Ticlopidina Generis 250 mg Comprimidos Revestidos

Ticlopidina Generis 250 mg Comprimidos Revestidos
Substância(s) ativa(s)Ticlopidina
País de admissãoPT
Titular da autorização de introdução no mercadoGeneris Farmacêutica
Data de admissão16.05.2000
Código ATCB01AC05
Grupos farmacológicosAgentes antitrombóticos

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

A Ticlopidina Generis é um inibidor da agregação plaquetária que está indicado para:

- Redução do risco de ocorrência e recorrência de um acidente vascular cerebral, em doentes que sofreram, pelo menos, um dos seguintes acidentes: acidente vascular cerebral isquémico constituído, acidente vascular cerebral menor, défice neurológico reversível de origem isquémica, acidente isquémico transitório (AIT), incluindo cegueira unilateral transitória.

- Prevenção dos acidentes isquémicos, em particular coronários, em doentes com arteriopatia dos membros inferiores no estádio de claudicação intermitente.

- Prevenção e correção das alterações da função plaquetária induzidas pelos circuitos extracorporais:

. cirurgia com circulação extracorporal e

. hemodiálise crónica.

- Prevenção das oclusões subagudas após implante de STENT coronário.

Tendo em conta os efeitos adversos hematológicos de Ticlopidina Generis, o médico prescritor deve considerar os riscos e benefícios da ticlopidina em relação ao ácido acetilsalicílico, uma vez que a relação benefício/risco é maior nos doentes para os quais o ácido acetilsalicílico não é aconselhável.

O que deve considerar antes de usar?

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) à ticlopidina ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicado na secção 6);
  • Se sofre de diátese hemorrágica;

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  • Se tem lesões orgânicas com potencial hemorrágico: úlcera gastroduodenal ativa, ou acidente vascular cerebral hemorrágico em fase aguda;
  • Se sofre de doenças do sangue envolvendo tempo de hemorragia prolongado;
  • Se tem antecedentes de leucopenia, trombocitopenia ou agranulocitose. Advertências e precauções
    Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Ticlopidina Generis.

Podem ocorrer efeitos indesejáveis hematológicos e hemorrágicos. Estes podem ser graves, tendo já sido observados desfechos fatais. (ver secção 4)

Estes efeitos graves podem estar associados a:

  • Monitorização inadequada, diagnóstico tardio e medidas terapêuticas de correção inadequadas;
  • Administração concomitante de anticoagulantes ou outros antiagregantes plaquetários, tais como o ácido acetilsalicílico e os AINEs. No entanto, no caso de um implante STENT, Ticlopidina Generis deve ser associado ao ácido acetilsalicílico (100 a 325 mg/dia), durante cerca de um mês após o implante.

Monitorização hematológica:

A maioria dos casos de neutropenia grave ou agranulocitose desenvolveram-se nos três primeiros meses de tratamento com Ticlopidina Generis (necessidade de monitorização das células sanguíneas). Nestes casos a medula óssea demonstrou uma descida típica dos precursores mieloides.

A contagem das células sanguíneas, com contagem diferencial de plaquetas, deve ser realizada no início do tratamento e de duas em duas semanas durante os três primeiros meses, e nos 15 dias após, se o tratamento com Ticlopidina Generis tiver sido descontinuado nos três primeiros meses de tratamento.

No caso de neutropenia (< 1500 neutrófilos/mm3) ou trombocitopenia (< 100 000 plaquetas/mm3) o tratamento deve ser descontinuado e deve ser monitorizada a contagem de células sanguíneas (com contagem diferencial de plaquetas) até ao regresso aos valores normais.

Monitorização clínica:

Todos os doentes devem ser monitorizados para sinais clínicos e sintomas de efeitos indesejáveis do medicamento, especialmente durante os três primeiros meses de tratamento.

Devem ser explicados ao doente os sinais e sintomas que podem estar relacionados com neutropenia (febre, dor de garganta, úlceras na cavidade nasal), trombocitopenia e/ou alterações da hemostase (hemorragia invulgar ou prolongada, nódoas negras, púrpura, fezes escuras) e hepatite incluindo icterícia, urina escura, fezes acólicas (sem cor).

