Fauldoxo

Fauldoxo
Substância(s) ativa(s)Doxorubicina
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoHospira Portugal, Lda.
Código ATCL01DB01
Grupos farmacológicosAntibióticos citotóxicos e substâncias afins

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

O Fauldoxo
®tem sido usado com sucesso no tratamento de diversas neoplasias, do adulto e crianças, nomeadamente:
Carcinoma da mama
Carcinoma do pulmão
Tumores ginecológicos (carcinoma do ovário e endométrio) Cancro das células transição da bexiga
Leucemias
Linfoma não-Hodgkin
Linfoma de Hodgkin
Sarcomas dos tecidos moles
Osteosarcoma
Carcinoma da tiróide
Carcinoma do estômago
Carcinoma hepatocelular primário
Carcinoma testicular não-seminomatoso

A Doxorrubicina pode ser utilizada no tratamento primário do carcinoma não metastático da bexiga (Tis, T1 e T2), administrada por via vesical.

O que deve considerar antes de usar?

Não utilize Doxorrubicina:

Hipersensibilidade conhecida à Doxorrubicina, outras antraciclinas e aos hidroxibenzoatos, bem como aos excipientes)
Doentes com acentuada mielossupressão, ulceração bucal ou sensação de queimadura na boca, a qual pode preceder a ulceração.
Doentes com insuficiência cardíaca de grau IV, enfarte de miocárdio recente, arritmias graves.
Doentes que receberam previamente dose cumulativa completa de Doxorrubicina e Daunorubicina.

Tome especial cuidado:

Fauldoxo

®
deve ser usado somente por médicos especialistas em quimioterapia antineoplásica.
O tratamento inicial com Doxorrubicina requer uma observação cuidada do doente e extensa monitorização laboratorial
Recomenda-se, acentuadamente, que os doentes sejam hospitalizados durante a primeira fase do tratamento. A contagem sanguínea e os testes da função hepática devem ser realizados antes de cada tratamento com a Doxorrubicina

Cardiotoxicidade: deve-se prestar atenção especial à cardiotoxicidade da Doxorrubicina, a qual se pode apresentar como taquicárdia ou aparecimento de alterações no ECG, inclusive taquicárdia supraventricular. Ainda que rara, já tem ocorrido insuficiência cardíaca grave sem prévios sinais de alteração no ECG. Recomenda-se que a dose cumulativa total, durante a vida, de Doxorrubicina (incluindo fármacos afins, tais como a Daunorubicina) não exceda 450 - 550 mg/m2de superfície corporal. Acima destas dosagens aumenta significativamente o risco de falha cardíaca congestiva irreversível. O risco de cardiotoxicidade pode aumentar em doentes previamente tratados com irradiação do mediastino ou pericárdio, em doentes previamente tratados com outras antraciclinas e/ou antracenedionas, ou doentes com histórico de doença cardíaca. A dose total de Doxorrubicina administrada a um doente deve ter em consideração a terapia prévia ou concomitante de outros agentes cardiotóxicos, tais como dose elevadas de Ciclofosfamida IV, irradiação do mediastino ou compostos antraciclínicos tais como a Daunorrubicina.

Pode-se verificar insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia várias semanas após paragem da terapia com Doxorrubicina, e portanto deve se tomado especial cuidado no caso de doentes com doentes com doença cardíaca associada.

A insuficiência cardíaca muitas vezes não reage favoravelmente aos medicamentos ou terapia física disponível para suporte cardíaco. Para que um tratamento com digitálicos, diuréticos, dieta hipossalina e repouso, seja bem sucedido, parece essencial um
diagnóstico precoce de insuficiência cardíaca provocada pela fármaco. Pode ocorrer repentinamente, sem alterações prévias de ECG, cardiotoxicidade grave. Deve-se ter a precaução de verificar o ECG antes do tratamento, e periodicamente durante o tratamento, logo após as administrações. Alterações no ECG tais como depressão ou negativa onda T, diminuição do

segmento ST ou arritmias são geralmente sinais de efeito tóxico agudo mas transitório (reversível) e não são consideradas indicações para suspensão da terapia com Doxorrubicina. No entanto, a redução na amplitude da onda QRS e

  • prolongamento do intervalo sistólico são considerados mais indicativos de cardiotoxicidade induzida pela antraciclina Se tal ocorrer, deve-se avaliar cuidadosamente se o benefício de continuar a terapia se sobrepõe ao risco de causar dano cardíaco irreversível. O risco de cardiotoxicidade poderá ser maior em doentes anteriormente tratados com antraciclinas.

