Não tome Lorazepam Labesfal:
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Se tem alergia ao lorazepam ou a outra benzodiazepina, ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
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Se tiver miastenia gravis (músculos muito fracos ou cansados).
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Se tiver insuficiência respiratória grave.
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Se tiver síndrome da apneia do sono (interrupção da respiração durante o sono).
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Se tiver insuficiência hepática grave.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Lorazepam Labesfal.
Tolerância
Pode desenvolver-se alguma perda de eficácia dos efeitos hipnóticos das benzodiazepinas após utilização repetida durante algumas semanas.
Dependência
A utilização de benzodiazepinas pode conduzir ao desenvolvimento de dependência física e psíquica. O risco de dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento; é também maior em doentes com antecedentes de alcoolismo ou abuso de drogas.
Quando se desenvolve dependência física, a suspensão abrupta do tratamento, poderá ser acompanhada por sintomas de privação. Estes podem consistir em dores de cabeça, dores musculares, ansiedade extrema, tensão, insónia, confusão e irritabilidade.
Nos casos graves podem ocorrer os seguintes sintomas: alterações da perceção, despersonalização, hiperacusia, entorpecimento e sensação de formigueiro nas extremidades, hipersensibilidade à luz, ao ruído e ao contacto físico, alucinações e ataques epiléticos.
Insónia e ansiedade de retrocesso
Um síndrome transitório cujos sintomas, que conduziram ao tratamento com uma benzodiazepina, reaparecem sob uma forma mais intensa, pode ocorrer com a suspensão do tratamento. Pode ser acompanhado por outras reações incluindo alterações do humor, ansiedade ou perturbações do sono e agitação. Como o risco de fenómeno privação/fenómeno retrocesso é maior após a interrupção abrupta do tratamento, recomenda-se que a dosagem seja diminuída gradualmente.
Os sintomas do fenómeno de retrocesso podem ocorrer enquanto o medicamento é suspenso, devendo o doente estar prevenido no sentido de minimizar a ansiedade.
Duração do tratamento
A duração do tratamento deve ser o mais curta possível (ver secção 3), dependendo da indicação, mas não deve exceder 4 semanas para a insónia e 8 a 12 semanas no caso de ansiedade, incluindo o processo de desabituação (diminuição gradual da dosagem). A extensão do tratamento para além destes períodos, não deve ser realizada sem reavaliação da situação.
Quando se utilizam benzodiazepinas de longa duração de ação, a mudança para uma benzodiazepina com duração de ação curta pode conduzir ao desenvolvimento de sintomas de privação.
Amnésia
As benzodiazepinas podem induzir amnésia anterógrada. Esta situação ocorre mais frequentemente algumas horas após a ingestão do produto e para reduzir o risco os doentes devem ter a certeza de que terão um sono ininterrupto de 7-8 horas (ver secção 4).
Reações psiquiátricas e paradoxais
As reações como insónia, agitação irritabilidade, agressividade, desilusão, fúria, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento alterado e outros efeitos adversos comportamentais, são atribuídas à utilização de benzodiazepinas. Se ocorrerem, o medicamento deverá ser suspenso. A sua ocorrência é mais provável nas crianças e nos idosos.
As benzodiazepinas não são recomendadas para o tratamento primário de doenças psicóticas.
As benzodiazepinas não devem ser utilizadas sozinhas para o tratamento da depressão ou da ansiedade associada com a depressão (o suicídio pode ser precipitado nestes doentes).
Crianças e adolescentes
As benzodiazepinas não devem ser administradas a crianças sem a avaliação cuidadosa da sua necessidade; o tratamento deve ter uma duração mínima.
Idosos
Nos idosos, as doses devem ser reduzidas (ver posologia).
Doentes com insuficiência respiratória
A redução das doses é também recomendada para doentes com insuficiência respiratória crónica devido ao risco de depressão respiratória.
Doentes com insuficiência hepática grave
As benzodiazepinas não são indicadas em doentes com insuficiência hepática grave, visto que podem precipitar encefalopatia.
Lorazepam Labesfal e álcool
- Não recomendado a ingestão concomitante de álcool.
O efeito sedativo pode ser aumentado quando este medicamento é utilizado juntamente com álcool.
Gravidez e amamentação
O lorazepam deve ser evitado durante a gravidez, particularmente nos primeiros 3 meses.
Se está a tomar Lorazepam Labesfal e planeia engravidar ou descobriu que está grávida, deve contactar o seu médico para proceder à interrupção do medicamento. Se, por razões médicas, o medicamento for tomado durante o último trimestre de gravidez, ou durante o parto, em doses elevadas, os efeitos no recém-nascido, como hipotermia, hipotonia e depressão respiratória moderada, são prováveis, devido à ação farmacológica do composto. Além disso, as crianças cujas mães tomaram benzodiazepinas cronicamente durante os últimos trimestres de gravidez, podem ter desenvolvido dependência física e poderá haver algum risco de desenvolvimento de sintomas de privação no período pós-natal.
Dado que as benzodiazepinas passam para o leite materno, deve evitar-se a toma deste medicamento durante a amamentação.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A capacidade para conduzir veículos e utilizar máquinas pode ser prejudicada pela sedação, amnésia, dificuldade de concentração e função muscular comprometida, que podem aparecer durante o tratamento. Além disso, os períodos de sono insuficientes podem aumentar a deterioração do estado de alerta.
Outros medicamentos e Lorazepam Labesfal
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
- A ter em consideração: combinação com depressores do SNC.
O aumento do efeito depressor central pode ocorrer com o uso concomitante com antipsicóticos (neurolépticos), hipnóticos, ansiolíticos/sedativos, antidepressivos, analgésicos narcóticos, anti- epilépticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos. No caso dos analgésicos narcóticos, pode ocorrer também aumento da euforia conduzindo a um aumento da dependência psicótica.
Os compostos que inibem determinados enzimas hepáticos (particularmente o citocromo F) podem acentuar a actividade das benzodiazepinas.
O uso concomitante de lorazepam e opiáceos (analgésicos fortes, medicamentos para terapia de substituição e alguns medicamentos para a tosse) aumenta o risco de sonolência, dificuldade em respirar (depressão respiratória), coma e pode ser fatal. Por isso, o uso concomitante deve ser considerado apenas quando outras opções de tratamento não são possíveis.
No entanto, se o seu médico prescrever Lorazepam Labesfal juntamente com opiáceos, a dose e a duração do tratamento concomitante devem ser limitadas pelo seu médico.
Informe o seu médico sobre todos os medicamentos opióides que está a tomar e siga atentamente a recomendação da dose indicada pelo seu médico. Pode ser útil informar amigos ou familiares para estarem cientes dos sinais e sintomas indicados acima. Contacte o seu médico quando sentir tais sintomas.
Lorazepam Labesfal contém lactose
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
Lorazepam Labesfal contém sódio
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por comprimido, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.