Qual a composição do oxigénio medicinal
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A substância ativa é oxigénio, 100% v/v.
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Não contém quaisquer outros ingredientes.
Qual o aspeto do oxigénio medicinal e conteúdo da embalagem
O oxigénio medicinal é um gás para inalação.
Apresenta-se como líquido ou gás num recipiente especial.
O oxigénio é um gás incolor, insípido e inodoro.
No estado líquido tem cor azul.
Oxigénio medicinal gasoso
O oxigénio medicinal gasoso conserva-se em garrafas de gás, em estado gasoso e sob uma pressão de 150, 200 ou 300 bar (a 15°C). As garrafas são fabricadas em aço ou alumínio. As válvulas são fabricadas em bronze, aço ou alumínio.
Embalagem | Dimensões disponíveis (I) |
Garrafa em alumínio com válvula com regulação de pressão integrada | 1, 2, 5, 7, 10, 20, 30, 40, 47, 50 |
Garrafa em aço com válvula com regulação de pressão integrada | 1, 2, 5, 7, 10, 20, 30, 40, 47, 50 |
Garrafa em alumínio com válvula tradicional ou step-down | 1, 2, 5, 7, 10, 20, 30, 40, 47, 50 |
Garrafa em aço com válvula tradicional ou step-down | 1, 2, 5, 7, 10, 20, 30, 40, 47, 50 |
Conjuntos de garrafas em aço com válvula tradicional ou step- down | 4x50, 8x50, 12x50, 16x50, 20x50 |
Conjuntos de garrafas em alumínio com válvula tradicional ou step-down | 4x50, 8x50, 12x50, 16x50, 20x50 |
*7l, 40l e 47l disponível para apenas 150 bar de pressão de enchimento.
Tipo da válvula | Pressão de saída | Observações |
Válvula com regulação de pressão integrada | 4 bar (no encaixe de saída) | |
Válvula tradicional | 150, 200 ou 300 bar (com a garrafa de gás cheia) | Utilize apenas com um dispositivo redutor adequado |
Válvula step-down | 60-70 bar | Para apenas cilindros de 300 bar Utilize apenas com um dispositivo redutor adequado |
As garrafas de gás cumprem os requisitos da Dir. 1999/36/CE
A marcação por cores cumpre a EN 1089-3: corpo branco e gargalo branco.
As válvulas cumprem os requisitos da EN ISO 10297.
As válvulas tradicionais e válvulas step-down cumprem a NEN 3268 (NL), DIN 477 (DE), BS 341- 3 (UK), NBN 226 (BE), EN ISO 407, ISO 5145.
As válvulas com regulador de pressão integrado cumprem ainda a EN ISO 10524-3.
As garrafas de gás com uma capacidade de (x) litros contêm (y) kg de gás e administram (z) m³ de oxigénio a 15°C e 1 bar quando cheio até 150 bar.
Conteúdo em litros (x) | 1 | 2 | 5 | 7 | 10 | 20 | 30 | 40 | 47 | 50 |
Conteúdo em kg (y) | 0,21 7 | 0,43 4 | 1,086 | 1,5 2 | 2,17 | 4,34 | 6,51 | 8,69 | 10,21 | 10,86 |
Número de m³ de oxigénio (z) | 0,16 0 | 0,32 1 | 0,80 | 1,1 2 | 1,60 | 3,21 | 4,81 | 6,41, | 7,53 | 8,02 |
Conteúdo em litros (x) | 4x50 | 8x50 | 12x50 | 16x5 0 | 20x50 |
Conteúdo em kg (y) | 43,4 | 86,8 | 130 | 174 | 217 |
Número de m³ de oxigénio (z) | 32,1 | 64,1 | 96,2 | 128,2 | 160,3 |
As garrafas de gás com uma capacidade de (x) litros contêm (y) kg de gás e administram (z) m³ de oxigénio a 15°C e 1 bar quando cheio até 200 bar.
