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se tem alergia ao sulfato de vincristina ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6);
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se tem alterações neuromusculares (por exemplo síndroma de Charcot-Marie-Tooth
na sua forma desmielinizante);
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se tem insuficiência hepática grave;
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se tem obstipação e íleo iminente, particularmente em crianças;
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se está em fase de terapia por radiação em campos que incluem o fígado;
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se está grávida.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de tomar Vincristina Teva
Tome especial cuidado com Vincristina Teva
O Sulfato de Vincristina destina-se apenas a ser administrado via I.V. A administração intratecal é fatal.
O Sulfato de Vincristina apenas deve ser administrado sob a supervisão de um médico experiente no manuseamento de agentes quimioterápicos. O diagnóstico
adequado e facilidades de tratamento devem estar disponíveis de modo a assegurar a terapia correta e possíveis complicações.
O Sulfato de Vincristina não deve ser administrado a doentes que estejam a receber terapia de radiação, especialmente no fígado.
Dada a possibilidade de ocorrência de uma sobredosagem com as suas sequelas neurológicas, todo o pessoal envolvido deve ser conhecedor das normas de manuseio correto do fármaco.
Pode surgir após administração errónea, irritação de tecidos e necrose resultantes de extravasão subcutânea. A infiltração de hidrocortisona na posologia de 20-25mg/ml de Sulfato de Vincristina extravasado, é um tratamento eficaz. A injeção local de hialuronidase e a aplicação de calor moderado na área da extravasão, ajudam a dispersar o fármaco e a minimizar a sensação de desconforto.
Requer-se especial cuidado na utilização do Sulfato de Vincristina quando o doente tem uma lesão cirúrgica recente. Uma vez que uma porção significativa de Sulfato de Vincristina pode penetrar no local da incisão, como resultado de escoamento capilar e pode criar uma reação de endurecimento, inflamatória e de necrose local, recomenda-se precaução na programação temporal se uma injeção de Sulfato de Vincristina I.V., na presença de uma lesão cirúrgica recente ou mesmo na presença de qualquer lesão.
Crianças pequenas, que, por natureza têm uma área de superfície corporal relativamente grande comparada com o seu peso, mostraram toxicidade neurológica aumentada e toxicidade hepática secundária à quimioterapia de indução nos casos de leucemia linfoblástica infantil aguda, em comparação a crianças mais crescidas.
Foram reportados casos de reações neurotóxicas idiossincráticas com a utilização do sulfato de Vincristina. É necessária particular atenção aos sintomas, sinais e pesquisas laboratoriais. É útil estar-se preparado para que haja uma inadequada secreção da hormona antidiurética e convulsões quando os efeitos secundários e distensão abdominal marcada se desenvolveram após a administração de uma dose usualmente não tóxica de sulfato de Vincristina.
Recomenda-se um regime profilático de rotina usando enemas ou laxantes, para todos os doentes tratados com Vincristina.
Para além disso, uma vez que a obstipação é grave em doentes com antecedentes de dor submaxilar, este sintoma pode ser utilizado como advertência para instituir rapidamente um tratamento eficaz desta reação adversa. Nos doentes em tratamento com Vincristina, devem realizar-se exames regulares ao campo visual e fundoscopia e o tratamento deverá ser interrompido à menor suspeita de envolvimento do nervo ótico ou retiniano. Qualquer queixa de dor nos olhos ou perda de visão, deverá ser objeto de avaliação oftalmológica. Deste modo, a toxicidade do nervo ótico pode distinguir-se da infiltração leucémica e poderá ser instituído tratamento adequado.
A total prevenção da alopécia não é possível. Contudo, a utilização de uma touca de gelo pode ajudar a diminuir a propagação da alopécia. Não deve utilizar-se a touca de gelo quando existem células cancerígenas em circulação (como na leucemia ou linfoma) ou quando ainda estão presentes implantes tumorais.
A terapia efetiva com Vincristina não deve ser seguida na presença de granulocitopénia, como é o caso da Vinblastina e outros agentes oncológicos. Um estudo sobre os efeitos secundários da Vincristina em todas as faixas etárias, revelou que, normalmente, mais do que a mielodepressão, é a toxicidade neuromuscular que mais limita a dose. Contudo, devido a sintomas de possível granulocitopénia, tanto o médico como o doente devem estar alerta a sinais de qualquer infeção. Apesar da
existência prévia de granulocitopénia não implicar a contraindicação do fármaco, o aparecimento de granulocitopénia durante o tratamento, torna necessário cuidado especial antes de administrar a dose seguinte.
Visto que pode ocorrer leucopénia, o médico e o doente devem estar alertados para uma possível complicação infeciosa. Se esta ocorrer, devem ser tomadas medidas adequadas, incluindo um possível atraso na administração da dose seguinte de Vincristina. Se for diagnosticada uma leucemia ao nível do sistema nervoso central, podem ser necessários outros agentes adicionais e outras vias de administração, pois a Vincristina não atravessa a barreira hemato-encefálica.
