Qual a composição de Etoxisclerol
A substância ativa é lauromacrogol 400.
1 ampola de 2 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml contém 10 mg de lauromacrogol 400.
1 ampola de 2 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml contém 20 mg de lauromacrogol 400. 1 ampola de 2 ml de Etoxisclerol 20 mg/ml contém 40 mg de lauromacrogol 400. 1 ampola de 2 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml contém 60 mg de lauromacrogol 400.
Os outros componentes (excipientes) são: etanol 96%, fosfato monopotássico, fosfato dissódico dihidratado, água para preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Etoxisclerol e conteúdo da embalagem
Etoxisclerol é uma solução transparente com uma muito ligeira coloração amarela esverdeada. É fornecida em embalagens de 5 ampolas contendo 2 ml de solução injetável.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Chemische Fabrik Kreussler & Co. GmbH Rheingaustrasse 87-93
65203 Wiesbaden, Alemanha Tel.: +49 611 9271-0
Fax: +49 611 9271-111 E-mail: info@kreussler.com
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A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
Etoxisclerol deve ser administrado por um médico com experiência em técnicas de escleroterapia.
Precauções de utilização importantes
Escleroterapia de varizes
Os agentes esclerosantes nunca devem ser injetados por via intra-arterial pois tal pode provocar necroses graves, que poderão necessitar de amputação. Deve consultar-se imediatamente um cirurgião vascular se tal incidente ocorrer.
Uma indicação na zona da face tem de ser estritamente avaliada para todos os agentes esclerosantes pois uma injeção intravascular pode provocar uma inversão da pressão nas artérias com uma perda irreversível da visão.
Em certas partes do corpo, como é o caso dos pés ou da região do maléolo, o risco de uma inadvertida injeção intra-arterial pode estar aumentado. Deste modo, nestas zonas apenas devem ser usadas pequenas quantidades em baixas concentrações tomando particular cuidado.
Tratamento de uma intoxicação local após uma incorreta administração no tratamento de varizes
1.
Injeção intra-arterial
Mantenha a cânula no local; caso já a tenha retirado, volte a colocar no local da perfuração e aspire sangue e a solução esclerosante que ainda reste de volta para dentro da seringa
Injete 5-10 ml de um anestésico local, sem adição de adrenalina
Inicie a anticoagulação por meio, por exemplo, da injeção de 5,000 UI de heparina ou equivalentes (se possível, para o interior da artéria afetada; senão por via i.v.) Aplique uma ligadura com enchimento na perna isquémica e coloque a perna num plano inferior
Hospitalize o doente por precaução (cirurgia vascular)
b) Injeção paravenosa
Dependendo da quantidade e da concentração de Etoxisclerol injetado paravenosamente, injete 5 a 10 ml de soro fisiológico, se possível em associação com hialuronidase, no local de aplicação. Se o doente estiver a sentir uma dor intensa, poderá injetar-se um anestésico local (sem adrenalina).
Escleroterapia de hemorroidas
No tratamento da doença hemorroidal, devem tomar-se precauções para não provocar lesões no músculo do esfíncter anal interno de forma a evitar problemas de incontinência.
No tratamento de uma hemorroida com localização às 11 horas no homem, a quantidade injetada não deve exceder 0,5 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml devido à proximidade de outros órgãos (uretra e próstata).
Reações anafiláticas
Reações anafiláticas são muito raras, mas constituem situações que potencialmente colocam a vida em risco. O médico assistente deverá estar preparado para tomar medidas de emergência e ter à mão um estojo de emergência adequado.
Escleroterapia de varizes: posologia e modo de administração Posologia
O produto pode ser usado quer sob a forma de um líquido quer sob a forma de uma microespuma viscosa, com pequenas bolhas, homogénea, padronizada.
De um modo geral não deve exceder-se a dose de 2 mg de lauromacrogol 400 por kg de peso corporal por dia (para um doente que pesa 70 kg tal corresponde a uma dose até 28 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml, 14 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml, 7 ml de Etoxisclerol 20 mg/ml ou 4,6 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml).
Quando se aplica a microespuma esclerosante, recomenda-se que não seja excedida a dose total de 10 ml de microespuma por sessão por dia – independentemente do peso corporal do doente e da concentração de lauromacrogol 400. Volumes de microespuma superiores serão aplicáveis em conformidade com a avaliação da relação risco-benefício para cada indivíduo.
Escleroterapia de telangiectasias
Dependendo da dimensão da zona a ser tratada, são administrados 0,1-0,2 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml por cada injeção por via intravenosa.
Escleroterapia de telangiectasias de veias centrais
Dependendo da dimensão da zona a ser tratada, são administrados 0,1-0,2 ml de Etoxisclerol 5 mg/ml ou 10 mg/ml por cada injeção por via intravenosa.
Escleroterapia de veias reticulares
Dependendo do tamanho da veia varicosa a ser tratada, são administrados 0,1- 0,3 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml por cada injeção por via intravenosa.
