Qual a composição de Linezolida Kabi
A substância ativa é linezolida. Cada 1 ml de solução contém 2 mg de linezolida.
Os outros componentes são glucose mono-hidratada (um tipo de açúcar), citrato de sódio, ácido cítrico, ácido clorídrico ou hidróxido de sódio e água para preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Linezolida Kabi e conteúdo da embalagem Sacos freeflex:
Linezolida Kabi é apresentada como uma solução límpida, praticamente isenta de partículas visíveis, incolor a amarela, em sacos de perfusão única contendo 300 ml (600 mg de linezolida) de solução.
Os sacos são disponibilizados em caixas de 10, 30 ou 50 sacos.
Frascos KabiPac:
Linezolida Kabi é apresentada como uma solução límpida, praticamente isenta de partículas visíveis, incolor a amarela, em frascos para perfusão única contendo 300 ml (600 mg de linezolida) de solução.
Os frascos são disponibilizados em caixas de 10, 30 ou 50 frascos. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Fresenius Kabi Pharma Portugal, Lda. Zona Industrial do Lagedo,
3465-157 Santiago de Besteiros, Portugal Tel.: +351 214 241 280
Fabricante:
Fresenius Kabi Norge AS Svinesundsveien 80, N0-1788 Halden Noruega
ou
Fresenius Kabi Polska Sp. z o.o. ul. Sienkiewicza 25
F - 99-300 Kutno Polónia
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico Europeu (EEE) com os seguintes nomes:
Áustria | Linezolid Kabi 2 mg/ ml Infusionslösung |
Bélgica | Linezolid Fresenius Kabi 2 mg/ml, oplossing voor infusie |
Bulgária | Linezolid Kabi 2 mg/ml pa3TBop |
República Checa | Linezolid Kabi 2 mg/ ml |
Croácia | Linezolid Kabi 2 mg/ml otopina za infuziju |
Dinamarca | Linezolid Fresenius Kabi |
França | Linezolide Kabi 2 mg/ml, solution pour perfusion |
Alemanha | Linezolid Kabi 2 mg/ ml Infusionslösung |
Grécia | Linezolid Kabi |
Irlanda | Linezolid 2 mg/ ml solution for infusion |
Itália | Linezolid Kabi |
Luxemburgo | Linezolid Kabi 2 mg/ ml Infusionslösung |
Holanda | Linezolid Fresenius Kabi 2 mg/ml, oplossing voor infusie |
Noruega | Linezolid Fresenius Kabi |
Polónia | Linezolid Kabi |
Portugal | Linezolida Kabi |
Roménia | Linezolid Kabi 2 mg/ml solutie perfuzabilä |
Eslovénia | Linezolid Kabi 2 mg/ml raztopina za infundiranje |
Eslováquia | Linezolid Kabi 2 mg/ ml |
Espanha | Linezolid Kabi 2 mg/ml solución para perfusión |
Reino Unido | Linezolid 2 mg/ ml solution for infusion |
Este folheto foi revisto pela última vez em
-----------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------
A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
Linezolida Kabi 2 mg/ml solução para perfusão Linezolida
IMPORTANTE: consultar o Resumo das Características do Medicamento antes de prescrever o medicamento.
Linezolida não é ativa contra infeções causadas por agentes patogénicos Gram- negativos.
Deve ser iniciada terapêutica concomitante específica para microrganismos Gram- negativos, se for documentada ou se existir suspeita de coinfeção por agente patogénico Gram-negativo.
Descrição dos sacos freeflex:
Sacos freeflex para perfusão, de poliolefina em multicamadas, de utilização única, isentos de látex, prontos-a-usar, selados dentro de um invólucro protetor de alumínio laminado. O saco tem capacidade para 300 ml de solução e é acondicionado numa caixa. Cada caixa contém 10, 30 ou 50 sacos para perfusão.
Descrição dos frascos KabiPac:
Frascos de polietileno de baixa densidade (KabiPac), de utilização única, prontos-a- usar, como acondicionamento primário, fechados com uma tampa contendo um disco de borracha que permite a inserção da agulha. Os frascos têm capacidade para 300 ml de solução e são acondicionados numa caixa de cartão única para proteger da luz. Cada caixa contém 10, 30 ou 50 frascos para perfusão.
Linezolida Kabi 2 mg/ml solução para perfusão contém 2 mg/ml de linezolida numa solução isotónica, límpida, praticamente isenta de partículas, incolor a amarelada. Os outros excipientes são: glucose mono-hidratada, citrato de sódio, ácido cítrico, ácido clorídrico ou hidróxido de sódio, água para preparações injetáveis.