Conteúdo em litros (x) | 1 | 2 | 5 | 10 | 20 | 30 |
Conteúdo em kg (y) | 0,288 | 0,577 | 1,44 | 2,88 | 5,77 | 8,65 |
Número de m³ de oxigénio (z) | 0,212 | 0,425 | 1,125 | 2,12 | 4,33 | 6,37 |
| | | | | | |
Conteúdo em litros (x) | 50 | 4x50 | 8x50 | 12x50 | 16x50 | 20x50 |
Conteúdo em kg (y) | 14,4 | 57,7 | 115 | 173 | 231 | 288 |
Número de m³ de oxigénio (z) | 10,61 | 42,5 | 85,0 | 127,5 | 170,0 | 212,0 |
As garrafas de gás com uma capacidade de (x) litros contêm (y) kg de gás e administram (z) m³ de oxigénio a 15°C e 1 bar quando cheio até 300 bar.
(x) | | | | | | |
Conteúdo em kg (y) | 0,413 | 0,826 | 2,06 | 4,13 | 8,26 | 12,4 |
Número de m³ de oxigénio (z) | 0,308 | 0,616 | 1,54 | 3,08 | 6,16 | 9,24 |
| | | | | | |
Conteúdo em litros (x) | 50 | 4x50 | 8x50 | 12x50 | 16x50 | 20x50 |
Conteúdo em kg (y) | 20,6 | 82,6 | 165 | 248 | 330 | 413 |
Número de m³ de oxigénio (z) | 15,4 | 61,6 | 123 | 185 | 246 | 308 |
É possível que não sejam comercializadas todas as dimensões de garrafas.
Oxigénio medicinal líquido
O oxigénio medicinal líquido apresenta-se embalado em recipientes criogénicos móveis. Os recipientes criogénicos móveis são constituídos por um recipiente exterior e por um recipiente interior em aço inoxidável com uma camada de isolamento de vácuo entre os dois e estão equipados com uma porta de enchimento dedicada e uma ligação para tubo flexível de captação. As válvulas são em latão, aço inoxidável e/ou bronze e foram concebidas especialmente para temperaturas reduzidas.
Estes recipientes contêm oxigénio em estado líquido a uma temperatura muito baixa. O conteúdo dos recipientes varia entre 10 e 1100 litros.
Cada litro de oxigénio líquido administra 853 litros de oxigénio gasoso a 15°C e 1 bar.
Conteúdo do recipiente em litros | Capacidade para oxigénio líquido em litros | Quantidade equivalente de oxigénio gasoso em m³ a 15°C 1 atm |
10 | 10 | 8,53 |
a | | |
1100 | 1100 | 938,3 |
É possível que não sejam comercializadas todas as dimensões de recipiente.
Oxigénio medicinal líquido
O oxigénio medicinal líquido apresenta-se embalado em cisternas criogénicas e recipientes criogénicos fixos.
As cisternas criogénicas móveis são constituídas por um recipiente exterior e um recipiente interior em aço inoxidável. As válvulas são em latão, aço inoxidável e/ou bronze e foram concebidas especialmente para temperaturas reduzidas.
Estas cisternas contêm oxigénio em estado líquido a uma temperatura muito baixa. O conteúdo das cisternas varia entre 9 000 e 26 000 litros.
Cada litro de oxigénio líquido administra 853 litros de oxigénio gasoso a 15°C e 1 bar.
Conteúdo da cisterna em litros | Capacidade para oxigénio líquido em litros | Quantidade equivalente de oxigénio gasoso em m³ a 15°C 1 atm |
9000 | 9000 | 7677 |
a | | |
26000 | 26000 | 22178 |
É possível que não sejam comercializadas todas as dimensões de cisterna.
Os recipientes criogénicos fixos são depósitos especiais em aço com uma parede dupla separada por um vácuo elevado. As válvulas são em latão, aço inoxidável e/ou bronze e foram concebidas especialmente para temperaturas reduzidas.
Estes recipientes contêm oxigénio em estado líquido a uma temperatura muito baixa. O conteúdo dos recipientes varia até 50 000 litros.
Cada litro de oxigénio líquido administra 853 litros de oxigénio gasoso a 15°C e 1 bar.
Conteúdo do recipiente em litros | Capacidade para oxigénio líquido em litros | Quantidade equivalente de oxigénio gasoso em m³ a 15°C 1 atm |
10 | 10 | 8,53 |
a | | |
1100 | 1100 | 938,3 |
| | 1 atm |
Até 50 000 litros | 50 000 litros | 42650 |
É possível que não sejam comercializadas todas as dimensões de recipiente.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado SOL S.p.A.
via Borgazzi 27 20900 Monza (Itália)
Fabricante
Oxigénio medicinal gasoso SOL
B.T.G. Sprl
Zoning Ouest, 15
7860 Lessines
Bélgica
Vivisol Ibérica, S.L.
