Devem estar sempre prontamente disponíveis os meios de manutenção de desobstrução das vias aéreas, de ventilação artificial, de fornecimento de oxigénio e outros meios de ressuscitação, para o caso de ocorrerem incidentes.
A duração da administração não deve ultrapassar os 7 dias.
Na Indução da anestesia geral
Adultos
Em doentes pré-medicados ou não pré-medicados, recomenda-se que a doses de Propofol Tecnimede seja calculada (aproximadamente 4 ml (40 mg) cada 10 segundos em média para adultos saudáveis) em função da resposta do doente, até que os sinais clínicos demonstrem início de anestesia.
A maioria dos doentes com idade inferior a 55 anos, geralmente requerem doses de 2,0 a 2,5 mg/kg (de peso corporal) de Propofol Tecnimede. Depois desta idade, as doses necessárias são geralmente, inferiores. Em doentes com ASA de Grau 3 e 4, devem ser utilizadas taxas de perfusão mais baixas (aproximadamente 2 ml (20 mg) cada 10 segundos).
Crianças
Propofol Tecnimede não está recomendado para indução da anestesia em crianças com idade inferior a 3 anos.
Quando utilizado em crianças recomenda-se que Propofol Tecnimede, seja administrado lentamente até que os sinais clínicos demonstrem início de anestesia. A dose deve ser ajustada em função da idade e/ou do peso. Muitos doentes com idade superior a 8 anos geralmente requerem doses de cerca de 2,5 mg/kg (de peso corporal) de Propofol Tecnimede para indução da anestesia. Abaixo desta idade as doses requeridas são geralmente maiores. Para crianças com ASA de Graus 3 e 4 são recomendadas doses mais baixas.
A administração de Propofol pelo sistema Diprifusor TCI não é recomendada para qualquer indicação em crianças.
Na manutenção da anestesia geral
Adultos (incluindo doentes idosos)
A anestesia pode ser mantida pela administração de Propofol Tecnimede, quer em perfusão contínua ou através da administração de bólus repetidos, para prevenir os sinais clínicos de anestesia superficial. O recobro da anestesia é tipicamente rápido, sendo importante manter a perfusão de Propofol Tecnimede até ao fim dos procedimentos.
Perfusão contínua: As taxas de perfusão requeridas variam consideravelmente entre os doentes, mas taxas entre 4 a 12 mg/kg(peso corporal)/h, geralmente são suficientes para manter satisfatoriamente a anestesia.
Injecções repetidas de bólus: Se se utiliza este tipo de técnica, incrementos de 25 mg (2,5 ml) a 50 mg (5,0 ml) podem ser administrados, de acordo com as necessidades clínicas.
Em doentes idosos não deve ser usada a administração por injecção directa rápida (única ou repetida), uma vez que tal situação pode conduzir a uma depressão cardiopulmonar. Em doentes idosos, instáveis ou hipovolémicos e doentes de grau ASA III e IV é recomendada uma diminuição da dose para 4 mg/kg/h.
Crianças
Propofol Tecnimede não está recomendado para a manutenção da anestesia em crianças com idade inferior a 3 anos.
A anestesia pode ser mantida pela administração de Propofol Tecnimede por perfusão ou bólus repetidos para prevenir os sinais de anestesia superficial. A taxa de administração varia consideravelmente entre os doentes, mas taxas na ordem de 9 a 15 mg/kg (de peso corporal)/h, geralmente condicionam anestesia satisfatória.
A administração de Propofol pelo sistema Diprifusor TCI não é recomendada para qualquer indicação em crianças.
Sedação em cuidados intensivos
Doentes ventilados em Unidades de Cuidados Intensivos
Adultos (incluindo doentes idosos)
Recomenda-se que o Propofol seja administrado em perfusão contínua. A velocidade de perfusão deve ser determinada pelo grau de sedação pretendido. Na maioria dos doentes, obtém-se sedação suficiente com dosagens de 0,3 ? 4 mg/Kg/h de Propofol. O Propofol não está indicado para obtenção de sedação de doentes em Unidades de Cuidados Intensivos com idade inferior ou igual a 16 anos. A administração de Propofol pelo sistema Diprifusor TCI não é recomendada para a sedação em Unidades de Cuidados Intensivos.
Sempre que Propofol for usado para sedação em doentes idosos, a dose de perfusão deverá ser reduzida. Em doentes dos graus ASA 3 e 4 a dose e a velocidade de administração deverão ser ainda mais reduzidas. A administração rápida em injecção directa (única ou repetida) não deverá ser utilizada em idosos, uma vez que poderá conduzir a depressão cardio-respiratória.
Não deve ser excedida a dose máxima recomendada de 4 mg/Kg(de peso corporal)/h de Propofol. Propofol Tecnimede pode ser diluído em Glucose a 5%. O Propofol deve ser administrado com precaução a doentes com alterações do metabolismo lipídico (ex.: hiperlipoproteinemia primária, hiperlipidemia, pancreatite). Os doentes em risco de desenvolver hiperlipidemias devem ser monitorizados para o aumento da concentração sérica de triglicéridos ou turvação do soro. A administração de Propofol Tecnimede, deve ser ajustada apropriadamente se a monitorização indicar que os lípidos estão a ser eliminados de forma inadequada. Se o doente está medicado com outros lípidos IV, a redução deve ser efectuada tendo em conta a quantidade total de lípidos perfundida pertencendo à formulação de Propofol Tecnimede; que contém em 1,0 ml, aproximadamente 0,1 g de lípidos (1,1 Kcal).