O melhor predicador de cardiomiopatia é a redução na fracção de ejecção ventricular esquerda (LVEF) determinada por ultra-sons ou cintigrafia cardíaca. Investigações de LVEF são altamente recomendadas antes do tratamento e repetidas após cada dose acumulada de cerca de 100 mg/m2e em sinais clínicos de insuficiência cardíaca. Como regra, uma diminuição absoluta com uma diminuição absoluta ? 10% ou uma diminuição abaixo de 50% em doentes com valores de LVEF iniciais normais, é um sinal de pioria da função cardíaca. O tratamento continuado com Doxorrubicina deve, nestes casos, ser cuidadosamente avaliado.

A insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia podem ocorrer mesmo anos depois da descontinuação da terapia por Doxorrubicina.

A função cardíaca deverá ser verificada antes do inicio do tratamento e cuidadosamente monitorizada durante o período total do tratamento.

Mielossupressão: verificar-se uma alta incidência de depressão medular, principalmente a nível dos leucócitos, que requer monitorização hematológica. Com o esquema posológico recomendado, a leucopénia é geralmente transitória, alcançando o seu nadir nos dias 10-14 após o tratamento, com recuperação cerca do 21º dia. São de esperar contagens leucocitárias da ordem dos 1000/mm3, durante o tratamento com as doses recomendadas de Doxorrubicina. Também se devem efectuar contagens de eritrócitos e plaquetas. A hemotoxicidade pode requerer redução da dose ou supressão ou atraso da terapêutica com Doxorrubicina.

Mielossupressão grave: uma mielossupressão grave e persistente pode resultar em superinfecção ou hemorragia.

Imunodepressão: a Doxorrubicina é um poderoso agente imunodepressor, embora temporário. Por isso devem ser tomadas medidas adequadas para evitar uma infecção secundária à terapia.

Toxicidade aumentada: tem sido referido que a Doxorrubicina pode intensificar a gravidade da toxicidade das terapêuticas antineoplásicas, tais como a cistite hemorrágica provocada pela ciclofosfamida, a mucosite induzida pela radioterapia e a hepatotoxicidade causada pela 6-mercaptopurina.

Infertilidade:a Doxorrubicina pode provocar infertilidade durante o tratamento.

Ainda que a ovulação e menstruação pareçam voltar após o terminus da terapia, não há informação suficiente sobre a restauração da fertilidade masculina.

Insuficiência hepática: a toxicidade às doses recomendadas de Doxorrubicina é intensificada por insuficiência hepática. Recomenda-se a avaliação da função hepática antes de estabelecer a dose individual. Usam-se exames laboratoriais convencionais, tais como AST, ALT, fosfatase alcalina, bilirrubina e BSP. Se necessário, as dosagens devem ser reduzidas de acordo com os resultados obtidos.

Extravasamento: ao administrar a Doxorrubicina o aparecimento de uma sensação de queimadura significa extravasamento, pelo que a injecção ou perfusão deve ser imediatamente suspensa, sendo a administração recomeçada noutra veia, mesmo que volte a verificar-se o aparecimento de sangue por aspiração através da agulha. Em caso de extravasamento e após interrupção do tratamento, aplicar blocos de gelo no local da injecção. A injecção local de Dexametasona ou Hidrocortisona pode ser útil para minimizar a necrose tecidular local. Pode, também, ser aplicado um creme de Hidrocortisona a 1%, no local.

Não conduza nem utilize máquinas:

A Doxorrubicina pode causar tonturas. Se afectados, os doentes não devem conduzir nem efectuar outras actividades que os coloquem a eles e a outros em risco.

Informações importantes sobre alguns ingredientes de Doxorrubicina:A Doxorrubicina não deve ser misturada com Heparina, uma vez que estes dois fármacos são incompatíveis (formação de precipitado). Aliás, até que existam dados de compatibilidade conclusivos, desaconselha-se a mistura da Doxorrubicina com quaisquer outras fármacos.

A Doxorrubicina pode aumentar a gravidade da toxicidade de outras terapias antineoplásicas, tais como a Ciclofosfamida (ver secção 4.4.)

Doentes tomando concomitantemente Doxorrubicina e ciclosporina deverão ser cuidadosamente monitorizados por efeitos colaterais neurológicos.

Como é utilizado?

Quando a Doxorrubicina for utilizada como agente único, o esquema posológico recomendado é de 60-75 mg/m2 de superfície corporal, numa única injecção intravenosa administrada a intervalos de 21 dias. Se para calcular a dose se usar o peso corporal, então recomendam-se doses de 1,2 - 2,4 mg/kg.

A administração de uma dose única de Doxorrubicina, cada 3 semanas, reduz significativamente o seu efeito tóxico, a mucosite. No entanto, há alguns

regimes em que esta dose é dividida por três dias sucessivos (20 - 25 mg/m2ou 0,4 - 0,8 mg/kg). Pensa-se que este esquema tem maior eficiência mas a

custo de uma maior toxicidade.

