Glicazida-Lupin 30 mg comprimidos de libertação prolongada. Cada comprimido contém 30 mg de Gliclazida.
Grupo farmacoterapêutico: Sulfonamidas, derivados da ureia, código ATC: A10BB09
Gliclazida é um medicamento que reduz os níveis de açúcar no sangue (medicamento antidiabético oral que pertence ao grupo das sulfonilureias).
Gliclazida 30 mg comprimidos de libertação prolongada são usados para manter o açúcar no sangue nos níveis corretos em adultos com diabetes (diabetes mellitus tipo 2) quando este não é controlado por si só através de medidas dietéticas, exercício físico e diminuição de peso.
2. O que precisa de saber antes de tomar Gliclazida Comprimidos Não tome Gliclazida 30 mg comprimidos de libertação prolongada:
- se tem alergia à gliclazida ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6) ou a qualquer outro medicamento do mesmo grupo (sulfonilureias ou sulfonamidas).
- se tem diabetes insulinodependente (tipo 1)
- se tem corpos cetónicos e açúcar na sua urina (quer dizer que tem cetoacidose diabética), pré-coma ou coma diabético
- se tem doença renal grave ou hepática grave
- se está a tomar medicamentos para tratar infeções por fungos (miconazol, ver Secção “Outros medicamentos e Gliclazida Comprimidos”)
- se está a amamentar (ver Secção “Gravidez e amamentação”)
Advertências e Precauções
APROVADO EM 30-08-2018 INFARMED
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Gliclazida 30 mg comprimidos de libertação prolongada. Deve cumprir o tratamento prescrito pelo seu médico a fim de obter adequados níveis de açúcar no sangue. Isto significa que, além da toma regular dos seus comprimidos, deve cumprir com o regime alimentar, fazer exercício físico e, quando necessário, perder peso.
Durante o tratamento com gliclazida é necessário fazer regularmente o controlo do açúcar no seu sangue (e possivelmente na urina) e também da hemoglobina glicosilada (HbA1c) se necessário.
Nas primeiras semanas de tratamento o risco de redução dos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia) pode aumentar. Assim, é necessário um rigoroso controlo médico.
Pode ocorrer uma diminuição do açúcar no sangue (hipoglicemia):
se toma as refeições de modo irregular ou salta refeições por completo, se está em jejum,
se está mal alimentado,
se alterou o regime alimentar,
se aumentou a atividade física e a ingestão de hidratos de carbono não acompanhou este aumento,
se bebe álcool, particularmente em combinação com a omissão de refeições, se toma outros medicamentos ou produtos naturais ao mesmo tempo,
se toma altas doses de gliclazida,
se sofre de alguma alteração hormonal particular (alterações funcionais da tiroide, da
glândula pituitária ou adrenocortical),
se a sua função renal ou hepática estiver gravemente diminuída.
Se o açúcar no sangue diminuir, pode ter os seguintes sintomas:
dor de cabeça, fome intensa, náuseas, vómitos, fadiga, alterações do sono, agitação, agressividade, falta de concentração, vigilância e tempo de reação diminuídos, depressão, confusão, perturbações visuais ou da fala, tremor, distúrbios sensoriais, vertigens e sensação de abandono.
Também podem aparecer os seguintes sinais e sintomas: transpiração, pele pegajosa, ansiedade, batimentos cardíacos irregulares ou acelerados, tensão arterial alta, súbita dor forte no peito que pode irradiar para zonas próximas (angina de peito).
Se os níveis de açúcar no sangue continuarem a diminuir pode sofrer de confusão considerável (delírio), desenvolver convulsões, perda de autocontrolo, respiração fraca, batimentos cardíacos fracos e pode ficar inconsciente.
Na maioria dos casos os sintomas de açúcar baixo no sangue desaparecem muito rapidamente assim que consumir qualquer forma de açúcar, por exemplo comprimidos de glucose, cubos de açúcar, sumos e chá açucarados. Deve, portanto, trazer sempre consigo qualquer forma de açúcar (comprimidos de
glucose, cubos de açúcar). Lembre-se que adoçantes artificiais não são eficazes. Contacte o seu médico ou o hospital mais próximo se a ingestão de açúcar não ajudar ou se os sintomas reaparecerem.