A nefropatia aguda do ácido úrico, que pode ocorrer após a administração de agentes oncolíticos, também foi reportada com a Vincristina. Na presença de leucopénia de uma infeção, a administração da próxima dose deve ser encarada com precaução.
Deverá ser prestada particular atenção à posologia e aos efeitos secundários neurológicos quando se administra Vincristina em doentes com perturbações neuromusculares preexistentes e quando são utilizados outros fármacos com potencial neurotóxico.
Dificuldade em respirar e broncospasmo grave, foram reportados após administração dos alcaloides da vinca. Estas reações deram-se mais frequentemente quando os alcaloides da vinca foram utilizados em combinação com a Mitomicina-C e podem requerer um tratamento mais agressivo, particularmente quando se está em presença de uma insuficiência pulmonar pré-existente. O início destas reações pode ocorrer minutos ou horas após a injeção dos alcaloides da vinca e pode mesmo ocorrer 2 semanas após a administração da Mitomicina. Pode ocorrer dispneia progressiva que requer terapia crónica. A Vincristina não deve ser readministrada.
Os doentes que receberam combinações quimioterápicas que incluam a Vincristina com carcinogénios conhecidos, desenvolveram tumores secundários. A contribuição da Vincristina neste desenvolvimento ainda não foi determinada. Não houve evidência de carcinogenicidade após administração intraperitoneal de Vincristina em ratos e ratinhos, apesar deste estudo ser limitado.
Dever-se-á ter cuidado para evitar o contacto do fármaco com os olhos, em concentrações clínicas.
Se ocorrer um contacto acidental, pode resultar irritação grave (ou mesmo ulceração da córnea, se o produto for projetado sob pressão). Os olhos deverão ser imediata e abundantemente lavados.
Testes laboratoriais
Visto que a toxicidade clínica limitante da dose se manifesta como neurotoxicidade, a avaliação clínica (i.e. história médica, exame físico) é necessária para uma possível alteração da posologia. Após a administração de Sulfato de Vincristina, alguns doentes podem ter uma diminuição de glóbulos brancos ou de plaquetas, particularmente quando a terapia prévia ou a própria doença reduziu a função da medula óssea. Por isso, deve efetuar-se um hemograma completo antes da administração da dose. Também pode ocorrer uma elevação aguda do ácido úrico sérico durante a indução da remissão na leucemia aguda; por esse motivo devem determinar-se frequentemente os níveis do ácido úrico sérico durante as primeiras 3- 4 semanas do tratamento, ou devem ser tomadas as medidas adequadas para prevenir a neuropatia provocada pelo ácido úrico.
O laboratório que efetua estes testes deve ser consultado no que respeita à sua média de valores normais.
Sugere-se que o sódio sérico seja medido periodicamente durante a terapia com Vincristina. A presença de hiponatrémia devida a secreção inapropriada da hormona antidiurética, deve ser reconhecida de imediato e deve instituir-se adequada restrição de fluídos para evitar tonturas hiponatrémicas.
É particularmente importante estar atento à possível associação entre a terapia com Sulfato de Vincristina e a hipotensão ortostática, principalmente em doentes idosos e naqueles que recebem outra medicação hipotensora, para evitar episódios graves de hipotensão.
A coincidência entre a administração de Sulfato de Vincristina, os sintomas e a evidência objetiva de lesão miocárdica sugere que nos doentes que recebam o fármaco, deve realizar-se regularmente, um eletrocardiograma.
Em pediatria oncológica, é necessário monitorizar o estado intelectual, emocional, linguístico e neuropsicológico dos doentes.
Devem monitorizar-se os seguintes parâmetros: BUN (nitrogénio da ureia sanguínea), depuração da creatinina, hematócrito, contagem de plaquetas, bilirrubina sérica, SGOT (transaminase glutâmica oxaloacética sérica), SPGT (transaminase glutâmica pirúvica sérica), LDH (desidrogenase láctica), ácido úrico sérico, determinações diferenciais e totais de leucócitos.
Sulfato de Vincristina/radioterapia:
A radiação pode aumentar a neurotoxicidade periférica do Sulfato de Vincristina. Tem sido sugerido que a administração de Sulfato de Vincristina pode tornar os nervos periféricos mais suscetíveis a trauma físico e que a Vincristina pode retardar a recuperação dos nervos danificados através do dano causado pelo tumor.
Interferência no diagnóstico
As concentrações de ácido úrico potássico e sérico no sangue e na urina, podem aumentar.
Outros medicamentos e Vincristina Teva
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Sulfato de Vincristina/Inibidores das isoenzimas hepáticas do Citocromo F (ex: Itraconazol):
O metabolismo dos alcaloides da Vinca é mediado pelas isoenzimas hepáticas do citocromo F, subfamília CYP 3A, existindo a possibilidade destas isoenzimas poderem diminuir o metabolismo dos alcaloides da Vinca. Por esse motivo, deve ser tomada precaução quando os inibidores da isoenzima CYP 3A do Citocromo P450 e a Vincristina são utilizados simultaneamente.
A administração concomitante do Itraconazol, um conhecido inibidor desta isoenzima, e a Vincristina, tem sido reportada como causando um início precoce e/ou um aumento da gravidade dos efeitos secundários neuromusculares. Esta interação presume-se que esteja relacionada com a inibição do mecanismo da Vincristina.
