Gliclazida Teva é um medicamento que reduz os níveis de açúcar no sangue (medicamento antidiabético oral que pertence ao grupo das sulfonilureias).
Gliclazida Teva é usado em certas formas de diabetes (diabetes mellitus tipo 2) em adultos quando o regime alimentar, o exercício físico e a redução de peso isoladamente não tiveram um efeito adequado para manter o nível correto de açúcar no sangue.
2. O que precisa saber antes de tomar Gliclazida Teva
Não tome Gliclazida Teva
- se tem alergia à gliclazida, a outros medicamentos do mesmo grupo (sulfonilureias), a outros medicamentos semelhantes (sulfonamidas) ou a qualquer outro componente deste medicamento (listados na secção 6);
- se sofre de diabetes insulino dependente (tipo 1);
- se tem corpos cetónicos e açúcar na sua urina (o que pode significar que tem cetoacidose diabética), pré-coma ou coma diabético;
- se tem doença grave dos rins ou fígado;
- se está a tomar medicamentos para tratamento de infecções fúngicas (miconazol, ver secção “Outros medicamentos e Gliclazida Teva”);
- se está a amamentar (ver secção “Gravidez e aleitamento).
Se considera que qualquer aspecto acima mencionado se aplica a si, informe o seu médico, enfermeira ou farmacêutico.
APROVADO EM 18-11-2021 INFARMED
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Gliclazida Teva.
Deve observar o plano de tratamento prescrito pelo seu médico para alcançar os níveis de açúcar no sangue adequados. Para tal, para além deve tomar regularmente o medicamento, para além deve cumprir o regime alimentar e, de praticar exercício físico e quando necessário, reduzir o peso.
Durante o tratamento com gliclazida, é necessário vigiar regularmente os níveis de açúcar no sangue (e possivelmente na urina). O seu médico pode também realizar análises ao sangue para monitorizar a hemoglobina glicosilada (HbA1c).
Nas primeiras semanas de tratamento, o risco de ter uma redução dos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia) pode estar aumentado. Portanto é necessário um rigoroso controlo médico.
A baixa de açúcar no sangue (hipoglicemia) pode ocorrer:
- se toma as refeições de forma irregular ou não as toma
- se está em jejum
- se está mal nutrido
- se alterar a sua dieta
- se aumentou a sua actividade física e a ingestão de hidratos de carbono não acompanhou este aumento,
- se bebe álcool, especialmente quando não toma as refeições
- se está a tomar outros medicamentos ou remédios naturais ao mesmo tempo
- se toma doses muito elevadas de gliclazida
- se sofre de alguma perturbação induzida por hormonas (perturbações funcionais da glândula da tiróide, da hipófise ou da supra-renal)
- se a sua função renal ou hepática estiver gravemente diminuída.
Se tiver os seus níveis de açúcar no sangue baixos, poderá ter os seguintes sintomas: cefaleias, fome intensa, náuseas, vómitos, fadiga, perturbações do sono, inquietação, agressividade, falta de concentração, vigilância e das reacções, depressão, confusão, perturbações visuais ou da fala, tremores, perturbações sensoriais, vertigens e sensação de falta de energia. Podem também ocorrer os seguintes sinais e sintomas: sudação, pele húmida, ansiedade, batimento rápido ou irregular do coração, pressão arterial alta, dor forte e inesperada no peito que pode irradiar para as zonas próximas (angina pectoris).
Se os níveis de açúcar no sangue continuarem a descer pode sofrer de considerável confusão (delírio), desenvolver convulsões, perda de autocontrolo, a sua respiração pode ser superficial e o batimento cardíaco pode abrandar, você pode ficar inconsciente.
Na maioria dos casos os sintomas de níveis baixos de açúcar no sangue desaparecem rapidamente quando consumir açúcar, por exemplo, comprimidos de glucose, pacotes de açúcar, sumo doce e chá com açúcar. Assim deve trazer sempre algum tipo de açúcar consigo (comprimidos de glucose, pacotes de açúcar). Lembre- se que os adoçantes artificiais não são eficazes. Por favor contacte o seu médico ou o hospital mais próximo se a ingestão de açúcar não ajudar ou os sintomas surgirem novamente.
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Os sintomas de nível baixo de açúcar no sangue podem estar ausentes, menos óbvios, desenvolverem-se lentamente ou não se aperceber a tempo que o seu nível de açúcar no sangue desceu.
Isto pode ocorrer se for um doente idoso a tomar outros medicamentos (por ex., medicamentos que actuem a nível do sistema nervoso central e bloqueadores beta). Se está em situações de stress (por exemplo, acidentes, operações cirúrgicas, febre, etc) o seu médico pode temporariamente trocar para uma terapêutica com insulina.
