Não utilize Doxorrubicina SANDOZ
- em caso de hipersensibilidade (alergia) à doxorrubicina, produtos quimicamente relacionados ou a qualquer um dos componentes da Doxorrubicina SANDOZ.
- na presença de ulceração bucal que pode ser precedida por sensação de queimadura naboca, não é aconselhada a repetição do tratamento.
- durante a gravidez e aleitamento.
A doxorrubicina está contraindicada em pacientes com acentuada mielossupressão (ex. induzida por tratamento antitumoral prévio), na insuficiência cardíaca aguda ou pré-existente ou em pacientes que receberam previamente dose cumulativa máxima de doxorrubicina ou daunorubicina.
A doxorrubicina não deve ser administrada por via intravesical no tratamento do carcinoma da bexiga em pacientes com estenose uretral que não possam ser cateterizados. A via de administração intravesical não deve ser utilizada em pacientes com tumores invasivos da bexiga que tenham penetração na parede da bexiga, infecções do tracto urinário ou condições de inflamação da bexiga.
Tome especial cuidado com Doxorrubicina SANDOZ
Recomenda-se que a doxorrubicina seja administrada unicamente, ou sob a estrita supervisão, de um médico especialista em quimioterapia.
Recomenda-se que os pacientes sejam hospitalizados durante a primeira fase do tratamento, dado que o tratamento inicial com doxorrubicina requer uma observação cuidada do paciente e monitorização laboratorial. A contagem sanguínea e os testes da função hepática e cardíaca devem ser realizados antes de cada tratamento com doxorrubicina.
As náuseas, vómitos e mucosites são com frequência muito graves e devem ser tratados de forma adequada. A doxorrubicina não deve ser administrada por via intramuscular ou subcutânea.
Cardiotoxicidade:
Recomenda-se que a dose cumulativa total não exceda 450 ? 550 mg/m2, dado que existe um risco estabelecido de desenvolvimento de cardiomiopatia dependente da dose acumulada induzida por antraciclina. Acima destas dosagens aumenta significativamente
- risco de falha cardíaca congestiva. A redução da dose cumulativa é a medida mais importante para evitar a cardiotoxicidade da doxorrubicina. A cardiotoxicidade da doxorrubicina, pode apresentar-se como taquicárdia, aparecimento de alterações no ECG, ou insuficiência cardíaca grave que pode ocorrer até vários meses/anos após descontinuação do tratamento sem prévios sinais de alteração no ECG. O risco de desenvolvimento de falha cardíaca em pacientes cancerosos tratados com doxorrubicina persiste ao longo da vida. A insuficiência cardíaca devida à doxorrubicina pode não reagir favoravelmente ao tratamento convencional. O risco de cardiotoxicidade pode aumentar em pacientes previamente tratados com irradiação do mediastino ou pericárdio, em pacientes previamente tratados com outras antraciclinas e/ou antracenedionas, em pacientes com histórico de doença cardíaca, em pacientes idosos (idade 70 anos) assim como em crianças menores de 15 anos. A cardiotoxicidade pode ocorrer com doses abaixo da dose máxima cumulativa recomendada. A dose total cumulativa de doxorrubicina administrada a um paciente deve ter em consideração a terapêutica prévia ou concomitante de outros agentes cardiotóxicos, tais como doses elevadas de ciclofosfamida IV, mitomicina C ou dacarbazina, outras antraciclínas tais como a daunorrubicina, ou irradiação do mediastino ou percárdio. Foram reportados casos de arritmias agudas graves ocorridas durante ou nas horas seguintes à administração de doxorrubicina.
Foram reportados casos de arritmias agudas graves ocorridas durante ou nas horas seguintes à administração de doxorrubicina.
Podem ocorrer alterações no ECG tais como redução da amplitude da onda QRS, o prolongamento do intervalo sistólico e a redução da fracção de ejecção. Deve-se tomar especial cuidado no caso de pacientes com doença cardíaca associada, tal como enfarte de miocárdio recente, falha cardíaca, cardiomiopatia, pericardite ou disritmias, ou em pacientes que receberam outros agentes cardiotóxicos como a ciclofosfamida.
Monitorização da função cardíaca:
A função cardíaca deverá ser avaliada antes do início do tratamento e cuidadosamente monitorizada durante o período de tratamento e após o mesmo. É recomendado um ECG antes e depois de cada tratamento com doxorrubicina. Alterações no ECG tais como depressão ou negativa onda T, diminuição do segmento ST ou arritmias são geralmente sinais de efeito tóxico agudo mas transitório (reversível) e não são consideradas indicações para suspensão da terapêutica com Doxorrubicina. No entanto, a redução na amplitude da onda QRS e o prolongamento do intervalo sistólico são considerados mais indicativos de cardiotoxicidade induzida pela antraciclina. É recomendado descontinuar o tratamento quando a amplitude da onda QRS diminui em 30% ou em diminuições fraccionadas de 5%.
