Grupo farmacoterapêutico: 1.4.2 Medicamentos anti-infecciosos. Antiparasitários. Antimaláricos.
Código ATC: P01BA02
A hidroxicloroquina é um antimalárico da família das 4-hidroxicloroquinas que combina, uma actividade schizonticída sanguínea rápida com alguma actividade gametocitocítica, sendo também classificada como um fármaco anti-reumático de acção retardada.
Plaquinol está indicado nas seguintes situações: Situações reumatológicas e dermatológicas:
- Lúpus eritematoso sistémico
- Lúpus eritematoso discóide
- Artrite reumatóide
- Artrite idiopática juvenil
- Distúrbios dermatológicos provocados ou agravados por fotosensibilidade cutânea
Malária:
- Tratamento dos acessos agudos e para supressão da malária devida a Plasmodium vivax, P. ovale e P. malariae e estirpes sensíveis de P. falciparum.
- Erradicação de malária devido a estirpes cloroquina-sensíveis de P. falciparum.
A hidroxicloroquina não é eficaz contra as estirpes de F. falciparum resistentes à cloroquina, e não é activa contra as formas exo-eritrocíticas de P. vivax, P. ovale e P. malariae. Deste modo, não previne a infecção devida a estes organismos quando
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administrada profilacticamente, nem previne a recorrência da infecção devida a estes organismos.
2. ANTES DE UTILIZAR Plaquinol Não tome Plaquinol
- Se tem alergia à substância activa ou a qualquer outro componente de Plaquinol;
- Se tem hipersensibilidade aos compostos 4-aminoquinoleínicos;
- Se possui maculopatia pré-existente do olho.
Tome especial cuidado com Plaquinol
- Antes de iniciar um tratamento prolongado, deve ser realizado um exame oftalmológico para avaliação da acuidade visual, campo visual central, visão das cores e fundoscopia. O exame deverá ser repetido, no mínimo, anualmente. Este exame deve ser mais frequente e adaptado ao doente, nas situações seguintes:
- A forma ideal de calcular a dose diária nos indivíduos magros é fazer o cálculo: 6.5 mg/Kg de peso corporal. A utilização do peso corporal absoluto como guia de dosagem, pode resultar em sobredosagem nos obesos;
- Insuficiência renal;
- Dose cumulativa superior a 200 g;
- Idosos;
- Acuidade visual diminuída
Se ocorrer alguma perturbação visual (acuidade visual, visão das cores…) o fármaco deve ser descontinuado de imediato, devendo ser os doentes monitorizados para detectar uma possível progressão da anomalia. As alterações da retina (e perturbações visuais) podem evoluir mesmo após a interrupção da terapêutica.
O risco de retinopatia com as 4-aminoquinoleínas parece estar relacionado com a dose e aumenta provavelmente se se excederem as doses recomendadas.
- Doentes com perturbações gastrointestinais, neurológicas ou hematológicas, doentes sensíveis à quinina, com deficiência na Glucose-6-Fosfato Desidrogenase, porfiria e psoríase devem tomar atenção aquando da administração de Plaquinol.
- Doentes em terapêutica prolongada devem efectuar hemogramas completos periodicamente, devendo descontinuar-se a hidroxicloroquina se se verificarem alterações relevantes.
- Todos os doentes em terapêutica prolongada devem ser submetidos a exames periódicos da função músculo-esquelética e reflexos tendinosos. Caso surja miopatia, o fármaco deve ser descontinuado.
- Algumas pessoas em tratamento com Plaquinol podem apresentar problemas de saúde mental como pensamentos irracionais, ansiedade, alucinações, sentirem-se confusas ou deprimidas, e apresentarem pensamentos de auto-agressão ou suicídio. Estes problemas podem surgir mesmo em pessoas que nunca tiveram comportamentos semelhantes no passado. Se detetar, ou alguém à sua volta, se aperceber de algum destes efeitos indesejáveis (ver secção 4), dirija-se de imediato a um médico.