Sedação para procedimentos de diagnósticos e cirúrgicos
Adultos
Para promover sedação para procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos, as taxas de perfusão, devem ser adaptadas individualmente e em função da resposta clínica. A maioria dos doentes requer 0,5 a 1 mg/kg (de peso corporal) durante 1 a 5 minutos para o início da sedação. A manutenção da sedação pode ser conseguida através da titulação da perfusão de Propofol Tecnimede, para os níveis de sedação pretendidos, na maioria dos doentes 1,5 a 4,5 mg/kg(peso corporal)/h. Para além da perfusão, a administração em bólus de 10 a 20 mg pode ser utilizada se se necessita de aumentos rápidos na profundidade da sedação. Em doentes com ASA de Grau 3 e 4 a taxa de perfusão e as doses podem necessitar de redução.
Doentes idosos
Propofol Tecnimede deve ser titulado em função da resposta do doente. Doentes com idade superior a 55 anos podem necessitar de doses mais baixas de Propofol Tecnimede, para sedação para procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos.
Sempre que Propofol for usado para sedação em doentes idosos, a dose de perfusão deverá ser reduzida. Em doentes dos graus ASA 3 e 4, a dose e a velocidade de administração deverão ser ainda mais reduzidas. A administração rápida em injecção directa (única ou repetida) não deverá ser utilizada em idosos, uma vez que poderá conduzir a depressão cardio-respiratória.
Crianças
Propofol Tecnimede não está recomendado para a sedação em crianças.
Modo de Administração ? Advertências gerais
Cada ampola deve ser agitada antes da sua utilização. A emulsão pode ser diluída, antes da sua administração com Glucose a 5 % ou lidocaína.
Uma vez que Propofol Tecnimede não contém conservantes, imediatamente após abertura da ampola deve ser feita a aspiração do produto, assepticamente, para seringa estéril ou equipamento de perfusão. A administração do medicamento deve ser iniciada sem demora. Os cuidados de assepsia devem ser observados durante o tempo que durar a perfusão, quer na manipulação do fármaco quer no equipamento em contacto.
Quaisquer fármacos adicionados à perfusão de Propofol devem ser administrados próximo do local da punção venosa.
Propofol não deve ser administrado através de membrana filtrante e esterilizante.
Qualquer ampola ou seringa contendo Propofol destina-se a ser utilizada num só doente. A administração de Propofol em perfusão não deve exceder 12 horas.
Propofol pode ser utilizado em perfusão, sem diluição, em seringas ou frascos de vidro adequados para o efeito.
Quando Propofol é utilizado sem diluição na manutenção da anestesia, recomenda-se a sua administração em bomba de perfusão de seringa ou bomba de perfusão peristáltica, por forma a poder controlar as velocidades de perfusão.
Caso Propofol seja administrado diluído, recomenda-se a utilização de soluções isotónicas de glucose a 5 %, a sua administração deve ser feita em bolsas de perfusão de PVC ou frascos de vidro para perfusão, e as diluições não devem exceder a proporção de 1:5 (não menos de 2 mg de Propofol / ml). Estas diluições devem ser preparadas assepticamente e imediatamente antes da sua utilização, não excedendo nunca as 6 horas após preparação. Na prática recomenda-se:
- Cada ampola de 20 ml não deve ser diluída em mais de 100 ml de uma solução isotónica de glucose a 5 %.
- Cada frasco de 50 ml não deve ser diluído em mais de 250 ml de uma solução isotónica de glucose a 5 %.
Para reduzir a dor provocada pela injecção inicial, a dose de Propofol utilizada para indução pode ser misturada com solução de lidocaína a 2%, na proporção de 20 partes de Propofol Tecnimede para 1 parte de solução de lidocaína a 2%.
A perfusão pode ser efectuada por diversas técnicas, mas a utilização de um único equipamento standard não evitará o risco de perfusão acidental descontrolada de grandes volumes de Propofol diluído. Assim devem ser utilizados uma bureta, um conta-gotas ou uma bomba volumétrica.
Geralmente, além de Propofol, são necessários agentes analgésicos suplementares. Propofol foi utilizado em associação com anestesia espinal e epidural, e com medicação pré-anestésica, vulgarmente utilizada, tais como bloqueadores neuromusculares, agentes inalatórios e analgésicos, não se tendo verificado incompatibilidade farmacológica. No entanto, poderão ser necessárias doses menores quando Propofol é utilizado em concomitância com outras técnicas anestésicas.
Se utilizar mais Propofol Tecnimede do que deveria
É provável que a sobredosagem acidental provoque depressão cardio-respiratória. A depressão respiratória deve ser tratada usando ventilação artificial com oxigénio. Se ocorrer depressão cardiovascular deverá baixar-se a cabeça do doente e no caso de ser grave, devem usar-se expansores do plasma e agentes vasopressores.