Posologia e modo de administração
A terapêutica com linezolida deve ser iniciada apenas em ambiente hospitalar e só após consulta de um especialista, tal como um microbiologista ou um infeciologista.
Os doentes que iniciem o tratamento com a formulação parentérica podem mudar para qualquer uma das apresentações orais, quando clinicamente indicado. Neste caso não são necessários ajustes posológicos, uma vez que linezolida tem uma biodisponibilidade oral de aproximadamente 100%.
A solução para perfusão deve ser administrada durante um período de 30 a 120 minutos.
A dose recomendada de linezolida deve ser administrada por via intravenosa duas vezes ao dia.
Posologia recomendada e duração do tratamento nos adultos:
A duração do tratamento está dependente do agente patogénico, do local e gravidade da infeção e da resposta clínica do doente.
As recomendações sobre a duração do tratamento que se seguem refletem as que foram utilizadas nos ensaios clínicos. Tratamentos mais curtos podem ser adequados para alguns tipos de infeção mas não foram avaliados nos ensaios clínicos.
A duração máxima do tratamento é de 28 dias. Ainda não foram estabelecidas a segurança e eficácia de linezolida, para períodos de tratamento maiores que 28 dias.
Não é necessário aumento da dose recomendada ou da duração do tratamento, no caso de infeções associadas a bacteriemia concomitante. A posologia recomendada para a solução para é a seguinte:
Infeções | Dosagem | Duração do tratamento |
Pneumonia nosocomial | 600 mg duas vezes ao | 10-14 dias consecutivos |
Pneumonia adquirida na comunidade | dia | |
Infeções graves da pele e tecidos moles | 600 mg duas vezes ao dia | |
População pediátrica
A segurança e a eficácia da linezolida em crianças (< 18 anos de idade) não foram estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis estão descritos na secção 4.8, 5.1 e 5.2 mas não pode ser feita qualquer recomendação posológica.
Idosos: Não é necessário ajuste posológico. Compromisso renal: Não é necessário ajuste posológico.
Compromisso renal grave (isto é depuração da creatinina < 30 ml/min): Não é necessário ajuste posológico. Uma vez que se desconhece o significado clínico da exposição elevada (até 10 vezes) aos dois metabolitos primários de linezolida em doentes com insuficiência renal grave, linezolida deve ser utilizada com especial precaução nestes doentes e apenas quando o benefício esperado seja considerado superior ao risco teórico.
Como cerca de 30% de uma dose de linezolida é removida durante 3 horas de hemodiálise, linezolida deve ser administrada após diálise, em doentes que recebem este tratamento. Os metabolitos primários de linezolida são removidos em parte por hemodiálise, mas as concentrações destes metabolitos após diálise ainda são consideravelmente superiores às concentrações observadas em doentes com função
renal normal, ou com insuficiência renal ligeira a moderada. Consequentemente, a linezolida deve ser utilizada com especial precaução em doentes com insuficiência renal grave sujeitos a diálise, e apenas quando o benefício esperado seja considerado superior ao risco teórico.
Até à data, não há experiência na administração de linezolida a doentes sujeitos a diálise peritoneal ambulatória contínua (DPAC) ou tratamentos alternativos para falência renal (para além da hemodiálise).
Compromisso hepático: Não é necessário ajuste posológico em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada (classe Child-Pugh A ou B). Não é necessário ajuste posológico.
Compromisso hepático grave (classe Child-Pugh C): Como linezolida é metabolizada por um processo não enzimático, não se espera que a deterioração da função hepática altere significativamente o seu metabolismo e, assim, não é recomendado ajuste posológico. Contudo, os dados são limitados e recomenda-se que a linezolida seja utilizada nestes doentes apenas quando o benefício esperado é considerado superior ao risco teórico.
Contraindicações
Doentes com hipersensibilidade à linezolida ou a qualquer um dos excipientes.
Linezolida não deve ser utilizada em doentes a tomar outros medicamentos que inibam as monoaminoxidases A ou B (por ex., fenelzina, isocarboxazida, selegilina, moclobemida) ou nas duas semanas após a administração deste tipo de medicamentos.
A não ser que existam condições para a observação regular e monitorização da tensão arterial, não se deve administrar linezolida a doentes com os estados clínicos ou com a medicação concomitante seguintes:
- Doentes com hipertensão não controlada, feocromocitoma, síndrome carcinoide, tireotoxicose, depressão bipolar, distúrbio esquizoafectivo, estados confusionais agudos.
