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se tem alergia ao clorodiazepóxido, ao brometo de clidínio ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
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se sofre de várias patologias e tem idade superior a 65 anos.
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se tem menos de 6 anos.
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se tem idade superior a 75 anos.
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se sofre de risco de glaucoma de ângulo agudo.
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se sofre de risco de retenção urinária associada a alterações uretroprostáticas.
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se está a amamentar (ver secção 4.6).
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se sofre de insuficiência respiratória grave.
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se sofre da síndrome da apneia do sono.
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se sofre de insuficiência hepática grave aguda ou crónica (risco de ocorrência de encefalopatia).
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se sofre de miastenia grave.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Librax
Duração do tratamento
A duração do tratamento deve ser a mais curta possível. O seu médico reavaliará regularmente a indicação, especialmente se não tiver sintomas. A duração global não deve exceder 8 a 12 semanas para a maioria dos doentes, incluindo o período de redução da dose. A extensão destes períodos não deve ocorrer sem uma reavaliação da situação pelo seu médico.
Quando se utilizam benzodiazepinas de longa duração, é importante ter especial precaução quando se muda para uma benzodiazepina de curta duração, pois podem desenvolver-se sintomas de privação. Se for o seu caso, o seu médico dar-lhe-á as indicações de como proceder.
Álcool e abuso de drogas
É recomendada precaução especial se tem antecedentes de alcoolismo ou outras dependências relacionadas com drogas.
Doentes com episódios depressivos major
As benzodiazepinas e produtos similares não devem ser prescritos isolados uma vez que permitem o desenvolvimento separado da depressão com um risco aumentado ou persistente de suicídio.
Tolerância
Pode ocorrer alguma diminuição de eficácia do efeito hipnótico das benzodiazepinas após o uso repetido ao longo de poucas semanas.
Dependência
O uso de benzodiazepinas pode levar ao desenvolvimento de dependência física e psíquica destes medicamentos. O risco de dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento; é também maior nos doentes com antecedentes de alcoolismo ou de toxicodependência.
Quando se desenvolve dependência a interrupção brusca pode ser acompanhada de síndrome de privação.
Isto pode manifestar-se através de dores de cabeça, mialgias (dores musculares), ansiedade extrema, tensão, inquietação, confusão ou irritabilidade. Em situações graves podem ocorrer os seguintes sintomas: sensação de irrealidade, despersonalização, hipercusia (perceção auditiva elevada), torpor (apatia) e parestesias das extremidades (sensações cutâneas subjetivas como frio, calor, formigueiro), hipersensibilidade à luz, ao ruído e ao contacto físico, alucinações ou convulsões.
Pode ocorrer dependência com doses terapêuticas e/ou mesmo que não tenha qualquer fator de risco.
Reações rebound
Após parar o tratamento pode ocorrer uma situação transitória na qual os sintomas que levaram ao tratamento com benzodiazepinas regressam mas de forma intensificada. Este facto pode ser acompanhado de outros sintomas como alterações de humor, ansiedade ou distúrbios do sono e inquietação. Como o risco de sintomas de abstinência/rebound é maior após interrupção brusca do tratamento, é recomendado que a dosagem seja diminuída gradualmente. O seu médico indicar- lhe-á como proceder.
Amnésia e alteração da função psicomotora
As benzodiazepinas podem induzir amnésia anterógrada. Amnésia anterógrada com alterações das funções psicomotoras ocorre mais frequentemente várias horas após ter tomado o medicamento.
Reações psiquiátricas e paradoxais
Nalguns doentes, as benzodiazepinas e produtos similares, podem conduzir a uma combinação de alterações no estado de consciência, comportamentais e problemas de memória. Pode observar-se o seguinte:
- agravamento da insónia, pesadelos, agitação e nervosismo
- delírios, alucinações, estado confusional-onírico, sintomas do tipo psicótico - perda de inibição com impulsividade
- euforia, irritabilidade - amnésia anterógrada - sugestibilidade
Estes sintomas podem ser acompanhados de potenciais problemas perigosos para o doente ou para outras pessoas, dos tipos seguintes:
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comportamento anormal para o doente
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comportamento auto ou hetero agressivo, em particular se os amigos ou familiares tentarem dificultar as atividades do doente
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comportamento automático com amnésia pós acontecimento
Se estas reações ocorrerem durante o tratamento com Librax, fale imediatamente com o seu médico, porque a administração deve ser suspensa. Estas reações são mais frequentes nos idosos. Deve ter-se extrema precaução ao prescrever benzodiazepinas a doentes com alterações de personalidade.
Grupos de doentes específicos e risco de acumulação:
Uma vez que o clorodiazepóxido é uma benzodiazepina de longa duração, o seu médico far-lhe-á um acompanhamento regular para se necessário, diminuir a dose ou frequência da administração e prevenir uma sobredosagem devido a acumulação. Em idosos ou que sofram de insuficiência do rim ou do fígado, pode ser necessária uma adaptação da dose.