C/ Yeso, 2 - Polígono Velasco
Arganda del Rey
28500 Madrid
Espanha
SOL S.p.A.
Via Acquaviva, 4
26100 Cremona
Itália
SOL Hellas S.A.
Thesi Paxi Patima Stefanis
19200 Kamari Boiotias
Grécia
SOL Bulgaria JSC 12,Vladaiska Reka Str. 1510 Sofia
Bulgária
SPG - SOL Plin Gorenjska d.o.o. Cesta železarjev 8
4270 Jesenice Eslovénia
SOL Technische Gase GmbH
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Marie-Curie
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Strasse
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2700 Wiener Neustadt
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Áustria
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SOL Hellas S.A. – Thessaloniki Branch
Oreokastron Industrial Park
F.O. Box 1631
57008 Thessaloniki
Grécia
Dolby Medical Home Respiratory Care Limited
Unit 18, Arkwright Road Industrial Estate
Arkwright Road
Bedford
MK42 0LQ
Reino Unido
Dolby Medical Home Respiratory Care Limited
Unit 2, Broadleys Road
Springkerse Industrial Estate
Stirling
F 7ST
Reino Unido
SOL Bulgaria EAD
South industrial zone, complex Agropolichim AD 9160 Devnja
Bulgarije
Oxigénio medicinal líquido SOL (recipientes criogénicos móveis) B.T.G. Sprl
Zoning Ouest, 15 7860 Lessines Bélgica
Vivisol Ibérica, S.L.
C/ Yeso, 2 - Polígono Velasco Arganda del Rey
28500 Madrid Espanha
SOL Hellas S.A.
Thesi Paxi Patima Stefanis
19200 Kamari Boiotias
Grécia
SOL Bulgaria JSC 12,Vladaiska Reka Str. 1510 Sofia
Bulgária
SPG - SOL Plin Gorenjska d.o.o. Cesta železarjev 8
4270 Jesenice Eslovénia
SOL Hellas S.A. – Thessaloniki Branch
Oreokastron Industrial Park
F.O. Box 1631
57008 Thessaloniki
Grécia
Dolby Medical Home Respiratory Care Limited
Unit 18, Arkwright Road Industrial Estate
Arkwright Road
Bedford
MK42 0LQ
Reino Unido
Dolby Medical Home Respiratory Care Limited
Unit 2, Broadleys Road
Springkerse Industrial Estate
Stirling
F 7ST
Reino Unido
SOL Bulgaria EAD
South industrial zone, complex Agropolichim AD 9160 Devnja
Bulgarije
Oxigénio medicinal líquido SOL (cisternas criogénicas e recipientes criogénicos fixos) SOL spa
Zoning Industriel de Feluy – Zone B 7180 Seneffe
Bélgica
SPG - SOL Plin Gorenjska d.o.o. Cesta železarjev 8
4270 Jesenice Eslovénia
SOL Hellas S.A.
Thesi Paxi Patima Stefanis
19200 Kamari Boiotias
Grécia
SOL Bulgaria JSC 12,Vladaiska Reka Str. 1510 Sofia
Bulgária
SOL Bulgaria JSC
South Industrial Zone
Complex Agropolychim AD
9160 Devnya
Bulgária
SOL Hellas S.A. – Thessaloniki Branch
Oreokastron Industrial Park
F.O. Box 1631
57008 Thessaloniki
Grécia
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico Europeu (EEE) com os seguintes nomes:
Bélgica: Oxygène Médicinal Liquide B.T.G. - Oxygène Médicinal Liquide SOL - Oxygène Médicinal Gazeux B.T.G.
Bulgária: Медицински кислород, течен SOL - Медицински кислород, газообразен SOL República Checa: Kyslík medicinální kapalný SOL 100% Medicinální plyn, kryogenní - Kyslík medicinální plynný SOL 100% Medicinální plyn, stlačený
Chipre: Φαρµακευτικό Οξυγόνο σε υγρή µορφή SOL - Φαρµακευτικό Οξυγόνο σε αέρια µορφή
SOL
Grécia: Φαρµακευτικό Οξυγόνο σε υγρή µορφή SOL - Φαρµακευτικό Οξυγόνο σε αέρια µορφή
SOL
Hungria: Oxigén SOL - Oxigén BTG - Oxigén SOL
Irlanda : Liquid Medical Oxygen– Medical Oxygen
Luxemburgo: Oxygène Médicinal Liquide B.T.G. - Oxygène Médicinal Liquide SOL - Oxygène Médicinal Gazeux B.T.G.