- Doentes sujeitos à seguinte medicação: inibidores da recaptação da serotonina (ver secção 4.4), antidepressivos tricíclicos, agonistas do recetor da serotonina 5-HT1 (triptanos), agentes com ações simpaticomiméticas diretas e indiretas (incluindo broncodilatadores adrenérgicos, pseudoefedrina e fenilpropanolamina), agentes vasopressores (por ex., adrenalina, noradrenalina), agentes dopaminérgicos (por ex., dopamina, dobutamina), petidina ou buspirona.
Deve-se suspender a amamentação antes da administração e durante o tratamento. Advertências e precauções especiais de utilização
Mielossupressão
Foram notificados casos de mielossupressão (incluindo anemia, leucopenia, pancitopenia e trombocitopenia) em doentes a quem foi administrada linezolida. Nos casos em que se conhece o resultado final, quando a terapêutica com linezolida foi suspensa, os parâmetros hematológicos afetados elevaram-se até aos níveis apresentados antes do tratamento. O risco de aparecimento destes efeitos parece estar relacionado com a duração do tratamento. Os doentes idosos tratados com
linezolida podem estar em maior risco de sofrer discrasias sanguíneas do que os doentes mais jovens.
A trombocitopenia pode ocorrer mais frequentemente em doentes com insuficiência renal grave, quer estejam ou não a fazer diálise. Assim, devem monitorizar-se regularmente os parâmetros hematológicos em doentes: que tenham anemia, granulocitopenia ou trombocitopenia pré-existentes; que estejam a receber medicação concomitante que possa diminuir os níveis de hemoglobina, diminuir os parâmetros hematológicos ou afetar a contagem ou a função das plaquetas; que tenham insuficiência renal grave; que estejam em tratamento por mais de 10-14 dias. Linezolida só deve ser administrada a estes doentes quando for possível a monitorização regular dos níveis de hemoglobina, parâmetros hematológicos, e contagem de plaquetas.
Caso ocorra mielossupressão significativa durante a terapêutica com linezolida, deve suspender-se o tratamento, a não ser que se considere absolutamente necessário a sua continuação. Neste caso deve implementar-se a monitorização intensiva dos parâmetros hematológicos e estratégias de cuidados apropriados.
Além disso, recomenda-se a monitorização semanal dos parâmetros hematológicos completos (incluindo níveis de hemoglobina, contagens de plaquetas e de leucócitos totais e diferenciados) em doentes a quem seja administrada linezolida, independentemente dos parâmetros hematológicos basais.
Em estudos de uso compassivo registou-se uma maior incidência de anemia grave em doentes tratados com linezolida por período de tempo superior ao máximo recomendado de 28 dias. Estes doentes necessitaram de transfusão sanguínea com maior frequência. Durante o período pós-comercialização registaram-se igualmente casos de anemia que necessitaram de transfusão sanguínea, dos quais a maioria ocorreu em doentes tratados com linezolida por mais de 28 dias.
Foram notificados casos de anemia sideroblástica pós-comercialização. Nos casos em que a data de início era conhecida, a maioria dos doentes tinha recebido tratamento com linezolida por mais de 28 dias. A maioria dos doentes recuperou totalmente ou parcialmente após a interrupção da linezolida, com ou sem tratamento para a anemia.
Desequilíbrio na mortalidade num ensaio clínico com doentes com infeções sanguíneas Gram-positivas relacionadas com cateter
Foi observado um excesso de mortalidade em doentes tratados com linezolida, relativamente a vancomicina/dicloxacilina/oxacilina, num estudo de desenho aberto conduzido em doentes graves com infeções intravasculares relacionadas com cateter [78/363 (21,5%) vs. 58/363 (16%)]. O principal fator que influenciou a taxa de mortalidade foi o estadode infeção no grupo de Gram-positivos na baseline. As taxas de mortalidade foram semelhantes nos doentes com infeções causadas apenas por microrganismos Gram-positivos (odds ratio 0,96; intervalo de confiança 95%: 0,58- 1,59), mas foram significativamente superiores (p=0,0162) no braço de tratamento de linezolida, em doentes com qualquer outro agente patogénico ou sem agente patogénico na baseline (odds ratio 2,48; intervalo de confiança de 95%: 1,38-4,46). O maior desequilíbrio ocorreu durante o tratamento e nos 7 dias após a descontinuação do fármaco em estudo. Um número superior de doentes no braço de tratamento com linezolida adquiriu agentes patogénicos Gram-negativos durante o estudo e morreu por infeções polimicrobianas e provocadas por agentes patogénicos
Gram-negativos. Como tal, nas infeções complicadas da pele e tecidos moles, linezolida deverá apenas ser utilizada em doentes com infeção concomitante por microrganismos Gram-negativos, conhecida ou possível, se não existirem alternativas terapêuticas disponíveis. Nestas circunstâncias, deve ser iniciado o tratamento concomitante contra microrganismos Gram-negativos.
