Substância(s) Polidocanol (lauromacrogol 400)
Admissão Portugal
Produtor Chemische Fabrik Kreussler & Co. GmbH
Narcótica Não
Data de aprovação 27.02.2015
Código ATC C05BB02
Grupo farmacológico Terapia com antivaricose

Titular da autorização

Chemische Fabrik Kreussler & Co. GmbH

Folheto

O que é e como se utiliza?

Etoxisclerol é um agente esclerosante para injeção local cuja substância ativa é o lauromacrogol 400.

Etoxisclerol é utilizado para tratar varizes e hemorroidas.

O Etoxisclerol para tratamento de varizes pode ser injetado sob a forma de líquido ou de microespuma e atua provocando uma rotura no revestimento do vaso sanguíneo, interrompendo também o fluxo de sangue através dessa veia. A perna afetada é então sujeita a compressão, o que ajuda a completar o encerramento da veia que tem a variz.

No tratamento das hemorroidas provoca-se a reação pretendida do tecido (inflamatória) em redor do local da injeção. Esta reação resulta numa esclerose/fibrose localizada do tecido e o nódulo hemorroidal fixa-se ao tecido subjacente impedindo que a hemorroida fique fora do ânus (prolapso). Adicionalmente, o fecho dos vasos sanguíneos no nódulo hemorroidal e em seu redor origina uma diminuição do aporte de sangue ao nódulo hemorroidal e assim a uma diminuição da massa da hemorroida.

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O que se deve tomar em consideração antes de utilizá-lo?

se tem alergia ao lauromacrogol 400 ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).

se sofre de uma doença sistémica (que afeta todo o corpo) aguda e grave (especialmente doentes não tratados);

se está acamado ou não consegue andar;

se sofre de uma doença circulatória arterial grave (doença arterial oclusiva, graus III e IV da classificação de Fontaine);

se sofre de oclusão vascular devido a coágulos sanguíneos (doenças tromboembólicas),

se tem um risco elevado de oclusões vasculares (tromboses), ou seja, doentes com predisposição congénita para coágulos sanguíneos ou com múltiplos fatores de risco, tais como utilização de contracetivos hormonais (ex: a pílula) ou terapêutica de substituição hormonal, excesso de peso, fumadores e grandes períodos de imobilização;

caso pretenda efetuar uma escleroterapia com microespuma: se tem sintomas provocados por uma abertura no septo cardíaco com desvio de sangue da direita para a esquerda do coração, que esteja diagnosticada (“shunt” direita-esquerda conhecido sintomático).

Não utilize Etoxisclerol no tratamento de hemorroidas

se tem alergia ao lauromacrogol 400 ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6),

se sofre de uma doença sistémica (que afeta todo o corpo) aguda e grave (especialmente doentes não tratados);

se tem uma inflamação aguda na zona da injeção.

Advertências e precauções no tratamento de veias com varizes

Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar Etoxisclerol: se tem febre;

se sofre de episódios de dificuldade em respirar (asma brônquica); se sofre de uma forte predisposição para alergias;

se o seu estado de saúde geral é muito débil;

se pretende efetuar escleroterapia de veias muito finas: em doentes com alterações na circulação arterial (doença arterial oclusiva, grau II da classificação de Fontaine); se tem as pernas inchadas com acumulação de líquido (edema) e se este inchaço não melhorar com a aplicação de ligaduras de compressão ou meia elástica;

se sofre de uma doença inflamatória da pele na zona do tratamento;

se tem sintomas de uma oclusão dos vasos sanguíneos mais pequenos, por exemplo, devido a diabetes (microangiopatia) e diminuição das sensações (neuropatia);

se a sua mobilidade é reduzida.

Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de efetuar escleroterapia com microespuma:

se tem uma abertura no septo cardíaco diagnosticada, mesmo que o desvio de sangue da direita para a esquerda não provoque sinais de doença/não seja acompanhado de quaisquer sintomas (“shunt” direita - esquerda conhecido assintomático);

se tem antecedentes de perda de visão ou disfunção dos nervos (sintomas visuais ou neurológicos) após uma escleroterapia com microespuma efetuada anteriormente.

