (ver instruções em seguida).

Perfusão contínua
O Mononine 1000 deve ser reconstituído com água para injectáveis conforme descrito na secção ?Reconstituição e administração?. Após a reconstituição, o Mononine 1000 pode ser administrado por perfusão contínua não diluído ou diluído através de uma bomba de perfusão ou de um sistema de perfusão aprovado.

A solução diluída é obtida do seguinte modo:

  • Por meio de uma técnica asséptica, dilua a solução reconstituída filtrada transferindo a quantidade apropriada de Mononine para o volume desejado de soro fisiológico.
  • Em diluições até 1:10 (concentração de 10 UI de factor IX/ml), a actividade do factor IX permanece estável durante 24 horas.
  • Com grandes diluições pode verificar-se uma redução na actividade do factor IX. A actividade do factor IX deve ser monitorizada para manter o nível sanguíneo desejado.

Exemplo para diluir 1000 UI de Mononine reconstituído:

Potência desejada para a diluição 10 UIml 20 UIml Volume de Mononine reconstituído 10,0 ml 10,0 ml Volume de soro fisiológico necessário 90,0 ml 40,0 ml Diluição obtida 110 15

  • Recomenda-se a utilização de sacos IV e tubos de cloreto de polivinilo (PVC).
  • Agite vigorosamente e verifique se o saco não tem perdas.
  • Recomenda-se a substituição dos sacos contendo Mononine recentemente diluído cada 12-24horas.

A taxa recomendada para perfusão contínua do Mononine 1000, com vista a manter um nível constante de factor IX de cerca de 80%, é de 4 UI/Kg peso/hora, mas tal dependerá do perfil farmacocinético do doente e do nível desejado de factor IX. Nos doentes em que é conhecida a depuração do factor IX, a taxa de perfusão pode ser calculada para cada doente.

Taxa (UI/Kg peso/h) = Depuração (ml/h/kg peso) x aumento desejado em factor IX (UI/ml)

A segurança e a eficácia da administração em perfusão contínua não foram estudadas em crianças (ver secção 4.4). Consequentemente, em crianças e adolescentes, uma perfusão contínua de Mononine 1000 só deverá ser considerada caso os dados pré-cirúrgicos de farmacocinética (i.e. aumento da recuperação e da clearance) sejam obtidos para o cálculo da dose e os níveis sejam cuidadosamente monitorizados peri-operatoriamente.

Última atualização em 11.08.2022

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