Diarreia e colite associada a antibióticos
Foram notificados casos de diarreia e colite associadas a antibióticos, incluindo colite pseudomembranosa e diarreia associada a Clostridium difficile, em associação com o uso de quase todos os antibióticos incluindo linezolida, podendo variar em gravidade de diarreia leve a colite fatal. Por isso, é importante considerar este diagnóstico em doentes que desenvolvem diarreia grave durante ou após o tratamento com linezolida. Se se suspeitar ou confirmar diarreia ou colite associada a antibióticos, o tratamento em curso com os agentes antibacterianos, incluindo linezolida, deve ser suspenso e medidas terapêuticas adequadas devem ser iniciadas imediatamente. Nesta situação estão contraindicados os fármacos inibidores do peristaltismo.
Acidose láctica
Foram notificados casos de acidose láctica com a utilização de linezolida. Os doentes que desenvolvam sinais e sintomas de acidose metabólica, incluindo náuseas ou vómitos recorrentes, dor abdominal, baixo nível de bicarbonato ou hiperventilação durante o tratamento com linezolida deverão ser alvo de cuidados médicos imediatos. Se ocorrer acidose láctica, deve avaliar-se os benefícios da continuação da utilização da linezolida contra os potenciais riscos.
Disfunção mitocondrial
A linezolida inibe a síntese da proteína mitocondrial. Como resultado desta inibição podem ocorrer acontecimentos adversos, tais como acidose láctica, anemia e neuropatia (ótica e periférica). Estes acontecimentos são mais frequentes quando o medicamento é utilizado por mais de 28 dias.
Síndrome da serotonina
Foram notificados casos de relatos espontâneos de síndrome da serotonina associada à coadministração de linezolida e agentes serotoninérgicos, incluindo antidepressivos tais como inibidores da recaptação seletiva de serotonina (ISRS). Está, portanto, contraindicada a coadministração de linezolida e agentes serotoninérgicos (ver secção 4.3), exceto quando é essencial a coadministração de linezolida e agentes serotoninérgicos. Nestes casos, os doentes devem ser cuidadosamente observados para sinais e sintomas da síndrome da serotonina, tais como disfunção cognitiva, hiperpirexia, hiperreflexia e falta de coordenação. Se ocorrerem sinais ou sintomas, os médicos devem considerar a interrupção de um ou ambos os agentes; se o agente serotoninérgico coadministrado for retirado, podem ocorrer dos sintomas de descontinuação.
Neuropatia periférica e ótica
Registaram-se casos de neuropatia periférica, assim como neuropatia ótica e neurite ótica, que por vezes evoluíram para perda de visão, em doentes tratados com linezolida; estes casos ocorreram principalmente em doentes tratados por períodos de tempo superiores ao máximo recomendado de 28 dias.
Todos os doentes devem ser aconselhados a comunicar sintomas de compromisso visual, tais como alterações da acuidade visual, alterações da visão das cores, visão
turva ou alterações no campo visuail. Nestes casos, recomenda-se uma avaliação oftalmológica imediata, com consulta de um oftalmologista, se apropriado. No caso de existirem doentes em tratamento com Linezolida Kabi por um período superior aos 28 dias recomendados, deve monitorizar-se regularmente a sua função visual.
No caso de ocorrência de neuropatia periférica ou ótica, deve ponderar-se a continuação do tratamento destes doentes com linezolida, face aos potenciais riscos.
Pode existir um risco aumentado de neuropatias quando a linezolida é administrada a doentes que estão a tomar ou que tomaram recentemente antimicobacterianos, para o tratamento da tuberculose.
Convulsões
Foram notificadas convulsões em doentes tratados com linezolida. Na maioria destes casos, foi notificada uma história de convulsões ou de fatores de risco para convulsões. Os doentes devem ser aconselhados a informar o seu médico se tiverem história de convulsões.