A administração de Doxorrubicina, num regime semanal demonstrou ser tão eficaz como um regime de 3 semanas. A posologia recomendada é de 20 mg//m2uma vez por semana, no entanto as respostas objectivas têm sido observadas a 6 ? 12 mg/ m2 . Este regime semanal, também reduz a incidência de cardiotoxicidade.

É de particular importância a redução da dose de Doxorrubicina se usada em associação com outros fármacos com um perfil de toxicidade semelhante. A dose limite acumulada recomendada é de 450 ? 550 mg de Cloridrato de Doxorrubicina/ m2 de área corporal.

Recomenda-se que a Doxorrubicina seja administrada lentamente, no tubo de um sistema de perfusão intravenosa, de escoamento livre, contendo uma solução injectável de Cloreto de Sódio a 0,9% ou de solução injectável de Dextrose a 5%. O sistema deve estar ligado a uma agulha Butterfly introduzida, de preferência, numa veia grossa. A velocidade de administração depende do tamanho da veia e da dose. Contudo, a dose deve ser administrada em tempo inferior a 3-5 minutos.

A administração de uma perfusão intravenosa lenta não é recomendada devido ao risco tecidular se a perfusão se infiltrar nos tecidos. Se se usar um catéter numa veia central, recomenda-se a perfusão da Doxorrubicina em solução injectável de Cloreto de sódio a 0,9%.

A Doxorrubicina não deve ser misturada com heparina, já que há relatos de estes fármacos são incompatíveis, pelo que pode haver precipitação. Não havendo dados específicos de compatibilidade disponíveis, a Doxorrubicina não deve ser misturada com outros fármacos.

Agente único, em ciclo cada 3 semanas:

Quando a Doxorrubicina for utilizada como agente único, o esquema posológico recomendado é de 60 - 75 mg/m2de superfície corporal, numa única injecção intravenosa administrada a intervalos de 21 dias. Se para calcular a dose se usar o peso corporal, então recomendam-se doses de 1,2 - 2,4 mg/kg.
A dose mais baixa destina-se a doentes com reservas insuficientes de medula, devidas por exemplo a idade avançada, terapia anterior ou infiltração neoplásica da medula.

Terapêutica combinada

Para doentes nos quais a Doxorrubicina faz parte de esquemas de quimioterapia combinada, com agentes antineoplásicos com potencial aumento da toxicidade, recomenda-se um esquema posológico alternativo de 30 ? 60 mg/m2 de superfície corporal, a cada três semanas.
É particularmente importante reduzir a dose de Doxorrubicina se esta for utilizada em combinação com outros fármacofármacos que tenham um perfil toxicológico similar.


Fraccionamento da dose
Tem sido demonstrado que a Doxorrubicina administrada como dose única, cada três semanas reduz significativamente o efeito tóxico da mucosite. No entanto, há algumas posologias que dividem a dose durante três dias

sucessivos (20-25 mg/m2ou 0,4-0,8 mg/kg). Pensa-se que este regime aumenta a eficácia, contudo a custo de uma maior toxicidade.

Regimens de administração semanal

A administração da Doxorrubicina uma vez por semana demonstrou ser tão eficaz como o esquema de uma administração de três vezes por semana. A

Dosagem recomendada é de 20 mg/ m2 uma vez por semana, no entanto as respostas objectivas foram observadas a 6 - 12 mg/m2. O esquema de administração uma vez por semana reduziu a incidência de cardiotoxicidade.

Dose cumulativa

É muito importante reduzir a dose de Doxorrubicina quando esta é associada outros fármacos com um perfil de toxicidade semelhante. A dose limite cumulativa, recomendada por período de vida, é de 450- 550 mg de cloridrato de Doxorrubicina/m2 de superfície corporal.

Esquemas intensivos

No tratamento de leucemias agudas, o objectivo terapêutico é a aplasia da medula óssea e usam-se esquemas intensivos de quimioterapia combinada. Nestas situações, a dose recomendada de Doxorrubicina é de 2,4 mg/kg de peso (cerca de 75-90 mg/m2) divididos por três dias sucessivos (um ciclo). O intervalo e dose do segundo ciclo deve ser determinado pelo estado da medula óssea e figuras sanguíneas periféricas. O intervalo entre os ciclos deve ser de pelo menos 10 dias.

Administração intravesical:
Esta técnica deve ser usada para o tratamento do carcinoma das células de transição, tumores papilares e carcinoma da bexiga. Não deve ser usada para tumores invasivos da bexiga que tenham penetração da parede da bexiga.

