Tomar sempre LIDONOSTRUM de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
LIDONOSTRUM produz anestesia tópica no tracto digestivo superior. Confere também prontamente um alívio sintomático da dor quando aplicada nas membranas mucosas da boca e faringe.
Tal como com outros anestésicos locais a segurança e eficácia da lidocaína dependem de uma dosagem própria, da utilização de uma técnica correcta e das precauções adequadas para a resolução de emergências.
As seguintes doses recomendadas deverão ser tidas como orientação. A experiência clínica e o conhecimento do estado físico do paciente são importantes para calcular a dose necessária.
Adultos:
Para tratamento da dor a partir de mucosas irritadas ou inflamadas da boca e traqueia recomendam-se 5-10 ml de LIDONOSTRUM (100-200 mg de lidocaína). O gel deve ser espalhado em redor da boca e deglutido lentamente. Não deverão ser ultrapassadas as 6 doses em 24 horas.
Para anestesia tópica antes da introdução de instrumentos e cateteres nos tractos respiratório superior ou digestivo recomendam-se 10-15 ml de LIDONOSTRUM (200- 300 mg de lidocaína).
Para uso na faringe deverão fazer-se gargarejos e pode ser deglutido.
Quando combinada com outros produtos contendo lidocaína (por exemplo para broncoscopia) a dose total de lidocaína não deverá exceder os 400 mg. Para doenças do tracto gastrointestinal superior 5-15 ml de LIDONOSTRUM (100-300 mg de lidocaína) deverão ser deglutidos de um só golo. Não devem ser ultrapassadas as 6 doses no intervalo de 24 horas.
Crianças:
Em crianças com menos de 12 anos, para tratamento de mucosas irritadas ou inflamadas da boca ou traqueia, a dose não deve exceder os 4 mg/kg. Recomenda-se retirar o excesso de gel.
Em crianças com menos de 3 anos a dose deve ser rigorosamente medida e aplicada na área afectada com um instrumento adequado. Recomenda-se o mesmo procedimento para crianças mais velhas que tenham problemas em expectorar. Não deverão ser ultrapassadas as 4 doses em 12-24 horas.
Se tomar mais LIDONOSTRUM do que deveria
As reacções tóxicas originam-se no sistema nervoso central e no sistema cardiovascular.
A toxicidade do sistema nervoso central tem uma resposta gradual com sintomas e sinais de severidade crescente. Os primeiros sintomas são parestesia circumoral, adormecimento da língua, entorpecimento, hiperacusia e acufenos. Distúrbios visuais e tremores musculares são sintomas mais sérios e precedem o desencadear de convulsões generalizadas. Podem seguir-se inconsciência e convulsões com a duração de poucos segundos a alguns minutos. Hipóxia e hipercapnia ocorrem rapidamente a seguir às convulsões devido a um aumento da actividade muscular, juntamente com interferência na respiração normal. Em casos severos pode ocorrer apneia. A acidose aumenta os efeitos tóxicos dos anestésicos locais. A recuperação é devida à redistribuição e ao metabolismo dos anestésicos locais a partir do sistema nervoso central. A recuperação pode ser rápida não obstante serem administradas grandes quantidades de fármaco.
Os efeitos cardiovasculares são apenas observados em casos em que se atingem elevadas concentrações sistémicas. Hipotensão severa, bradicardia, arritmia e colapso cardiovascular podem resultar nesses casos.
Os efeitos tóxicos cardiovasculares são geralmente precedidos por sinais de toxicidade ao nível do sistema nervoso central, a menos que o paciente receba anestésicos gerais ou tenha recebido sedativos como benzodiazepinas ou barbituratos.
Deverão estar disponíveis os fármacos e equipamento necessários para o tratamento da toxicidade aguda. Os objectivos do tratamento são manter a oxigenação, parar as convulsões e suportar a circulação. Deverá ser administrado oxigénio e, se necessário, ventilação assistida. Se as convulsões não pararem espontaneamente em 15-20 segundos poderá ser administrado um anticonvulsivante I.V., como por exemplo a tiopentona ou o diazepam.
Se ocorrer evidente depressão cardiovascular (hipotensão, bradicardia), poderá ser administrada efedrina. Se ocorrer paragem circulatória deverá de imediato ser iniciada a reanimação cardiopulmunar. A oxigenação, ventilação e suporte circulatório, assim como o tratamento da acidose são de vital importância visto que a hipoxia e acidose aumentam a toxicidade sistémica dos anestésicos locais.
Caso se tenha esquecido de tomar LIDONOSTRUM
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar LIDONOSTRUM
Não se aplica.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu Médico ou Farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como os demais medicamentos, LIDONOSTRUM pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.
Reacções alérgicas: as reacções alérgicas aos anestésicos locais do tipo amida são raras (nos casos mais severos choque anafiláctico). Outros constituintes do gel, como por exemplo o metil e propil para-hidroxibenzoatos podem também causar este tipo de reacção.
Toxicidade sistémica aguda: a lidocaína pode causar efeitos tóxicos agudos se ocorrerem elevados níveis sistémicos devido à rápida absorção ou sobredosagem.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.