Inibidores da Monoaminoxidase
Linezolida é um inibidor reversível não seletivo da monoaminoxidase (IMAO); no entanto, nas doses utilizadas para a terapêutica antibacteriana, não exerce efeitos antidepressivos. Existem dados muito limitados dos estudos de interação com outros fármacos e sobre a segurança de linezolida quando administrada a doentes com doenças subjacentes e/ou medicação concomitante que os possam pôr em risco pela inibição da MAO. Deste modo, não se recomenda a utilização de linezolida nestas circunstâncias, a não ser que seja possível a observação e monitorização cuidadosa do doente.
Utilização com alimentos ricos em tiramina
Os doentes devem ser avisados para não consumirem grandes quantidades de alimentos ricos em tiramina.
Superinfeção
Não foram avaliados nos ensaios clínicos, os efeitos da terapêutica com linezolida sobre a flora normal.
A utilização de antibióticos pode resultar, ocasionalmente, num crescimento excessivo de microrganismos não suscetíveis. Por exemplo, cerca de 3% dos doentes a receberem as doses recomendadas de linezolida registaram candidíases relacionadas com o fármaco, durante os ensaios clínicos. Caso ocorra uma superinfeção durante o tratamento, devem ser tomadas medidas apropriadas.
Populações especiais
Linezolida deve ser utilizada com especial precaução em doentes com insuficiência renal grave, e apenas quando o benefício esperado seja considerado superior ao risco teórico.
Recomenda-se que linezolida seja administrada a doentes com insuficiência hepática grave apenas quando o benefício esperado seja considerado superior ao risco teórico.
Compromisso na fertilidade
Linezolida diminuiu reversivelmente a fertilidade e induziu uma morfologia anómala do esperma em ratos machos adultos, para níveis de exposição aproximadamente iguais aos esperados no ser humano; desconhecem-se os efeitos possíveis de linezolida no sistema reprodutor masculino humano.
Ensaios clínicos
Não foram estabelecidas a segurança e eficácia de linezolida quando administrada por períodos superiores a 28 dias.
Os ensaios clínicos controlados não incluíram doentes com lesões de pé diabético, lesões de decúbito ou lesões isquémicas, queimaduras graves ou gangrena. Assim, a experiência da utilização de linezolida no tratamento destas entidades clínicas é limitada.
Excipientes
Cada ml de solução contém 45,7 mg (isto é 13,7 g/300 ml) de glucose. Este facto deve ser tido em consideração no caso de doentes com diabetes mellitus ou outros estados clínicos relacionados com a intolerância à glucose. Cada ml de solução contém ainda 0,38 mg (114 mg/300 ml) de sódio. O conteúdo em sódio deve ser tido em consideração em doentes com restrição de sódio na sua dieta.
Interações
Inibidores da Monoaminoxidase
Linezolida é um inibidor reversível, não seletivo da monoaminoxidase (IMAO). Existem dados muito limitados dos estudos de interação com outros fármacos e sobre a segurança de linezolida quando administrada a doentes com medicação concomitante que os possa pôr em risco por inibição da MAO. Assim, não se recomenda a utilização de linezolida nestas circunstâncias, a não ser que seja possível a observação e monitorização cuidadosa do doente.
Potenciais interações que conduzem ao aumento da pressão arterial
Em voluntários saudáveis normotensos, linezolida potenciou o aumento da pressão arterial provocado pela pseudoefedrina e cloridrato de fenilpropanolamina. A coadministração de linezolida tanto com a pseudoefedrina como com a fenilpropanolamina originou aumentos médios da pressão arterial sistólica na ordem dos 30-40 mm Hg, em comparação com aumentos de 11-15 mm Hg com linezolida administrada isoladamente, 14-18 mm Hg tanto com a pseudoefedrina ou a fenilpropanolamina administradas isoladamente, e 8-11 mm Hg com placebo. Não se realizaram estudos semelhantes em indivíduos hipertensos. Recomenda-se que sejam determinadas cuidadosamente as doses dos fármacos com ação vasopressora, incluindo agentes dopaminérgicos, de modo a atingir a resposta desejada quando coadministrados com linezolida.
Potenciais interações serotoninérgicas
Estudou-se a potencial interação farmacológica com dextrometorfano em voluntários saudáveis. Administrou-se dextrometorfano (duas doses de 20 mg com 4 horas de intervalo) em indivíduos a tomarem ou não linezolida. Não se observaram efeitos de síndrome da serotonina (confusão, delírio, agitação, tremores, enrubescimento, diaforese, hiperpirexia) em indivíduos saudáveis após administração de linezolida e dextrometorfano.
