Substância(s) Doxorubicina
Admissão Portugal
Produtor Stada, Lda.
Narcótica Não
Código ATC L01DB01
Grupo farmacológico Antibióticos citotóxicos e substâncias afins

Titular da autorização

Stada, Lda.

Medicamentos com o mesmo princípio activo

Medicamento Substância(s) Titular da autorização
Doxorrubicina Sandoz Doxorubicina Sandoz Farmacêutica, Lda.
Fauldoxo Doxorubicina Hospira Portugal, Lda.
Doxorrubicina Hikma Doxorubicina HIKMA Farmaceutica (Portugal)
Doxorrubicina Aurovitas Doxorubicina Generis Farmacêutica
Doxorrubicina Medac Doxorubicina Medac Gesellschalft fur Klinische Spezialpraparate GmbH

Folheto

O que é e como se utiliza?

DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável é um antineoplásico, do grupo 16.1.6- Citotóxicos que se intercalam no ADN.

Cancro da mama, sarcoma, carcinoma das pequenas células do pulmão, doença de Hodgkin ou linfoma não-Hodgkin, leucemia aguda, cancro da tiróide, bexiga, ovários, tumores pediátricos tais como neuroblastoma.

A doxorrubicina é frequentemente usada em regimes de quimioterapia de associação em conjunto com outros fármacos citotóxicos.

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O que se deve tomar em consideração antes de utilizá-lo?

Não utilize DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável:
Em caso de hipersensibilidade à doxorrubicina, outras antraciclinas ou antracenodionas. Durante a gravidez e a lactação.

Por via intravenosa,

  • Em caso de mielossupressão persistente ou estomatite grave que tenha surgido durante tratamento citotóxico anterior;
  • Se estiver com uma infecção;
  • Se tiver insuficiência hepática grave;
  • Se sofrer de arritmia grave ou insuficiência cardíaca;
  • se já tiver sofrido um enfarte do miocárdio;
  • Se já tiver sido submetido a tratamentos com medicamentos da mesma classe da doxorrubicina, em que tenha sido atingida a dose máxima cumulativa;

Por via intravesical,

  • Se tiver tumores invasivos, que penetraram a parede da bexiga;
  • Se estiver com infecções do tracto urinario;
  • Se estiver com a bexiga inflamada;
  • Se tiverem ocorrido ou se se anteciparem problemas com a utilização de catéteres.

Tome especial cuidado com DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável se:

  • Tiver antecedentes de doenças cardíacas;
  • Apresentar supressão acentuada da medula óssea;
  • Tiver já sido tratado com antraciclinas;
  • Tiver sido sujeito a irradiação do mediastino;
  • Já tiver uma idade avançada;
  • A função hepática estiver danificada ou se a secreção biliar estiver obstruída;
  • Após o tratamento, os níveis de ácido úrico aumentarem.

Deve ser feito um controlo cuidadoso das possíveis complicações clínicas, realizando análises ao sangue, monitorizando a função cardíaca, nomeadamente através de um electrocardiograma, e vigiando os níveis das enzimas hepáticas.

A doxorrubicina pode aumentar os efeitos tóxicos de outros tratamentos contra o cancro. A dose total de doxorrubicina a administrar deverá ter em atenção a realização de tratamentos anteriores.

Se durante a injecção o líquido sair da veia, a injecção deve ser interrompida e recomeçada noutra veia. O arrefecimento da área afectada durante 24h pode reduzir o desconforto. Convém vigiar a evolução da situação pois poderá ser necessário proceder a uma intervenção cirúrgica.

Após a administração de DOXO-cell , a urina poderá ganhar uma cor vermelha.

Usar DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável com alimentos e bebidas:
Não existem recomendações especiais quanto à utilização de doxorrubicina com alimentos e bebidas.

Gravidez
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável só deve ser administrado durante a gravidez se os benefícios esperados para a mãe forem claramente superiores aos possíveis riscos para o feto. Em estudos efectuados com animais, a doxorrubicina provocou efeitos tóxicos sobre a função reprodutora.

Aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Foi relatada excreção da doxorrubicina no leite materno. Por esse motivo, o aleitamento deve ser interrompido durante o tratamento com doxorrubicina.

Condução de veículos e utilização de máquinas:
Não foram efectuados estudos sobre a capacidade da doxorrubicina interagir com a condução ou a utilização de máquinas.

Utilizar DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável com outros medicamentos: Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita medica.

DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável demonstrou interagir com:

  • Outros medicamentos do grupo das antraciclinas e outros medicamentos citotóxicos, como p. ex., o 5-fluorouracilo, ciclofosfamida ou paclitaxeI;
  • Outros medicamentos que afectem a função cardíaca, como p. ex., os antagonistas do cálcio, ou a função hepática;
  • Ciclosporina, podendo ser necessário ajustar a dose de doxorrubicina;
  • Cimetidina, porque pode levar a um aumento dos efeitos adversos da doxorrubicina;
  • Fenobarbital, porque pode levar a uma diminuição da eficácia da doxorrubicina;
  • Digoxina, porque a doxorrubicina pode diminuir a biodisponibilidade oral daquela.