Portugal: Oxigénio medicinal líquido SOL - Oxigénio medicinal gasoso SOL Roménia: Oxigen SOL - Oxigen SOL
Eslováquia: Medicinálny kyslík kvapalný SOL- Medicinálny kyslík plynný SOL
Eslovénia: Medicinski kisik SOL 100% medicinski plin, kriogenski - Medicinski kisik SOL 100% medicinski plin, stisnjeni
Espanha: Oxígeno medicinal líquido Solspa - Oxígeno medicinal líquido Solgroup - Oxígeno medicinal gas Solgroup
Países Baixos: Zuurstof Medicinaal Vloeibaar SOL
Reino Unido: Liquid Medical Oxygen– Medical Oxygen
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A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
Posologia
A concentração, fluxo e duração do tratamento serão determinados por um médico, de acordo com as características de cada patologia.
A hipoxemia é uma condição em que a pressão arterial parcial de oxigénio (PaO2) é inferior a 10 kPa (<70 mmHg). Um nível de pressão de oxigénio de 8 kPa (55 / 60 mmHg) resultará em insuficiência respiratória.
A hipoxemia é tratada enriquecendo o ar de inalação do doente com quantidades adicionais de oxigénio. A decisão de introduzir oxigenoterapia depende do grau de hipoxemia e do nível de tolerância individual do doente.
Em qualquer dos casos, o objetivo da oxigenoterapia é a manutenção de uma PaO2 > 60 mmHg (7,96 kPa) ou saturação de oxigénio no sangue arterial $ 90%.
Se o oxigénio for administrado diluído noutro gás, a concentração de oxigénio no ar inspirado (FiO2) tem de ser pelo menos igual a 21%.
Oxigenoterapia sob pressão normal (oxigenoterapia normobárica)
A administração de oxigénio deve ser cautelosamente executada. A dose deve ser adaptada às necessidades individuais do doente, a tensão de oxigénio deve manter-se superior a 8,0 kPa (ou 60 mmHg) e a saturação de oxigénio da hemoglobina deve ser > 90%. É necessário efetuar uma monitorização regular da pressão arterial de oxigénio (PaO2) ou oximetria de pulso (saturação de oxigénio arterial (SpO2)) e dos sinais clínicos. O objetivo é o de usar a mais baixa concentração eficaz de oxigénio no ar inalado para cada doente, que constitui a dose mais baixa capaz de manter a pressão de 8 kPa (60 mmHg)/saturação > 90 %. Concentrações superiores devem ser administradas durante o menor período de tempo possível, acompanhadas por uma rigorosa monitorização dos valores de gases arteriais.
O oxigénio pode ser administrado com segurança nas seguintes concentrações, durante os
períodos indicados:
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Até 100%
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menos de 6 horas
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60-70%
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24 horas
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40-50%
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durante o segundo período de 24 horas
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O oxigénio é potencialmente tóxico após dois dias, em concentrações que excedam os 40%.
Os recém-nascidos encontram-se excluídos destas diretrizes porque a fibroplasia retrolenticular ocorre com uma FiO2 muito inferior. Devem procurar-se as concentrações eficazes mais reduzidas para conseguir uma oxigenação adequada, apropriada a recém-nascidos.
Doentes com respiração espontânea:
A concentração de oxigénio eficaz é de pelo menos 24%. Normalmente, é administrada uma percentagem mínima de 30% de oxigénio, para assegurar concentrações terapêuticas com uma margem de segurança.
A terapia com alta concentração de oxigénio (> 60%) está indicada, por curtos períodos, em casos de crise asmática grave, tromboembolismo pulmonar, pneumonia e fibrose alveolar, etc.
Uma baixa concentração de oxigénio está indicada para o tratamento de doentes com insuficiência respiratória crónica devido a distúrbios obstrutivos crónicos das vias respiratórias ou outras causas. A concentração de oxigénio não deve ser superior a 28% e, para alguns doentes, até mesmo 24% pode constituir uma concentração excessiva.