Experiência pós-comercialização: registou-se um caso de um doente, sob administração simultânea de linezolida e dextrometorfano, que surgiu com efeitos tipo síndrome da serotonina, que se resolveu com a suspensão de ambos os medicamentos.
Registaram-se casos de síndrome da serotonina durante a utilização clínica de linezolida com agentes serotoninérgicos, incluindo antidepressivos tais como inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Portanto, embora a coadministração seja contraindicada, a gestão dos doentes para os quais é essencial o tratamento com linezolida e agentes serotoninérgicos é descrita nas advertências e precauções especiais.
Utilização com alimentos ricos em tiramina
Não se observou resposta significativa da pressão após administração de linezolida e menos de 100 mg de tiramina. Este facto sugere que é apenas necessário evitar a ingestão de quantidades excessivas de alimentos e bebidas com um elevado teor em tiramina (por ex., queijo curado, extratos de leveduras, bebidas alcoólicas não destiladas e produtos de soja fermentada, tal como molho de soja).
Fármacos metabolizados pelo citocromo P450
Linezolida não é metabolizada de forma detetável pelo sistema enzimático do citocromo F (CYP) e não inibe nenhuma das isoformas CYP humanas clinicamente significativas (1A2, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1, 3A4). Da mesma forma, linezolida não induz as isoenzimas P450 em ratos. Assim, não se espera que linezolida induza interações farmacológicas a nível do CYP450.
Rifampicina
Foi estudado o efeito da rifampicina na farmacocinética de linezolida em dezasseis voluntários adultos do sexo masculino, saudáveis, quando administrada linezolida 600 mg duas vezes ao dia durante 2,5 dias, com ou sem rifampicina 600 mg uma vez ao dia durante 8 dias. A rifampicina reduziu a Cmáx e a AUC de linezolida numa média de 21% [IC 90% 15,27] e numa média de 32% [IC 90% 27, 37], respetivamente. É desconhecido o mecanismo desta interação e o seu significado clínico.
Varfarina
Após adição da varfarina à terapêutica com linezolida em estado estacionário, houve uma redução de 10% da média máxima da “International Normalized Ratio” (INR) na coadministração, com uma redução da AUC INR de 5%. Não existem dados suficientes de doentes que receberam varfarina e linezolida, de modo a avaliar o significado clínico, caso exista, destes resultados.
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Os dados sobre a utilização de linezolida em mulheres grávidas são limitados. Os estudos em animais demonstraram toxicidade no sistema reprodutor. Existe um risco potencial para os seres humanos.
Linezolida Kabi não deve ser utilizada durante a gravidez a não ser que seja claramente necessário, isto é, quando o potencial benefício seja considerado superior ao risco teórico.
Amamentação
Os dados obtidos em animais sugerem que linezolida e os seus metabolitos podem passar para o leite materno; consequentemente, deve suspender-se o aleitamento antes da administração e durante o tratamento.
Fertilidade
Linezolida diminuiu a fertilidade e a performance reprodutiva em ratos machos em níveis de exposição aproximadamente iguais ao dos esperados em humanos. Em cães tratados durante 1 mês, as variações de peso da próstata, dos testículos e dos epidídimos foram aparentes.
Desconhece-se se estes dados têm impacto sobre a fertilidade humana.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os doentes devem ser advertidos quanto ao risco potencial de ocorrerem tonturas ou sintomas ou perturbações visuais durante a administração de Linezolida Kabi e devem ser aconselhados a não conduzir ou utilizar máquinas se ocorrer algum destes sintomas.
Efeitos indesejáveis
A tabela abaixo fornece uma lista das reações adversas que ocorreram com frequência baseadas em todos os dados de causalidade de ensaios clínicos que envolveram mais de 2000 doentes adultos que receberam as doses recomendadas de linezolida até 28 dias. As notificações mais frequentes foram diarreia (8,4%), cefaleias (6,5%), náuseas (6,3%) e vómitos (4,0%).
Os efeitos adversos mais frequentes relacionados com o fármaco que provocaram a suspensão da terapêutica foram cefaleias, diarreia, náuseas e vómitos. Cerca de 3% dos doentes suspenderam o tratamento por apresentarem efeitos adversos relacionados com o fármaco.
Reações adversas adicionais notificadas na experiência pós-comercialização estão incluídas na tabela com a categoria de frequência “Desconhecida”, já que a atual frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis.