As benzodiazepinas e produtos similares devem ser utilizadas com cuidado em idosos devido ao risco de sedação e/ou efeito miorrelaxante, que pode conduzir a quedas com consequências muitas vezes graves para esta população.
Precauções de utilização (associadas ao clorodiazepóxido)
O seu médico informá-lo-á, quando inicia o tratamento que este terá uma duração limitada e explica-lhe exatamente como a dose deve ser progressivamente diminuída.
População pediátrica
Este medicamento não pode ser utilizado em crianças com idade inferior a 6 anos.
Precauções de utilização (associadas ao brometo de clidínio)
Utilizar com cuidado se sofre de:
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hipertrofia prostática (aumento do volume da próstata)
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problemas renais ou do fígado
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problemas coronários (dos vasos do coração), problemas na frequência cardíaca, hipertiroidismo (doença da tiróide)
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bronquite crónica que leva a um aumento da viscosidade das secreções brônquicas
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ileus paralítico (os movimentos normais do intestino param temporariamente), atonia intestinal nos idosos (redução da capacidade de contração dos músculos do intestino), megacólon tóxico (dilatação do intestino).
Outros medicamentos e Librax
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos
Interações com clorodiazepóxido
Se o Librax for associado a um medicamento de ação central como neurolépticos, tranquilizantes, antidepressivos, hipnóticos, analgésicos, anestésicos, antitússicos, antihistamínicos sedativos, antihipertensivos centrais e baclofeno, os efeitos depressivos centrais podem ser aumentados. No caso de analgésicos narcóticos, pode ocorrer também um aumento da euforia o que conduz a um aumento da dependência psíquica.
O uso concomitante de Librax e opioides (analgésicos fortes, medicamentos para terapêutica de substituição e alguns medicamentos para a tosse) aumenta o risco de sonolência, dificuldades em respirar (depressão respiratória), coma e até pode ameaçar a vida. Por esse motivo, o uso concomitante deve ser considerado apenas quando não são possíveis outras opções de tratamento.
Contudo, se o seu médico lhe receitar Librax juntamente com opioides, a dose e a duração do tratamento concomitante devem ser limitadas pelo seu médico.
Informe o seu médico de todos os medicamentos opioides que está a tomar, e siga rigorosamente a recomendação de dose do seu médico. Será útil informar amigos e familiares para estarem alerta para os sinais e sintomas descritos acima. Contacte o seu médico se experimentar estes sintomas.
Barbituratos
Risco de depressão respiratória aumentado, que pode ser fatal no caso de intoxicação.
Buprenorfina
Com buprenorfina utilizada como tratamento de substituição, pode haver risco aumentado de depressão respiratória que pode ser fatal. Tenha em atenção as doses prescritas pelo seu médico.
Cimetidina
Risco aumentado de sonolência. Tenha especial atenção se conduzir ou utilizar máquinas.
Produtos derivados da morfina
Risco aumentado de depressão respiratória, que pode ser fatal no caso de intoxicação.
Produtos que inibem as enzimas do fígado
Compostos que inibem certas enzimas do fígado (particularmente citocromo F) podem aumentar a atividade das benzodiazepinas.
As substâncias do tipo atropina, podem adicionar os seus efeitos adversos e podem mais facilmente induzir retenção urinária, avanço do glaucoma, obstipação, secura da boca, etc.
Medicamentos considerados tipo atropina são as substâncias com ação anticolinérgica, pertencentes aos grupos terapêuticos: antidepressivos, anti- histamínicos (agonistas H1), agentes antiparkinsónicos, anticolinérgicos, outros antiespasmódicos atropínicos, disopiramida, neurolépticos fenotiazinas, clozapina e amantadina.
Librax com alimentos, bebidas e álcool
Librax deve ser tomado com água. Pode ser tomado com as refeições, à hora de deitar ou quando sentir dor.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se estiver em idade fértil, deve contactar o seu médico no sentido de interromper o tratamento com Librax se tiver a intenção de engravidar ou se suspeitar poder estar grávida.
Gravidez
O Librax não deve ser utilizado durante a gravidez, especialmente durante o primeiro e último trimestre, a não ser que tal seja considerado imperativo.
Amamentação
Os componentes ativos, clorodiazepóxido e brometo de clidínio, passam para o leite materno. Se está a amamentar não deve tomar Librax.
Pergunte ao seu médico ou farmacêutico conselho antes de tomar este medicamento. Contacte o seu médico se ficou grávida durante o tratamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Sedação, amnésia, dificuldades de concentração e alteração da função muscular podem afetar negativamente a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas. Se a duração do sono for insuficiente, há maior probabilidade da capacidade de reação estar diminuída.
Librax contém sacarose e lactose
Este medicamento contém sacarose e lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.