É possível a administração de elevadas concentrações de oxigénio (em alguns casos até 100%), embora seja bastante difícil obter concentrações > 60% (80% no caso de crianças) quando se utiliza a maioria dos aparelhos de administração.
A dose deve ser adaptada às necessidades individuais do doente, a caudais que oscilam entre 1 e 10 litros de gás por minuto.
-
Doentes com insuficiência respiratória crónica:
O oxigénio deve ser administrado a uma taxa entre 0,5 e 2 litros/minuto, devendo as taxas ser ajustadas de acordo com os valores dos gases sanguíneos. A concentração eficaz de oxigénio será mantida abaixo dos 28% e, por vezes, mesmo abaixo dos 24% em doentes que sofram de distúrbios respiratórios que dependem da hipoxia como estímulo respiratório.
• Insuficiência respiratória crónica resultante de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) ou outras condições:
O tratamento é ajustado de acordo com os valores dos gases sanguíneos. A pressão arterial parcial de oxigénio (PaO2) deve ser > 60 mmHg (7,96 kPa) e a saturação de oxigénio no sangue arterial $ 90%.
A taxa de administração mais habitual é de 1 a 3 litros/minuto durante 15 a 24 horas/dia, cobrindo também o sono paradóxico (o período do dia mais sensível à hipoxemia). Durante um período estável da doença, as concentrações de CO2 devem ser monitorizadas duas vezes a cada 3-4 semanas ou 3 vezes por mês, uma vez que as concentrações de CO2 podem aumentar durante a administração de oxigénio (hipercapnia).
Doentes com insuficiência respiratória aguda:
O oxigénio deve ser administrado a uma taxa entre 0,5 e 15 litros/minuto, devendo os caudais ser ajustados de acordo com os valores dos gases sanguíneos. Em caso de emergência, por exemplo em doentes com dificuldades respiratórias graves, são necessárias doses consideravelmente superiores (até 60 litros/minuto).
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Doentes sob ventilação mecânica:
Se o oxigénio for misturado com outros gases, a fração de oxigénio na mistura de ar inalado (FiO2) pode não se situar abaixo dos 21%. Na prática, 30% é tendencialmente o valor usado como limite inferior. Se necessário, a fração de oxigénio inalada pode ser elevada até 100%.
População pediátrica: recém-nascido:
Em recém-nascidos, podem ser administradas concentrações até 100% em casos excecionais; no entanto, o tratamento deve ser rigorosamente monitorizado. Devem procurar-se as concentrações eficazes mais reduzidas para conseguir uma oxigenação adequada. Como regra, devem ser evitadas as concentrações de oxigénio que excedam os 40% no ar inspirado, tendo em consideração o risco de lesão ocular (retinopatia) e colapso pulmonar. A pressão de oxigénio no sangue arterial deve ser atentamente monitorizada e mantida abaixo dos 13,3 kPa (100 mmHg). Devem evitar-se as flutuações na saturação de oxigénio. Prevenindo flutuações substanciais na oxigenação, o risco de lesão ocular pode ser reduzido. (Ver também secção 4.4.)
No caso de cefaleia do tipo cluster, é administrado oxigénio a 100%, a um caudal de 7 litros/minuto, durante 15 minutos, utilizando uma máscara facial anatómica. O tratamento deve ser iniciado na fase mais precoce de uma crise.
Oxigenoterapia hiperbárica:
A dosagem e pressão devem sempre ser adaptadas à condição clínica do doente e a terapia apenas deve ser iniciada após conselho médico. No entanto, apontam-se abaixo algumas recomendações com base nos conhecimentos atuais.
A oxigenoterapia hiperbárica é efetuada a pressões superiores a 1 atmosfera (1,013 bar) entre 1,4 e 3,0 atmosferas (habitualmente, qualquer valor entre 2 e 3 atmosferas). O oxigénio hiperbárico é administrado numa sala especial pressurizada. A oxigenoterapia a alta pressão pode também ser administrada utilizando uma máscara facial anatómica com um capuz a cobrir a cabeça ou através de um tubo traqueal.
Cada sessão de tratamento demora 45 a 300 minutos, dependendo da indicação.
