Carvedilol Tecnimede pertence ao grupo 3.4.4.2.3. - Bloqueadores beta e alfa.
Carvedilol Tecnimede, está indicado na:
- Hipertensão essencial,
- Angina de peito crónica estável.
2. ANTES DE TOMAR CARVEDILOL TECNIMEDE
Não tome Carvedilol Tecnimede
- se tem insuficiência cardíaca não compensada de classe IV “New York Heart Association” requerendo suporte inotrópico por via intravenosa;
- se tem doença pulmonar obstrutiva crónica com um componente broncospástico;
- se tem disfunção hepática clinicamente manifesta.
Tal como outros bloqueadores beta, o carvedilol não deve ser administrado em doentes com:
- Asma brônquica;
- Bloqueio AV de 2º e 3º graus;
APROVADO EM 13-11-2010 INFARMED
- Bradicardia grave (< 50 bpm);
- Choque cardiogénico;
- Doença do nódulo sinusal (incluindo bloqueio sinoauricular);
- Hipotensão grave (pressão arterial sistólica < 85 mm Hg);
- Hipersensibilidade ao carvedilol ou a qualquer excipiente do medicamento;
- Acidose metabólica;
- Angina variante de Prinzmetal;
- Distúrbios graves da circulação arterial periférica;
- Tratamento intravenoso concomitante com verapamilo ou diltiazem.
Tome especial cuidado com Carvedilol Tecnimede
Advertências relativamente ao carvedilol e aos bloqueadores beta em geral
O carvedilol não deve ser utilizado em doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica não medicados por via oral ou inalatória, a não ser que o benefício esperado compense o risco potencial. Em doentes com tendência para reacções broncospásticas pode ocorrer dificuldade respiratória resultante de um possível aumento na resistência das vias aéreas. Os doentes devem ser rigorosamente monitorizados durante o início do tratamento e ajuste da dose de carvedilol, devendo reduzir-se a dose de carvedilol no caso de se observarem indícios de broncospasmo durante o tratamento.
O carvedilol pode mascarar ou atenuar os sinais e sintomas de hipoglicemia aguda. Em doentes diabéticos com insuficiência cardíaca, a utilização de carvedilol pode estar associada a maior dificuldade no controlo da glicemia. Em doentes diabéticos é, portanto, necessário monitorizar regularmente a glicemia quando se inicia o tratamento com carvedilol ou se aumenta a dose, devendo ser também ajustado o tratamento hipoglicemiante.
O carvedilol, assim como outros fármacos bloqueadores beta, pode mascarar os sintomas de tireotoxicose.
O carvedilol pode induzir bradicardia. Se a frequência cardíaca descer para valores inferiores a 55 batimentos por minuto, a dose de carvedilol deve ser reduzida.
Em doentes medicados com antagonistas dos canais do cálcio do tipo verapamilo ou diltiazem, ou outros fármacos antiarrítmicos, é necessário proceder à monitorização do ECG e da tensão arterial. A co-administração intravenosa deve ser evitada.
O uso concomitante de cimetidina deve ser feito com cuidado uma vez que os efeitos do carvedilol podem ser aumentados.
Os portadores de lentes de contacto devem ser advertidos para a possibilidade de redução da produção de lágrimas.
APROVADO EM 13-11-2010 INFARMED
O carvedilol deve ser administrado com precaução em doentes com história de reacções de hipersensibilidade graves e em doentes submetidos a terapêutica de dessensibilização, uma vez que os bloqueadores beta podem aumentar a sensibilidade aos alergénios e a gravidade das reacções anafilácticas. Deve ter-se cuidado na prescrição de bloqueadores beta a doentes com psoríase uma vez que as reacções dermatológicas podem ser agravadas.
O carvedilol deve ser usado com precaução em doentes com doença vascular periférica, uma vez que os bloqueadores beta podem precipitar ou agravar os sintomas de insuficiência arterial. No entanto, a experiência clínica existente para este grupo de doentes é reduzida. O mesmo se aplica a doentes com síndroma de Raynaud, mas pode ocorrer intensificação dos sintomas.
Doentes com reconhecido fraco metabolismo de debrisoquina devem ser monitorizados de perto durante o início da terapêutica com carvedilol.
Uma vez que a experiência clínica existente é limitada, o carvedilol deve ser utilizado com precaução em doentes com hipertensão lábil ou secundária, ortostase, doença cardíaca inflamatória aguda, obstrução hemodinâmica significativa das válvulas cardíacas ou do tracto circulatório, doença arterial periférica de último estágio, tratamento concomitante com antagonistas dos receptores α1 ou agonistas dos receptores α2.
Devido à sua acção dromotrópica negativa, o carvedilol deve ser administrado com cuidado a doentes com bloqueio cardíaco de primeiro grau.
Os bloqueadores beta reduzem o risco de arritmias na anestesia mas, por outro lado, o risco de hipotensão pode ser aumentado. Deste modo, recomenda-se precaução aquando do uso de certos fármacos anestésicos. No entanto, estudos recentes sugerem um efeito benéfico dos bloqueadores beta na prevenção da morbilidade cardíaca perioperatória e na redução da incidência de complicações cardiovasculares.
Tal como com outros fármacos bloqueadores beta, o tratamento com carvedilol não deve ser interrompido repentinamente. Esta recomendação aplica-se em especial nos doentes com cardiopatia isquémica. A retirada do carvedilol nestes doentes deve ser gradual, dentro de 2 semanas, por exemplo, reduzindo a dose diária para metade a cada três dias. Se necessário, pode ser iniciada terapêutica de substituição simultaneamente, de modo a prevenir a exacerbação da angina de peito.