Sulfato de Vincristina/Fenitoína:
A administração simultânea, oral ou endovenosa, de Fenitoína e associações de quimioterapia antineoplásica que incluam a Vincristina, podem reduzir os níveis sanguíneos do anticonvulsivante e aumentar a atividade convulsiva. O ajuste da posologia deverá realizar-se com base em determinações, em série, dos níveis sanguíneos.
Não está bem determinado qual o contributo da Vincristina para esta interação. Pode resultar de uma insuficiente absorção da Fenitoína, um aumento na taxa do seu metabolismo ou eliminação.
Sulfato de Vincristina/Asparaginase/Isoniazida e outros medicamentos neurotóxicos: Tem de ser considerada a possibilidade de aparecimento de neuropatias periféricas graves e prolongadas pela administração de medicamentos neurotóxicos a doentes tratados com Vincristina. Nestes doentes, a administração destes medicamentos deverá fazer-se com precaução e sob constante supervisão neurológica.
Sulfato de Vincristina/medicamentos antigotosos:
A Vincristina pode aumentar o nível do ácido úrico no sangue; para controlar a hiperuricemia e a gota, pode ser necessário ajustar a posologia dos medicamentos antigotosos.
Sulfato de Vincristina/tratamento mielodepressor:
O uso simultâneo de Vincristina com outros medicamentos mielodepressores, tais como a Doxorrubicina (especialmente com Prednisolona) podem aumentar os efeitos mielodepressores totais.
Sulfato de Vincristina/Mitomicina C:
Podem ocorrer reações pulmonares agudas.
Sulfato de Vincristina/Medicamentos causadores de discrasia sanguínea:
A administração concomitante de tais combinações pode provocar um aumento da leucopénia e/ou trombocitopénia dos efeitos da Vincristina. Por isso, pode ser necessário ajuste da posologia da Vincristina, baseado nos parâmetros hematológicos.
Terapia de associação incluindo Sulfato de Vincristina/Digoxina:
Os doentes que recebem quimioterapia podem ter uma absorção insuficiente de Digoxina. A amplitude da redução parece ser suficiente para reduzir o efeito terapêutico da Digoxina nalguns doentes. No entanto, deve ter-se cuidado ao administrar tal combinação e pode ser necessário um ajuste da posologia de Digoxina.
Sulfato de Vincristina/Vacinas de vírus mortos:
Dado que os mecanismos normais de defesa podem estar deprimidos pelo tratamento com Vincristina, pode ser inferior a resposta, em anticorpos, dos doentes à vacina. O intervalo entre a descontinuação dos medicamentos que causam imunodepressão e a recuperação da capacidade de resposta do doente à vacina, depende da intensidade e do tipo de medicação que causa a imunodepressão, da própria doença e de outros fatores. Normalmente varia entre 3 meses a 1 ano.
Sulfato de Vincristina/Vacinas de vírus vivos:
Dado que os mecanismos normais de defesa podem estar deprimidos pelo tratamento com Vincristina, a administração simultânea de uma vacina viva pode potenciar a replicação do vírus da vacina e aumentar os efeitos adversos da mesma e/ou diminuir a resposta, em anticorpos do doente, à vacina. A imunização destes doentes apenas deve ser realizada com extrema precaução, após avaliação cuidadosa do estado hematológico do doente e apenas com o conhecimento e consentimento do médico responsável pela administração do sulfato de Vincristina. O intervalo entre a descontinuação dos medicamentos que causam imunodepressão e a
recuperação da capacidade de resposta do doente à vacina, depende da intensidade e do tipo de medicação que causa a imunodepressão, da própria doença e de outros fatores. Normalmente varia entre 3 meses a 1 ano.
Os doentes com leucemia em fase de remissão, não devem receber vacinas vivas, no mínimo, até 3 meses após o seu último tratamento. A imunização com a vacina oral de polio-vírus deve também ser suspensa em indivíduos em contacto estreito com o doente, especialmente familiares.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
O fármaco pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas.
A Vincristina pode causar danos no feto quando administrada à grávida. As mulheres em idade fértil não devem iniciar o tratamento com Vincristina até que uma potencial gravidez esteja fora de consideração. Deve haver um aconselhamento acerca dos graves riscos que uma gravidez no decurso do tratamento, representa para o feto. Quer os homens quer as mulheres sujeitas à terapia com Vincristina devem empregar medidas anticoncecionais eficazes durante, e 3 meses após o fim do tratamento. (ver Não tome Vincristina Teva)."
Durante a terapia com Vincristina a mulher não deve amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não existem dados disponíveis sobre os efeitos do fármaco na capacidade para conduzir. Porém, como a Vincristina pode causar efeitos neurológicos, a possibilidade que este fármaco influencia a capacidade para conduzir deve ser tida em consideração.
Vincristina Teva contém para-hidroxibenzoato de etilo e Para-hidroxibenzoato de propilo. Pode causar reações alérgicas (possivelmente retardadas), e excecionalmente, broncospasmo.