Não tome Alopurinol Sidefarma:
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Se tem alergia ao alopurinol ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
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Durante crises agudas de gota, devendo-se esperar a remissão completa antes de instaurar o tratamento profilático.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Alopurinol Sidefarma.
Foram notificadas reações com erupções cutâneas graves e potencialmente perigosas para a vida (síndrome de hipersensibilidade, síndrome de Stevens-Johnson e de necrólise epidérmica tóxica) com a utilização de alopurinol, manifestando-se inicialmente como lesões avermelhadas com desenho em alvo ou como manchas circulares, frequentemente com bolhas centrais, no tronco. À erupção cutânea associam-se frequentemente úlceras na boca, garganta, nariz, genitais e conjuntivite (olhos vermelhos e inchados). Estas erupções
cutâneas graves são frequentemente antecedidas por sintomas semelhantes à gripe (febre, dor de cabeça, dores no corpo generalizadas). A erupção cutânea pode progredir para bolhas e descamação da pele generalizadas. Estas reações cutâneas graves podem ser mais frequentes em pessoas de origem chinesa Han, tailandesa ou coreana. A insuficiência renal crónica pode ainda aumentar o risco nestes doentes.
Se desenvolver uma erupção ou algum destes sintomas na pele, pare de tomar alopurinol, procure aconselhamento urgente de um médico e informe-o de que está a tomar este medicamento.
O risco de ocorrerem reações cutâneas graves é maior nas primeiras semanas de tratamento.
Se tiver desenvolvido síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise epidérmica tóxica com o uso de alopurinol, não deve reiniciar a terapêutica com esta substância ativa em qualquer circunstância.
Há possibilidade de aumento de incidência de crises de gota durante os primeiros meses de tratamento, possivelmente por mobilização e ulterior recristalização dos depósitos tecidulares de uratos. Recomenda-se por isso o início do tratamento com doses baixas (100 mg/dia), aumentando progressivamente a dose. Se necessário, pode ser associada colchicina (0.5 mg duas vezes ao dia) durante os primeiros três meses.
No tratamento das hiperuricemias secundárias ao tratamento antineoplásico deve iniciar-se a terapêutica com Alopurinol Sidefarma antes do início da administração dos citostáticos, a fim de prevenir a possível nefropatia.
Recomenda-se a ingestão abundante de líquidos de modo a obter um débito urinário mínimo de dois litros diários. Esta precaução é especialmente importante nas hiperuricemias secundárias ao tratamento antineoplásico. É também conveniente a manutenção de uma urina neutra ou ligeiramente alcalina.
Em doentes com história de doença hepática, recomenda-se o controlo das provas funcionais hepáticas, especialmente durante os primeiros meses de tratamento.
Outros medicamentos e Alopurinol Sidefarma
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Deverá também dizer a qualquer outro médico que lhe receite nova medicação, que está a utilizar Alopurinol Sidefarma.
Caso seja tomado hidróxido de alumínio concomitantemente, o alopurinol poderá ter um efeito atenuado. Deverá existir um intervalo de pelo menos 3 horas entre a toma de ambos os medicamentos.
No caso de administração conjunta com azatioprina ou 6-mercaptopurina a dose destes dois medicamentos deve ser reduzida a um quarto da dose habitual, porque a inibição da xantina oxidase prolonga a sua atividade.
O alopurinol pode prolongar o efeito hipoglicemiante da clorpropamida em doentes com insuficiência renal.
Os agentes uricosúricos (probenicid, benciodarona, benzobromarona) aceleram a excreção do oxipurinol, metabolito ativo do alopurinol. Este efeito pode diminuir a atividade do
alopurinol. Embora a administração conjunta não seja contraindicada, o fenómeno dever ser tido em conta sobretudo ao iniciar, suprimir ou modificar o tratamento uricosúrico.
A mesma precaução deve observar-se no caso de tratamento conjunto com agentes que inibem a eliminação do ácido úrico, como as tiazidas e outros diuréticos e os acidificantes da urina.
A administração conjunta com ampicilina provoca um ligeiro aumento de fenómenos de hipersensibilidade cutânea.
O alopurinol prolonga a semivida dos anticoagulantes. Este fenómeno parece não ter repercussão clínica, em tratamentos prolongados. Contudo, todos os doentes medicados com anticoagulantes devem ser cuidadosamente monitorizados.
A administração concomitante de captopril e alopurinol pode aumentar o risco de reações cutâneas adversas, especialmente em doentes com insuficiência renal crónica.
A associação de alopurinol e co-trimoxazole tem sido associada ao aparecimento de trombocitopenia.
A administração simultânea de alopurinol e ciclofosfamida pode aumentar a concentração sanguínea da ciclofosfamida.
Podem ocorrer discrasias sanguíneas com a administração de alopurinol e citostáticos (p. ex. ciclofosfamida, doxorrubicina, bleomicina, procarbazina, halogenetos de alquilo) em frequências superiores às observadas quando estas substâncias ativas são administradas em monoterapia.
A monitorização do hemograma deve assim ser efetuada a intervalos regulares.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento
Uma vez que se desconhecem os efeitos do alopurinol sobre o feto, deve evitar-se o uso do fármaco durante a gravidez. O alopurinol e o seu metabolito oxipurinol são excretados no leite materno, pelo que deverá ser evitado o seu uso durante o aleitamento.
O alopurinol é excretado no leite materno. O alopurinol não é recomendado durante a amamentação.
Condução de veículos e utilização de máquinas
O Alopurinol Sidefarma não afeta a capacidade de condução e a utilização de máquinas.
Alopurinol Sidefarma contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.