O seu médico irá realizar exames ginecológicos, mamários, à tensão arterial e outros necessários antes de iniciar a terapêutica e depois, a intervalos regulares.
Durante a terapêutica, recomenda-se a realização periódica de check-ups, de frequência e natureza adaptadas individualmente a cada mulher.
Antes de começar a utilizar Climara
O seu médico irá discutir consigo as vantagens e os riscos da utilização de Climara.
Embora estes dados não estejam disponíveis para o Climara, o medicamento não deve ser utilizado como prevenção de doença cardíaca e/ou acidente vascular cerebral.
Caso a THS seja utilizada na presença de alguma das situações abaixo indicadas, terá de ser atentamente vigiada. O seu médico pode explicar-lhe isto. Assim, caso alguma destas situações se aplicar a si, informe o seu médico antes de começar a utilizar Climara:
Se apresentar um risco acrescido de trombose (formação de coágulos sanguíneos) venosa.
Se iniciar uma terapêutica com anticoagulantes.
Se sofre de problemas cardíacos ou renais.
Se sofre de hipertrigliceridémia.
O risco aumenta com a idade, e pode também ser mais elevado:
Se você ou algum familiar directo tiver sofrido uma trombose nos vasos sanguíneos das pernas ou pulmões;
Se sofrer de excesso de peso;
Se sofrer de veias varicosas.
Se já estiver a utilizar Climara, informe o seu médico bastante tempo antes de qualquer hospitalização ou operação previstas. Isto porque o risco de sofrer uma trombose venosa profunda pode aumentar temporariamente na sequência de uma operação, lesões graves ou imobilização.
Se sofrer de fibrose uterina;
Se tiver sofrido de endometriose (presença de tecido do revestimento do útero em locais do organismo onde normalmente não se encontra);
Se tiver historial de hiperplasia endometrial;
Se sofrer de doença hepática ou da vesícula biliar;
Se tiver sofrido de icterícia durante a gravidez ou se tiver já utilizado anteriormente esteróides sexuais;
Se sofrer de diabetes;
Se sofrer de tensão arterial elevada;
Se sofrer ou tiver sofrido de cloasma (manchas castanho-amareladas na pele); se isto acontecer, evite a exposição excessiva ao sol ou aos raios ultravioleta;
Se sofrer de epilepsia;
Se tiver caroços ou sensibilidade mamária (doença mamária benigna); ou história familiar de cancro da mama ou factores de risco para tumores estrogeno-dependentes;
Se sofrer de asma;
Se sofrer de enxaquecas;
Se sofrer de uma doença hereditária denominada porfíria;
Se sofrer de surdez hereditária (otosclerose);
Se sofrer de lúpus eritematoso sistémico (LES; uma doença inflamatória crónica);
Tromboembolismo venoso (TEV)
A terapêutica hormonal de substituição está associada a um risco relativo mais elevado de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), ou seja, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Estudos observaram um risco duas a três vezes superior para as utilizadoras, em comparação com as não utilizadoras. A ocorrência deste tipo de evento é mais provável no primeiro ano de terapêutica de THS. Normalmente, os factores de risco reconhecidos para TEV incluem um historial pessoal ou familiar, obesidade grave kg e lúpus eritematoso sistémico (LES).
As doentes com historial de TEV ou com estados trombofílicos conhecidos apresentam um risco acrescido de TEV. A terapêutica hormonal de substituição pode aumentar esse risco.
O risco de TEV pode aumentar temporariamente em casos de imobilização prolongada, traumatismos graves ou intervenções cirúrgicas. Como em todos os doentes pós-cirúrgicos, deve dar-se especial atenção às medidas profilácticas para evitar casos de TEV após a cirurgia. Caso se preveja um período prolongado de imobilização após cirurgia electiva, principalmente cirurgia abdominal ou ortopédica nos membros inferiores, deverá considerar-se a interrupção temporária da terapêutica hormonal de substituição 4 a 6 semanas antes, se possível. A terapêutica não deve ser reiniciada até a doente recuperar totalmente a mobilidade.
Em caso de desenvolvimento de TEV após a terapêutica inicial, o fármaco deve ser descontinuado. As doentes devem ser informadas de que devem contactar imediatamente o seu médico assim que se apercebam de um sintoma potencialmente tromboembólico (por exemplo, tumefacção dolorosa de uma perna, dor torácica súbita, dispneia).