Os seguintes efeitos indesejáveis foram observados e notificados durante o tratamento com linezolida, com as seguintes frequências: Muito frequentes (≥1/10); frequentes (≥ 1/100 a < 1/10); pouco frequentes (≥ 1/1000 a < 1/100); raros (≥ 1/10 000 a < 1/1000); muito raros (< 1/10 000); Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Classe de Sistema de Órgãos | Frequentes (>1/100 a <1/10) | Pouco frequentes (>1/1000 a <1/100) | Raros (>1/10 000 a <1/1000) | Frequência desconhecida (não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis) |
Infeções e Infestações | candidíase, candidíase oral, candidíase vaginal, infeções fúngicas | vaginite | colite associada a antibióticos, incluindo colite pseudomembranosa* | |
Doenças do sangue e do sistema linfático | anemia* | leucopenia*, neutropenia, trombocitopenia*, eosinofilia | Pancitopenia* | mielossupressão*, anemia sideroblástica** |
Doenças do sistema imunitário | | | | anafilaxia |
Doenças do metabolismo e da nutrição | | hiponatremia | | acidose láctica* |
Perturbações do foro psiquiátrico | insónia | | | |
Doenças do sistema nervoso | cefaleias, alterações do paladar (gosto metálico), tonturas | convulsões*, hipostesia, parastesia | | síndrome da serotonina** neuropatia periférica* |
Afeções oculares | | visão turva* | defeito por alterações no campo visual* | neuropatia ótica*, neurite ótica*, perda de visão*, alterações na acuidade visual*, alterações na visão de cor* |
Afeções do ouvido e do labirinto | | acufenos | | |
Cardiopatias | | arritmia (taquicardia) | | |
Vasculopatias | hipertensão | ataques isquémicos transitórios, flebite, tromboflebite | | |
Doenças gastrointestinais | diarreia, náuseas, vómitos, dor abdominal localizada ou generalizada, obstipação, dispepsia | pancreatite, gastrite, distensão abdominal, boca seca, glossite, fezes soltas, estomatite, perturbação ou alteração na coloração da língua | alteração da coloração superficial do dente | |
Afeções hepatobiliares | testes de função hepática alterados; aumento da AST, ALT ou fosfatase alcalina | aumento da bilirrubina total | | |
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos | prurido, erupção cutânea | urticária, dermatite, diaforese | | afeções cutâneas bolhosas semelhantes às descritas na síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, angioedema, alopecia |
Doenças renais e urinárias | aumento da BUN | insuficiência renal, poliúria, creatinina aumentada | | |
Doenças dos órgãos genitais e da mama | | perturbação vulvovaginal | | |
Perturbações gerais e alterações no local de administração | febre, dor localizada | arrepios, fadiga, dor no local de injeção, aumento da sede | | |
Exames complementares de diagnóstico | Químicos Aumento da LDH, creatinina cinase, lipase, amilase ou da glicemia não em jejum. Diminuição das proteínas totais, albumina, sódio ou cálcio. Aumento ou diminuição do potássio ou do bicarbonato. | Químicos Aumento do sódio ou do cálcio. Diminuição da glicemia não em jejum. Aumento ou diminuição dos cloretos. | | |
Hematologia
|
Hematologia
|
|
Aumento dos
|
Aumento
|
da
|
neutrófilos
|
|
contagem
|
dos
|
ou
|
|
|
reticulócitos.
|
|
eosinófilos.
|
Diminuição
|
dos
|
Diminuição
|
|
neutrófilos
|
|
da
|
|
|
|
|
hemoglobina,
|
|
|
hematócrito
|
|
|
ou contagem
|
|
|
das
|
células
|
|
|
da
|
linhagem
|
|
|
vermelha.
|
|
|
|
Aumento
|
ou
|
|
|
diminuição
|
|
|
|
das
|
|
|
|
|
plaquetas
|
ou
|
|
|
da contagem
|
|
|
das
|
células
|
|
|
da
|
linhagem
|
|
|
branca
|
|
|
|
* Ver secção Advertências e precauções especiais de utilização ** Ver secções Contraindicações e Interações
† Ver em baixo
Os efeitos indesejáveis de linezolida que se seguem foram considerados graves em casos raros: dor abdominal localizada, acidentes isquémicos transitórios e hipertensão.
†Nos ensaios clínicos controlados em que linezolida foi administrada até 28 dias, 2,0% dos doentes apresentaram anemia. Num programa de uso compassivo em doentes com infeções potencialmente fatais e comorbilidades existentes, a percentagem de doentes que desenvolveu anemia sob tratamento com linezolida durante ≤ 28 dias foi de 2,5% (33/1326), em comparação com 12,3% (53/430) quando tratados durante > 28 dias. A proporção de casos que registaram anemia grave relacionada com o medicamento e que necessitaram de transfusão sanguínea foi de 9% (3/33) em doentes tratados durante ≤ 28 dias e 15% (8/53) em doentes tratados durante > 28 dias.