Os sintomas de açúcar elevado no sangue (hiperglicemia) podem ocorrer quando a gliclazida ainda não reduziu suficientemente o açúcar no sangue, quando não tiver cumprido o plano de tratamento prescrito pelo seu médico, se está a tomar preparações com erva de S. João (Hypericum perforatum) (ver secção “Outros medicamentos e Gliclazida Teva”) ou em situações especiais de stress. Os sintomas podem incluir sede, aumento da frequência urinária, boca seca, pele seca associada a comichão, infecções na pele e desempenho reduzido.
Se estes sintomas ocorrerem, contacte o seu médico ou farmacêutico.
Podem ocorrer distúrbios da glicose no sangue (níveis baixos e elevados de açúcar no sangue) quando a gliclazida é prescrita ao mesmo tempo que os medicamentos pertencentes a uma classe de antibióticos denominada fluoroquinolonas, especialmente em doentes idosos. Neste caso, o seu médico irá lembrá-lo da importância de monitorizar a glicose no sangue.
Se tem histórico familiar de ou sabe que tem a condição hereditária de deficiência em desidrogenase de glicose-6-fosfato (G6PD) (anomalia nos glóbulos vermelhos do sangue), pode ocorrer diminuição do nível de hemoglobina e colapso dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica). Contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.
Casos de porfiria aguda foram descritos com algumas das outras sulfonilureias em doentes que têm porfiria (problemas genéticos hereditários com acumulação de porfirinas ou precursores da porfirina no corpo).
Crianças e adolescentes
Gliclazida Teva não é recomendada para uso em crianças devido à falta de dados.
Outros medicamentos e Gliclazida Teva
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar/utilizar, ou tiver tomado/utilizado recentemente, ou se vier a tomar/utilizar outros medicamentos.
O efeito de redução do açúcar no sangue da gliclazida pode ser potenciado e os sinais de redução dos níveis de açúcar no sangue podem ocorrer quando um dos seguintes medicamentos for tomado:
outros medicamentos utilizados no tratamento de níveis elevados de açúcar no sangue (antidiabéticos orais, agonistas dos receptores GLP-1) ou insulina Antibióticos (por exemplo, sulfonamidas, claritromicina)
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medicamentos para tratar hipertensão ou insuficiência cardíaca (bloqueadores beta, inibidores da ECA como o captopril ou enalapril)
medicamentos para tratar infecções fúngicas (miconazol e fluconazol)
medicamentos para tratar as úlceras no estômago ou duodeno (antagonistas dos receptores H2)
medicamentos para tratar a depressão (inibidores da monoamino oxidase) analgésicos ou antireumatismais (ibuprofeno e fenilbutazona) medicamentos contendo álcool.
O efeito de redução dos níveis de açúcar da gliclazida pode ser reduzido e os sinais de aumento dos níveis de açúcar no sangue podem ocorrer quando um dos seguintes medicamentos for tomado:
medicamentos para tratar distúrbios do sistema nervoso central (clopromazina) medicamentos que reduzem a inflamação (corticosteróides)
medicamentos para tratar a asma ou utilizados durante o trabalho de parto (salbutamol intravenoso, ritodrina e terbutalina)
medicamento para tratar doenças mamárias, fortes hemorragias menstruais e endometriose (danazol),
preparações com erva de S. João – Hypericum perforatum.
Podem ocorrer alterações do nível de açúcar no sangue (nível baixo de açúcar no sangue e nível alto de açúcar no sangue) quando um medicamento pertencente a uma classe de antibióticos chamada fluoroquinolonas é tomado ao mesmo tempo do que Gliclazida Teva, especialmente em doentes idosos.
A gliclazida pode aumentar os efeitos dos medicamentos que reduzem a coagulação do sangue (varfarina). pode potenciar o efeito anticoagulante durante o tratamento concomitante com varfarina (medicamento que inibe a coagulação do sangue).
Tomar Gliclazida Teva com alimentos, bebidas e álcool
Gliclazida Teva pode ser tomada com alimentos e bebidas não alcoólicas.
A ingestão de álcool não é recomendada pois pode alterar o controlo da sua diabetes de forma imprevisível.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gliclazida Teva não é recomendada para uso durante a gravidez. Não deve tomar Gliclazida Teva se está a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A sua capacidade de concentração ou reacção pode estar afectada se os níveis de açúcar no sangue estão muito baixo (hipoglicemia) ou muito altos (hiperglicemia) ou se desenvolveu problemas visuais como resultado de tal condição. Tenha em consideração que pode colocar em risco a sua vida ou a de outros (por ex., quando conduzir ou utilizar máquinas).
Pergunte ao seu médico se pode conduzir se:
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- tem episódios frequentes de baixo teor de açúcar no sangue (hipoglicemia),
- tem poucos ou nenhuns sinais de advertência de baixo teor de açúcar no sangue (hipoglicemia).
Gliclazida Teva contém lactose
Gliclazida Teva contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.