Ao tomar Carvedilol Tecnimede com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Antiarrítmicos
APROVADO EM 13-11-2010 INFARMED
Foram observados casos isolados de alteração da condução, raramente com implicação hemodinâmica, quando se administraram simultaneamente carvedilol e diltiazem, verapamilo e/ou amiodarona por via oral. Tal como com outros fármacos beta bloqueadores, deve proceder-se à monitorização rigorosa do ECG e da tensão arterial, quando se administram concomitantemente bloqueadores dos canais do cálcio, do tipo verapamilo ou diltiazem, uma vez que o risco de alteração de condução AV ou de insuficiência cardíaca está aumentado (efeito sinérgico) . A monitorização rigorosa é também recomendada nos casos de co-administração de carvedilol e fármacos antiarrítmicos da classe I ou terapêutica com amiodarona (por via oral). Bradicardia, paragem cardíaca e fibrilhação ventricular foram relatados pouco depois do início do tratamento com bloqueadores beta em doentes que estavam a receber amiodarona. Existe risco de insuficiência cardíaca no caso de terapêutica intravenosa concomitante com antiarrítmicos da classe Ia ou Ic.
A terapêutica concomitante com reserpina, guanetidina, metildopa, guanefacina e inibidores da MAO (exceptuando inibidores da MAO-B) pode levar a um decréscimo adicional da frequência cardíaca. Recomenda-se a monitorização dos sinais vitais.
Di-hidropiridinas
A administração de di-hidropiridinas e carvedilol deve ser feita sob cuidadosa supervisão uma vez que têm sido reportados casos de falência cardíaca e hipotensão grave.
Nitratos
Potenciam os efeitos hipotensores.
Glicosídeos cardíacos
Observou-se um aumento do nível do estado estacionário da digoxina, aproximadamente 16%, bem como da digoxina, aproximadamente 13%, em doentes hipertensos e relacionado com o uso concomitante de carvedilol e digoxina. Recomenda-se uma maior monitorização dos níveis plasmáticos de digoxina quando se inicia, ajusta ou termina o tratamento com carvedilol.
Outros fármacos anti-hipertensores
O carvedilol pode potenciar o efeito de outros fármacos com actividade anti-hipertensora administrados concomitantemente (por exemplo, agonistas dos receptores α1) e de fármacos com um perfil de efeitos adversos que inclua hipotensão como os barbitúricos, fenotiazidas, antidepressivos tricíclicos, agentes vasodilatadores e álcool.
Ciclosporina
Os níveis plasmáticos da ciclosporina são aumentados com a administração concomitante de carvedilol. É recomendada a monitorização cuidadosa das concentrações de ciclosporina.
Antidiabéticos incluindo insulina
APROVADO EM 13-11-2010 INFARMED
Os efeitos da insulina ou dos hipoglicemiantes orais podem ser intensificados. Os sinais e sintomas de hipoglicemia podem ser mascarados ou atenuados. Deste modo, torna-se necessária a monitorização regular da glicemia em doentes diabéticos.
Clonidina
Quando é interrompida a terapêutica concomitante de clonidina e carvedilol, este último deve ser descontinuado vários dias antes do início da diminuição da dose de clonidina.
Anestésicos inalatórios
Deve prestar-se especial atenção durante a anestesia ao sinergismo existente entre os efeitos inotrópico negativo e hipotensor do carvedilol e dos anestésicos.
Anti-Inflamatórios Não Esteróides (AINE’s), estrogénios e corticosteróides
O efeito anti-hipertensor do carvedilol é diminuído devido à retenção de água e sódio.
Fármacos indutores ou inibidores das enzimas do citocromo P450
Doentes que recebam fármacos indutores (por exemplo, rifampicina e barbitúricos) ou inibidores (por exemplo, cimetidina, cetoconazol, fluoxetina, haloperidol, verapamilo, eritromicina) das enzimas do citocromo F, devem ser monitorizados com cuidado durante o tratamento concomitante com carvedilol, uma vez que as concentrações de carvedilol podem ser reduzidas pelos primeiros agentes (indutores) e aumentadas pelos inibidores das enzimas.
Simpaticomiméticos com efeitos α-miméticos e β-miméticos
Risco de hipertensão e bradicardia excessiva.
Ergotamina
Aumento da vasoconstrição.
Agentes bloqueadores neuromusculares
Aumento do bloqueio neuromuscular.
Ao tomar Carvedilol Tecnimede com alimentos e bebidas
Não são conhecidas interacções com alimentos ou bebidas.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento
O uso de carvedilol não é recomendado durante a gravidez e o aleitamento.
Os bloqueadores beta diminuem a perfusão placentária, o que pode causar morte fetal intra-uterina, partos prematuros ou fetos imaturos. Além disso, efeitos adversos (nomeadamente hipoglicemia, bradicardia, depressão respiratória e hipotermia) podem
APROVADO EM 13-11-2010 INFARMED
ocorrer no feto e recém-nascido. No período pós-natal, o recém-nascido tem um risco acrescido de ocorrência de complicações pulmonares e cardíacas. O carvedilol só deve ser utilizado na mulher grávida se os benefícios esperados para a mãe superarem os potenciais riscos para o feto/recém-nascido.
O carvedilol e os seus metabolitos são excretados no leite materno. Portanto, desaconselha-se o aleitamento durante a administração de carvedilol.
Condução de veículos e utilização de máquinas
O tratamento com carvedilol pode causar reacções individuais capazes de prejudicar o estado de vigília, particularmente quando se inicia ou se altera o tratamento. Sob adequado controlo terapêutico, não há conhecimento de que o carvedilol diminua a capacidade de condução ou utilização de máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Carvedilol Tecnimede
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.