Não utilize Cloreto de Sódio Labesfal:
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se tem alergia ao cloreto de sódio ou a qualquer outro componente deste medicamento indicados na secção 6).
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para induzir a emese, pelo facto de constituir uma prática perigosa e terem sido referidas mortes resultantes de hipernatrémia.
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a administração excessiva deve ser evitada por poder conduzir a hipocaliémia.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar Cloreto de Sódio Labesfal.
Os sais de sódio devem ser administrados com precaução a pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar ou periférico, insuficiência renal ou pré-eclâmpsia.
É necessária precaução quando se administra cloreto de sódio por via intravenosa a pacientes muito novos ou idosos. A administração excessiva deve ser evitada por poder conduzir a situações de hipocaliémia.
Em doentes com insuficiência cardíaca ou pulmonar e em doentes com libertação de vasopressina não-osmótica (uma hormona que regula a retenção de água no organismo), a perfusão de volumes elevados de Cloreto de Sódio 0,45 % Labesfal deve ser realizada sob monitorização.
Em doentes com doença aguda, dor, stress pós-operatório, infeção, queimaduras e doenças do sistema nervoso central, relacionada com libertação de vasopressina não-osmótica ou, ainda, em doentes com doenças cardíacas, renais, qualquer doença do fígado ou tratados com medicamentos que aumentem os efeitos de vasopressina (ver secção “Outros medicamentos e Cloreto de Sódio Labesfal”), poderá existir um risco aumentado de níveis baixos de sódio no sangue (hiponatremia aguda) após a perfusão de cloreto de sódio 0,45 %.
A hiponatremia aguda pode levar a encefalopatia hiponatrémica aguda (edema cerebral), caracterizada por dores de cabeça, náuseas, convulsões, letargia e vómitos. Os doentes com edema cerebral apresentam um risco particular de lesões cerebrais graves, irreversíveis e potencialmente fatais.
As crianças, mulheres em idade fértil e doentes com doenças do cérebro tais como meningite, hemorragia do cérebro e contusão cerebral estão em risco particular de inchaço grave do cérebro (edema cerebral) e que põe a vida em risco causado pela hiponatremia aguda.
Outros medicamentos e Cloreto de Sódio Labesfal
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar, tiver utilizado recentemente, ou se vier a utilizar outros medicamentos.
Informe o seu médico se estiver a tomar medicamentos que causam um aumento do efeito da vasopressina (ver secção ‘Advertências e Precauções’), como por exemplo:
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medicamentos que estimulam a libertação da vasopressina (ex.: clorpropamida, clofibrato, carbamazepina, vincristina, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, 3,4-metilenodioxi-N-metanfetamina, ifosfamida, antipsicóticos, narcóticos);
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medicamentos que potenciam a ação da vasopressina (ex.: clorpropamida, fármacos anti-inflamatórios não esteroides, ciclofosfamida);
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medicamentos que agem como vasopressinas, os chamados análogos das vasopressinas (ex.: desmopressina, oxitocina, vasopressina, terlipressina);
Ou outros medicamentos que também aumentem o risco de hiponatremia como, por exemplo, os diuréticos em geral e antiepiléticos como a oxcarbazepina.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Cloreto de Sódio 0,45 % Labesfal deve ser administrado com precaução especial em mulheres grávidas durante o trabalho de parto particularmente se combinado com oxitocina (uma hormona que poderá ser administrada para induzir o trabalho de parto e para controlar hemorragias).
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se verificam efeitos deste tipo.
3. Como utilizar Cloreto de Sódio Labesfal
Utilize este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose oral de cloreto de sódio sugerida para reposição, é de cerca de 1 a 2g 3 vezes ao dia com a comida ou sob a forma de solução; podem ser necessárias
doses até 12g por dia, nos casos mais graves. A glucose facilita a absorção do sódio no trato gastrointestinal e as soluções contendo cloreto de sódio e glucose, frequentemente com eletrólitos adicionais, são utilizadas para rehidratação oral na diarreia aguda e cólera.
A concentração e dosagem das soluções de cloreto de sódio para administração intravenosa é determinada por vários fatores incluindo a idade, peso e condições clínicas do paciente. As concentrações séricas de eletrólitos devem ser cuidadosamente monitorizadas.
O cloreto de sódio 0,9% (isotónico, iso-osmótico) é utilizado na depleção de sódio; podem ser administrados 2 a 3 litros durante 2 a 3 horas e depois a uma velocidade mais lenta. Se se verificar a depleção combinada de sódio e água, é frequentemente indicado um fluído consistindo em cloreto de sódio 0,9% e glucose 5%.
O cloreto de sódio 0,45% (hipotónico) pode também ser utilizado em determinadas circunstâncias para reposição de fluidos.
Quando lhe for administrado Cloreto de Sódio 0,45 % Labesfal, o seu médico irá fazer-lhe análises para monitorizar o equilíbrio de fluidos, os eletrólitos séricos (com especial atenção ao sódio sérico) e o equilíbrio ácido-base, especialmente se tiver um aumento na libertação de vasopressina não-osmótica (síndrome de secreção inapropriada de hormona antidiurética (SIADH)) ou se estiver co- medicado com medicamentos agonistas da vasopressina devido ao risco de hiponatremia adquirida em ambiente hospitalar.
A monitorização do sódio sérico é particularmente importante no caso dos fluidos hipotónicos.
O cloreto de sódio 1,8%, 3% ou 5% (hipertónicos) são utilizados em casos de hiponatrémia aguda grave.
Utilização em crianças e adolescentes
O volume e a velocidade de perfusão serão ajustados à idade, ao peso e ao estado clínico do doente. A terapia concomitante irá ser determinada pelo médico especialista em terapêutica pediátrica com fluidos intravenosos.
Se utilizar mais Cloreto de Sódio Labesfal do que deveria
No caso de ingestão aguda recente de cloreto de sódio a indução da emese ou a lavagem gástrica devem ser realizadas em conjunto com tratamento sintomático e de suporte.
Na hipernatrémia, as concentrações séricas de sódio, devem ser corrigidas lentamente a uma velocidade que não exceda 10 a 12mmol/l/dia; os fluidos sugeridos para administração intravenosa incluem as soluções de cloreto de sódio hipotónicas e isotónicas (hipotónica em pacientes hipertónicos). Foi também sugerido que a diálise pode ser necessária se existir insuficiência renal significativa, se o paciente estiver moribundo ou se as concentrações de sódio forem superiores a 200mmol/l.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.