A doxorrubicina potencia o efeito da radioterapia e pode, mesmo que administrada bastante tempo após a interrupção da radioterapia, provocar sintomas graves na área envolvida.

A doxorrubicina pode provocar exacerbações da cistite hemorrágica provocada por tratamento anterior com ciclofosfamida.

O tratamento com doxorrubicina pode levar a aumentos dos níveis plasmáticos de ácido úrico, pelo que pode ser necessário ajustar a dose dos fármacos anti-hiperuricémicos.

Durante o tratamento com DOXO-cell os doentes não devem ser vacinados e devem evitar o contacto com pessoas recentemente vacinadas contra a poliomielite.

Por favor note que o mesmo se pode aplicar a outros medicamentos recentemente administrados.

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Como é utilizado?

DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável só pode ser administrado por técnicos de saúde especializados, devendo o tratamento ser iniciado por um médico com experiência em oncologia. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A solução é injectada através de um catéter de escoamento livre de perfusão intravenosa durante 2-15 minutos. Esta técnica minimiza o risco de tromboflebite ou extravasamento perivenoso, que pode levar a celulite e vesicação graves.

Administração intravenosa:

A dose de doxorrubicina depende do regime posológico, estado geral e tratamentos prévios do doente.

Existem vários regimes posológicos:
A posologia recomendada é uma dose intravenosa única, ou repartida por 2-3 dias consecutivos, de 60-75-mg/m2 de superfície corporal, administrada a intervalos de 21 dias. A doentes com depressão da medula óssea deverá administrar-se a dose mais baixa.

Quando DOXO-cell é administrado em associação com outros citostáticos, a dose deve

ser reduzida para 30-60 mg/m2. No caso de doentes que não possam receber a dose completa (p. ex., em caso de imunossupressão, idade avançada) a dose alternativa é de 15-20 mg/m2 de superfície corporal, por semana.

Por forma a evitar a cardiomiopatia, a dose total vitalícia de doxorrubicina (incluindo fármacos relacionados com a daunorrubicina) não deve exceder os 450-550 mg/m2; não se devem exceder os 450 mg/m2 em caso de irradiação prévia do mediastino ou de tratamento prévio ou concomitante com outros fármacos potencialmente cardiotóxicos.

Em caso de redução da função hepática, a dose deverá ser reduzida de acordo com a tabela seguinte:

Bilirrubina sérica Dose recomendada 20 50 micromoleL da dose normal 50 micromoleL da dose normal

Em caso de insuficiência rena1 com taxa de filtração glomerular inferior a 10 ml/min deverão ser administrados 75% da dose calculada.

Nas crianças a posologia poderá ter que ser reduzida. Por favor consultar os protocolos terapêuticos e a literatura especializada.

Administração intravesical:
DOXO-cell pode ser administrado através de instilação intravesical para o tratamento do cancro superficial da bexiga e para prevenir recidivas após uma ressecção transuretral (T. U. R.). A dose recomendada para o tratamento intravesical do cancro superficial da bexiga é de 30?50 mg em 25-50 ml de soro fisiológico por instilação. A concentração óptima é de cerca de 1 mg/ml. A solução deve permanecer na bexiga durante 1-2 horas. Durante este período, o doente deverá ser voltado 90º a cada 15 minutos. Para evitar uma diluição indesejável com urina, o doente deve ser informado que não deve beber nada num período de 12 horas antes da instilação (isto deve reduzir a produção de urina para cerca de 50 ml/h). A instilação pode ser repetida com um intervalo de uma semana a um mês, dependendo se o tratamento é terapêutico ou profilático.

Controlo do tratamento
Antes de começar o tratamento é recomendada a avaliação da função hepática através do uso de testes convencionais, tais como AST, ALT, ALP e bilirrubina, bem como da função renal.

Controlo da função ventricular esquerda:

De modo a optimizar a condição cardíaca do doente, deve ser analisada a fracção de ejecção do ventrículo esquerdo (LVEF) através de ultra-sons ou cintigrafia cardíaca. Este controlo deve ser realizado antes de se iniciar o tratamento e após cada dose acumulada de aproximadamente 100 mg/m2.

Se usar mais DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável do que deveria:
Uma sobredosagem aguda com doxorrubicina pode conduzir a mielossupressão (especialmente leucopénia e trombocitopénia), gera1mente 10-14 dias após a sobredosagem, efeitos tóxicos gastrointestinais (em particular mucosite) e efeitos cardíacos agudos que podem ocorrer no intervalo de 24h. O tratamento contempla antibióticos via intravenosa, transfusão de granulócitos e trombócitos e o tratamento dos sintomas gastrointestinais e cardíacos. Deve ser ponderada a transferência do doente para um ambiente estéril e o uso de um factor de crescimento hematopoiético. Doses únicas de 250 mg e 500 mg de doxorrubicina demonstraram ser fatais.
A sobredosagem crónica, com doses cumulativas que excedam os 550 mg/m2, aumenta

  • risco de cardiomiopatia e pode conduzir a insuficiência cardíaca, a qual deve ser tratada da forma convencional. Até seis meses após a sobredosagem pode ocorrer insuficiência cardíaca retardada.