Foram registadas erupções cutâneas graves com a utilização de hidroxicloroquina (ver secção 4 sobre os possíveis efeitos secundários). Frequentemente, a erupção
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cutânea pode envolver úlceras na boca, garganta, nariz, órgãos genitais e conjuntivite (olhos vermelhos e inchados). Estas erupções cutâneas graves são frequentemente precedidas de sintomas de tipo gripal, tais como febre, dor de cabeça e dores no corpo. A erupção cutânea pode
progredir para formação generalizada de bolhas e descamação da pele. Se desenvolver estes sintomas cutâneos, pare de tomar hidroxicloroquina e contacte imediatamente o seu
médico.
- Se for insuficiente renal ou hepático.
A administração do fármaco a doentes com insuficiência hepática ou renal, pode ser necessitar de uma redução da dose, bem como naqueles que se encontrem a tomar medicamentos que afectem estes orgãos.
- As crianças são particularmente sensíveis aos efeitos tóxicos das 4- aminoquinoleínas, pelo que os doentes devem ser alertados para manterem a hidroxicloroquina fora do alcance das crianças.
- Não há informações específicas relativamente à comparação do uso de hidroxicloroquina entre idosos e outros grupos etários.
A hidroxicloroquina pode provocar diminuição do nível de glucose no sangue. Pergunte ao seu médico quais os sinais e sintomas associados a um baixo nível de glucose no sangue. Pode ser necessário fazer um teste para verificar o nível de glucose no sangue.
Tomar Plaquinol com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
A hidroxicloroquina pode estar sujeita a interacções medicamentosas com os seguintes fármacos:
- Digoxina: a terapêutica concomitante de hidroxicloroquina e digoxina pode ocasionar elevação dos níveis de digoxina; os níveis plasmáticos de digoxina devem ser rigorosamente monitorizados em doentes com terapêutica concomitante;
- Antiácidos: a administração com antiácidos pode levar a uma diminuição da absorção da hidroxicloroquina. A toma destes dois medicamentos deve ser espaçada por um intervalo de, pelo menos, 4 horas;
- Cimetidina: pode inibir o metabolismo da hidroxicloroquina e, assim, aumentar a sua semi-vida;
- Parassimpáticomiméticos: o uso concomitante de hidroxicloroquina com neostigmina e piridostigmina pode gerar antagonismo de efeito daquelas e exacerbar os sintomas de miastenia gravis;
- Aminoglicosídeos: o uso conjunto de hidroxicloroquina e aminoglicosídeos deve ser evitado, pois ambos possuem potencial ototóxico.
Tomar Plaquinol com alimentos e bebidas
Os comprimidos de Plaquinol devem ser ingeridos às refeições ou com um copo de leite.
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Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
O uso deste fármaco na gravidez deve ser evitado, com excepção da profilaxia ou tratamento da malária nos casos em que, na opinião médica, os benefícios justifiquem os riscos. Tem-se verificado que as 4-aminoquinolonas, em doses terapêuticas, têm sido associadas a lesões no Sistema Nervoso Central (SNC), incluindo ototoxicidade (toxicidade auditiva e vestibular, surdez congénita), hemorragias retinianas e pigmentação anormal da retina.
Deve ser considerada com precaução a administração de hidroxicloroquina durante o aleitamento, uma vez que mostrou ser excretada em pequenas quantidades no leite materno humano, sabendo-se que os lactentes são extremamente sensíveis aos efeitos tóxicos das 4-aminoquinolonas.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A hidroxicloroquina pode diminuir a acomodação e causar visão turva. Mesmo que estas condições não sejam limitadoras, a dose pode ter de ser temporariamente reduzida.
Informações importantes sobre alguns componentes de Plaquinol Plaquinol contém Tartrazina (E102), o qual pode causar reacções alérgicas.