O melhor predicador de cardiomiopatia é a redução na fracção de ejecção ventricular esquerda (LVEF) determinada por ultra-sons ou cintigrafia cardíaca. Investigações de LVEF são altamente recomendadas antes do tratamento e repetidas após cada dose acumulada de cerca de 100 mg/m2 e em situações de existência de sinais clínicos de insuficiência cardíaca. Como regra, uma diminuição absoluta > 10% ou uma diminuição < 50% em pacientes com valores de LVEF iniciais normais, constitui um sinal de disfunção da função cardíaca. O tratamento continuado com doxorrubicina deve, nestes casos, ser cuidadosamente avaliado.
Mielossupressão:
Uma alta incidência de depressão medular requer monitorização hematológica. Existe um risco significativo de neutropénia, trombocitopénia , e menos frequente de anemia. O nadir é alcançado entre 10 ? 14 dias após administração. Os parâmetros sanguíneos recuperam a normalidade nos 21 dias após administração. A terapêutica com doxorrubicina não deve ser iniciada ou continuada quando a contagem de granulocitos polinucleares seja inferior a 2000/mm3. No tratamento de leucemias agudas, este limite pode ser mais baixo, dependendo das circunstâncias.
Uma mielossupressão grave e persistente pode resultar em superinfecção ou hemorragia e é indicador para reduzir ou suspender o tratamento com doxorrubicina.
A Doxorrubicina é um poderoso agente imunodepressor. Por isso devem ser tomadas medidas adequadas para evitar uma infecção secundária.
Hiperuricemia:
Tal como com outros agentes quimioterapêuticos, nos regimes com doxorrubicina existe um risco de hiperuricémia resultando em gota aguda ou nefropatia urática seguido de lise tumoral.
Insuficiência hepática:
A doxorrubicina é excretada principalmente por via hepática. A insuficiência hepática ou uma função hepática comprometida pode atrasar a eliminação de dxorrubicina e aumentar a toxicidade geral. Assim, recomenda-se a avaliação da função hepática (testes AST, ALT, fosfatase alcalina, bilirrubina) antes e durante o tratamento.
O nível de ácido úrico no sangue deve ser monitorizado; a ingestão de líquidos deve ser verificada (com um mínimo diário de 3 l/m2). Se necessário, pode ser administrado um inibidor da xantina-oxidase (alopurinol).
Devem ser tomadas as medidas anticonceptivas apropriadas para homens e mulheres tratados com doxorrubicina, durante o tratamento e, no mínimo, até 3 meses após finalização do tratamento.
Descoloração da urina:
Os pacientes devem ser informados de que a doxorrubicina pode provocar uma coloração vermelha da urina, particularmente na primeira amostra após administração, mas isto não é motivo de alarme.
Via intravesical:
A via de administração intravesical não deve ser utilizada em pacientes com tumores invasivos da bexiga que tenham penetração na parede da bexiga, infecções do tracto urinário ou condições de inflamação da bexiga.
Utilizar Doxorrubicina SANDOZ com outros medicamentos
Devido ao aumento da cardiotoxicidade, deve ter-se especial precaução quando se administra doxorrubicina após ou concomitantemente com outros agentes cardiotóxicos ou anticancerosos (especialmente mielotóxicos).
Após a co-administração com verapamil, pode verificar-se o aumento da concentração plasmática, da semi-vida terminal e do volume de distribuição da doxorrubicina. A doxorrubicina pode causar exacerbação de cistites hemorrágicas provocadas pela terapêutica prévia com ciclofosfamida.
Como a doxorrubicina é metabolisada rapidamente e eliminada predominantemente por via biliar, a administração concomitante com agentes quimioterápicos hepatotóxicos (e.g. metotrexato) podem aumentar de forma potencial a toxicidade da doxorrubicina como resultado de uma reduzida depuração hepática.
Doses elevadas de ciclosporina e doxorrubicina aumentam os níveis séricos de ambos. Isto pode provocar um aumento da mielotoxicidade e excessiva imunossupressão. Os inibidores do citocromo P450 (e.g. cimetidina e ranitidina) podem diminuir o metabolismo da doxorrubicina, dando lugar a um possível aumento dos efeitos tóxicos. Os indutores da enzima citocromo P-450 (ex. rifampicina e barbitúricos) podem estimular
- metabolismo da doxorrubicina, dando lugar a uma possível diminuição na eficácia.A doxorrubicina potencia o efeito da radioterapia e pode provocar sintomas graves na área afectada, mesmo que seja administrada um tempo considerável após discontinuação da radioterapia.
Gravidez e aleitamento
Consulte o médico ou o seu farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. A doxorrubicina não deve ser utilizada durante a gravidez.
A doxorrubicina é excretada no leite materno. A doxorrubicina não deve ser usada durante o aleitamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A doxorrubicina pode provocar efeitos secundários (e.g. tonturas, nauseas, vómitos, etc.) que podem reduzir a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
A descrição destes efeitos encontra-se na secção 4.
Informações importantes sobre alguns componentes da Doxorrubicina Sandoz Doses inferiores a 2 ml: Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente ?isento de sódio?.
Doses de 2 ml ou superiores: Este medicamento contém 0.3913 mmol/ml de sódio. É necessário ter em consideração em doentes com dieta controlada de sódio.