Caso se tenha esquecido de tomar DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável: Não aplicável. DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável deve ser administrado por técnicos especializados.

Efeitos da interrupção do tratamento com DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável; Não aplicável. DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável deve ser administrado por técnicos especializados.

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Quais são os possíveis efeitos secundários?

O tratamento com doxorrubicina causa frequentemente efeitos indesejáveis e alguns desses efeitos são suficientemente graves para exigir uma cuidadosa vigilância do doente. A frequência e o tipo de efeitos indesejáveis são influenciados pela velocidade da administração e pela dose. A supressão da medula óssea é uma reacção adversa aguda e limitante da dose, mas é na maioria das vezes transitória. As consequências clínicas da supressão da medula óssea/toxicidade hematológica podem traduzir-se como febre, infecções, sepsis/septicémia, choque séptico, hemorragias, hipóxia tecidular ou morte. Observam-se náuseas e vómitos, bem como alopécia, em quase todos os doentes.

Comuns 1100 Menos comuns Sangue supressão da medula óssea. Circulação Cardiomiopatia 2 p. ex., diminuição da LVEF, dispneia, alterações no ECG p. ex., taquicardia sinusal, taquiarritmia, taquicardia ventricular, bradicardia, bloqueio do ramo. GI Náuseas, vómitos, mucosite, anorexia, diarreia. Pele Alopécia. Outros Podem ocorrer reacções locais cistite química no tratamento intravesical. GI Em associação com a citarabina, foram reportadas ulcerações e

Raros 11000 necroses do cólon, em particular do ceco. Geral Reacções anafiláticas, tremores, febre, tonturas. Pele Urticária, exantema, reacções eritematosas locais ao longo da veia que foi usada para a injecção, hiperpigmentação da pele e das unhas e onicólise. Olhos Conjuntivite

Sangue:
A supressão máxima de medula óssea ocorre ao fim de 10-14 dias, mas a contagem de glóbulos brancos e vermelhos (parâmetros hematológicos) está frequentemente normalizada após 21 dias.
Deve ser considerada uma redução da dose ou um aumento do intervalo entre as administrações se os parâmetros hematológicos não normalizarem. Deve instituir-se monitorização hematológica regular quer nas condições hematológicas quer nas não-hematológicas. Em doentes simultaneamente tratados com doxorrubicina e medicamentos anti-neoplásicos que danificam o ADN, foi raramente reportada leucemia mielóide aguda secundária (AML), com ou sem uma fase pré-leucémica. Estes casos podem ter um período de latência curto, de 1-3 anos.

Circulação:
A cardiotoxicidade pode manifestar-se como taquicardia, incluindo taquicardia supraventricular e alterações do ECG. A cardiomiopatia pode manifestar-se muito tempo depois da interrupção do tratamento e é de natureza grave. É frequentemente caracterizada por uma diminuição da LVEF, uma diminuição da amplitude da onda QRS, e por uma rápida dilatação do coração, que frequentemente não responde ao tratamento com medicamentos com efeito inotrópico. Alterações transitórias agudas no ECG que ocorrem em ligação directa com a administração ou algumas horas depois, são, na maioria dos casos, reversíveis e normalmente desprovidas de significado clínico.

GI:
Ocorrem frequentemente náuseas e vómitos durante as primeiras 24 horas após a administração. Pode
ocorrer mucosite (estomatite e esofagite) 5-10 dias após a administração, sendo mais frequente e
grave quando é aplicada a terapia que envo1ve tratamentos durante três dias consecutivos. Têm sido reportadas ulcerações e necroses do cólon, em especial do ceco, resultando em hemorragias e infecções graves, por vezes fatais, em doentes com leucemia não linfocítica aguda que foram tratados durante três dias consecutivos com a associação de doxorrubicina e citarabina. Também se registou hiperpigmentação da mucosa oral.

Pele:
A alopécia é dependente da dose e reversível na maioria dos casos. Fotossensibilização, "radiation recall reaction".
O extravasamento pode levar a celulite grave, vesicação e necrose tecidular local que pode exigir intervenções cirúrgicas (incluindo transplante de pele).

Outros efeitos secundários:
Hiperuricémia, broncospasmo, amenorreia, aumento transitório das enzimas hepáticas.

Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

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Como deve ser guardado?

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Armazenar a 2ºC ? 8ºC (num frigorífico).

Depois de reconstituída com soro fisiológico ou solução glucosada a 50 mg/ml, a solução deve ser utilizada imediatamente. Caso tal não seja possível, não se deve exceder o período de 24h a 2-8°C.

Não utilize DOXO-cell 2 mg/ml solução injectável após expirar o prazo de validade indicado na embalagem.

Este folheto foi aprovado pela ultima vez em
Janeiro de 2005.

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