Recomenda-se o seguinte procedimento:

  • doente deve serinstruído no sentido de beber líquidos nas 12 horas antes do exame A bexiga deve ser cateterizada e esvaziada. Dissolver 50 mg de Doxorrubicina em 50 ml de soro fisiológico. Instilar a solução obtida, na bexiga, através do cateter. Após a instilação, o catéter deve ser removido e o doente instruído no sentido de se deitar de lado, e de se virar para o lado oposto de 15 em 15 minutos, durante o período de 1 hora. O doente deve ser avisado de que não pode urinar durante o referido período (1 hora), após o qual a bexiga pode ser esvaziada. Este procedimento deve ser repetido a intervalos de um mês.


Administração intra-arterial

A Doxorrubicina pode também ser administrada por via intra-arterial na tentativa de produzir uma actividade local intensa com redução da toxicidade geral nos doentes com carcinoma hepatocelular. Dado que esta técnica é potencialmente perigosa e pode originar necroses disseminadas nos tecidos perfundidos, a administração intra-arterial deve ser efectuada por médicos que estão bem treinados nesta técnica de administração.

Crianças:

Os esquemas posológicos referidos para os adultos, podem ser utilizados em pediatria, contudo pode haver necessidade de em alguns casos reduzir as doses. A dose cumulativa no período de vida deve ser de 400 mg de Cloridrato de Doxorrubicina/m2 de superfície corporal

Idosos:

Deve-se fazer o ajustamento da dose total tendo em conta a condição física do doente idoso. Recomenda-se que a dose total cumulativa de Doxorrubicina,

para doentes com 70 anos ou mais, seja limitada a 450mg/m2de superfície corporal. As doses para adultos são adequadas para os idosos contudo poderá haver situações que requeiram redução das mesmas.

Doentes com insuficiência hepática:

A Doxorrubicina é metabolizada no fígado e excretada na bílis. Uma insuficiência hepática resulta em excreção mais lenta e consequente aumento de retenção e acumulação do fármaco no plasma e tecidos, o que provoca um aumento de toxicidade. No caso de insuficiência hepática a dose de Fauldoxo®deve ser reduzida de acordo com o seguinte esquema:

Retenção 12 da dose Bilirrubina sérica de BSP Dose recomendada 20-50 mmol1 9 15 normal Acima de 50 mmol1 Acima de 15 14 da dose normal

Doentes com insuficiência renal:

Não há indicações claras de que a farmacocinética ou a toxicidade da Doxorrubicina seja alterada em doentes com insuficiência renal, uma vez que a Doxorrubicina e os seus metabolitos sofrem uma reduzida excreção urinária.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como os demais medicamentos, a Doxorrubicina pode ter efeitos secundários.

Se ocorrer qualquer um dos seguintes, informe o seu médico imediatamente

Cardiovasculares: cardiotoxicidade, sob a forma de cardiomiopatia, insuficiência cardíaca congestiva, alterações do ECG incluindo taquicárdia

supraventricular.
Falha cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia pode ocorrer mesmo alguns anos após a descontinuação da terapêutica com Doxorrubicina.

Dermatológicos: por vezes resultantes do extravasamento da fármaco, manifestando-se sob a forma de necrose cutânea, celulite, vesicação, flebite. Aparecimento de faixa eritematosa ao longo da veia próxima do local da injecção, fleboesclerose. Alopécia reversível, incluindo interrupção do crescimento de barba. Urticária, hiperpigmentação das unhas, rugas. Recuperação de reacção por radiação (seguida à administração de Doxorrubicina após prévia radioterapia).
As reacções dermatológicas ocorrem principalmente nas crianças..

Gastro-intestinais: náuseas e vómitos, diarreia, mucosite (estomatite e esofagite), diarreia e anorexia . A mucosite é um efeito secundário frequente e doloroso, do tratamento com Doxorrubicina, que se desenvolve 5 a 10 dias após o tratamento, e que começa, tipicamente, com uma sensação de queimadura na boca e faringe. A mucosite pode atingir a vagina, o recto, o esófago, e a ulceração pode originar infecção secundária, desaparecendo geralmente em 10 dias. Um estudo retrospectivo da incidência de mucosite sugere que esta é menos frequente quando o intervalo entre as doses aumenta. A mucosite pode ser grave em doentes submetidos previamente a irradiação das mucosas.

Hematológicos: mielossupressão e leucopénia.
A mielosupressão é mais comum nos doentes que se submeteram a radioterapia extensa, infiltração óssea do tumor, insuficiência hepática e simultaneamente tratamento com outros agentes mielosupressores. As consequências clinicas da toxicidade hematológica/medula óssea da Doxorrubicina podem ser febre, infecções, sépsis/septicémia, choque séptico, hemorragias, hipoxia tecidular ou morte.

Gerais: desidratação, rubor facial (se a injecção for demasiado rápida). Aparecimento de coloração avermelhada na urina, resultante da administração do fármaco. Arrepios e febre, anorexia, anafilaxia

Sistema nervoso: sonolência.