Advertências e precauções no tratamento de hemorroidas

Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar Etoxisclerol:

se tem febre;

se sofre de episódios de dificuldade em respirar (asma brônquica); se sofre de uma forte predisposição para alergias;

se o seu estado de saúde geral é muito débil;

se tem uma doença inflamatória crónica do intestino (por exemplo, doença de Crohn).

Outros medicamentos e Etoxisclerol

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar, ou tiver utilizado recentemente, ou se vier a utilizar outros medicamentos.

A utilização de Etoxisclerol em combinação com um anestésico pode intensificar o efeito dos anestésicos.

Gravidez, amamentação e fertilidade

Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.

Estudos realizados em animais não revelaram qualquer evidência de malformações (efeitos teratogénicos). Contudo, se está grávida, e como medida de precaução, o seu médico não deve aplicar Etoxisclerol a menos que a sua utilização seja claramente necessária, pois não existem dados adequados relativos à utilização de Etoxisclerol em mulheres grávidas.

Caso seja necessário efetuar um tratamento com Etoxisclerol durante o aleitamento, é aconselhável suspender a amamentação durante 2-3 dias, pois não foi investigada a excreção do lauromacrogol 400 no leite materno humano. Estudos realizados em ratos revelaram que a substância ativa é excretada no leite materno de ratos.

Não estão disponíveis dados relativos ao efeito do lauromacrogol 400 na fertilidade humana.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não são conhecidos efeitos negativos do Etoxisclerol na capacidade de condução de veículos e utilização de máquinas.

Etoxisclerol contém etanol, potássio e sódio

Este medicamento contém 84 mg de álcool (etanol) em cada ampola que é equivalente a 5% v/v. A quantidade numa ampola deste medicamento é equivalente a 2 ml de cerveja ou 1 ml de vinho.

É pouco provável que a quantidade de álcool neste medicamento tenha efeitos em adultos e adolescentes, e é pouco provável que os seus efeitos em crianças sejam percetíveis. Pode ter alguns efeitos em crianças mais pequenas, como por exemplo sonolência.

O álcool presente neste medicamento pode alterar os efeitos de outros medicamentos. Fale com o seu médico ou farmacêutico se está a tomar outros medicamentos.

Se está grávida ou a amamentar, fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.

Se é dependente de álcool, fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.

Este medicamento contém menos do que 1 mmol (39 mg) de potássio por ampola, ou seja, é praticamente ‘isento de potássio’.

Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por ampola, ou seja, é praticamente ‘isento de sódio’.

3. Como utilizar Etoxisclerol

Etoxisclerol é administrado por injeção na veia com variz ou na hemorroida. Deverá ser sempre administrado pelo médico, o qual selecionará a dose apropriada e o modo de administração.

Tratamento das varizes Posologia

Etoxisclerol pode ser usado sob a forma de líquido ou microespuma. O seu médico tem acesso a informação mais detalhada no Resumo das Características do Medicamento para profissionais de saúde. Dependendo do tamanho da variz que vai ser tratada, o seu médico decidirá qual o tratamento que deve ser aplicado. Em caso de dúvida, deve ser escolhida a dose mais baixa.

De um modo geral, não deve ser excedida a dose de 2 mg/kg/dia de lauromacrogol 400 (para um doente que pesa 70 kg, tal corresponde a uma dose até 28 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml, 14 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml, 7 ml de Etoxisclerol 20 mg/ml ou 4,6 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml).

Quando se administra uma microespuma recomenda-se que não seja excedida a dose total de 10 ml de microespuma por sessão e dia – independentemente do peso corporal. Volumes de microespuma superiores são aplicáveis em conformidade com a avaliação risco-benefício para cada indivíduo.

Modo de administração

As injeções têm de ser estritamente dadas por via intravenosa.

Dependendo do grau e da extensão das varizes, poderão ser necessários vários tratamentos.

Tratamento por compressão após a injeção de Etoxisclerol

Após a escleroterapia com Etoxisclerol líquido, a compressão é aplicada imediatamente.

Após a escleroterapia com microespuma, a perna do doente é inicialmente imobilizada durante 2-5 minutos. A compressão não deve ser aplicada imediatamente mas 5 a 10 minutos após a injeção.