Todos os doentes devem ser aconselhados a parar a medicação e a consultar o seu médico de imediato após a ocorrência de alguns dos sinais ou sintomas descritos. A decisão de recomeçar o tratamento só deve ser tomada com base em resultados clínicos e laboratoriais.

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O diagnóstico clínico da púrpura trombocitopénica trombótica (PTT) é caracterizado pela presença de trombocitopenia, anemia hemolítica, sintomas neurológicos, disfunção renal e febre. O início pode ser repentino. A maioria dos casos foi notificada nas primeiras 8 semanas de terapêutica. Devido ao risco de ocorrência fatal, deve contactar-se um especialista em caso de suspeita de PTT.

Foi notificado que o tratamento com plasmaferese melhora o diagnóstico. Reações Cruzadas entre tienopiridinas

Os doentes devem ser avaliados quanto à sua história de hipersensibilidade a outra tienopiridina (como o clopidogrel ou o prasugrel) visto terem sido notificadas reações cruzadas entre as tienopiridinas (ver efeitos indesejáveis possíveis). As tienopiridinas podem causar reações alérgicas moderadas a graves tais como erupção cutânea, angioedema ou reações hematológicas tais como trombocitopenia e neutropenia. Os doentes que desenvolveram uma reação alérgica anterior e/ou reação hematológica a uma tienopiridina podem ter risco aumentado de desenvolverem a mesma ou outra reação a outra tienipiridina. Recomenda-se monitorização de reação cruzada.

Hemostase

Ticlopidina Generis deve ser administrado com prudência a doentes suscetíveis a síndromes hemorrágicos.

O fármaco não deve ser administrado em associação com as heparinas, os anticoagulantes orais e outros antiagregantes plaquetários, contudo, em casos excecionais de administração concomitante, deve ser assegurada uma monitorização clínica e laboratorial sistemática (ver "Ao tomar Ticlopidina Generis com outros medicamentos").

Em doentes sujeitos a cirurgia eletiva, o tratamento deve ser, sempre que possível, suspenso pelo menos 10 dias antes da cirurgia.

Numa situação de emergência cirúrgica, numa tentativa de minimizar o risco hemorrágico, bem como o prolongamento do tempo de hemorragia, podem ser utilizados 3 meios, isolados ou conjuntamente: administração de 0,5 a 1 mg/kg de metilprednisolona I.V., renováveis; desmopressina 0,2 a 0,4 µg/kg, e transfusão de plaquetas.

Exames complementares de diagnóstico

O tratamento crónico com Ticlopidina Generis foi associado a um aumento dos níveis séricos de colesterol e triglicéridos. Os níveis séricos de HDL, LDL, VLDL e triglicéridos podem aumentar em 8 a 10% após 1 a 4 meses de tratamento. Não foram observados mais aumentos com a continuação do tratamento. A relação das subfrações lipoproteicas mantém-se inalterada (especialmente da HDL e LDL). Os dados dos ensaios clínicos demonstraram que o efeito não depende da idade, sexo, consumo de álcool ou diabetes e não tem influência no risco cardiovascular.

Sendo Ticlopidina Generis extensivamente metabolizado pelo fígado:

- o fármaco deve ser empregue com precaução nos doentes com insuficiência hepática;

- em caso de suspeita de insuficiência hepática, devem ser realizados testes da função hepática. O tratamento deve ser suspenso nos doentes que desenvolvam

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alterações da função hepática (quadro de hepatite ou icterícia). O aumento (isolado ou não) da fosfatase alcalina e transaminases (incidência superior a duas vezes o limite máximo normal) foi observado em ambos os grupos (ticlopidina e placebo).

Tecidos cutâneos e subcutâneos

Em geral, as erupções cutâneas desenvolvem-se nos três primeiros meses após o início do tratamento e, em média, ao 11.º dia. Se o tratamento for interrompido, os sintomas desaparecem em alguns dias. Estas erupções cutâneas podem ser generalizadas.