APROVADO EM 30-08-2018 INFARMED
Os sintomas de baixo açúcar no sangue podem estar ausentes, não serem óbvios ou aparecerem muito lentamente ou não se aperceber a tempo que o nível de açúcar no sangue desceu. Isto pode acontecer se for um doente idoso a tomar certos medicamentos (por exemplo, os que atuam no sistema nervoso central e bloqueadores beta).
Se estiver em situações de stress (por exemplo acidente, cirurgia, febre, etc.) o seu médico pode passar temporariamente para um tratamento com insulina.
Podem aparecer sintomas de níveis altos de açúcar no sangue (hiperglicemia) quando a gliclazida ainda não reduziu suficientemente o açúcar sanguíneo, quando não cumpriu o tratamento prescrito pelo seu médico ou em situações especiais de stress. Estes sintomas podem incluir sede, micção frequente, boca seca, pele seca e coceira, infeções da pele e desempenho reduzido.
Se estes sintomas ocorrerem deve contactar o seu médico ou farmacêutico.
Se tem antecedentes familiares de deficiência hereditária em glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) (anormalidade dos glóbulos vermelhos) ou se sofre desta doença, pode ocorrer diminuição do nível de hemoglobina e colapso dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica).
Contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.
Gliclazida 30 mg comprimidos de libertação prolongada não é recomendado para uso em crianças, devido à ausência de dados
Outros medicamentos e Gliclazida 30 mg comprimidos de libertação prolongada Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
O efeito de redução do açúcar no sangue da gliclazida pode ser aumentado e podem ocorrer os sinais de níveis baixos de açúcar no sangue, quando for tomado um dos seguintes medicamentos:
outros medicamentos usados para tratar os níveis elevados de açúcar no sangue (antidiabéticos orais, agonistas do receptor GLP-1 ou insulina)
antibióticos (p.ex: sulfonamidas, claritromicina)
medicamentos para tratar a hipertensão ou a insuficiência cardíaca (bloqueadores beta, inibidores da ECA como o captopril ou enalapril)
medicamentos para tratar infeções fúngicas (miconazol, fluconazol)
medicamentos para tratar úlceras no estômago ou duodeno (antagonistas dos recetores H2)
medicamentos para tratar a depressão (inibidores da monoaminoxidase) Analgésicos ou anti-reumáticos (ibuprofeno ou fenilbutazona) medicamentos que contêm álcool
O efeito de redução da glucose no sangue da gliclazida pode ser atenuado e os níveis de açúcar no sangue podem ser aumentados, quando um dos seguintes medicamentos for tomado:
medicamentos para tratar doenças do sistema nervoso central (cloropromazina) medicamentos que reduzem a inflamação (corticosteroides)
medicamentos para tratar a asma ou utilizados no trabalho de parto (salbutamol, terbutalina, ritodrina intravenosos)
APROVADO EM 30-08-2018 INFARMED
medicamentos para tratar doenças da mama, fortes hemorragias menstruais e endometriose (danazol).
A gliclazida pode aumentar os efeitos dos medicamentos que reduzem a coagulação do sangue (varfarina)
Fale com o seu médico antes de começar a tomar outro medicamento. Se for para o hospital informe os profissionais de saúde que está a tomar Gliclazida comprimidos de libertação prolongada.
Gliclazida 30 mg Comprimidos de libertação prolongada com alimentos e bebidas: Gliclazida Comprimidos pode ser tomado com alimentos e bebidas não alcoólicas. A ingestão de álcool não está recomendada pois pode alterar o controlo da sua diabetes de uma forma imprevisível.
Gravidez e amamentação
Gravidez
Gliclazida 30 mg comprimidos de libertação prolongada não é recomendado para uso durante a gravidez. Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar enquanto está a tomar este medicamento, informe o seu médico, para que ele possa prescrever o tratamento mais adequado para si.
Amamentação
Não deve tomar Gliclazida 30 mg comprimidos de libertação prolongada enquanto está a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A sua capacidade de concentração ou reação pode estar diminuída se o seu açúcar no sangue for muito baixo (hipoglicemia) ou muito alto (hiperglicemia) ou se tiver perturbações na visão resultantes dessas condições. Tenha em conta que pode ser perigoso para si ou para os outros (por exemplo quando conduz um carro ou utiliza máquinas).
Fale com o seu médico se pode conduzir um carro se:
tem episódios frequentes de diminuição do açúcar no sangue (hipoglicemia),
não tem ou tem poucos sinais de aviso de açúcar baixo no sangue (hipoglicemia).