Em ambos os casos, após a cobertura do local da injeção, deve aplicar-se uma ligadura com forte compressão ou uma meia elástica. Em seguida, o doente deve andar 30 minutos, preferencialmente dentro dos seus limites de exercício físico.

Duração da compressão

A compressão deve ser aplicada durante alguns dias até várias semanas, dependendo da extensão e gravidade das varizes. Para ter a certeza de que a ligadura não desliza recomenda-se uma faixa de espuma de suporte sob a ligadura de compressão.

Tratamento de hemorroidas

Para o tratamento de hemorroidas utiliza-se o Etoxisclerol 30 mg/ml.

Posologia

Durante uma sessão de tratamento, não deve exceder-se um total de 3 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml.

Modo de administração

A injeção deve ser estritamente submucosa (debaixo da membrana mucosa) e dada diretamente na hemorroida ou acima dela.

Dependendo da gravidade da hemorroida, poderão ser necessários vários tratamentos.

Se utilizar mais Etoxisclerol do que deveria

Uma sobredosagem pode causar a morte do tecido nesse local (necrose), especialmente após a injeção no tecido em redor da variz na veia.

No caso das hemorroidas, a necrose pode provavelmente estender-se ao tecido circundante.

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Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.

Nesta secção, inclui-se a informação acerca das reações adversas que foram notificadas em associação com a utilização da substância ativa a nível mundial. Algumas vezes as reações foram incómodas mas, felizmente, na maior parte dos casos foram apenas temporárias. Como estas reações são frequentemente notificadas espontaneamente por uma população cuja dimensão não é conhecida e sem um grupo de controlo, não é possível estimar a sua frequência com exatidão ou estabelecer uma relação causal definida com a exposição ao fármaco em cada caso. Contudo, pode fazer-se uma suposição razoável com base na experiência a longo prazo.

Tratamento de varizes

Observaram-se reações adversas locais (ex: necrose), especialmente na pele e no tecido circundante da variz na veia (e, em casos raros, nos nervos) durante o tratamento de varizes nas veias da perna após uma injeção inadvertida no tecido circundante. O risco aumenta quando aumentam as concentrações e os volumes de Etoxisclerol.

As seguintes reações adversas foram observadas com as frequências descritas em seguida:

Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas)

Aparecimento de vasos sanguíneos na zona esclerosada que não eram visíveis antes do tratamento (neovascularização), nódoa negra (hematoma), alteração da cor da pele (hiperpigmentação), hemorragia na pele (equimose), dor no local da injeção (a curto prazo), trombose no local da injeção (coágulos de sangue localizados no interior das varizes).

Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)

Inflamação na veia (tromboflebite superficial, flebite), inflamação alérgica da pele (dermatite), erupções na pele (urticária de contacto), reação na pele, vermelhidão da pele (eritema), morte do tecido no local (necrose), endurecimento do tecido, inchaço, lesão no nervo.

Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas)

Trombose venosa profunda (possivelmente devido a doença subjacente) e dor na extremidade

Muito raros (podem afetar até 1 em 10.000 pessoas)

Choque anafilático (reação alérgica súbita com risco de vida, cujos sintomas são: súbita dificuldade em respirar, tonturas, queda da tensão arterial), angioedema (cujos sintomas incluem: inchaços súbitos, especialmente na face, como por exemplo, nas pálpebras, lábios ou laringe), erupções na pele (urticária generalizada), asma (ataque de asma), apoplexia (acidente vascular cerebral), fraqueza que provoca perda de movimento num dos lados do corpo (hemiparese), dor de cabeça, enxaqueca (rara com microespuma esclerosante), alterações sensoriais locais (parestesias locais), diminuição da sensação ou da sensibilidade na boca (hipoestesia oral), perda de consciência, confusão, alteração da fala a nível central (afasia), dificuldade em controlar os movimentos (ataxia), tonturas, alterações na visão (raras com a microespuma esclerosante), ataque cardíaco (paragem cardíaca), síndrome do coração partido (cardiomiopatia de stress), batimentos do coração rápidos ou irregulares (palpitações), bloqueio da artéria do pulmão (embolismo pulmonar), desmaio (síncope vasovagal), colapso circulatório, inflamação da parede do vaso sanguíneo (vasculite), dificuldade em respirar (dispneia), sensação de pressão no peito, tosse, alterações do paladar, náuseas, vómitos, crescimento excessivo de pelos (hipertricose) na zona da escleroterapia, febre, afrontamentos, fraqueza não habitual (astenia), sensação de mau estar geral (mal estar), tensão arterial anómala, ritmo anómalo do coração

Tratamento das hemorroidas

No tratamento das hemorroidas observaram-se, durante a após a injeção, reações adversas locais, tais como queimadura, dor, desconforto e sensação de pressão, especialmente na parte superior esquerda do ânus no homem (zona da próstata). Estas reações são de natureza temporária e podem durar 2-3 dias em casos raros.