Por vezes, a oxigenoterapia hiperbárica aguda estende-se apenas por uma ou duas sessões, enquanto a terapia crónica pode necessitar de 30 ou mais sessões. Se necessário, as sessões podem ser repetidas duas ou três vezes por dia.
Intoxicação por monóxido de carbono:
Deve ser administrado oxigénio em altas concentrações (100%), logo que possível após uma intoxicação por monóxido de carbono, até que a concentração de carboxihemoglobina seja reduzida para valores abaixo dos níveis de perigo (cerca de 5%). O oxigénio hiperbárico (começando nas 3 atmosferas) está indicado para doentes com intoxicação aguda por CO ou exposição a intervalos $24 horas. Além disso, doentes grávidas, doentes com perda de consciência ou níveis superiores de carboxihemoglobina justificam também oxigenoterapia hiperbárica. Não deve ser utilizado oxigénio normobárico entre múltiplos tratamentos com oxigénio hiperbárico uma vez que isto contribui para a toxicidade. O oxigénio hiperbárico parece ter também potencial no tratamento retardado de intoxicação por CO, utilizando múltiplos tratamentos de baixas doses de oxigénio.
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Doentes com doença de descompressão:
É recomendado um tratamento rápido a 2,8 atmosferas, repetido até dez vezes, caso os sintomas persistam.
Doentes com embolismo gasoso:
Neste caso, a dosagem é adaptada à condição clínica do doente e aos valores dos gases arteriais. Os valores alvo são: PaO2 > 8 kPa, ou 60 mmHg, saturação da hemoglobina > 90%.
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Doentes com osteoradionecrose:
A oxigenoterapia hiperbárica em lesões por radiação consiste habitualmente em sessões diárias de 90-120 min, a 2,0-2,5 atmosferas, durante cerca de 40 dias.
Doentes com mionecrose clostridial:
Recomendam-se um tratamento de 90 min a 3,0 atmosferas nas primeiras 24h, seguidos por tratamentos duas vezes ao dia, por 4-5 dias, até se observar melhoria clínica.
Modo de administração
Oxigenoterapia normobárica
O oxigénio é administrado através do ar inspirado, preferencialmente utilizando equipamento específico para o efeito (por exemplo, uma cânula nasal ou uma máscara facial). Por meio deste equipamento, o oxigénio é administrado juntamente com o ar inalado. O gás, juntamente com qualquer excesso de oxigénio, abandona subsequentemente o doente no ar expirado, misturando-
se com o ar ambiente (sistema “sem reinalação”). Em muitos casos, durante a anestesia, são utilizados equipamentos especiais com sistemas de reinalação e reciclagem, por forma a que o ar expirado seja novamente inalado (sistema “com reinalação”).
Se o doente não conseguir respirar autonomamente será colocado sob suporte de ventilação artificial.
Além disso, o oxigénio pode também ser injetado diretamente na corrente sanguínea utilizando um dispositivo designado como oxigenador. A aplicação de dispositivos de intercâmbio gasoso extracorpóreo, facilita a oxigenação e a descarboxilação sem o prejuízo associado às estratégias agressivas de ventilação mecânica. O oxigenador, que funciona como um pulmão artificial, fornece uma transferência de oxigénio melhorada e, por isso, os níveis de gases sanguíneos são mantidos dentro de intervalos clínicos aceitáveis. Após recuperação da função pulmonar, o fluxo extracorpóreo de sangue e de gás é reduzido e eventualmente interrompido. Isto acontece, por exemplo, durante uma cirurgia cardíaca usando um sistema de bypass cardiopulmonar, bem como em outras circunstâncias que requerem circulação extracorpórea, incluindo insuficiência respiratória aguda.
Oxigenoterapia hiperbárica
A oxigenoterapia a alta pressão é administrada numa sala especial pressurizada especialmente concebida para este efeito, onde a pressão ambiente pode ser elevada para valores até três vezes superiores à pressão atmosférica. A oxigenoterapia sob alta pressão pode também ser fornecida utilizando uma máscara facial anatómica com um capuz a cobrir a cabeça ou através de um tubo traqueal.
Oxigénio medicinal gasoso
Preparação antes da utilização
Siga as instruções do seu fornecedor, em particular:
-
Se a garrafa de gás estiver visivelmente danificada ou se houver suspeita de danos ou exposição a temperaturas extremas, a garrafa de gás não deve ser usada
-
Evitar qualquer contacto com óleo, gordura ou outros hidrocarbonetos.