Escleroterapia de varizes pequenas
Dependendo do tamanho da veia varicosa a ser tratada, são administrados 0,1- 0,3 ml de Etoxisclerol 10 mg/ml sob a forma de solução por cada injeção por via intravenosa.
Quando se utiliza Etoxisclerol 10 mg/ml sob a forma de microespuma como, por exemplo, para o tratamento de veias tributárias varicosas (varizes colaterais), administram-se até 4-6 ml por cada injeção. No tratamento de veias perfurantes com microespuma administram-se até 2-4 ml por cada injeção.
Escleroterapia de varizes médias
Dependendo do diâmetro das varizes a serem tratadas, utiliza-se Etoxisclerol 20 mg/ml ou 30 mg/ml.
Dependendo da extensão do segmento a ser tratado, podem efetuar-se várias injeções de até 2 ml de solução por cada injeção.
Quando se utiliza Etoxisclerol 20 mg/ml sob a forma de microespuma como, por exemplo, para o tratamento de veias tributárias ou veias perfurantes varicosas, administram-se até 2 ml de microespuma por cada injeção. Quando se utiliza Etoxisclerol 20 mg/ml ou 30 mg/ml sob a forma de microespuma, administram-se até 4 ml por cada injeção para as pequenas safenas e até 6 ml para as grandes safenas.
Escleroterapia de varizes grandes
Dependendo da extensão do segmento a ser tratado, podem efetuar-se várias injeções (2-3) de até 2 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml sob a forma de solução por cada injeção.
Quando se utiliza Etoxisclerol 30 mg/ml sob a forma de microespuma como, por exemplo, para o tratamento de veias safenas, administram-se até 4 ml por cada injeção para as pequenas safenas e até 6 ml para as grandes safenas.
Modo de administração
Todas as injeções são efetuadas por via intravenosa; deve verificar-se a posição da agulha (por exemplo, através da aspiração de sangue).
Escleroterapia de telangiectasias
Escleroterapia de telangiectasias de veias centrais Escleroterapia de veias reticulares
As injeções são geralmente efetuadas com a perna colocada na horizontal. São utilizadas seringas de deslizamento suave.
Para as telangiectasias são utilizadas agulhas muito finas (exemplo, agulhas para administração de insulina). A injeção é efetuada tangencialmente e dada lentamente.
Escleroterapia de varizes pequenas, médias e grandes
Independentemente da forma como se efetua a venopunção (no doente em pé apenas com a cânula ou no doente sentado com a seringa pronta para efetuar a injeção), as injeções são geralmente efetuadas com a perna colocada na horizontal.
Para a escleroterapia recomenda-se a utilização de seringas descartáveis de deslizamento suave, assim como agulhas com diferentes diâmetros, dependendo da indicação.
Quando se utiliza microespuma, a perna pode ser colocada na horizontal ou elevada cerca de 30 – 45° acima da horizontal para se efetuar a injeção. A venopunção direta e a injeção em veias não visíveis devem ser orientadas por ultrassonografia duplex. A agulha não deve ser inferior a 25G.
Tratamento de compressão após a injeção de Etoxisclerol
Após ser coberto o local da injeção, deve aplicar-se uma ligadura de forte compressão ou uma meia elástica. Em seguida, o doente deve andar durante 30 minutos, preferencialmente dentro dos seus limites de prática de exercício físico.
Após a escleroterapia com Etoxisclerol solução, a compressão é imediatamente aplicada.
Após a escleroterapia com microespuma a perna do doente é inicialmente imobilizada durante 2-5 minutos. Durante este período de tempo deve evitar-se a manobra de Valsalva e a ativação do músculo. A compressão não deve ser imediatamente aplicada mas apenas 5 a 10 minutos após a injeção.
Duração da compressão
A compressão deve ser aplicada durante alguns dias até várias semanas, dependendo da extensão e gravidade das varizes. Para se certificar que a ligadura não desliza, especialmente na coxa e nos membros redondos, recomenda-se a colocação de uma faixa de espuma de suporte sob a ligadura de compressão.
Escleroterapia da doença hemorroidal: posologia e modo de administração
Posologia
Durante uma sessão de tratamento, não deve exceder-se um total de 3 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml. Dependendo dos resultados, administra-se no máximo 1,0 ml por hemorroida estritamente por injeção submucosa.
No tratamento de uma hemorroida com localização às 11 horas no homem, a quantidade injetada não deve exceder 0,5 ml de Etoxisclerol 30 mg/ml devido à proximidade da uretra e da próstata.
Modo de administração
A injeção deve ser estritamente submucosa e aplicada diretamente na hemorroida ou acima desta no tecido circundante dos vasos que a irrigam.
Devem tomar-se precauções especiais na zona do músculo do esfíncter anal interno devido ao risco de lesões e problemas de incontinência subsequentes.