A escleroterapia das hemorroidas é indolor se for utilizada uma técnica adequada, uma vez que não existem fibras nervosas sensoriais na zona da injeção. Adicionalmente, foram observadas as seguintes reações adversas com as frequências apresentadas em seguida:

Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas)

Sensação de queimadura da mucosa, dor no local da injeção, desconforto, sensação de pressão

Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)

Inflamação do ânus e/ou reto (proctite), comichão na pele em redor do ânus (prurido anal), inflamação alérgica da pele (dermatite alérgica), erupções na pele (urticária de contacto), reação na pele, endurecimento do tecido

Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas)

Morte localizada do tecido (necrose), que raramente se estende ao tecido circundante da hemorroida, sangramento no local da injeção, trombose no local da injeção (dentro da hemorroida)

Muito raros (podem afetar até 1 em 10.000 pessoas)

Choque anafilático (reação alérgica súbita com risco de vida, cujos sintomas são: súbita dificuldade em respirar, tonturas, queda da tensão arterial), angioedema (cujos sintomas incluem: inchaços súbitos, especialmente na face, como por exemplo, nas pálpebras, lábios ou laringe), erupções na pele (urticária generalizada), asma (ataque de asma), perda de consciência, confusão, tonturas, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares (palpitações), desmaio (síncope vasovagal), colapso circulatório, náuseas, disfunção erétil, febre, tensão arterial anómala.

Comunicação de efeitos indesejáveis

Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos indesejáveis diretamente ao INFARMED, I.F. através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos indesejáveis, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.

Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram (preferencialmente)

ou através dos seguintes contactos:

Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa

Tel: +351 21 798 73 73

Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)

E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt

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Como deve ser guardado?

Este medicamento não requer quaisquer precauções especiais de conservação. Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

A ampola destina-se a uma única utilização. Qualquer quantidade que reste deve ser rejeitada.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.

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Mais informações

Qual a composição de Etoxisclerol

A substância ativa é lauromacrogol 400.

1 ampola de 2 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml contém 10 mg de lauromacrogol 400.

1 ampola de 2 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml contém 20 mg de lauromacrogol 400. 1 ampola de 2 ml de Etoxisclerol 20 mg/ml contém 40 mg de lauromacrogol 400. 1 ampola de 2 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml contém 60 mg de lauromacrogol 400.

Os outros componentes (excipientes) são: etanol 96%, fosfato monopotássico, fosfato dissódico dihidratado, água para preparações injetáveis.

Qual o aspeto de Etoxisclerol e conteúdo da embalagem

Etoxisclerol é uma solução transparente com uma muito ligeira coloração amarela esverdeada. É fornecida em embalagens de 5 ampolas contendo 2 ml de solução injetável.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Chemische Fabrik Kreussler & Co. GmbH Rheingaustrasse 87-93

65203 Wiesbaden, Alemanha Tel.: +49 611 9271-0

Fax: +49 611 9271-111 E-mail: info@kreussler.com

Este folheto foi revisto pela última vez em

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A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:

Etoxisclerol deve ser administrado por um médico com experiência em técnicas de escleroterapia.

Precauções de utilização importantes

Escleroterapia de varizes

Os agentes esclerosantes nunca devem ser injetados por via intra-arterial pois tal pode provocar necroses graves, que poderão necessitar de amputação. Deve consultar-se imediatamente um cirurgião vascular se tal incidente ocorrer.

Uma indicação na zona da face tem de ser estritamente avaliada para todos os agentes esclerosantes pois uma injeção intravascular pode provocar uma inversão da pressão nas artérias com uma perda irreversível da visão.

