Utilizar Supremase sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Supremase pode ser administrada através do sistema de perfusão já existente, com uma das seguintes soluções:
soro fisiológico
dextrose a 20%
solução de Ringer
solução de cloreto de potássio em dextrose
bicarbonato de sódio a 8,4%
solução de Hartman
Não se recomenda a mistura de SUPREMASE 2 mg/ml solução para perfusão com outros fármacos antes da sua administração.
As doses diárias recomendadas são idênticas para a administração oral ou intravenosa e variam consoante o tipo e gravidade da infecção, o agente causal, a função renal do paciente e a resposta à terapêutica.
A duração do tratamento depende da resposta do doente e deve continuar até a infecção estar tratada com base nos parâmetros clínicos e laboratoriais. Se a descontinuação do tratamento for prematura podem ocorrer fenómenos de recorrência. Doentes com SIDA e meningite criptocócica ou candidíase orofaríngea geralmente necessitam de terapêutica de manutenção.
No adulto
Candidíase orofaríngea e esofágica
A dose usual em doentes adultos é de 200 mg no 1º dia de tratamento e, em seguida 100 ou 200 mg por dia. Dependendo da resposta do doente, a dose diária pode ser aumentada até 400 mg.
A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é de, pelo menos, 2 semanas no caso da candidíase orofaríngea e um mínimo de 3 semanas e, pelo menos 2 semanas após resolução dos sintomas, na candidíase esofágica.
A dosagem óptima de manutenção, na candidíase orofaríngea não está estabelecida, no entanto têm sido utilizadas, com bons resultados, doses de 50 a 100 mg por dia, podendo, se necessário, ser aumentadas até 200 mg por dia.
Candidíase sistémica (incluindo a candidemia, candidíase disseminada e outras
infecções invasivas por Candida)
A dose usual em doentes adultos é de 400 mg no 1º dia de tratamento e, em seguida, 200 mg por dia, podendo a dose diária ser aumentada até 400 mg.
A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é, no mínimo, 4 semanas e, pelo menos, 2 semanas após resolução dos sintomas.
Alguns autores recomendam doses de 400-800 mg/dia nas candidíases invasivas.
Num número limitado de doentes com peritonite e infecções urinárias a Candida foram utilizadas doses diárias de 50 a 200 mg de Fluconazol.
Criptococoses
A dose usual, na terapêutica da meningite criptocócica, em doentes adultos é de 400 mg no 1º dia de tratamento e, em seguida 200 mg/dia.
Dependendo da resposta do doente, a dose diária pode ser aumentada até 400 mg.
Em pacientes com infecção por VIH usaram-se doses de 800 a 1000 mg/dia.
A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é, no mínimo, até 10 a 12 semanas após as culturas do líquido céfalo-raquidiano (LCR) serem negativas.
Coccidiomicoses
Para tratamento da coccidiomicose meningea a dose recomendada é de 200-800 mg/dia. Em doentes com SIDA usaram-se doses de 400-800 mg. Concomitantemente usou-se, apenas em alguns doentes, anfotericina B intra-cisternal, intra-ventricular ou intra-tecal.
Blastomicose ou Histoplasmose
A dose usual para tratamento da blastomicose e da histoplasmose é de 400-800 mg/dia.
Profilaxia de infecções fúngicas
Para a profilaxia primária da meningite criptocócica em pacientes com infecção VIH e células T-CD4+<50 mm3recomendam-se dosagens de 100-200 mg uma vez por dia.
Para a profilaxia secundária da criptococose em adultos ou adolescentes com infecção VIH recomendam-se dosagens de 200 mg uma vez por dia.
Na terapêutica crónica de manutenção contra a recidiva da candidíase muco-cutânea (orofaríngea, esofágica, genital) em adultos ou adolescentes com infecção VIH que têm infecções graves ou frequentes a Candida recomendam-se dosagens de 100-200 mg/dia.
Para a profilaxia da meningite coccidiomicótica em indivíduos adultos ou adolescentes com infecção VIH recomendam-se doses de 400 mg/dia.