Oculares: conjuntivite, aumento da lacrimação.

Renais: alterações da função renal.

Sistema reprodutor e distúrbios da mama:infertilidade

Neoplasmas benignos, malignos e inespecíficos: a leucemia secundária tem sido raramente reportada com o tratamento com a Doxorrubicina e agentes alquilantes.

Distúrbios do sistema imunitário:anafilaxia

Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Proteger da luz, armazenar entre 2-8ºC. As porções remanescentes de frascos abertos ou as infusões preparadas por diluição, devem ser guardadas entre 2-8ºC, por um período máximo de 24 horas.
A solução de Doxorrubicina a 2mg/ml, mantida em seringas de polipropileno (Terumo), à temperatura ambiente, é estável durante um período de 48 horas.

Data de preparação

Fevereiro de 2005

Por favor corte aqui -------------------------------------------------------------------------------------

®

Fauldoxo

(Doxorrubicina)

Folheto técnico

Este é um extracto do Resumo de Características do Medicamento para ajudar na administração de Doxorrubicina. O utilizador deve ter experiência na manipulação e utilização de agentes citotóxicos e estar familiarizado com todo o conteúdo do RCM. Deve também fazer-se referência às directrizes de política local quanto à manipulação segura de agentes citotóxicos.

Para perfusão intravenosa

Incompatibilidades

A Doxorrubicina é incompatível com a Heparina, originando a formação de um precipitado. Pode também ser incompatível com o alumínio, com a aminofilina, a cefalotina sódica, a dexametasona, o fluorouracilo e a hidrocortisona.

Instruções de preparação

A Doxorrubicina só deve ser administrada sob supervisão de um médico com experiência no uso de agentes quimioterapêuticos.
O tratamento inicial com Doxorrubicina requer uma observação cuidadosa do doente e um rigoroso controle laboratorial.

Recomenda-se que os doentes sejam hospitalizados, pelo menos na primeira fase do tratamento. Antes de cada tratamento com Doxorrubicina devem-se efectuar contagens de glóbulos e testes de função hepática.
Quando a Doxorrubicina é utilizada por administração intravesical, recomenda-se proceder mensalmente a exames citológicos a intervalos regulares.
A possibilidade de ocorrer infiltração pervenças será reduzida se houver um cuidado especial na administração da Doxorrubicina. Também diminuirão probabilidades de reacções locais, tais como urticária e estrias eritematosas.
A perfusão intravenosa não é aconselhada devido aos danos que pode causar nos tecidos, se ocorrer infiltração da solução de perfusão. No entanto, se for usado um cateter introduzido numa veia central, é aconselhável utilizar uma perfusão de Doxorrubicina em solução de NaCI a 0,9%. Esta solução é quimicamente estável durante sete dias, quando conservada à temperatura de 2-8ºC, ao abrigo da luz.

Posologia e administração

Quando a Doxorrubicina for utilizada como agente único, o esquema posológico recomendado é de 60-75 mg/m2de superfície corporal, numa única injecção intravenosa administrada a intervalos de 21 dias. Se para calcular a dose se usar o peso corporal, então recomendam-se doses de 1,2 - 2,4 mg/kg.

A administração de uma dose única de Doxorrubicina, cada 3 semanas, reduz significativamente o seu efeito tóxico, a mucosite. No entanto, há alguns regimes em

que esta dose é dividida por três dias sucessivos (20 - 25 mg/m2 ou 0,4 - 0,8 mg/kg). Pensa-se que este esquema tem maior eficiência mas a custo de uma maior toxicidade.

A administração de Doxorrubicina, num regime semanal demonstrou ser tão eficaz como um regime de 3 semanas. A posologia recomendada é de 20 mg/m2 uma vez por semana, no entanto as respostas objectivas têm sido observadas a 6 ? 12 mg/ m2. Este regime semanal, também reduz a incidência de cardiotoxicidade.

É de particular importância a redução da dose de Doxorrubicina se usada em associação com outros fármacos com um perfil de toxicidade semelhante. A dose limite acumulada recomendada é de 450 ? 550 mg de Cloridrato de Doxorrubicina/ m2de área corporal.

Recomenda-se que a Doxorrubicina seja administrada lentamente, no tubo de um sistema de perfusão intravenosa, de escoamento livre, contendo uma solução injectável de Cloreto de Sódio a 0,9% ou de solução injectável de Dextrose a 5%. O sistema deve estar ligado a uma agulha Butterfly introduzida, de preferência, numa veia grossa. A velocidade de administração depende do tamanho da veia e da dose. Contudo, a dose deve ser administrada em tempo inferior a 3-5 minutos.