Em certas partes do corpo, como é o caso dos pés ou da região do maléolo, o risco de uma inadvertida injeção intra-arterial pode estar aumentado. Deste modo, nestas zonas apenas devem ser usadas pequenas quantidades em baixas concentrações tomando particular cuidado.

Tratamento de uma intoxicação local após uma incorreta administração no tratamento de varizes

1. Injeção intra-arterial

Mantenha a cânula no local; caso já a tenha retirado, volte a colocar no local da perfuração e aspire sangue e a solução esclerosante que ainda reste de volta para dentro da seringa

Injete 5-10 ml de um anestésico local, sem adição de adrenalina

Inicie a anticoagulação por meio, por exemplo, da injeção de 5,000 UI de heparina ou equivalentes (se possível, para o interior da artéria afetada; senão por via i.v.) Aplique uma ligadura com enchimento na perna isquémica e coloque a perna num plano inferior

Hospitalize o doente por precaução (cirurgia vascular)

b) Injeção paravenosa

Dependendo da quantidade e da concentração de Etoxisclerol injetado paravenosamente, injete 5 a 10 ml de soro fisiológico, se possível em associação com hialuronidase, no local de aplicação. Se o doente estiver a sentir uma dor intensa, poderá injetar-se um anestésico local (sem adrenalina).

Escleroterapia de hemorroidas

No tratamento da doença hemorroidal, devem tomar-se precauções para não provocar lesões no músculo do esfíncter anal interno de forma a evitar problemas de incontinência.

No tratamento de uma hemorroida com localização às 11 horas no homem, a quantidade injetada não deve exceder 0,5 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml devido à proximidade de outros órgãos (uretra e próstata).

Reações anafiláticas

Reações anafiláticas são muito raras, mas constituem situações que potencialmente colocam a vida em risco. O médico assistente deverá estar preparado para tomar medidas de emergência e ter à mão um estojo de emergência adequado.

Escleroterapia de varizes: posologia e modo de administração Posologia

O produto pode ser usado quer sob a forma de um líquido quer sob a forma de uma microespuma viscosa, com pequenas bolhas, homogénea, padronizada.

De um modo geral não deve exceder-se a dose de 2 mg de lauromacrogol 400 por kg de peso corporal por dia (para um doente que pesa 70 kg tal corresponde a uma dose até 28 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml, 14 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml, 7 ml de Etoxisclerol 20 mg/ml ou 4,6 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml).

Quando se aplica a microespuma esclerosante, recomenda-se que não seja excedida a dose total de 10 ml de microespuma por sessão por dia – independentemente do peso corporal do doente e da concentração de lauromacrogol 400. Volumes de microespuma superiores serão aplicáveis em conformidade com a avaliação da relação risco-benefício para cada indivíduo.

Escleroterapia de telangiectasias

Dependendo da dimensão da zona a ser tratada, são administrados 0,1-0,2 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml por cada injeção por via intravenosa.

Escleroterapia de telangiectasias de veias centrais

Dependendo da dimensão da zona a ser tratada, são administrados 0,1-0,2 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml ou 10 mg/ml por cada injeção por via intravenosa.

Escleroterapia de veias reticulares

Dependendo do tamanho da veia varicosa a ser tratada, são administrados 0,1- 0,3 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml por cada injeção por via intravenosa.

Escleroterapia de varizes pequenas

Dependendo do tamanho da veia varicosa a ser tratada, são administrados 0,1- 0,3 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml sob a forma de solução por cada injeção por via intravenosa.

Quando se utiliza Etoxisclerol 10 mg/ml sob a forma de microespuma como, por exemplo, para o tratamento de veias tributárias varicosas (varizes colaterais), administram-se até 4-6 ml por cada injeção. No tratamento de veias perfurantes com microespuma administram-se até 2-4 ml por cada injeção.

Escleroterapia de varizes médias

Dependendo do diâmetro das varizes a serem tratadas, utiliza-se Etoxisclerol 20 mg/ml ou 30 mg/ml.

Dependendo da extensão do segmento a ser tratado, podem efetuar-se várias injeções de até 2 ml de solução por cada injeção.

