Não tome URIPRIM:
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se tem alergia ao alopurinol ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
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se está gravida (sobretudo no 1º trimestre) ou a amamentar.
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nas crianças, exceto no caso de hiperuricemia da doença de Lesh-Nyhan e de doenças malignas, e na profilaxia da hiperuricemia de doenças malignas.
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nas crises agudas de gota.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar URIPRIM.
Deve reduzir-se a dose em doentes com insuficiência renal ou hepática. Recomenda-se precaução na administração de alopurinol a doentes em tratamento com anti- hipertensores (ex. diuréticos ou IECAs) ou que sofram de insuficiência cardíaca, pois pode ocorrer falência renal concomitante.
A hiperuricemia assintomática, por si só, não é uma indicação para a utilização de alopurinol. O tratamento da causa subjacente, medidas dietéticas e alterações na ingestão de líquidos poderão corrigir a situação.
O alopurinol pode aumentar a frequência de crises agudas de gota durante os primeiros 6-12 meses de terapêutica, por isso devem ser administradas doses profiláticas de colquicina concomitantemente durante os primeiros 3 a 6 meses de tratamento com alopurinol.
Nas crianças, o alopurinol só deve ser utilizado no tratamento da hiperuricemia da doença de Lesh-Nyhan e de doenças malignas, e na profilaxia da hiperuricemia de doenças malignas (no início da quimioterapia e da radioterapia).
Embora tal possibilidade seja rara, a fim de evitar a formação de cálculos renais de xantina, deve aconselhar-se a ingestão abundante de líquidos durante os tratamentos crónicos com alopurinol. As doses mais elevadas de alopurinol diminuem a xantinúria e aumentam proporcionalmente a hipoxantinúria, o que também é uma medida profilática da calculose renal, uma vez que a hipoxantina é muito mais solúvel que a xantina.
A dose de alopurinol deve ser reduzida para metade nos doentes com insuficiência renal muito grave (depuração de creatinina inferior a 10 ml/min).
Caso o doente esteja medicado com anticoagulantes orais, os controlos da taxa de protrombina deverão ser mais frequentes.
Foram notificadas reações com erupções cutâneas graves (síndrome de hipersensibilidade, síndrome de Stevens-Johnson e de necrólise epidérmica tóxica) com a utilização de alopurinol. À erupção cutânea associam-se frequentemente úlceras na boca, garganta, nariz, genitais e conjuntivite (olhos vermelhos e inchados). Estas erupções cutâneas graves são frequentemente antecedidas por sintomas semelhantes à gripe (febre, dor de cabeça, dores no corpo generalizadas). A erupção cutânea pode progredir para bolhas e descamação da pele generalizadas. Estas reações cutâneas graves podem ser mais frequentes em pessoas de origem chinesa de etnia Han, tailandesa ou coreana. A insuficiência renal crónica pode ainda aumentar o risco nestes doentes.
Se desenvolver uma erupção ou algum destes sintomas na pele, pare de tomar alopurinol e contacte imediatamente o seu médico.
O risco de ocorrerem reações cutâneas graves é maior nas primeiras semanas de tratamento.
Se tiver desenvolvido síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise epidérmica tóxica com o uso de alopurinol, não deve reiniciar a terapêutica com esta substância ativa em qualquer circunstância.
Crianças
Para mais informação ver Advertências e precauções.
Outros medicamentos e URIPRIM
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.
Podem ocorrer discrasias sanguíneas com a administração de alopurinol e citostáticos (p. ex., ciclofosfamida, doxorrubicina, bleomicina, procarbazina, halogenetos de alquilo) em frequências superiores às observadas quando estas substâncias ativas são administradas em monoterapia. A monitorização do hemograma deve assim ser efetuada a intervalos regulares.
Os citostáticos azatioprina e 6-mercaptopurina são metabolizados pela xantinoxídase, pelo que o alopurinol, inibindo esta enzima, diminui drasticamente a metabolização dos referidos fármacos (necessidade de reduzir a dose destes compostos). Os Uricosúricos aumentam a excreção de alopurinol e, sobretudo, do seu metabolito ativo, pelo que há necessidade de aumentar a dose de alopurinol se a este se associa um uricosúrico. Deve- se evitar o uso concomitante de alopurinol e amoxicilina ou ampicilina, porque pode haver aumento da frequência de rash cutâneo. Deve-se evitar o uso concomitante de alopurinol e clorpropamida, porque pode haver risco aumentado de prolongamento da atividade hipoglicémica da clorpropamida. O alopurinol pode interferir com a metabolização hepática dos cumarínicos (anticoagulantes orais).
Caso seja tomado hidróxido de alumínio concomitantemente, o alopurinol poderá ter um efeito atenuado. Deverá existir um intervalo de pelo menos 3 horas entre a toma de ambos os medicamentos.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
URIPRIM deve ser usado durante a gravidez só quando for claramente necessário.
Amamentação
O alopurinol é excretado no leite materno. O alopurinol não é recomendado durante a amamentação.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Este medicamento pode provocar sonolência ou vertigens, podendo alterar a capacidade de reação, mesmo nas doses recomendadas, pelo que a capacidade de condução de veículos ou utilização de máquinas pode ser prejudicada.
URIPRIM contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.