A administração de uma perfusão intravenosa lenta não é recomendada devido ao risco tecidular se a perfusão se infiltrar nos tecidos. Se se usar um catéter numa veia central, recomenda-se a perfusão da Doxorrubicina em solução injectável de Cloreto de sódio a 0,9%.

A Doxorrubicina não deve ser misturada com heparina, já que há relatos de estes fármacos são incompatíveis, pelo que pode haver precipitação. Não havendo dados específicos de compatibilidade disponíveis, a Doxorrubicina não deve ser misturada com outros fármacos.

Agente único, em ciclo cada 3 semanas:
Quando a Doxorrubicina for utilizada como agente único, o esquema posológico recomendado é de 60 - 75 mg/m2de superfície corporal, numa única injecção intravenosa administrada a intervalos de 21 dias. Se para calcular a dose se usar o peso corporal, então recomendam-se doses de 1,2 - 2,4 mg/kg.
A dose mais baixa destina-se a doentes com reservas insuficientes de medula, devidas por exemplo a idade avançada, terapia anterior ou infiltração neoplásica da medula.

Terapêutica combinada

Para doentes nos quais a Doxorrubicina faz parte de esquemas de quimioterapia combinada, com agentes antineoplásicos com potencial aumento da toxicidade, recomenda-se um esquema posológico alternativo de 30 ? 60 mg/m2de superfície corporal, a cada três semanas.
É particularmente importante reduzir a dose de Doxorrubicina se esta for utilizada em combinação com outros fármacofármacos que tenham um perfil toxicológico similar.

Fraccionamento da dose

Tem sido demonstrado que a Doxorrubicina administrada como dose única, cada três semanas reduz significativamente o efeito tóxico da mucosite. No entanto, há algumas

posologias que dividem a dose durante três dias sucessivos (20-25 mg/m2 ou 0,4-0,8 mg/kg). Pensa-se que este regime aumenta a eficácia, contudo a custo de uma maior toxicidade.

Regimens de administração semanal

A administração da Doxorrubicina uma vez por semana demonstrou ser tão eficaz como o esquema de uma administração de três vezes por semana. A Dosagem

recomendada é de 20 mg/ m2uma vez por semana, no entanto as respostas objectivas foram observadas a 6 - 12 mg/m2. O esquema de administração uma vez por semana reduziu a incidência de cardiotoxicidade.

Dose cumulativa

É muito importante reduzir a dose de Doxorrubicina quando esta é associada outros fármacos com um perfil de toxicidade semelhante. A dose limite cumulativa, recomendada por período de vida, é de 450- 550 mg de cloridrato de Doxorrubicina/m2de superfície corporal.

Esquemas intensivos

No tratamento de leucemias agudas, o objectivo terapêutico é a aplasia da medula óssea e usam-se esquemas intensivos de quimioterapia combinada. Nestas situações, a dose recomendada de Doxorrubicina é de 2,4 mg/kg de peso (cerca de 75-90 mg/m2) divididos por três dias sucessivos (um ciclo). O intervalo e dose do segundo ciclo deve ser determinado pelo estado da medula óssea e figuras sanguíneas periféricas. O intervalo entre os ciclos deve ser de pelo menos 10 dias.


Administração intravesical
:
Esta técnica deve ser usada para o tratamento do carcinoma das células de transição, tumores papilares e carcinoma da bexiga. Não deve ser usada para tumores invasivos da bexiga que tenham penetração da parede da bexiga.

Recomenda-se o seguinte procedimento:

  • doente deve ser instruído no sentido de beber líquidos nas 12 horas antes do exame A bexiga deve ser cateterizada e esvaziada. Dissolver 50 mg de Doxorrubicina em 50 ml de soro fisiológico. Instilar a solução obtida, na bexiga, através do cateter. Após a instilação, o catéter deve ser removido e o doente instruído no sentido de se deitar de lado, e de se virar para o lado oposto de 15 em 15 minutos, durante o período de 1 hora. O doente deve ser avisado de que não pode urinar durante o referido período (1 hora), após o qual a bexiga pode ser esvaziada. Este procedimento deve ser repetido a intervalos de um mês.

Administração intra-arterial

A Doxorrubicina pode também ser administrada por via intra-arterial na tentativa de produzir uma actividade local intensa com redução da toxicidade geral nos doentes com carcinoma hepatocelular. Dado que esta técnica é potencialmente perigosa e pode originar necroses disseminadas nos tecidos perfundidos, a administração intra-arterial deve ser efectuada por médicos que estão bem treinados nesta técnica de administração.

Duração do tratamento:

Variável com a situação e o protocolo clínico utilizado.