População pediátrica
Os dados de segurança de estudos clínicos baseados em mais de 500 doentes pediátricos (desde o nascimento até aos 17 anos) não indicam que o perfil de segurança de linezolida para os doentes pediátricos difira para os doentes adultos.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício- risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.F.:
|
|
|
|
|
|
|
APROVADO EM
|
|
|
|
|
|
|
|
26-01-2018
|
|
|
|
|
|
|
|
INFARMED
|
INFARMED,
|
|
|
|
|
|
|
|
I.F.
|
Direção
|
de
|
Gestão
|
do
|
Risco
|
de
|
Medicamentos
|
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
|
|
|
|
|
|
1749-004 Lisboa
|
|
|
|
|
|
|
|
Tel.: +351 21 798 73 73
|
|
|
|
|
|
|
Linha
|
do
|
Medicamento:
|
|
|
|
(gratuita)
|
Fax:
|
+
|
|
|
|
|
|
|
|
Sítio
|
|
|
da
|
|
|
|
|
internet:
|
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
|
|
|
|
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Sobredosagem
Não se conhece antídoto específico.
Não foram descritos casos de sobredosagem. No entanto, as informações que se seguem podem ser úteis:
Aconselham-se cuidados de suporte, juntamente com a manutenção da filtração glomerular.
Cerca de 30% de uma dose de linezolida pode ser removida durante 3 horas de hemodiálise, mas não existem dados disponíveis sobre a remoção de linezolida por diálise peritoneal ou hemoperfusão.
Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Para utilização única.
Para os sacos freeflex:
Remover o invólucro protetor apenas antes da utilização, e depois verificar durante um minuto se há fugas, apertando o saco firmemente. Se o saco tiver alguma fuga, não usar porque a esterilidade pode estar comprometida. A solução deve ser inspecionada visualmente antes da utilização e apenas devem ser usadas as soluções límpidas, sem partículas visíveis. Não usar estes sacos em sistemas de perfusão em série. Qualquer solução não utilizada deve ser eliminada. Não voltar a utilizar sacos parcialmente utilizados.
Para os frascos KabiPac:
Remover da embalagem original apenas quando estiver pronto a ser utilizado. A solução deve ser visualmente inspecionada antes de ser utilizada e apenas soluções límpidas sem partículas devem ser utilizadas. Não utilizar estes frascos em ligações em série. Qualquer solução não utilizada deveser eliminada. Não existem requisitos especiais para a eliminação.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
Não voltar a conectar frascos utilizados parcialmente.
Linezolida Kabi, 2 mg/ml solução para perfusão é compatível com as seguintes soluções: solução para perfusão intravenosa de glucose a 50 mg/ml (5%), solução para perfusão intravenosa de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%), solução injetável de Lactato de Ringer (solução injetável de Hartmann)
Incompatibilidades
Não devem ser introduzidos aditivos nesta solução. Se linezolida for administrada concomitantemente com outros fármacos, cada um deve ser administrado separadamente, de acordo com as respetivas instruções de utilização. Do mesmo modo, caso se utilize o mesmo sistema de perfusão intravenoso para a administração sequencial de vários fármacos, deve enxaguar-se o sistema de perfusão antes e após a administração de linezolida, com uma solução para perfusão compatível.
Sabe-se que Linezolida Kabi 2 mg/ml solução para perfusão é fisicamente incompatível com os seguintes compostos: anfotericina B, cloridrato de clorpromazina, diazepam, isetionato de pentamidina, lactobionato de eritromicina, fenitoína sódica e sulfametoxazol/trimetoprim. É ainda quimicamente incompatível com a ceftriaxona sódica.
Prazo de validade
A estabilidade química e física durante a utilização foi demonstrada durante 24 horas a 2ºC-8ºC e a 25ºC. Do ponto de vista microbiológico, a menos que o método de abertura previna o risco de contaminação microbiológica, o medicamento deve ser usado imediatamente. Se não for usado imediatamente, os tempos e as condições de conservação em uso são da responsabilidade do utilizador.
Precauções especiais de conservação
Sacos freeflex: Conservar na embalagem de origem (invólucro protetor e cartonagem) até à utilização.
Frascos KabiPac: Manter o frasco dentro da embalagem exterior até à utilização para proteger da luz.