Como todos os medicamentos, Gemcitabina Vianex pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Dado que a gemcitabina é um supressor da medula óssea, pode ocorrer anemia, leucopénia e trombocitopénia em resultado da administração de gemcitabina. A mielossupressão é geralmente ligeira ou moderada e é mais pronunciada para a contagem de granulócitos.
Neutropenia febril também é frequentemente relatada.
Tem também sido vulgarmente referida a ocorrência de trombocitemia.
Doenças Gastrointestinais:
Em cerca de 2/3 dos doentes ocorrem anomalias das enzimas transaminases hepáticas, mas são por via de regra pouco intensas, passageiras, e raramente requerem a interrupção do tratamento. No entanto, a gemcitabina deve ser usada com precaução em doentes com a função hepática comprometida (Consultar a Secção 4.2).
Episódios de náusea, e de náusea acompanhada de vómitos, foram referidos por 1/3 dos doentes, respectivamente, cada um deles. Este efeito adverso requer tratamento em cerca de 20% dos doentes, raramente obriga à redução da posologia, e é fácil de controlar com os antieméticos habitualmente usados.
Doenças renais e urinárias:
Aproximadamente metade dos doentes reportaram proteinúria ou hematúria ligeiras, mas estas raramente têm significado clínico e não estão geralmente associadas a alterações na creatinina sérica ou no azoto da ureia no sangue. Registaram-se, no entanto, alguns casos de insuficiência renal de etiologia incerta, pelo que a gemcitabina deve ser usada com prudência nos doentes com a função renal comprometida (Consultar a Secção 4.2).
Foram raramente reportados achados clínicos consistentes com o síndroma hemolítico urémico (SUH), em doentes a receber gemcitabina. A gemcitabina deve ser descontinuada aos primeiros sinais de anemia hemolítica microangiopática, tal como uma queda rápida da hemoglobina com trombocitopenia concomitante, elevação da bilirrubina e creatinina séricas, urémia ou LDH. A insuficiência renal pode não ser reversível, mesmo com a descontinuação da terapia e pode ser necessário recorrer a diálise.
Doenças do sistema imunitário
Observa-se rash em cerca de 25% dos doentes e rash associado a prurido em aproximadamente 10% dos doentes. O rash é geralmente pouco intenso, não obriga a redução posológica e responde bem à terapêutica local. Raramente, têm também sido observadas descamação, vesiculação e ulceração.
A ocorrência de broncospasmo após a injecção de gemcitabina foi reportada em menos de 1% dos doentes. O broncospasmo é habitualmente ligeiro e transitório, mas pode ser necessário recorrer a terapêutica parentérica. A gemcitabina não deve ser administrada em doentes com hipersensibilidade conhecida a este fármaco (Consultar a secção 4.5).
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Cerca de 10% dos doentes referiram dispneia no intervalo de algumas horas após a injecção de gemcitabina. A dispneia é geralmente pouco intensa, de curta duração, raramente acarreta a redução da dosagem, e por via de regra desaparece sem qualquer terapêutica específica. O mecanismo deste acontecimento é desconhecido e a sua relação com a gemcitabina não está esclarecida.
Pneumonia intersticial (com infiltrações pulmonares associadas) foi observada em menos de 1% de doentes. A gemcitabina deve ser descontinuada. Os corticosteróides podem melhorar a condição.
Foram reportados casos raros de efeitos pulmonares, algumas vezes graves, (tais como edema pulmonar, pneumonia intersticial ou Síndroma de Dificuldade Respiratória no Adulto (ARDS), associados à terapêutica com gemcitabina. Desconhece-se a etiologia destes efeitos. Se tais efeitos acontecerem, a gemcitabina deve ser descontinuada. O uso imediato de medidas de suporte clínicas, podem ajudar a melhorar a condição.
Ocorreram casos raros de edema pulmonar de etiologia desconhecida, algumas vezes grave, associados à terapêutica com gemcitabina. Se isto acontecer, a gemcitabina deve ser descontinuada. O uso imediato de medidas de suporte clínicas, podem ajudar a melhorar a condição.
Vasculopatias:
Foram relatados muito raramente sinais clínicos de vasculite periférica e gangrena.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Foram relatadas muito raramente reacções cutâneas graves incluindo descamação e erupções bulhosas da pele.
Afecções hepatobiliares:
Foram raramente relatados aumentos das provas de função hepática incluindo aumentos dos níveis de aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), gama-glutamil transferase (GGT), fosfatase alcalina e bilirrubina.
Lesões, Envenenamento e complicações do Processo:
Foram relatadas reacções posteriores no local da radiação.
Outros:
Aproximadamente 20% dos doentes referiram sintomas similares à gripe. Esta é geralmente pouco intensa, de curta duração, e raramente obriga a limitar a posologia; cerca de 1,5% dos doentes consideraram este síndroma como grave. Os sintomas referidos com maior frequência incluem febre, cefaleia, dor nas costas, arrepios, mialgia, astenia e anorexia. Tosse, rinite, mal-estar, sudação e insónia são também sintomas normalmente referidos. A febre e a astenia são também frequentemente referidos como sintomas isolados. O mecanismo desta toxicidade é desconhecido. Os relatórios recebidos indicam que o paracetamol pode proporcionar alívio sintomático.
A ocorrência de edema/edema periférico é referida por cerca de 30% dos doentes. Registaram-se alguns casos de edema na face. Raras vezes foi referido o edema pulmonar (1%). O edema/edema periférico é geralmente de intensidade ligeira a moderada, raramente limitante da dose, sendo por vezes referido como doloroso, e é normalmente reversível após interrupção da terapêutica com gemcitabina. Desconhece-se o mecanismo desta toxicidade. Não está associado a qualquer evidência de insuficiência cardíaca, hepática ou renal.
Os seguintes efeitos adversos são também vulgarmente relatados: alopécia (geralmente queda de cabelo mínima) em 13% dos doentes, sonolência em 10%, diarreia em 8%, toxicidade oral (principalmente ulceração e eritema) em 7% e obstipação em 6%.
Foram referidos casos pouco frequentes de hipotensão. Nos estudos realizados surgiram alguns casos de enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva e arritmia, mas não existem provas claras de que a gemcitabina origine toxicidade cardíaca.