Populações especiais:


Crianças:
Os esquemas posológicos referidos para os adultos, podem ser utilizados em pediatria, contudo pode haver necessidade de em alguns casos reduzir as doses. A dose cumulativa no período de vida deve ser de 400 mg de Cloridrato de Doxorrubicina/m2 de superfície corporal

Idosos:

Deve-se fazer o ajustamento da dose total tendo em conta a condição física do doente idoso. Recomenda-se que a dose total cumulativa de Doxorrubicina, para doentes

com 70 anos ou mais, seja limitada a 450mg/m2 de superfície corporal. As doses para adultos são adequadas para os idosos contudo poderá haver situações que requeiram redução das mesmas.

Doentes com insuficiência hepática:

A Doxorrubicina é metabolizada no fígado e excretada na bílis. Uma insuficiência hepática resulta em excreção mais lenta e consequente aumento de retenção e acumulação do fármaco no plasma e tecidos, o que provoca um aumento de toxicidade. No caso de insuficiência hepática a dose de Fauldoxo® deve ser reduzida de acordo com o seguinte esquema:

Retenção Dose recomendada Bilirrubina sérica de BSP 20-50 mmol1 9 15 12 da dose normal Acima de Acima de 50 mmol1 15 14 da dose normal

Doentes com insuficiência renal:
Não há indicações claras de que a farmacocinética ou a toxicidade da Doxorrubicina seja alterada em doentes com insuficiência renal, uma vez que a Doxorrubicina e os seus metabolitos sofrem uma reduzida excreção urinária.

Advertências e precauções especiais de utilização

Fauldoxo

®
deve ser usado somente por médicos especialistas em quimioterapia antineoplásica.
O tratamento inicial com Doxorrubicina requer uma observação cuidada do doente e extensa monitorização laboratorial
Recomenda-se, acentuadamente, que os doentes sejam hospitalizados durante a primeira fase do tratamento. A contagem sanguínea e os testes da função hepática devem ser realizados antes de cada tratamento com a Doxorrubicina

Cardiotoxicidade: deve-se prestar atenção especial à cardiotoxicidade da Doxorrubicina, a qual se pode apresentar como taquicárdia ou aparecimento de alterações no ECG, inclusive taquicárdia supraventricular. Ainda que rara, já tem ocorrido insuficiência cardíaca grave sem prévios sinais de alteração no ECG. Recomenda-se que a dose cumulativa total, durante a vida, de Doxorrubicina

(incluindo fármacos afins, tais como a Daunorubicina) não exceda 450 - 550 mg/m2 de superfície corporal. Acima destas dosagens aumenta significativamente o risco de falha cardíaca congestiva irreversível. O risco de cardiotoxicidade pode aumentar em doentes previamente tratados com irradiação do mediastino ou pericárdio, em doentes previamente tratados com outras antraciclinas e/ou antracenedionas, ou doentes com histórico de doença cardíaca. A dose total de Doxorrubicina administrada a um doente deve ter em consideração a terapia prévia ou concomitante de outros agentes cardiotóxicos, tais como dose elevadas de Ciclofosfamida IV, irradiação do mediastino ou compostos antraciclínicos tais como a Daunorrubicina.

Pode-se verificar insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia várias semanas após paragem da terapia com Doxorrubicina, e portanto deve se tomado especial cuidado no caso de doentes com doentes com doença cardíaca associada.

A insuficiência cardíaca muitas vezes não reage favoravelmente aos medicamentos ou terapia física disponível para suporte cardíaco. Para que um tratamento com digitálicos, diuréticos, dieta hipossalina e repouso, seja bem sucedido, parece essencial um
diagnóstico precoce de insuficiência cardíaca provocada pela fármaco. Pode ocorrer repentinamente, sem alterações prévias de ECG, cardiotoxicidade grave. Deve-se ter a precaução de verificar o ECG antes do tratamento, e periodicamente durante o tratamento, logo após as administrações.
Alterações no ECG tais como depressão ou negativa onda T, diminuição do segmento ST ou arritmias são geralmente sinais de efeito tóxico agudo mas transitório (reversível) e não são consideradas indicações para suspensão da terapia com Doxorrubicina. No entanto, a redução na amplitude da onda QRS e o prolongamento do intervalo sistólico são considerados mais indicativos de cardiotoxicidade induzida pela antraciclina
Se tal ocorrer, deve-se avaliar cuidadosamente se o benefício de continuar a terapia se sobrepõe ao risco de causar dano cardíaco irreversível.
O risco de cardiotoxicidade poderá ser maior em doentes anteriormente tratados com antraciclinas.

O melhor predicador de cardiomiopatia é a redução na fracção de ejecção ventricular esquerda (LVEF) determinada por ultra-sons ou cintigrafia cardíaca. Investigações de LVEF são altamente recomendadas antes do tratamento e repetidas após cada dose acumulada de cerca de 100 mg/m2e em sinais clínicos de insuficiência cardíaca. Como regra, uma diminuição absoluta com uma diminuição absoluta ? 10% ou uma diminuição abaixo de 50% em doentes com valores de LVEF iniciais normais, é um sinal de pioria da função cardíaca. O tratamento continuado com Doxorrubicina deve, nestes casos, ser cuidadosamente avaliado.

A insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia podem ocorrer mesmo anos depois da descontinuação da terapia por Doxorrubicina.

A função cardíaca deverá ser verificada antes do inicio do tratamento e cuidadosamente monitorizada durante o período total do tratamento.

Mielossupressão: verificar-se uma alta incidência de depressão medular, principalmente a nível dos leucócitos, que requer monitorização hematológica. Com o esquema posológico recomendado, a leucopénia é geralmente transitória, alcançando

  • seu nadir nos dias 10-14 após o tratamento, com recuperação cerca do 21º dia. Sãode esperar contagens leucocitárias da ordem dos 1000/mm3, durante o tratamento com as doses recomendadas de Doxorrubicina. Também se devem efectuar contagens de eritrócitos e plaquetas. A hemotoxicidade pode requerer redução da dose ou supressão ou atraso da terapêutica com Doxorrubicina.

Mielossupressão grave: uma mielossupressão grave e persistente pode resultar em superinfecção ou hemorragia.

Imunodepressão: a Doxorrubicina é um poderoso agente imunodepressor, embora temporário. Por isso devem ser tomadas medidas adequadas para evitar uma infecção secundária à terapia.

Toxicidade aumentada: tem sido referido que a Doxorrubicina pode intensificar a gravidade da toxicidade das terapêuticas antineoplásicas, tais como a cistite hemorrágica provocada pela ciclofosfamida, a mucosite induzida pela radioterapia e a hepatotoxicidade causada pela 6-mercaptopurina.

Infertilidade:a Doxorrubicina pode provocar infertilidade durante o tratamento. Ainda que a ovulação e menstruação pareçam voltar após o terminus da terapia, não há informação suficiente sobre a restauração da fertilidade masculina.

Insuficiência hepática: a toxicidade às doses recomendadas de Doxorrubicina é intensificada por insuficiência hepática. Recomenda-se a avaliação da função hepática antes de estabelecer a dose individual. Usam-se exames laboratoriais convencionais, tais como AST, ALT, fosfatase alcalina, bilirrubina e BSP. Se necessário, as dosagens devem ser reduzidas de acordo com os resultados obtidos.

Extravasamento: ao administrar a Doxorrubicina o aparecimento de uma sensação de queimadura significa extravasamento, pelo que a injecção ou perfusão deve ser imediatamente suspensa, sendo a administração recomeçada noutra veia, mesmo que volte a verificar-se o aparecimento de sangue por aspiração através da agulha. Em caso de extravasamento e após interrupção do tratamento, aplicar blocos de gelo no local da injecção. A injecção local de Dexametasona ou Hidrocortisona pode ser útil para minimizar a necrose tecidular local. Pode, também, ser aplicado um creme de Hidrocortisona a 1%, no local.

Sobredosagem

Aspectos clínicos: os sintomas de sobredosagem parecem ser uma extensão da acção farmacológica da Doxorrubicina. Doses únicas de 250 mg e 500 mg de Doxorrubicina provaram ser fatais. Tais doses podem causar degeneração miocárdica aguda em 24 horas e grave mielosupressão, cujos efeitos maiores são observados entre 10 a 15 dias após a administração.
Falha cardíaca tardia pode ocorrer até seis meses após o tratamento. Os doentes devem ser monitorizados cuidadosamente e se os sintomas aparecerem, iniciar o tratamento convencional.
Tratamento: Devem ser tomadas medidas sintomáticas de suporte. Deve-se dar atenção especial à prevenção e tratamento de possíveis hemorragias graves ou infecções secundárias à depressão da medula óssea grave e persistente. Deve ser considerada a transfusão sanguínea.

Conservação

Proteger da luz, armazenar entre 2-8ºC. As porções remanescentes de frascos abertos ou as infusões preparadas por diluição, devem ser guardadas entre 2-8ºC, por um período máximo de 24 horas.
A solução de Doxorrubicina a 2mg/ml, mantida em seringas de polipropileno (Terumo), à temperatura ambiente, é estável durante um período de 48 horas.

Eliminação

Todas as seringas, frascos e materiais utilizados que tenham estado em contacto coma Doxorrubicina devem ser colocados num saco e incinerados como acima se indica.

Titular da autorização de introdução no mercado

Mayne Pharma (Portugal) Lda
Rua Amália Rodrigues, nº 240,
2750-228 Cascais
Portugal

Data da preparação

Fevereiro de 2005

Última atualização em 11.08.2022

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