Quando se utiliza Etoxisclerol 20 mg/ml sob a forma de microespuma como, por exemplo, para o tratamento de veias tributárias ou veias perfurantes varicosas, administram-se até 2 ml de microespuma por cada injeção. Quando se utiliza Etoxisclerol 20 mg/ml ou 30 mg/ml sob a forma de microespuma, administram-se até 4 ml por cada injeção para as pequenas safenas e até 6 ml para as grandes safenas.

Escleroterapia de varizes grandes

Dependendo da extensão do segmento a ser tratado, podem efetuar-se várias injeções (2-3) de até 2 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml sob a forma de solução por cada injeção.

Quando se utiliza Etoxisclerol 30 mg/ml sob a forma de microespuma como, por exemplo, para o tratamento de veias safenas, administram-se até 4 ml por cada injeção para as pequenas safenas e até 6 ml para as grandes safenas.

Modo de administração

Todas as injeções são efetuadas por via intravenosa; deve verificar-se a posição da agulha (por exemplo, através da aspiração de sangue).

Escleroterapia de telangiectasias

Escleroterapia de telangiectasias de veias centrais Escleroterapia de veias reticulares

As injeções são geralmente efetuadas com a perna colocada na horizontal. São utilizadas seringas de deslizamento suave.

Para as telangiectasias são utilizadas agulhas muito finas (exemplo, agulhas para administração de insulina). A injeção é efetuada tangencialmente e dada lentamente.

Escleroterapia de varizes pequenas, médias e grandes

Independentemente da forma como se efetua a venopunção (no doente em pé apenas com a cânula ou no doente sentado com a seringa pronta para efetuar a injeção), as injeções são geralmente efetuadas com a perna colocada na horizontal.

Para a escleroterapia recomenda-se a utilização de seringas descartáveis de deslizamento suave, assim como agulhas com diferentes diâmetros, dependendo da indicação.

Quando se utiliza microespuma, a perna pode ser colocada na horizontal ou elevada cerca de 30 – 45° acima da horizontal para se efetuar a injeção. A venopunção direta e a injeção em veias não visíveis devem ser orientadas por ultrassonografia duplex. A agulha não deve ser inferior a 25G.

Tratamento de compressão após a injeção de Etoxisclerol

Após ser coberto o local da injeção, deve aplicar-se uma ligadura de forte compressão ou uma meia elástica. Em seguida, o doente deve andar durante 30 minutos, preferencialmente dentro dos seus limites de prática de exercício físico.

Após a escleroterapia com Etoxisclerol solução, a compressão é imediatamente aplicada.

Após a escleroterapia com microespuma a perna do doente é inicialmente imobilizada durante 2-5 minutos. Durante este período de tempo deve evitar-se a manobra de Valsalva e a ativação do músculo. A compressão não deve ser imediatamente aplicada mas apenas 5 a 10 minutos após a injeção.

Duração da compressão

A compressão deve ser aplicada durante alguns dias até várias semanas, dependendo da extensão e gravidade das varizes. Para se certificar que a ligadura não desliza, especialmente na coxa e nos membros redondos, recomenda-se a colocação de uma faixa de espuma de suporte sob a ligadura de compressão.

Escleroterapia da doença hemorroidal: posologia e modo de administração

Posologia

Durante uma sessão de tratamento, não deve exceder-se um total de 3 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml. Dependendo dos resultados, administra-se no máximo 1,0 ml por hemorroida estritamente por injeção submucosa.

No tratamento de uma hemorroida com localização às 11 horas no homem, a quantidade injetada não deve exceder 0,5 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml devido à proximidade da uretra e da próstata.

Modo de administração

A injeção deve ser estritamente submucosa e aplicada diretamente na hemorroida ou acima desta no tecido circundante dos vasos que a irrigam.

Devem tomar-se precauções especiais na zona do músculo do esfíncter anal interno devido ao risco de lesões e problemas de incontinência subsequentes.

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Última actualização: 24.08.2023

Fonte: Etoxisclerol - Inserção da embalagem

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O conteúdo apresentado não substitui a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e efeito dos produtos individuais. Não podemos assumir qualquer responsabilidade pela exactidão dos dados, uma vez que os dados foram parcialmente convertidos automaticamente. Um médico deve ser sempre consultado para diagnósticos e outras questões de saúde. Mais informações sobre este tópico podem ser encontradas aqui.