Sistema gastrointestinal

A diarreia é geralmente de gravidade moderada e transitória, e ocorre principalmente nos três primeiros meses de tratamento. Estes distúrbios são geralmente resolvidos em 1 a 2 semanas sem descontinuar o tratamento. Se o efeito é grave e persistente, é conveniente interromper a terapêutica.

Outros medicamentos e Ticlopidina Generis

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

  • Um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (incluindo mas não se restringindo à fluoxetina ou fluvoxamina), medicamentos normalmente usados para tratar a depressão.
  • Associações com aumento do risco hemorrágico:

AINEs:

Aumento do risco hemorrágico (por aumento da atividade antiagregante plaquetária, conjugada ao efeito agressivo dos AINEs sobre a mucosa gastroduodenal).

Se a associação for essencial, deve ser efetuada uma rigorosa vigilância clínica.

Antiagregantes plaquetários:

Aumento do risco hemorrágico (por aumento da atividade antiagregante plaquetária).

Se a associação for essencial, deve ser efetuada uma rigorosa vigilância clínica.

Salicilatos (por extrapolação a partir do ácido acetilsalicílico):

Aumento do risco hemorrágico (por aumento da atividade antiagregante plaquetária conjugada ao efeito agressivo dos salicilatos sobre a mucosa gastroduodenal).

Se a associação for essencial, deve ser efetuada uma rigorosa vigilância clínica. Na existência de um implante STENT, ver "Tome especial cuidado com Ticlopidina Generis".

Anticoagulantes orais:

Aumento do risco hemorrágico (associação do efeito anticoagulante e do efeito antiagregante plaquetário).

Se a associação for essencial, deve ser efetuada uma rigorosa vigilância clínica e laboratorial (INR).

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Heparinas:

Aumento do risco hemorrágico (associação do efeito anticoagulante e do efeito antiagregante plaquetário).

Se a associação for essencial, deve ser efetuada uma rigorosa vigilância clínica e laboratorial (APTT).

- Pentoxifilina, um medicamento usado para a fraca circulação nos braços e nas pernas.

Associações Necessitando de Precaução de Utilização:

Teofilina:

Aumento dos níveis plasmáticos de teofilina com risco de sobredosagem (diminuição da depuração plasmática da teofilina).

Vigilância clínica e, eventualmente, dos níveis de teofilinemia. Se necessário deve- se efetuar a adaptação posológica da teofilina durante e após o tratamento com Ticlopidina Generis.

Digoxina:

A coadministração de Ticlopidina Generis e digoxina leva a uma ligeira descida (cerca de 15%) das taxas plasmáticas de digoxina, não se esperando perda ou diminuição de eficácia terapêutica da digoxina.

Fenobarbital:

Em voluntários saudáveis, os efeitos antiagregantes plaquetários da ticlopidina não foram afetados pela administração crónica de fenobarbital.

Fenitoína:

Foram notificados diversos casos de intoxicação por fenitoína em doentes com terapêutica concomitante com ticlopidina.

Estudos in vitro demonstraram que a ticlopidina não altera a ligação da fenitoína às proteínas plasmáticas. No entanto, as interações das ligações da ticlopidina às proteínas plasmáticas não foram estudadas in vivo.

Foram raramente reportados casos de elevação dos níveis e da toxicidade da fenitoína, quando a ticlopidina foi administrada concomitantemente.

A administração concomitante de fenitoína e de Ticlopidina Generis deve ser encarada com precaução, sendo aconselhável reavaliar as concentrações plasmáticas de fenitoína.

Outras Associações Terapêuticas:

No decurso de estudos clínicos, a ticlopidina foi utilizada conjuntamente com beta- bloqueantes, inibidores dos canais de cálcio e diuréticos; não foram notificadas interações indesejáveis, clinicamente significativas.

