Grupo Farmacoterapêutico: 8.4.2 -.Antidiabéticos orais.
GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE é utilizada na Diabetes mellitus tipo 2, desde que não possa ser adequadamente controlada por dieta, exercício físico e redução de peso.
2. ANTES DE TOMAR GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE
Não tome GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE:
- se tem alergia (hipersensibilidade) à glimepirida, a outras sulfonilureias ou sulfonamidas ou a qualquer outro componente de GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE
GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE não deve ser utilizada nos seguintes casos:
- Diabetes insulino-dependente;
- Coma diabético;
- Cetoacidose;
- Perturbações graves da função renal ou hepática;
Em caso de perturbações renais ou hepáticas graves, é necessário passar para insulina.
APROVADO EM 18-08-2008 INFARMED
Tome especial cuidado com GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE:
Glimepirida Diapiride tem de ser tomada pouco antes ou durante uma refeição. Em caso de refeições com intervalos irregulares, ou não tomando algumas refeições, o tratamento com Glimepirida Diapiride pode levar a hipoglicémia.
Os sintomas possíveis de hipoglicémia incluem: cefaleias, fome voraz, náuseas, vómitos, lassitude, tonturas, sono perturbado, inquietude, agressividade, perturbações da concentração, vigília e tempo de reacção, depressão, confusão, perturbações visuais e da fala, afasia, tremor, paresias, perturbações sensorais, tonturas, perda de auto-controlo, delírio, convulsões cerebrais, sonolência e perda da consciência até situações mais graves como coma, respiração superficial e bradicardia.
Para além disso, podem estar presentes sinais de contra-regulamentação adrenérgica, tais como suores, pele húmida, ansiedade, taquicardia, hipertensão, palpitações, angina de peito e arritmias cardíacas. O quadro clínico de um ataque hipoglicémico grave pode assemelhar-se ao de um AVC. Os sintomas podem ser controlados quase sempre pela ingestão de hidratos de carbono (açúcar). Os adoçantes artificiais não têm efeito. Sabe-se de outras sulfonilureias que, apesar de as contra-medidas inicialmente terem dado bom resultado, pode recorrer uma hipoglicémia.
Em caso de hipoglicémia grave ou prolongada só controlada temporariamente pelas quantidades habituais de açúcar, é necessário tratamento médico imediato e ocasionalmente hospitalização.
Entre outros, os seguintes factores favorecem a hipoglicémia:
- Recusa ou (mais frequentemente em doentes idosos) incapacidade do doente de cooperar;
- Subnutrição, refeições irregulares ou falhadas ou períodos de jejum;
- Desfazamento entre o exercício físico e a ingestão de glúcidos;
- Alterações da dieta;
- Consumo de álcool, especialmente em combinação com refeições falhadas;
- Perturbação da função renal;
- Perturbação grave da função hepática;
- Sobredosagem com glimepirida diapiride;
- Certas perturbações descompensadas do sistema endócrino afectando o metabolismo dos glúcidos ou a contra-regulação da hipoglicémia (como, por exemplo, em certas perturbações
da função tiroideia e na insuficiência suprarenal ou da hipófise anterior);
- Administração concomitante de certos outros medicamentos (ver “Tomar GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE com outros medicamentos”).
O tratamento com GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE exige monitorização dos níveis de glucose no sangue e na urina. Para além, disso, é recomendada a determinação da hemoglobina glicosilada.
É necessário um controlo regular do hemograma (especialmente leucócitos e trombócitos) e da função hepática durante o tratamento com Glimepirida Diapiride.
Em situações de stress (p.ex. acidentes, cirurgia, infecções febris), pode ser indicada uma mudança temporária para insulina.
APROVADO EM 18-08-2008 INFARMED
Não há experiência relativamente ao uso de Glimepirida Diapiride em doentes com perturbação grave da função hepática e em doentes dializados. Em doentes com perturbação grave da função hepática ou renal, está indicada a passagem para insulina.