Doença da artéria coronária (DAC)
Os ensaios controlados randomizados não demonstraram os benefícios cardiovasculares da terapêutica contínua de associação de estrogénios e acetato de medroxiprogesterona (AMP). Dois grandes ensaios clínicos revelaram um possível risco acrescido de morbilidade cardiovascular no primeiro ano de utilização e não demonstraram benefícios gerais.
Acidente vascular cerebral (AVC)
Um grande ensaio clínico registou, como resultado secundário, um risco acrescido de acidente vascular cerebral isquémico em mulheres saudáveis durante a terapêutica contínua e de associação com estrogénios e AMP.
A THS e o cancro
Cancro do endométrio
O risco de cancro do revestimento do útero (cancro do endométrio) aumenta com uma terapêutica prolongada apenas com estrogénios. As terapêuticas com estrogénios como o Climara não devem ser utilizadas individualmente em mulheres não submetidas previamente a histerectomia. Se estiver a utilizar Climara e não tiver sido submetida a uma histerectomia, irá precisar de uma terapêutica adicional com progestagénio. O seu médico irá aconselhá-la a este respeito.
Informe o seu médico se sofrer de irregularidades hemorrágicas frequentes ou de hemorragia persistente durante o tratamento com Climara.
Cancro da mama
Em alguns estudos, foi diagnosticado um número ligeiramente mais elevado de cancro da mama em mulheres submetidas a terapêutica hormonal de substituição (THS) há vários anos. O risco aumenta com a duração da terapêutica. Pode ser mais baixo com medicamentos apenas à base de estrogénio. Se as mulheres interromperem a THS, este risco acrescido desaparece ao fim de alguns anos (no máximo 5 anos). A THS aumenta a densidade das mamografias. Em alguns casos, isto pode complicar a detecção do cancro da mama através desta técnica. Assim, o seu médico poderá optar por recorrer igualmente a outras técnicas imagiológicas para detecção do cancro da mama.
Cancro do ovário
A terapêutica hormonal de substituição a longo prazo (pelo menos 5-10 anos) apenas com estrogénio em mulheres submetidas a histerectomia tem estado associada a um risco acrescido de cancro do ovário em alguns estudos epidemiológicos. Não se sabe se a terapêutica hormonal de substituição combinada a longo prazo produz um risco diferente do verificado nos medicamentos apenas com estrogénios.
Razões para a suspensão imediata da utilização de Climara:
Deve suspender imediatamente a terapêutica e consultar o seu médico se verificar as seguintes
ocorrências:
Um primeiro ataque de enxaqueca (normalmente uma dor de cabeça latejante e náuseas, precedidas de perturbações visuais);
Aumento significativo da tensão arterial
Agravamento de enxaquecas prévias, cefaleias de frequência ou intensidade invulgares;
Inflamação das veias (flebite).
Gravidez
Icterícia ou deterioração da função hepática
Se tiver ou houver suspeita da existência de um coágulo sanguíneo quando estiver a utilizar o Climara, deverá interromper a administração do medicamento imediatamente e contactar o seu médico. Os sinais de alerta que deve ter em conta são:
Tossir sangue;
Dores invulgares ou tumefacção dos braços ou pernas;
Falta de ar súbita;
Desmaios.
Climara e a capacidade de conduzir
Climara não influencia a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Climara e outros medicamentos
Não deve tomar contraceptivos orais. Se necessário, aconselhe-se junto do seu médico acerca desta questão.
Alguns medicamentos podem impedir a correcta actuação da terapêutica hormonal de substituição (THS). Entre eles encontram-se medicamentos utilizados para o tratamento da epilepsia (por exemplo, hidantoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina, fenitoína, fenobarbital) anti-infecciosos, (por exemplo, rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz), ritonavir, nelvinavir e preparações herbais contendo hipericão. Informe sempre o médico que vai prescrever a THS acerca dos medicamentos que está a tomar. Informe também qualquer outro médico ou dentista que lhe receite um medicamento (ou o seu farmacêutico) de que utiliza Climara.
Se tiver dúvidas acerca de qualquer medicamento que esteja a tomar, pergunte ao seu médico.
O consumo excessivo de álcool durante a terapêutica hormonal de substituição influencia o tratamento. O seu médico irá aconselhá-la.
A THS pode afectar os resultados de alguns testes laboratoriais. Informe sempre o seu médico ou os técnicos do laboratório de que usa o sistema transdérmico Climara.