Os estudos in vitro mostraram que a ticlopidina não altera a ligação do propranolol às proteínas plasmáticas.

Em situações muito raras, foi referido um decréscimo nos níveis plasmáticos da ciclosporina. Deverá, portanto, ser efetuada uma monitorização dos níveis plasmáticos da ciclosporina em caso de uma coadministração.

Gravidez e amamentação Gravidez

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Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.

Não foi ainda estabelecida a segurança da administração de ticlopidina na mulher grávida. Exceto em caso de necessidade absoluta, Ticlopidina Generis não deve ser utilizado durante a gravidez.

Amamentação

Estudos efetuados em ratos demonstraram que a ticlopidina é excretada no leite. Não foi ainda estabelecida a segurança da administração da ticlopidina na mulher a amamentar.

Exceto em caso de necessidade absoluta, a ticlopidina não deve ser utilizada durante a amamentação.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Os efeitos indesejáveis da ticlopidina, como as tonturas, podem afetar negativamente a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.

Como é utilizado?

Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.

Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Via oral. É recomendado tomar os comprimidos com as refeições.

Adultos:

A posologia habitual é de 2 comprimidos por dia, a tomar durante as refeições. No caso de prevenção de oclusões subagudas após implante de STENT coronário, o tratamento pode ser iniciado imediatamente antes, ou imediatamente após o implante do STENT, devendo ser continuado durante cerca de um mês (dois comprimidos por dia), em associação com o ácido acetilsalicílico (100 a 325 mg por dia).

Utilização em crianças:

A segurança e eficácia em doentes pediátricos ainda não foram estabelecidas.

Utilização no idoso:

Os principais estudos clínicos foram desenvolvidos numa população de doentes idosos com uma média etária de 64 anos. Embora a farmacocinética da ticlopidina se encontre alterada no idoso, a atividade farmacológica e terapêutica, na dose de 500 mg por dia, não é afetada pela idade.

Se tomar mais Ticlopidina Generis do que deveria

Com base nas suas propriedades farmacodinâmicas, pode ser esperado um risco de hemorragia.

Após uma sobredosagem é recomendada uma lavagem gástrica, bem como outras medidas gerais de suporte.

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Caso se tenha esquecido de tomar Ticlopidina Generis

No caso da omissão de uma administração de Ticlopidina Generis, o tratamento deve prosseguir de acordo com a posologia previamente estabelecida.

Após a omissão da administração de várias doses deve ser consultado o médico assistente.

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.

A frequência de efeitos indesejáveis possíveis é definida usando a seguinte convenção:

Muito frequentes: afetam mais de 1 utilizador em cada 10 Frequentes: afetam 1 a 10 utilizadores em cada 100

Pouco frequentes: afetam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000

Raros: afetam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000

Muito raros: afetam menos de um utilizador em cada 10.000

desconhecido: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis.

Doenças do sangue e do sistema linfático

Como deve ser armazenado?

Não conservar acima de 25ºC.

Conservar na embalagem de origem, para proteger da humidade.

Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não utilize Ticlopidina Generis após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após "EXP.". O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não deite for a quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.

Mais informações

A substância ativa é o cloridrato de ticlopidina.

Os outros componentes são: celulose microcristalina, ácido cítrico anidro, amido de milho, povidona, estearato de magnésio, talco, dióxido de titânio, macrogol 6000, propilenoglicol e eudragit RL.

Qual o aspeto de Ticlopidina Generis e conteúdo da embalagem

Blisters de PVC/Alu.

Embalagens de 20, 50 e 60 comprimidos revestidos.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações

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Titular de Autorização de Introdução no Mercado e Fabricantes

Titular de Autorização de Introdução no Mercado Generis Farmacêutica, S.A.

Rua João de Deus, 19 2700-487 Amadora Portugal

Fabricante

Farmalabor – Produtos Farmacêuticos, S.A. Zona Industrial de Condeixa,

3150-194 Condeixa-a-Nova Portugal

Este folheto foi revisto pela última vez em

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Última atualização em 24.08.2023

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