-
Retire o selo da válvula e a tampa protetora antes de utilizar
-
Apenas pode ser usado equipamento adequado ao tipo específico de garrafa de gás e ao
gás.
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Verifique se a ligação rápida e o regulador estão limpos e se as ligações se encontram em bom estado
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Abra lentamente a válvula da garrafa – pelo menos meia volta
-
Ao abrir e fechar a válvula de uma garrafa de gás, não podem ser utilizados alicates nem outras ferramentas, de modo a evitar o risco de danos
-
Não podem ser efetuadas modificações à forma de embalagem
-
Verifique a existência de fugas, segundo as instruções que acompanham o regulador. Não tente resolver possíveis fugas na válvula ou no equipamento, para além de mudar o vedante ou O- ring
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Na eventualidade de uma fuga, feche a válvula e remova o regulador. Se a garrafa continuar com uma fuga, esvazie a garrafa ao ar livre. Etiquete as garrafas com defeito, coloque- as numa área destinada a reclamações e devolva-as ao fornecedor.
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Para as garrafas com válvula reguladora de pressão integrada, não é necessário utilizar um regulador de pressão separado. A válvula reguladora de pressão integrada possui uma ligação
rápida para ligar válvulas quando necessário, e ainda uma saída separada para um fluxo constante de gás, onde é possível regular o fluxo.
Utilização da garrafa de gás
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É proibido transferir gás sob pressão.
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É estritamente proibido fumar e usar chamas vivas nas salas onde se realizam tratamentos com oxigénio medicinal.
-
Quando a garrafa não está a ser utilizada, tem de ser fixada num suporte adequado.
-
Deve considerar-se a substituição da garrafa de gás quando a pressão dentro da mesma tiver diminuído para um ponto em que o indicador da válvula se situe dentro do campo amarelo.
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Quando resta uma pequena quantidade de gás na garrafa, a válvula da garrafa tem de ser fechada. É importante deixar uma pequena quantidade de pressão na garrafa para evitar a entrada de contaminantes.
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As válvulas de garrafas de gás vazias devem estar fechadas.
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Após a utilização, a válvula da garrafa tem de ser fechada à mão. Despressurize o regulador ou ligação.
Oxigénio medicinal líquido
Recipiente criogénico móvel Geral
Os gases medicinais apenas devem ser usados para efeitos medicinais. Os diferentes tipos e qualidades de gás têm de estar separados.
Os contentores de gás cheios e vazios têm de ser armazenados separadamente.
Nunca utilize massa consistente, óleo ou substâncias semelhantes para lubrificar as roscas dos parafusos que encravem ou sejam de difícil ligação.
Antes de mexer nas válvulas e dispositivos a ligar, verifique se as suas mãos estão limpas e isentas de gordura (creme para as mãos, etc.).
Utilize apenas equipamento padrão destinado a ser usado com oxigénio medicinal.
Preparação para a utilização
Utilize apenas dispositivos de dosagem destinados a ser usados com oxigénio medicinal.
Verifique se o acoplamento automático ou dispositivo de dosagem está limpo e se os vedantes estão em bom estado. Nunca utilize ferramentas em reguladores de pressão/caudal destinados a ligação manual, uma vez que podem danificar o acoplamento.
Abra lentamente a válvula – pelo menos meia volta.
Verifique a existência de fugas, segundo as instruções que acompanham o regulador.
Em caso de fugas, a válvula tem de ser fechada e o regulador desligado. Etiquete os recipientes com defeito, conserve-os em separado e devolva-os ao fornecedor.
Utilização
É estritamente proibido fumar e usar chamas vivas nas salas onde se realiza oxigenoterapia. Feche o aparelho em caso de incêndio ou se não estiver em utilização.
Transporte-o para um local seguro, em caso de incêndio.
Os recipientes maiores têm de ser transportados com a ajuda de veículos destinados a este fim. Preste especial atenção aos dispositivos com ligações que não devem ser desligadas acidentalmente.
Quando o recipiente está vazio, o caudal de gás diminui. Feche a válvula de saída e retire os acoplamentos depois de libertada a pressão.
Cisterna criogénica móvel e recipientes criogénicos fixos
Apenas o fornecedor do gás pode lidar com estes recipientes.