O tratamento de doentes com deficiência em glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) com sulfonilureias pode provocar anemia hemolítica. Pelo facto de GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE pertencer à classe das sulfonilureias a sua administração em doentes com deficiência em G6PD deverá ser realizada com precaução, devendo nestes doentes ser ponderada a administração de outro antidiabético que não seja uma sulfonilureia.
Tomar GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Tomando Glimepirida Diapiride em simultâneo com certos outros medicamentos, podem ocorrer aumentos ou baixas da acção hipoglicemiante da Glimepirida. Por isso, só devem ser tomados outros medicamentos com conhecimento (ou receita) do médico.
Baseado na experiência com Glimepirida Diapiride e outras sulfonilureias, têm de se mencionar as interacções seguintes:
- Fenilbutazona, azapropazona e oxifenobutazona;
- Insulina e produtos antidiabéticos orais;
- Metformina;
- Salicilatos e ácido p-amino-salicílico;
- Esteróides anabolizantes e hormonas sexuais masculinas;
- Cloranfenicol;
- Anticoagulantes cumarínicos;
- Fenfluramina;
- Fibratos;
- Inibidores da ECA;
- Fluoxentina;
- Alopurinol;
- Simpaticolíticos;
- Ciclo-;tro-e ifosfomidas;
- Sulfimpirazona;
- Certas sulfonamidas de acção longa;
- Tetraciclinas;
- Inibidores da MAO;
- Quinolonas;
- Probenecida;
- Miconazol;
- Pentoxifilina (doses elevadas por via parentérica);
- Tritoqualina.
Pode ocorrer uma baixa do efeito hipoglicemiante, e portanto um aumento dos níveis da glicémia, quando um dos medicamentos seguintes é administrado em simultâneo com a glimepirida, por exemplo:
- Estrogéneos e gestagéneos;
APROVADO EM 18-08-2008 INFARMED
- Saluréticos; diuréticos tiazídicos;
- Tireomiméticos e glucocorticóides;
- Derivados fenotiazínicos; clorpromazina;
- Adrenalina e simpaticomiméticos;
- Ácido nicotínico (doses elevadas) e seus derivados;
- Laxativos (uso prolongado);
- Fenitoína; diazóxido;
- Glucagom; barbitúricos e rifampicina;
- Acetazolamida.
Os antagonistas dos receptores H2, bloqueadores beta, clonidina e reserpina, podem levar quer a uma potenciação quer a uma diminuição do efeito hipoglicemiante. Sob a influência de medicamentos simpaticolíticos tais como bloqueadores beta, clonidina, guanetidina e reserpina, os sinais de contraregulação adrenérgica à hipoglicémia podem ser reduzidos ou estar ausentes. A ingestão de álcool pode potenciar ou diminuir o efeito hipoglicemiante da glimepirida de maneira imprevisível.
O efeito dos derivados da cumarina pode ser potenciado ou diminuído pela glimepirida.
Gravidez e aleitamento:
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE está contra-indicada durante a gravidez, devendo a doente mudar para a insulina. As doentes que planeiam uma gravidez devem informar o seu médico.
Em estudos de toxicidade da reprodução, ocorreram embriotoxicidade, toxicidade de teratogénese e do desenvolvimento. Toda a toxicidade da reprodução é provavelmente devida aos efeitos farmacodinâmicos de doses extremamente elevadas e não são específicas da substância.
Derivados das sulfonilureias como a glimepirida passam ao leite materno; assim, GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE não pode ser tomado por mulheres que amamentam.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
A capacidade de alerta e o tempo de reacção podem ser perturbados, especialmente quando se inicia ou altera o tratamento ou quando GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE não é tomada regularmente. Este facto pode, por exemplo, afectar a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de GLIMEPIRIDA DIAPIRIDE:
Este medicamento contém lactose mono-hidratada. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
APROVADO EM 18-08-2008 INFARMED