Em indivíduos com infecção VIH recomenda-se a manutenção da terapêutica ao longo da vida como profilaxia de infecções fúngicas.
Para transplantados de medula óssea recomenda-se uma profilaxia das infecções fúngicas com 400 mg /dia.
Na profilaxia dos doentes com neutropenia grave esperada (contagem de neutrófilos < 50/mm3) recomendam-se doses de 400 mg/dia, iniciando-se alguns dias antes do aparecimento da neutropenia e mantendo-se por 7 dias após a contagem de neutrófilos ter aumentado para mais de 1000/mm3.
Na criança
O fluconazol não deve ser usado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos, excepto em casos em que não exista alternativa terapêutica, uma vez que a sua eficácia e segurança não foram suficientemente demonstradas. Deve ser administrado em toma única.
Recomendam-se doses diárias de Fluconazol de 3 a 12 mg/kg, não se recomendando doses superiores a 400 mg/dia. As doses de 3, 6 e 12 mg/kg correspondem às doses no adulto de 100, 200 e 400 mg respectivamente.
Para o tratamento da candidíase orofaríngea e esofágica recomenda-se a dose de 6 mg /kg no 1º dia, seguido de 3 mg/kg uma vez ao dia.
As doses para a candidíase esofágica podem ser aumentadas se necessário para 12 mg/kg/dia.
A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é de, pelo menos, 2 semanas no caso da candidíase orofaríngea e um mínimo de 3 semanas e, pelo menos 2 semanas após resolução dos sintomas, na candidíase esofágica.
Para o tratamento da candidíase sistémica em crianças, podem ser administrados 6-12 mg/kg/dia de Fluconazol.
Meningite criptocócica:
A dose inicial é de 12 mg/kg no 1º dia seguido de 6 mg/kg uma vez ao dia. Se necessário a dose pode ser aumentada para 12 mg/kg/dia.
O fluconazol pode ser administrado durante 10-12 semanas após cultura de LCR negativa.
Para a profilaxia primária da criptococose em crianças com infecções VIH recomendam-se doses orais de 3-6 mg/kg uma vez ao dia.
Na terapêutica crónica de manutenção contra a recidiva da candidíase muco-cutânea (orofaringe, esofágica) ou da criptococose em crianças com infecção VIH recomendam-se doses de 3-6 mg/kg uma vez ao dia.
Para a profilaxia da coccidiomicose em crianças com infecções VIH recomendam-se doses de 6 mg/kg uma vez ao dia.
Nos idosos
Na ausência de insuficiência renal a posologia habitual recomendada será adoptada. Nos doentes com depuração renal da creatinina < 50 mL/min a dose deve ser ajustada de acordo com o item seguinte.
Na Insuficiência Renal
Em doentes com função renal diminuída, a dosagem de Fluconazol deve ser adaptada ao grau de insuficiência renal e, deve ser baseada na depuração da creatinina, medida ou estimada.
As alterações aconselhadas encontram-se na tabela seguinte. No entanto, outros ajustamentos da posologia podem ser necessários, dependendo da condição do doente.
da Depuração creatinina mLmin da dose diária usual 50 100 50 50
Nos doentes submetidos, regularmente, a diálise a administração de Fluconazol (100% da dose usual) deve ser feita após cada período de diálise.
O fluconazol na forma de solução para perfusão intravenosa (I.V.) deve ser administrado uma vez por dia a uma velocidade não superior a 200 mg/h.
Se tomar mais Supremase do que deveria:
Em caso de sobredosagem o tratamento é sintomático. A diurese forçada aumenta a taxa de eliminação. A eliminação do fluconazol pode ser facilitada por hemodiálise. Três horas de diálise diminuem os níveis plasmáticos em cerca de 50%.
Se parar de utilizar Supremase:
No caso de omitir uma dose deve continuar o tratamento reajustando o horário de acordo com a última administração. Nunca deve administrar duas doses em simultâneo.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.